30 de junho de 2007

Carta Educativa de Oliveira do Bairro

A Carta Educativa do nosso município foi aprovada esta noite pela Assembleia Municipal, com 14 votos a favor, 5 contra e 3 abstenções.
O extenso documento contém 126 páginas com um vasto índice de tabelas, mapas e gráficos e ainda um estudo estratégico da Universidade de Aveiro.
A carta educativa resulta duma lei que passou a regulamentar os conselhos municipais de educação e aprovou o processo de elaboração daquele documento,
transferindo ainda competências para as autarquias locais no âmbito dos estabelecimentos de educação pré-escolar e do ensino básico. A quem interesse: a lei data de 15/1/2003 e dá pelo nome de Decreto Lei n.º 7/2003; basta ir ao google e escrever “DL 7/2003” que ela dá-se a conhecer.
Não tardará, os chamados 2º e 3º ciclos do ensino básico (que vão do 5º ao 9º ano de escolaridade) ficarão também sob a alçada dos municípios, neste caso por via de contratos com o Ministério da Educação, tudo a pensar na transferência definitiva de competências na área da educação e de todo o ensino não superior.


A carta educativa é um instrumento de planeamento e ordenamento dos edifícios e equipamentos educativos de cada concelho e visa adequar a rede dos estabelecimentos de ensino às necessidades municipais. Agora que os municípios vêm mais alargadas as suas atribuições e os custos inerentes, só podemos conceber uma rede de escolas que seja eficaz, bem racionalizada, adequada às características do município e, sobretudo, projectada para o futuro. Não preciso de lembrar que o futuro começa hoje.

Em resumo, a grande pergunta será: vamos continuar a ter uma escolinha por tudo quanto é sítio, feita à medida das mamãs e dos papás, ou vamos ter escolas integradas, bem infra-estruturadas e dimensionadas, onde nada falte aos homens e mulheres de amanhã?
Fica a pergunta, que a resposta tem muito pano para mangas.

Entretanto, é de registar o excelente e bem recheado documento educativo, fruto de muito trabalho de casa da nossa Câmara, de professores e técnicos. Está lá tudo: vias de comunicação, caracterização económica, demográfica e educativa do concelho, até por freguesias, identificação dos equipamentos existentes e o imprescindível diagnóstico e leques de opções.

Já agora e como membro da As. Municipal: torci um pouco o nariz, por ser adepto duma rede de ensino que alinhe num verdadeiro reordenamento dos equipamentos escolares, rede essa que deve passar por pólos educativos integrados onde nada falte aos tais homens e mulheres de amanhã.
Valha a verdade: a Sra. Câmara e, em especial, a Sra. Vereadora da Educação, pensam e defendem o mesmo. Os caminhos para lá chegar é que divergem um bocadinho…
A democracia é mesmo assim.

Que tal puxar do tal pano para as mangas e aprofundar a análise do documento? O tempo para
o fazer foi curto até à discussão e votação na Assembleia, mas a carta educativa é um documento dinâmico, sujeito a reavaliação obrigatória de 5 em 5 anos e nada melhor do que ir estando atento.
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oscardebustos
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- P.S. (salvo seja): aguarda-se a colocação da carta educativa no site da nossa CM (ir a “Educação”, onde consta “Carta Educativa”, mas falta o respectivo conteúdo). As Câmaras vizinhas já o fizeram.

28 de junho de 2007

FÓRUM DE BUSTOS: 4-AFIRMAÇÃO


É em 2005 que a designação de fórum finalmente se afirma. A divulgação do encontro, que decorreu no "Rafael" foi, pela primeira vez, feita com recurso a esse título. Também pela primeira vez houve participação feminina, um momento de homenagem e, graças à iniciativa de Carlos Micaelo, foi introduzido um espaço de convívio mais lúdico com a participação do grupo “Guitarras de Coimbra”. Mas o melhor será recordar o texto então publicado no “Notícias de Bustos”.

UM FÓRUM (EN)CANTADO


A presença dos Professores Modesto e Elísio Branco e a homenagem a Arsénio Mota foram dois aspectos marcantes do Fórum de Bustos 2005, mas a grande surpresa aconteceu quando Carlos Micaelo tomou a palavra para explicar que tinha um presente para oferecer à assembleia, e anunciou a presença do grupo “Guitarras de Coimbra”.


Tinha terminado o almoço e Milton Costa, a quem coube a organização logística do evento, anunciou que estava aberta a sessão para quem desejasse falar à assembleia. E anunciou desde logo o nome do primeiro inscrito, Carlos Micaelo. Este tomou a palavra para explicar que na ementa do almoço existia um enigma que ainda ninguém conseguira desvendar, pois propunha-se revelar o mistério. Tinha convidado uns amigos, o grupo “Guitarras de Coimbra” e pedia uma salva de palmas para músicos e cantores que vinham gratuitamente abrilhantar o convívio.A música tem aquele condão mágico de todos envolver e contagiar, pois momentos houve em que toda a sala ecoou como um coro magnífico. Mais afoito o Dr. Jorge Micaelo não resistiu às lembranças de outras épocas e envolto pela batina negra cantou como nos tempos de estudante.


Terminado o canto foi a vez de Óscar Santos erguer a voz para, em nome de todos os presentes, saudar Arsénio Mota pela recente conquista do prémio Literário Carlos Oliveira. Depois de uma sentida ovação entregou-lhe, como reconhecimento pelo seu empenhamento cívico, a reprodução do telegrama que lhe foi enviado quando da inauguração da Biblioteca Gulbenkian, em Bustos.


Depois do agradecimento de Arsénio Mota e de algumas palavras informais de Milton Costa foi a assembleia informada de que a produção do próximo encontro fica a cargo de Carlos Aires (do Pompeu).Mas o convívio, onde estiveram presentes quase setenta pessoas, ainda não estava concluído. Graças às professoras Milita Aires e Clélia Figueiredo muitos dos presentes puderam consultar os seus registos escolares. Muito festejadas as presenças dos antigos professores da Escola Primário Masculina, Elísio Branco e Manuel Modesto. Este último continua a poder citar o nome completo de alguns dos seus antigos alunos.


Apesar de todos os participantes o terem feito em nome pessoal (e pagando do seu bolso o almocinho) gostaria de sublinhar a presença do Presidente do ABC, João Martins Oliveira, do Presidente da Assembleia-Geral da UDB, Mário Reis Pedreiras, do Presidente do Orfeão, Mário Belinquete, do Vice-Presidente da SóBustos, Humberto Reis Pedreiras, e do Presidente da Pró-Bustos, Nelson Figueiredo. Mas porque todos somos importantes aqui fica a lista completa dos participantes:Acilio (Peixeiro), Adélio Reis Pedreiras, Adélio Simões da Costa (dos Moras), Adélio Simões dos Santos (da Barroca), Agostinho Pires, Aniano Martins, Arsénio Mota, Assis Francisco Rei, Audete Rei, Augusto Simões da Costa (Serafim), Belino Costa, Carlos Aires (do Pompeu), Carlos Micaelo, Carlos Vasconcelos Aires, Carlos Alberto, Celso Reis Pedreiras, Clara Aires, Clélia Figueiredo, Diniz Luzio, Ditosa Luzio, Jorge Nelson Micaelo, Fernando Luzio, Graciano Luzio, Élio Freitas, Elísio Branco, Filinto Lourenço, Hélio Reis Pedreiras, Humberto Reis Pedreiras, Ilídio Moreira, Irene dos Santos, Jaime Rei, Jonine Costa da Silva, João Aires, João Martins Oliveira, José Eduardo dos Santos, Licínio Mota, Luís Ala da Costa, Luís Alberto Queiroz, Lino Soares, Manuel António Silva (dos Rádios), Manuel Santos Pato (Neo Pato), Manuel Modesto, Mário Belinquete, Mário Simões dos Santos (da Barroca), Mário Reis Pedreiras, Mília Pardal, Milita Aires, Milton Luzio, Milton Simões da Costa, Manuel Augusto dos Santos (Necas), Natalino Rodelo, Necas Granjeia, Nelson Figueiredo, Nelson Tavares, Norberto Rei, Óscar Santos, Paulo Alves, Paulo Figueiredo, Rafael Tavares, Rodolfo dos Reis, Rui Rei, Sérgio Micaelo, Sérgio Pato, Tiago Ferreira, Ulisses Crespo, Vasco Micaelo, Vitaliano Pedro, Virgílio Ferreira.

Belino Costa

Jornal da Bairrada renova-se


O novo JB deu-se ontem a conhecer: novo aspecto gráfico, reorganização e criação de novos e mais abrangentes conteúdos, novas rubricas e um mais apelativo tratamento das notícias.

O evento teve lugar a partir das 19 horas de ontem na excelente Adega Campolargo, situada em S. Lourenço do Bairro.
Para quem não sabe, Manuel dos Santos Campolargo foi nado e criado aqui ao lado, no quase nosso Montouro, tendo organizado a sua vida profissional na Malaposta. Os vinhos são a sua última grande paixão e os 170 hectares de vinha no coração da Bairrada são a prova de mais um sucesso deste grande empresário bairradino. A nova equipa que lidera o JB não podia ter escolhido melhor local para nos dar a conhecer o seu novo rosto.

A intenção do novo JB passa por se manter fiel às suas raízes e ao jornalismo de proximidade que trilhou ao longo de mais de 50 anos. Falo dum jornal vocacionado para a região da Bairrada mas que é lido um pouco por todo o mundo, graças ao carinho com que é tratado pelos nossos emigrantes.

Não é só uma renovação gráfica, é também uma revolução tecnológica que a nova administração resolveu implementar. O Jornal da Bairrada terá mais páginas a cores nas suas edições, novas secções, novas rubricas e uma organização espacial diferente.
Parabéns aos responsáveis do JB, na pessoa do grande oliveirense que é Vítor Rosa e ao seu chefe de redacção, o resistente Armor Pires Mota.
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oscardebustos

27 de junho de 2007

FÓRUM DE BUSTOS: 3-PASSAGEM DE TESTEMUNHO


Apesar da proposta elaborado por Arsénio Mota e do novo conceito de Fórum (ler Fórum de Bustos: 2-Conceito) esta ainda não foi a designação assumida no encontro de 2004. Realizado a 26 de Junho de 2004, no Colégio Frei Gil, o 2º Encontro de Antigos Alunos da Escola Primária de Bustos foi o momento em que se tornou claro que, para se afirmar e sobreviver, a iniciativa precisava de assumir uma nova dinâmica. Em 30 de Junho de 2004 Celso Pedreiras escreveu um texto para o “Bustos do Passado e do Presente” dando conta de tal preocupação:
“A presença de tantos ilustres bustuenses, poderia ser aproveitada para falar da nossa terra, dos seus problemas, das suas necessidades, dos seus anseios, etc.O Carlos Aires, já deu o pontapé de saída, falando um pouco de agricultura...Julgo pois, que é um assunto a meditar.”
De acordo com as assinaturas do livro de presenças estiveram presentes 49 pessoas neste segundo encontro, que assinalou a passagem de testemunho ao Fórum do ano seguinte.

26 de junho de 2007

Estação dos Correios de Bustos dá prejuízo? - fora com ela



Eis transcrição de cópia de ofício dos CTT - Correios de Portugal (Rede de Terceiros - Coimbra) dirigido ao presidente da Junta de Freguesia de Bustos:


CTT Correios de Portugal. S.A.
Sede Social: Rua São José, nº 20
1166-001 LISBOA
Capital social 487 325 000,00

#

DIRECÇÃO DE VENDAS
REDE DE TERCEIROS
AV. FERNÃO DE MAGALHÃES 223 4º
3000-176 COIMBRA
....................................................................

PRESIDENTE JUNTA DE FREGUESIA
RUA JACINTO DOS LOUROS 6
3770-017 BUSTOS

sua referência..sua data .nossa referência .data de expedição
............................................................................ 2007/04/17

Assunto: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE CORREIO
Na sequência de anteriores contactos, o último dos quais efectuado em 2007/01/30, dando conta da nossa intenção de, tendo em vista a manutenção da prestação dos serviços de correio, encontrarmos um parceiro que reúna condições para os assegurar, agradecemos nos informem sobre a disponibilidade e/ou interesse dessa autarquia em assumir a prestação.

Se tal não for o correcto, solicitamos que nos informem sobre a existência de um particular que reúna as condições e/ou preferência da autarquia, para que possamos encetar os contactos tendentes à celebração de um contrato de prestação de serviços.
Com os melhores cumprimentos,
Coimbra, 17 de Abril de 2007

...
(Responsável Rede de Terceiros)]

fim de transcrição

Os “CTT – Correios de Portugal” continuam à pesca de parceiro para ‘impor(?)’ “uma espécie Franchising” dedicado ao serviço postal de Bustos.

Documento elaborado pela Junta de Freguesia de Bustos que vai acompanhar o ofício acima transcrito para discussão na próxima sessão da Assembleia que "Bustos à Lupa" anunciou em primeira mão.

Eis a transcrição:

Junta de Freguesia de Bustos
Ordem do Dia
Ponto2
(Protocolo CTT)
De acordo com a proposta já apresentada a esta Assembleia, em Dezembro 2006, e da evidência da pretensão dos Correios de Portugal em não quererem continuar com a garantir os serviços da estação de Bustos, e, após os contactos e esclarecimentos destes Senhores com os membros da Assembleia de Freguesia e Junta de Freguesia.
Na sequência da carta dos CTT enviada a 17 de Abril de 2007, cuja fotocópia anexamos, e na presunção de aceitação, ou não, da Junta de freguesia para assumir esta responsabilidade.
Vimos solicitar competências e linhas orientativas, para negociar protocolo que será ratificado, à posteriori por esta Assembleia.
Bustos, 12 de Junho de 2007


O Presidente da Junta de Freguesia
...
(fim de transcrição)

...

Notas:

1) Os “CTT – Correios de Portugal” continuam à pesca de parceiro para ‘impor(?)’ “uma espécie Franchising” dedicado ao serviço postal de Bustos.

2) O teor do ofício da "Rede de Terceiros" - pretenderá significar ' Rede do Terceiro Mundo?' - não condiz com o pedido de autorização da Junta de Freguesiade Bustos à Assembleia de Freguesia.

3) Que «competências e linhas orientativas» assembleia irá aprovar para ajudar a libertar os CTT - Correios de Portugal do "incómodo" da Estação Postal de Bustos.

4) Estaremos perante o prenúncio da extinção da freguesia de Bustos, a ser concretizada numa próxima revisão administrativa?

sérgio micaelo ferreira, 26.06.2007

IPSB - caminhos solares

No passado sábado e aproveitando o imprescindível sol, teve lugar na nova pista junto ao 1º ciclo do IPSB o Grande Prémio Frei Gil. 14 carrinhos movidos a energia solar fizeram a festa.
A corrida serviu para inaugurar a única pista permanente do mundo, construída no Colégio Frei Gil.
A pista foi projectada e desenvolvida segundo os parâmetros de corridas internacionais de carrinhos fotovoltaicos. Toda a estrutura foi construída por profissionais da construção civil e a calha saiu do esforço de professores, alunos e funcionários do IPSB.
A pista tem 100 metros, podendo os carrinhos atingir velocidades na ordem dos 40 km/h e irá servir para acolher novos eventos e para quem queira experimentar.
No Grande Prémio estiveram presentes escolas de todo os país: IPSB, com 9 equipas; Externato S. João Bosco de Viana do Castelo, 1 equipa; Ancorensis - Cooperativa de Ensino, 2 equipas; Escola Secundária Vila Real de S.to António, 1 equipa; Escola Tecnológica Artística e Profissional de Pombal, 1 equipa.

O GP Frei Gil está organizado em 3 escalões:
- Escalão A - 2º ciclo do ensino básico;
- Escalão B - 3º ciclo do ensino básico ;
- Escalão C - ensino secundário e profissional.
Nos vários escalões os vencedores foram:
- Escalão A: 1º - JL, do IPSB; 2º - Dj Car, do IPSB; 3º - Star Team, do IPSB;
- Escalão B: 1º - Ciclone, do IPSB; 2º - Chita, do IPSB; 3º - Inferno da Luz, do Ancorensis;
- Escalão C: 1º - 10Ec@r
, do IPSB; 2º - Red Devil, do Ancorensis; 3º - Apolo Delta, da Esc. Sec. S.to António.
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Agradeço à Joana Pataco, jornalista e directora do semanário “Região Bairradina”, que dispensou as fotos e o texto/base.

25 de junho de 2007

FÓRUM DE BUSTOS: 2-CONCEITO

Após o êxito do Encontro de Antigos Alunos da Escola Primária (ver “Fórum de Bustos:1-Origem”) os promotores da iniciativa reuniram-se no Barrilito (em 22 de Novembro de 2003) para fazerem o balanço do “Encontrão” e pensarem o seu futuro. Foi na sequência dessa reunião e do que então se discutiu que Arsénio Mota escreveu o texto que a seguir publicamos, no qual sintetiza as intenções, o conceito e o modo de funcionamento de futuros encontros, assim como o seu carácter de fórum.

PREÂMBULO

Um grupo de meia centena de conterrâneos, nascidos ou residentes em Bustos, reuniram-se sábado, dia 13 de Setembro de 2003, no restaurante da Quinta da Queimada, ali no Barreirão - onde se cria a raça bísara do famoso leitão da Bairrada – simplesmente para conviver um pouco e confraternizar.
A reunião não serviu nenhum outro objectivo, fosse ele qual fosse, e ficou tida em geral como iniciativa simpática, meritória e verdadeiramente fraternal, pelo que na altura se entendeu que deveria continuar a repetir-se todos os anos de modo a juntar as «forças vivas» da terra.
Aconteceu então, pela primeira vez, graças aos esforços concertados de João Martins Oliveira, Sérgio Ferreira, Óscar Santos, Milton Costa, Arsénio Mota, e outros.
A ideia derivou de reuniões anteriores, também anuais, mas muito restritas (pois incluíam apenas alguns amigos mais chegados: Arsénio, Graciano Lusio, João, Alcides Freitas, Zé Tribuna, etc.). Um deles, à vez, tomava a iniciativa e convidava os amigos restantes do grupo, sendo de notar a forma como se cuidava de «chamar à terra natal» bustuenses fixados no exterior (no país ou no estrangeiro).
Este ano, por fim, alguns conterrâneos entenderam que seria bom alargar a reunião a todos os bustuenses que quisessem participar. Porque: 1 – cada pessoa tende a isolar-se na sua casa e na sua vida quotidiana com prejuízo da vida de relação com a comunidade situada para além da roda dos vizinhos e familiares; 2 – a comunidade bustuense, até para crescer e prosperar, precisa do contributo precioso das suas «forças vivas» que se faça presente em local próprio; e 3 – parece muito desejável todo o estímulo ao desenvolvimento da convivência sadia, da relação fraternal, da troca de opiniões pessoais sobre quaisquer assuntos que apareçam em causa.
Nesta base, com vista a tornar regular e o mais válida possível esta iniciativa anual, um grupo de conterrâneos composto por Arsénio Mota, João Martins Oliveira, Sérgio Ferreira, Óscar Santos e Mílton Costa decidiram apresentar à consideração geral a proposta seguinte.

PROPOSTA DE FÓRUM

Propomos que estas reuniões anuais de convívio dos bustuenses passem desde já a ter um carácter de fórum, entendendo este termo, claramente, no sentido clássico que sempre teve - de praça pública principal aberta a todos os cidadãos que nela queiram apresentar-se e fazer ouvir a sua voz. Terá, portanto, que ser um espaço autêntico de participação cívica, com discussão franca em convívio agradável e ameno. É um espaço aberto, sem portas de entrada, que está a faltar nesta vila.
Os assuntos serão em geral livres, isto é, sujeitos à escolha dos interessados em os proclamar, mas terão sempre de referir-se à promoção e valorização da comunidade bustuense como um todo, ou seja, isentos de particularismos, visando exclusivamente as questões e os problemas do desenvolvimento local.
Não serão admitidas no fórum de Bustos quaisquer intervenções que manifestem tendências pessoais partidárias ou religiosas evidentes, contra as quais deverá erguer-se de imediato uma ou mais vozes exigindo silêncio; pelo contrário, terá que ser regra a educação cívica e a tolerância entre iguais.
Se numa reunião anual ninguém quiser tomar a palavra, nenhum dos presentes poderá estranhar. Por vezes as praças centrais das nossas terras também ficam caladas e isso nada tem de estranho. Mas se diversos oradores se dispuserem a falar na mesma oportunidade, então que anunciem essa intenção aos presentes. O bustuense mais idoso, ou tido como o mais idóneo, poderá ser escolhido nessa circunstância para, em nome de todos os presentes, orientar as intervenções e dar a palavra aos oradores mas evitando sempre escusados formalismos.
Os presentes têm a estrita obrigação de escutar em respeitoso silêncio e atentamente os oradores; se acaso não concordarem com as suas afirmações, devem pedir no fim a palavra e expor as suas opiniões.
Ninguém terá direito a falar durante mais de cinco minutos no máximo e só em casos excepcionais tal tempo poderá ser duplicado, passando para dez minutos.
Nestas condições, devidamente acatadas pelos participantes, as nossas reuniões anuais transformar-se-ão num exercício de saudável e exemplar cidadania - num espaço de vivência e convivência democrática em que todos e cada um, ouvindo ou falando, demonstrarão o apreço que têm pela nossa terra e pelas regras da democracia.

Arsénio Mota
22 Novembro 2003.

24 de junho de 2007

No dia 22, a noite foi dos pequeninos.

No passado dia dia 22 decorreram em Bustos , as Marchas Populares da Associação de Beneficência e Cultura de Bustos. O evento pode ainda contar com o organista "Tonecas", que animou a festa após o desfile. Para ler uma reportagem sobre as Marchas Populares clique em Bustos à Lupa.

A administração da Comenda de Ansemil também residiu em Bustos-Wikipédia

No meio de uma pesquisa deparei-me com um texto na Wikipédia, sobre uma "Breve História de Santa Catarina". O documento apresenta uma breve história sobre a forma como se instala em Sorães ( Santa Catarina) , a Ordem do Hospital, que mais tarde se viria a chamar de Malta, o cavaleiro que a administrava, estava dependente do comendador de Ansemil.

(...)"Sorães ou Santa Catarina teria sido doada por D. Teresa, mãe de D Afonso Henriques à Ordem do Hospital mais tarde chama de Malta. O cavaleiro que a administrativa estava dependente do comendador de Ansemil . Afonso Henriques doou a terra ao Mosteiro de Santa Cruz, em 1166 mas mais tarde, este aparece de novo na posse dos Hospitalários"(...)

Por outro lado, tem particular importância o facto de da administração, nem sempre residir em Sorães, mas também na Mesa ( Mesas) e no Busto (Bustos). Aparece aqui neste texto produzido para a Wikipédia, uma informação muito importante, a administração residiu no Busto, ou seja em Bustos. Uma parte de Bustos estava integrada, no concelho de Sorães, tal como se pode verificar pelas Memórias Paroquiais da Mamarrosa de 1758, como Bustos sendo termo de Sorães, naturalmente

(...)"A administração nem sempre residia em Sorães, mas também na Mesa (Mesas) e no Busto (Bustos). Quando o foral lhe é concedido por D. Manuel em 15 de Agosto de 1518 a administração estava na Mesa. A partir de pelo menos 1689 a sede do concelho esteve sempre em Sorães. Sorães apesar de vila e sede de concelho, não era freguesia: Bustos pertencia à de Mamarrosa; Rio Tinto e Tabuaço à de Soza , Mesa e a própria vila à do Covão do Lobo. O concelho foi extinto em 1842."(...)


Texto retirado da Wikipédia.

Homenagem, corridas solares e exposições

O dia de ontem soube-me a pouco, mas deu para me dividir entre uma homenagem da Liga dos Combatentes aos mortos na 1ª Grande Guerra e uma visita ao surpreendente Museu do Vinho Bairrada, em Anadia. Falhei o Grande Prémio dos Carrinhos Fotovoltaiscos no Colégio Frei Gil e terá sido muito o que perdi sobre energia solar e as vivências do nosso IPSB. Como falhei à noite uma visita ao S. João do Sobreiro e ao vizinho Menino Jesus, mas as costas já não davam para aguentar tamanha saga num dia só.

Seja como for, convém ter presente que os tempos vão cheios de iniciativas populares e culturais e nada melhor do que ficar acordadinho da silva. 

A exposição que decorreu no Museu do Vinho Bairrada em Anadia encheu-me as medidas, não tanto pela inauguração da exposição de desenhos a tinta da china do faltoso mestre João Cutileiro em redor do tema do vinho (visto pelo feminino, que o traço sobre papel tinha por título “As Baquianas”), mas mais por tudo quanto o museu encerra e transmite.

Inaugurado em 27/9/2003, o Museu do Vinho é um local de referência da nossa região. O edifício respira luz e está implantado bem junto às vinhas da Estação Vitivinícola que o Sr. ministro quer encerrar, isto se a malta deixar, que ele há formas legais e até não ilegais de o impedir...

O piso inferior divide-se em salas temáticas, iniciando-se o percurso depois duma sugestiva rampa descendente onde salta à vista um lagar de vara de finais do séc. XIX, peça cuja imagem nunca mais esqueci dos tempos duma caçada de há uns 20 anos atrás, ali mesmo à beirinha da estrada de terra duma esquecida aldeia do interior serrano da Beira Baixa.

As salas temáticas vão-se debruçando sobre o percurso do vinho: a vinha, a vindima, a vinificação do espumante, a vinificação das caves e adegas, o roteiro, a prova e a enoteca com amostras dos vinhos dos principais produtores da Bairrada. Vale a pena ver e recordar, que não faltam peças de museu e ilustrações projectadas em vídeo.
A propósito:
sabiam que em 1867 os vinhos da Bairrada se dividiam em vinhos de embarque (1) e vinhos de consumo?

Voltando ao enriquecedor museu, gostei especialmente de outras 2 exposições, inspiradas na influência do vinho na nossa vida quotidiana e enriquecidas por representações ao vivo:  a 1ª, intitulada “Branco ou Tinto”, é da autoria de Francisco Pedro e apresenta 30 fotografias a preto e branco das últimas tabernas. Serve para lembrar o que resta dos templos de vinho do antigamente que eram as tabernas. Como é de ver, a abrilhantar o cenário estiveram 3 “colegas” nossos, penso que de Leiria.

- A 2ª exposição, denominada “Da Pedra ao Vinho”, gira em redor das cumplicidades entre o vinho e a pedra e que me pareceu brilhantemente traçada pelo escultor leiriense Abílio Febra, perfeito a usar a ardósia lascada de Canelas. Tinha que ver com a gente e gostei.

Parabéns à Câmara de Anadia e ao Dr. Pedro Dias, director do museu.

As exposições estão patentes até 30 de Novembro, das 10 às14H (terça a sexta-feira) e das 11 às 19H (aos sábados, domingos e feriados). (http://www.museudovinhobairrada.com.pt/).
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oscardebustos


(1) Já aqui falei dos vinhos de torna viagem, em comentário ao texto do Altino de 26/3, "Hilário Costa-3".

23 de junho de 2007

Dia 28 de Junho, Assembleia geral ordinária na Junta de Freguesia de Bustos


No próximo dia 28 de Junho às 20h30, vai reunir a Junta de freguesia em Assembleia Geral ordinária, na Junta de Freguesia de Bustos na rua Jacinto dos Louros. Para consultar a ordem de trabalhos, clique em Bustos à Lupa

FÓRUM DE BUSTOS: 1- ORIGEM


A génese do “Fórum de Bustos” remonta a 13 de Setembro de 2003. Chamava-se então “Encontro de Antigos Alunos da Escola Primária de Bustos” e reuniu 48 convivas na Quinta da Queimada. Para assinalar o evento escrevi o seguinte texto para o “Jornal da Bairrada”:

Bustos
Antigos alunos reencontram-se

Antigos alunos da Escola Primaria de Bustos promoveram um encontro de gerações. E prometem repetir a experiência no próximo ano. Foi o regresso aos tempos da Primária, para alguns quase oitenta anos depois.
Promover o reencontro de antigos alunos da secção masculina Escola Primária de Bustos começou por ser uma ideia, uma sugestão de Arsénio Mota, jornalista, escritor e bustuense apaixonado pela sua terra, a referência maior de uma geração. João Martins Oliveira, o Joãozinho da Barroca, que depois de muitos anos a viver no Porto regressou ao quotidiano de Bustos, pegou no repto e impulsionou-o. A ideia ganhou forma com a ajuda fundamental de Sérgio Ferreira, Óscar Santos e Milton Costa.
A dificuldade estava em encontrar pessoas espalhadas por todo o país, por todo o mundo. Ainda assim, foram contactadas cerca de uma centena de ex-alunos. E no passado dia treze, no largo da igreja velha, muitos se apresentaram à chamada. Várias gerações e, em alguns casos, pais acompanhados pelos filhos.


O convívio decorreu nas instalações da Associação de Produtores de Leitões da Bairrada, instituição que defende e promove a excelência de uma tradição que faz parte de identidade de toda a região bairradina. Espumante e leitão formaram a dupla rainha, num almoço marcado pela informalidade, pelo reencontro de uma alegria juvenil, franca e despretensiosa. Não houve assim qualquer mensagem ou discurso. Apenas um sentido minuto de silêncio em memória de Mário Rui dos Reis Mota, falecido na véspera.


À surpresa inicial de muitos reencontros, à troca de notícias, sucedeu-se o reavivar da memória, o recordar de histórias, de momentos que, de repente, como que libertos do fundo do baú, surgiam com nitidez surpreendente. Algumas estórias hoje poderão parecer insignificantes, mas tiveram então a dimensão do extraordinário. Como aquela tarde, no meio de uma partida de bola no largo da igreja velha, em que alguém, pela primeira vez, viu uma banana. Ou as noites em que se ia ao café para ver a televisão. Ou o desgosto de se ter partido uma lousa acabada de comprar. Ou a lembrança de certas reguadas mais duras.
E quem eram os convivas? Gente de todas as profissões, uns activos outros reformados. A malta foi-se espalhando pelo país e pelo mundo, mas sem nunca perder o vínculo essencial que não se descreve, porque se sente. Como recordava um dos presentes, certa vez, na longínqua África de Sul, bastou um sim como resposta à pergunta – tu não és de Bustos? –, para selar um compromisso e dar início a uma amizade que ainda hoje perdura.


A malta cresceu, os putos fizeram-se homens, constituíram família, afirmaram-se enquanto cidadãos, enquanto profissionais. Alguns correram mundo, desafiaram até exércitos estrangeiros (dois dos presentes lutaram no Vietname), outros passaram por crises, revoluções, transformações sociais profundas, mas sempre tendo por âncora o sentimento de pertença a um lugar, a certa gente. Gente para quem ser de Bustos é mais do que um estado de alma, é uma condição de vida.
Foi assim no passado dia 13 e a experiência deverá voltar-se a repetir no próximo ano em data ainda a definir. Espera-se que conte também com a presença de alguns antigos professores.


Belino Costa

21 de junho de 2007

FALTAM 30 DIAS PARA O Vº FÓRUM DE BUSTOS


É de hoje a um mês que se realiza o Vº Fórum de Bustos no novíssimo salão do Sóbustos, no Sobreiro, que terá como grande homenageado o Engenheiro Santos Pato.
O evento, que desta vez será realizado sem recurso ao serviço de qualquer restaurante, tem já inscritos mais de meia centena de participantes, ameaçando tornar-se no Fórum mais participado de todos os tempos.

AS INSCRIÇÕES ESTÃO ABERTAS

As inscrições continuam abertas até ao dia 30 de Junho e podem (e devem) desde já ser feitas por:
E-mail: noticiasdebustos@gmail.com - moliv40@netcabo.pt);
Telefone fixo: 234751588 - Ditosa Lúzio;
Telemóvel : 965050076 – Manuel Oliveira (Cataluna), ou 933193049 - Dorinda Capão, ou 967521729 - Ditosa Lúzio.
Atenção que a lotação da sala é limitada e os promotores da iniciativa precisam de tempo para encomendar os leitões e restantes iguarias.

Ao longo do corrente mês o “Notícias de Bustos” irá recordar os quatro Fóruns já realizados e contar a história desta iniciativa, um momento de encontro, convívio, homenagem e troca de ideias entre bustuenses.

17 de junho de 2007

A Piscina

Apesar dos meus 9/10 anitos ainda recordo a inauguração da piscina, toda engalanada com luzes e papéis coloridos, como se fosse uma festa popular. O povo rodeava a sebe circundante e viveu entusiasmado a disputa dos nadadores (penso que do Galitos e Recreio de Águeda, pelo menos).
Com a piscina veio a Associação Académica de Bustos, cujos atletas ali praticavam e onde muitas provas foram disputadas. Um dos bons nadadores foi o James.
A par dele, tantos outros: o nosso Domingos alfaiate, bom nadador de “crawl”, mas que não atinava com os limites das pistas, o Vitor (bruços e mariposa) e o Gute (ambos filhos do Sr. Dário, fotógrafo e antigo pugilista, que vivia nos anexos da casa do Visconde), Feliciano, Carlos, Beto, o meu irmão, eu, o Leão (prof. universitário em Lisboa), o Horácio, o Rui Sérgio, o Zé Tribuna.
Estes 2 últimos, estudantes universitários em Lisboa, vieram a ser atletas de renome, tendo o Zé Tribuna sido internacional de andebol, creio que pelo Sporting, mas também pela selecção nacional.
O empenho do Horácio (filho do velho Vitorino) foi determinante na dinamização da natação e doutros desportos, como foi o caso do lançamento do dardo e do peso. A ele se deve também a criação da efémera associação, cuja acção se perdeu com a ida dele para Angola.
Foram tempos únicos, irrepetíveis, verdadeiras pedradas no triste e pobre charco que era o país nos finais dos anos 50 e princípios de 60.
A nossa Aldeia deve ter sido um caso único no Portugal daqueles anos. Sobrava ainda tempo para trabalhar os campos no duro, emigrar e… lutar contra a ditadura.
Será que apenas sobram recordações desse passado ímpar?
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oscardebustos

Festa de São João- 23 e 24 de Junho no Sobreiro


As festas em honra de São João realizar-se-ão nos próximos dias 23 e 24 de Junho, no Largo de São João, do Sobreiro. Para consultar o programa da festa ver Bustos à Lupa

16 de junho de 2007

Natação em Bustos


Terá sido em 1959, 1 ano depois da inauguração da piscina, que o Dr. Horácio criou a Associação Académica de Bustos, um clube virado para a natação e o atletismo.
O cartão do Jaiminho deve ter sido dos poucos que sobreviveu..
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oscardebustos

15 de junho de 2007

Escola Primária de Bustos_anos 50

Antero da Póvoa (USA), Rui Aires, Augusto Fontes (USA), Eloi, Mário Roque, Mota Santos (USA)...
E quem mais?
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oscardebustos

14 de junho de 2007

ECOS DA FEIRA MEDIEVAL

“Foi, muito provavelmente, a Feira Medieval com maior afluência de público, desde que a itinerância começou a caracterizar o evento” , escreve o jornal Litoral Centro que classifica o evento como um “ êxito tremendo”. A reportagem completa pode ser lida aqui.

13 de junho de 2007

O ABC está de portas abertas a novos associados.

A Direcção da Associação de Beneficência e Cultura de Bustos, depois da análise da realidade actual decidiu ajustar o valor das quotas descendo-o de forma a atrair novos associados. Para saber mais sobre este assunto www.bustosalupa.blogspot.com

Alberto Martins

Fotografia- Bustos à Lupa

FEIRA DO SOBREIRO ESPERA PELO SEXÉNIO



O alinhamento da programação’2007 dos eventos camarários contemplara a Freguesia de Bustos com a realização do teatro-feira medieval. O terrado da Feira, conhecido “espaço de grande importância” [1], foi o palco da “recriação histórica”. A medievalização da Feira contou com a excelente adesão de muitos excursionistas oriundos de todas as escolas do concelho. Alegria, petiscos, música, convivas - onde os senhores feudais não se distinguiram dos servos da gleba, dizem - , calor, saltimbancos e pinga honraram os voluntários e profissionais de espectáculos dedicados aos trás d’antonte. Barracas e associações marcaram presença. Um estendal de folhas pintadas por miúdos ouvintes de estórias medievas ajudaram a engalanar “o espaço da tenda do conto” da nossa biblioteca”.

A Companhia de Teatro Viv’Arte[2], com nome firmado para lá de Vilar Formoso, responsável artística do acontecimento, continua a abrir as janelas da história, através de um cuidadoso trabalho de pesquisa. AViv’arte traz arte à vida.
Se não houver alteração, a Feira do Sobreiro só voltará a ser palco camarário quando der a volta a todas as freguesias do concelho.
Entretanto …
Naquele espaço da feira, em tempos não muito recuados, houve verbenas exploradas por carolas da “União Desportiva”. Na ABC realizaram-se festas para angariação de fundos para a compra do palacete. Recentemente, na inauguração do sintético da bola a prata da casa organizou as suas festividades. Bustos conta com associações, individualmente dinâmicas. Já a energia parece desvanecer quando se juntam. Penso ser possível haver uma conjunção de esforços para tornar exequível um projecto comum, por exemplo, das Verbenas de Bustos, ou outro, envolvendo associações ou instituições de Bustos – União Desportiva, Orfeão; ABC, SóBustos, Colégio, Associações de Pais e Encarregados de Educação, ProBustos, Comissões de Festas, Junta de Freguesia, etc…
A realização da ‘Feira Medieval’ na Feira do Sobreiro traz à liça a palavra de Alcides Freitas “O espaço da Feira poderia vir a ser um lugar privilegiado para funções de comércio público, exibições [mostra] de produtos industriais, actividades de natureza cívica e cultural, etc. etc” [3]. Uma sugestão a ter em consideração, enquanto não passa o sexénio do bom espectáculo ambulante promovido pela Câmara Municipal.

sérgio micaelo ferreira

Um acaso.
Há relativamente poucos anos houve um ciclo de espectáculos dedicados a instrumentos de fole. Após a exibição de um grupo estrangeiro de nomeada, a assistência repartiu-se em grupos saboreando o sentir quente da noite. Conversa, beberrica e comentários são bruscamente interrompidos pela sonorida de uma gaita de fole. Num ápice, um juntório quase sufocante envolve o gaiteiro. No jardim fronteiro ao bar, um voluntário proporcionara um segundo espectáculo. As palmas não foram regateadas. Era um artista escocês, vestido a rigor com o seu «kilt»..Vinha do Viv’Arte de Oliveira do Bairro

[1] Alcides Freitas, Lembrando Bustos, Bustos – do Passado e do Presente, Fevereiro 16, 2005.

[2] http://www.teatro-vivarte.org/ "A Companhia de Teatro Viv’Arte teve origem no Grupo de Teatro da Esc. Sec. de Oliveira do Bairro, fundado em 1988 pelo seu actual director Mário da Costa. " ... Uma sugestão: Leia-se o trabalho de Oscar Santos.
[3] Alcides Freitas, idem

12 de junho de 2007

Teatro Vivo, História ao Vivo

O teatro histórico do VIV'ARTE tornou-se um hábito nas festas populares do país inteiro, Espanha, França e Itália, atingindo o pico da fama por cá com as feiras medievais de Óbidos e Santa Maria da Feira.

O grupo, uma associação cultural com utilidade pública, tem 23 profissionais a tempo inteiro, divididos entre músicos, malabaristas, esgrimistas, uma costureira, dois administrativos e até uma animadora permanente para o teatro escolar. Os restantes colaboradores são contratados um pouco por todo o país e Espanha. Só na feira do Sobreiro eram uns 80.

São especialmente apreciados e acarinhados no estrangeiro. Em 2003, na feira medieval da Ligúria, perto de Génova, receberam o prémio La Stampa, dedicado à melhor feira histórica de Itália. Na edição de 2006 da mesma feira foram agraciados pelo próprio Presidente da República de Itália com uma medalha de mérito. O Centro Histórico de Itália criou mesmo um grupo de trabalho designado por “VIVARTE ITÁLIA” que funciona como laboratório de recriação histórica e de que o nosso VIVARTE é patrono. Coisa de pouca monta, bem se vê.

E nós por cá?
Bom, lá receberam um prémio do Teatro Vicentino de Lisboa, outro do Instituto Português do Cinema e até um outro, atribuído pelo Ministério da Defesa por um trabalho teatral sobre a paz. Quem diria!

Quanto a apoios do Ministério da Cultura, zero! Bem vistas as coisas pelo lado da gente culturalmente fina, os artistas de rua do nosso VIVARTE não passam duns incorrigíveis saltimbancos. Longe, muito longe, da verdadeira arte do ballet e do novo-riquismo dos espectáculos do La Féria… Não cheguei a perguntar-lhe, mas se calhar o Mário da Costa também não é dos que alinham nos lobies da cultura...

E o município de Oliveira do Bairro como é que trata o seu grupo de teatro histórico ao vivo? No tempo do antigamente, outro zero. Quanto ao actual executivo, paga-lhes a renda das instalações situadas na Rua do Foral, ali onde vai emergindo o traço da futura alameda da cidade.

Falta lembrar que o VIV'ARTE não se fica pela época medieval, já que reconstitui 6 épocas diferentes da história, desde a pré-história, passando pelas épocas romana, moura, cristã, alta e baixa idade média, época quinhentista, séc. XIX e suas lutas liberais.
Por isso vão recriar no Mindelo dos Açores o desembarque de D. Pedro II e, no Porto Santo da Madeira, o casamento do talvez português Cristóvão Colombo.
Quanto às feiras medievais do nosso concelho o VIV'ARTE nada recebe, limitando-se a Câmara a pagar aos grupos contratados.
Até as esmolas angariadas pelo mendigo Basilius, que chegam a rondar os 100 “trocados”, são entregues a uma instituição local de solidariedade social.

Eis o VIV'ARTE!

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oscardebustos

9 de junho de 2007

Lenda de São Lourenço-Bustos



No dia 6 de Junho de 2007 foi apresentada na Feira Medieval em Bustos, a Lenda de São Lourenço, de Bustos. A recolha foi efectuada pelo Museu de São Pedro da Palhaça, que a apresentou na Feira Medieval. A lenda foi apresentada por jovens de Bustos e da Palhaça, por Adelino Baptista, director do museu e por Paulo um colaborador. O Museu da Palhaça, tem vindo a desenvolver diversas recolhas de espólios que sem um olhar atento do Museu estariam entregues ao esquecimento. Para conhecer o conteúdo da lenda visite www.bustosalupa.blogspot.com (basta clicar em Bustos à Lupa na coluna das Ligações, à direita).
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1- Imagem cedida por Museu de São Pedro da Palhaça
2- Fotografia de Susana Nunes (BL)
3- Para consultar a página do Museu de São Pedro, poderá fazê-lo a partir das ligações.

8 de junho de 2007

Feira Medieval: um sucesso

A noite de ontem já ia bem dentro quando deixámos de ouvir os ritmados sons dos tambores, das gaitas de foles, das flautas e pandeiretas. Os cantares e danças pareciam não ter fim. Diziam-me os das gaitas de foles de Baião que poucas vezes viveram uma feira medieval tão participada e sentida. Pudera, às 3 da manhã a festa da véspera ainda mexia, para logo recomeçar, ainda a mesma manhã ia a meio!
Por trás deste sucesso esteve o VIVARTE. Nascido em 1988 pela mão do prof. Mário da Costa a partir dum grupo de alunos de teatro histórico da Escola Secundária de Oliveira do Bairro, o VIVARTE provou em Bustos porque é reconhecido a nível internacional como um dos melhores grupos de teatro histórico ao vivo.
Dele falaremos um destes dias, que o Notícias de Bustos
não faz vista grossa a gente de tamanho valor.

Para alegria da nossa Vereadora da Cultura (por mais que disfarce, nota-se bem a costela bustuense…) a Feira foi um sucesso, de longe a melhor de cinco edições concelhias.
Os sons e dançares vieram dos marroquinos “Alqarabans” e das “Bailias e Folias” de Coimbra, bem acolitados pelo aguerrido Grupo de Gaiteiros de Baião e pelos “Animamundi” de Matosinhos.

Ao todo, 80 verdadeiros artistas a que não faltaram ferreiros ou alfagemes trazidos pelos “Torques” de Huelva, encantadoras de serpentes, o mendigo Basilius (um sucesso estrondoso), falcoeiro, mercadores, pedintes, leprosos, malabaristas, esgrimistas, um sem fim de gente para alegria e folia da nossa gente.

A freguesia esteve representada por 7 tendinhas, distribuídas pela ABC, SóBustos, Orfeão, Colégio Freil Gil (2), Pré Primária e Grupo de Jovens de Bustos. Outras tantas tendinhas vieram das restantes freguesias.
O torneio medieval foi outro sucesso, porque a História também
é Festa.

A Feira Medieval na feira do Sobreiro foi uma aposta de sucesso. Só nos faltava que também a deixassem esquecida nos emaranhados gabinetes do poder.
Longa vida à Feira Medieval do Sobreiro!
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oscardebustos

7 de junho de 2007

Feira Medieval cativa Bustos

Começou no palco da velha feira de Bustos a recriação duma feira medieval. E se o dia foi dedicado à miudagem das escolas, a noite foi dos mais crescidos.
Nada faltou, desde as tendinhas de comeres e beberes a imitarem os usos e vestires medievais, à ceia ou ao cortejo de frades e penitentes com missa e tudo.

Gostei especialmente das cenas dos bobos da corte e das rábulas e farsas.

Sentada à mesa, a nobreza concelhia lá se sujeitou à sátira dos actores do nosso VIVARTE, cujo sítio pode ser visitado aqui ao lado, a partir das “ligações”.

A feira medieval é uma festa de rua e o povo e as associações do concelho não se fizeram rogados, tal era o mar de gente a encher a barriga pelas mesas rústicas e a assistir às bem recriadas cenas teatrais.
A malta de Bustos fez furor com o pão tendido e cozido na hora.

A festa continua hoje.
É entrar, meus senhores, é entrar,
que há torneios, combates de espada, tiros de besta e arremessos de catapulta!

VIVA A FEIRA MEDIEVAL!
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oscardebustos

6 de junho de 2007

Alfaces e batatas [ ambiente tem um dia]

Num grupo sentado a uma mesa no café alguém apontou para um casal que passava na rua em cima do tractor e comentou:
- Ontem vinham os dois do mercado da vila bastante desanimados. Não tinham conseguido vender a sua alface. Então eu disse: Deixem lá, dêm-na de comer aos vossos coelhos! E sabem o que me responderam? Oh, isso não! Porquê? Ora, porquê! Porque os coelhos morriam... Respondi-lhes: E queriam que os fregueses comprassem e comessem a alface que vos matava os coelhos?!... Bonito, sim senhor!
Estalaram risos. Um outro elemento do grupo lembrou a propósito: - À beira da minha casa há um terreno que o dono, vocês conhecem-no, aproveita para semear batatas, sempre batatas. Pois ele e a mulher não se cansam de aplicar produtos e mais produtos em doses reforçadas. Encharcam tudo. Gastam dinheiro e trabalho, sim, mas depois ali é batatas até dar com um pau. Uma vez falei-Ihes: Caramba, vocês carregam à bruta nos tratamentos, não seria melhor para a vossa saúde pouparem em tantos químicos? Oh, não. Estas batatas são todas para vender. As que são para nosso consumo estão no nosso quintal e com essas temos cuidado...
Um conterrâneo, que residia na cidade, ouviu a conversa e considerou:
- Até quando, num país dito civilizado, produtores de alimentos vendidos no mercado para alimentação humana vão poder continuar escondidos e sem nome, sem assumir as responsabilidades pelos danos que provocam?

Arsénio Mota, Recordações do Berço, edição do autor, 2003. p. 62

5 de junho de 2007

1 de junho de 2007

FEIRA MEDIEVAL: O PROGRAMA


Feira Medieval - BUSTOS 6 E 7 JUNHO - Largo da Feira


PROGRAMA:

Durante a feira haverá vendas de chás, doçaria e artesanato no recinto.


Dia 6 - Das 9.00h às 16.30h-Dia das Escolas: ateliers medievais, danças medievais, animações, momentos teatrais e combates organizados pelos alunos.

A partir das 19.30h - Convívio de todas as colectividades participantes na Festa da História - Danças e folguedos - Comes e bebes nas tabernas da Feira - Teatro medieval - Ceia Medieval - Espectáculo de malabares com fogo.


Dia 7 - A partir das 10.00h - Abertura da Feira Medieval - Visita do meirinho às tendas de mercadores - Arruada de tambores e timbalões - Jogos tradicionais de índole medieval - Encantadores de serpentes e contadores de histórias - Torneio de armas - Danças do Ventre - Exibição de Falcoaria - Cortejo Real pelas Ruas de Bustos - Mostra de Armas com Viv'Arte e Cavaleiros do Tempo - Juízo de heresias e malfeitorias e seu público castigo - Espectáculo de fogo - Encerramento da Feira.

1 de Junho- Dia Mundial da Criança.


No dia 20 de Novembro de 1989,foi adoptada por unanimidade nas Nações Unidas,a Convenção sobre os Direitos da Criança (CDC). Direitos civis, políticos, económicos, sociais e culturais, constituem todo um conjunto de direitos fundamentais que estão presentes na CDC. Quatro são os pilares fundamentais que sustentam os direitos das crianças: A não discriminação, o interesse superior da criança, a sobrevivência e desenvolvimento e a opinião da criança.

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Imagem retirada do Portal UNICEF Portugal, clique sobre o título para visitar o Portal.