in Arsénio Mota - 50 anos de escrita (Coordenação de Serafim Ferreira)
A propósito do comentário seguinte, lançado na ‘página’ “ARSÉNIO MOTA – 50 ANOS DE ESCRITA”in http://noticiasdebustos.blogspot.com/ 3.10.05:
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"é só "anónimos","pára-brisas" e "embustes"...mas será que estas pessoas não têm a elevação de espírito e dignidade que lhes permita assumir as suas convicções perante os outros...assumam-se!Pedro Costa"
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APRECIAÇÃO
"A proliferação de anónimos reflecte a atávica falta de hábito do exercício de cidadania frontal e directa. Ainda muita água irá passar pela Vala dos Sardo (Rio Boco) até as gerências político-partidárias aceitarem, com naturalidade, a existência de canais de comunicação abertos ao cidadão. Os exemplos de coarctar as vozes dissonantes podem ser encontrados com relativa facilidade. Daí que a emissão de opinião ainda vai ter origem anónima neste "jornal de janela" e em outros.
Mas esta questão não pode secundarizar exposto na página do dia 3 do NB.
Um amigo de Arsénio Mota felicita-o pela passagem dos 50 anos literários e propõe, como prémio, perpetuá-lo na sua terra com o busto e uma estátua no Porto.
Benjamim Veludo, “co-autor nomeadamente do espectáculo «Um cálice de Porto»”, certamente não sabe que Arsénio Mota foi o principal activista da criação da Biblioteca Fixa n.º 26 (da Calouste Gulbenkian) nos difíceis tempos de 60. Biblioteca que teve vida apenas com o apoio de carolas congregados à volta da efémera, mas profícua, Comissão de Melhoramentos/60.
À boleia de Carlos Braga, faço eco da parte final do seu depoimento para “Arsénio Mota – 50 anos de escrita” : “Num momento em que a Bairrada parece deixar-se embrulhar, novamente, em espesso manto de silêncio cultural, é proibido esquecer o que Arsénio Mota fez por ela, e também pela terra onde nasceu, à qual dedicou tês monografias. Ambas lhe devem muito. Resta saber se uma e outra têm feito o que devem para merecer Arsénio Mota”.
Bustos até à data não tem qualquer marca a homenagear os seus. E não será por não haver quem mereça ser distinguido. É uma pecha antiga.
NOTA
Ao Arsénio Mota, as minhas desculpas por ter retirado do seu sossego, tanto mais que é avesso a homenagens. No entanto, não retiro a “proposta” de Benjamin Veludo que pode ser aprovada, rejeitada ou «simplesmente ignorada». Por certo, o Autor de Bustos prefere ser lido a homenageado, como dizia Camilo Castelo Branco em escrita de fina água.
UMA SUGESTÃO
Para se conhecer o percurso do escritor e a ‘tribo’ do Arsénio, o livro comemorativo do meio século de escrita dá uma preciosa ajuda. Aqui vai a informação. “Arsénio Mota – 50 anos de escrita”, coordenação de Serafim Ferreira, Campo das Letras, Porto, 2005 (12,60 €; se pedido directamente à Editora: 11,34€)
UMA PERGUNTA: Por onde anda o livro “A Última Aposta” em que “a terra-berço ainda está bem presente nos seus conflitos sociais, usos e costumes”[1]?
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A Pedro Costa o meu bem-haja por ter apelado à participação directa e frontal no exercício de cidadania. Só que o poder tem dificuldade, por falta de hábito em criar retorno nas comunicações que lhe são dirigidas. Por exemplo, a Junta de Freguesia de Bustos ainda não tem endereço electrónico e, no entanto, tem uma sala com serviço digital a funcionar na sede. Outro exemplo, a homenagem a Arsénio Mota foi insistentemente sugerida por esta via.
Entretanto sabe-se, por acaso, que a Junta de Freguesia apoiou a edição do livro dos 50 anos de escrita. Felizmente que Mário Vitorino reforçou a premência da Homenagem: “Outra falta que a Junta tem vindo a cometer é o facto de ignorar o valor de alguns filhos de Bustos, como é o caso do nosso conterrâneo Arsénio Mota, escritor recentemente homenageado na cidade do Porto pelos seus cinquenta anos de carreira literária, e que tanto honram a nossa terra”.
Aqui está um objectivo a cumprir no próximo mandato. Reconhecer o valor dos conterrâneos. Carlos Braga deu o alerta no seu depoimento.
Pedro Costa conhece alguma carta, ofício, ou simples bilhete escrito pelo senhor presidente da Junta de Freguesia de Bustos dirigido a Belino Costa por este ter posto os pés a caminho na busca da fotografia do estratega da criação da Freguesia de Bustos, Jacinto dos Louros?
Sérgio Micaelo Ferreira
[1] in Armor Pires Mota, depoimento “Arsénio Mota – 50 anos de escrita”
A Bola de Neve começou a rolar. O primeiro empurrão foi dado por Mário Vitorino na noite mais longa do CDS, antes de saber qual era o vencedor do comando da Nau Catrineta. Estou seguro que o senhor presidente eleito vai colaborar e «cortar a fita» de algumas realizações 'impostas pelo PSD.
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