31 de outubro de 2010

IPSB ['COLÉGIO DE BUSTOS'] - QUADRO DE EXCELÊNCIA. 10º ano

QUADRO DE EXCELÊNCIA
ENSINO SECUNDÁRIO – 10º ANO

10º Ano – TURMA A
João Pereira
Laura Oliveira
Mariana Cunha
Pedro Espadilha

10º Ano – TURMA B
João Vidal
Mariana Oliveira
Sara Agrellos
Vanessa Santos

10º Ano – TURMA C
Bárbara Liberal
Bárbara Ferreira
Mariana Fardilha

30 de outubro de 2010

BUSTOS - UNIÃO DESPORTIVA ... GALERIA DOS DIRECTORES: "Menino Jesus"

Amândio Conceição Ferreira, vogal das Direcções da União Desportiva de Bustos nas épocas:
. 1981/82 - 2ª Divisão Distrital.
. 1883/84 - 1ª Divisão Distrital.
...
O 'Menino Jesus' recorda que cada director desembolsou 40 contos [199,52 €] para sair da direcção com as contas a zero.
Mesmo não fazendo parte dos órgãos sociais, o Amândio ajudou sempre o Clube.
...


29 de outubro de 2010

'COLÉGIO DE BUSTOS' - QUADRO DE EXCELÊNCIA 2009/2010 - 9º ANO


ENSINO BÁSICO – 3º CICLO
QUADRO DE EXCELÊNCIA – 9º ANO

9º ano – TURMA A

Carolina Pinhal
Gonçalo Oliveira
Inês Pereira
Inês Mota
Mariana Oliveira
Pedro Raínho

9º ano – TURMA B
Paula Lopez
Tânia Melo

9º ano – TURMA D
Cristiana Campos
Diogo Quintaneiro

9º ano – TURMA E
David Martins
Inês Moreira

_______________





'COLÉGIO DE BUSTOS' - QUADRO DE EXCELÊNCIA 2009/2010 - 8º ANO


ENSINO BÁSICO – 3º CICLO
QUADRO DE EXCELÊNCIA – 8º ANO

8º ano – TURMA A

Beatriz Andrade
Raquel Bastião

8º ano – TURMA B
Sara Vida

8º ano – TURMA C
Ana Pereira
Diana Maia
Rúben Cunha
Tânia Salvador

8º ano – TURMA D
Carolina Martins
Marta Abrantes
Roberto Carvalho

8º ano – TURMA E
Adriana Santos
Joana Pereira

'COLÉGIO DE BUSTOS' - QUADRO DE EXCELÊNCIA 2009/2010 - 7º ANO


ENSINO BÁSICO – 3º CICLO
QUADRO DE EXCELÊNCIA – 7º ANO


7º ano – TURMA A
João Ferreira

7º ano – TURMA B
Bruno Vale
Daniela Almeida
Marta Rocha

7º ano – TURMA C
Carlos Martins
Liliana Silva

7º ano – TURMA D
Regina Oliveira

7º ano – TURMA E
Ana Pinto
Ana Querido
Cristina Perciuleac
Joana Pedreiras
Sofia Oliveira

28 de outubro de 2010

COLÉGIO DE BUSTOS (6º ano). Excelência! … Venha ao Quadro.

QUADRO DE EXCELÊNCIA (2)


ENSINO BÁSICO – 2º CICLO

6º Ano – Turma A

Catarina Rodrigues

Diogo Rodrigues

6º Ano – Turma B

Adriana Carvalho

Ana Raquel Brito

Bárbara Santiago

Gabriela Sobreiro

Gustavo Freitas

João Cardoso

6º Ano – Turma C

Inês Arada

6º Ano – Turma D

Ricardo Vieira

Rogério Ventura

6º Ano – Turma C

Joana Moreto

Karla Pereira

Sofia Bôrras

_____________

(2) “O quadro de excelência reconhece os alunos que revelam excelentes resultados escolares e produzem trabalhos académicos ou realizam actividades de excelente qualidade, quer no domínio curricular, quer no domínio dos complementos curriculares.” in Despacho Normativo n.º 102/90, de 12 de Setembro de 1990 (Roberto Carneiro)

“O RAFAEL”, UMA MARAVILHA DE RESTAURANTE



“A tradição na Bairrada”, assim se intitula o texto que a revista “Notícias Sábado”, que é distribuída juntamente com o “Jornal de Notícias” e “Diário de Notícias”, dedica, na edição do passado dia 23, ao restaurante “O Rafael”.

A sopa do lavrador, o robalo assado no forno, o bacalhau assado na brasa, o leitão e a chanfana de cabra velha são alguns dos pratos destacados pelo articulista, entre muitos elogios a “uma casa com grande tradição, onde ainda se pode apreciar alguns pratos característicos da região, bem confeccionados, comida de lume de tacho e de forno, uma maravilha.”

26 de outubro de 2010

CRÓNICA: OS KIVIS DE MINHA MÃE

(São os pequenos gestos que transformam o mundo.)

Certo dia uma missionária, de visita ao sul da China, ficou tão fascinada com um estranho fruto,que fez questão de levar para casa, na Nova Zelândia, algumas sementes. Destas fez bom uso um viveirista local que, em 1910, conseguiu obter os primeiros frutos. Foram os primórdios de uma nova vida para a planta e para o fruto, então apelidado de Groselha Chinesa. Isto porque logo se multiplicaram os gestos e os frutos quando os agricultores da Nova Zelândia apostaram na plantação de grandes pomares, iniciando a produção em larga escala.

É em meados do século XX que, por razões comerciais, a Groselha Chinesa recebe o nome de Kiwi (o mesmo da ave, símbolo da Nova Zelândia) assumindo-se também como um dos emblemas do país. Inicia-se depois um processo que dissemina o Kiwi, espalhando o seu consumo e produção pelo resto do mundo. Até que, em meados da década de oitenta, chega à Póvoa de Bustos, instala-se nas traseiras da casa dos meus pais.
Os Quiuís, ou Quivis, adoram estar aqui. Poderão ter vindo lá dos antípodas, mas adaptaram-se a esta terra, a este sol, tornando-os casa sua. Caem dos galhos com garbo, parecem um exército de tão organizados, de tão coerentes na forma e no tamanho. E têm pelos, ora ter penugem é coisa própria de bicho, não de um fruto. E este, mesmo quando está maduro e suculento, não deixa de ser verde lá por dentro.

Cada um terá o seu gosto, a sua preferência, eu gosto de os deixar a maturar no meio das maçãs. Ficam ali num namoro, trocando fluidos, até que chega o dia em que se despedem desta vida. Umas vezes ataco de faca, outras de colher mas, invariavelmente, devoro-os com deleite.
Aproxima-se a colheita deste ano e os frutos mostram-se suculentos, mais orgulhosos do que nunca. Dir-se-ia que retribuem a atenção que minha mãe lhes devota. Dir-se-ia que perante cuidados tão extremosos eles retribuem, crescendo alegremente. Sem suspeitarem que as suas vidas se cruzam, que há um destino que amarra planta e plantadora.

“Vou ter que os mandar arrancar que eu já não tenho forças e não arranjo quem cuide deles,” confessa minha mãe fitando-os com desvelo. Percebo na sua voz uma emoção conformada. Returco fazendo uso de uma lógica urbana, própria de quem da agricultura tem uma vaga lembrança: “Não os arranques, deixa-os ficar aí!”
Minha mãe abre os olhos de espanto. Perante tão escandalosa proposta responde com autoridade e certeza: “Não sou capaz. Deixá-los aí ao abandono, nem pensar!”

A pensar fiquei eu, numa tentativa de aplacar a minha enorme ignorância. Dei por mim a descobrir coisas tão importantes quanto belas e fiquei a saber um pouco mais da essência do lavrador, da ética e da sabedoria de minha mãe Esmeraldina. Quem passou a vida inteira a cuidar das árvores e das plantas, quem organizou os seus dias em função do cultivo do solo, multiplicando sementeiras e colheitas não trai a sua essência, a sua razão de ser, a sua condição agrícola. Quem sempre viveu da terra e ama a natureza não abandona plantas e frutos, não despreza essa razão de vida, esse ganha-pão.

Já conhecia as virtudes do Quivis para a nossa saúde, das suas combinações vitamínicas, da importância dos seus elementos minerais. O que eu não suspeitava, até porque tal conhecimento que não vem nas enciclopédias, é que cada um deles me pode dar também o sabor de quem os trata, o amor de minha mãe.

Belino Costa

COLÉGIO DE BUSTOS (5º ano) - Excelência! ... Venha ao Quadro

QUADRO DE EXCELÊNCIA (*)

ENSINO BÁSICO – 2º CICLO

5º Ano – Turma A
Bruna Silva
Catarina Viegas
Francisca Silva
Guilherme Carriço
Mafalda Oliveira
Mariana Martins
Rita Amante

5º Ano – Turma C
Gonçalo Guedes
Henrique Tavares
Inês Ribeiro
João Luzio
Miguel Costa
Paulo Santos
Tatiana Santos
Tomás Pereira

5º Ano – Turma D
Asly Pires
João Pinhal
Maria Navas
Mariana Marques
Mary Silva

5º Ano – Turma E
Ana Rita Oliveira
Eva Reis
Francisco Leal

__________________________
(*) “O quadro de excelência reconhece os alunos que revelam excelentes resultados escolares e produzem trabalhos académicos ou realizam actividades de excelente qualidade, quer no domínio curricular, quer no domínio dos complementos curriculares.” in Despacho Normativo n.º 102/90, de 12 de Setembro de 1990 (Roberto Carneiro)

25 de outubro de 2010

INICIADOS DO U.D.BUSTOS MANTÊM INVENCIBILIDADE

LAAC   1  vs  2   U.D.BUSTOS

A equipa de iniciados do Bustos mantém a onda de vitórias. A partida foi difícil para os pupilos da U.D. Bustos e pelo resultado podem ver que não foi tarefa fácil, mas o querer, a garra e a vontade ajudou  a conquistar  mais uma vitória. Foram 70 minutos de grande sofrimento, mas no fim  do jogo ficámos com a sensação do dever cumprido.

Estão todos de parabéns pela forma que encararam o jogo.

O próximo jogo é contra o Mealhada, em Bustos. O Mealhada está em segundo lugar, com os mesmos pontos que nós, mas com menos golos marcados. Venham apoiar e ajudar-nos a ganhar esse desafio tão importante para os nossos objectivos.


Mister adj.
Jimmy Oliveira

24 de outubro de 2010

BUSTOS - No Campo da "UNIÃO DESPORTIVA"... houve FAIR PLAY


O futebol de rua e pé descalço (1), a nivelar por baixo, conforme o status da época, era praticado na estrada, adro ou coradouro , com bola de trapos, quantas vezes surripiados. Empurrões, cotoveladas e rasteiras faziam parte das habilidades exibidas em jogo. Raramente a assistência ultrapassava os transeuntes. No fim do jogo, a equipa derrotada marcava.
Cada um regressava a casa, a escorrer suor e em corrida, para evitar a queda do Carmo e a Trindade. Normalmente, o avô era o protector.
Isto para concluir que o aperto de mão quase não existia. Vivia-se no tempo do beija-mão.
Foi com agrado que foi possível assistir ao aperto de mão entre as três equipas que estiveram presentes no Campo Dr. Santos Pato, pela tarde de sábado, dia 23 de Outubro‘2010.
Outro momento em que as equipas estiveram à altura dos seus pergaminhos, foram as merendas degustadas no acolhedor espaço do ‘Bar’.

O Anadia parece ter convencido. Com 2 a 0.
___________________________
(*) se o jogador não quisesse tirar as botas ou chancas era certo que não jogava.

sérgio micaelo ferreira

23 de outubro de 2010

COLÉGIO DE BUSTOS - CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA, com VALOR

Sempre que «o mundo pula e avança» a escola adquire cada vez mais importância no concerto de uma sociedade sem tempo para estar com os seus educandos.
Não se pode alhear que a escola continua a ser um dos poucos territórios onde se tenta eliminar barreiras que desrespeitam os direitos das crianças…


A Revista do Frei Gril – Magazine nº 11 de Setembro do Instituto de Promoção de Bustos (vulgo Colégio de Bustos), entre diversas rubricas que merecem ser visitadas, divulga os Quadros de Excelência e de Valor (2009/2010) (1) engalanados por um apreciável lote de alunos reconhecidos por se distinguirem na construção da sua cidadania com “Amor, Trabalho e Sacrifício” (2).

Nomes que merecem aplauso.

A que o Colégio não é alheio.


QUADRO VALOR

5º ANO
João Duarte, 5º A
Micael Ramos, 5º A

6º ANO
Tatiana Oliveira – 6º A
Miguel Carriço – 6º B
Rafael Santos – 6º B
Bruno Mendes – 6º C

7º ANO
Beatriz Lourenço – 7º E
Cláudia Guedes – 7º E
Ricardo Almeida – 7º E

8º ANO
Soraia Cunha – 8º C
Sócrates Bôrras – 8º D

9º ANO
Jéssica Ferreira – 9º B
Rúben Melo – 9º B
Maria José Almeida – 9º E
Miguel Ângelo Costa – 9º E

10º ANO
Vítor Rodrigues – 10º A
Carlos Bornes – 10º B
Daniel Carvalho – 10º B
Flávia Costa – 10º B
Inês Oliveira, 10º B
Paulo Mota – 10ºD

11º ANO
Anita Silva – 11º A
Daniela Melo – 11º A
Daniela Ferreira – 11º B
Fátima Ferreira – 11º B
Henrique Oliveira – 11º B
Henrique Filipe – 11 B
João Santos – 11º B
Andreína Martins – 11º C
Daniela Martins – 11º C
Diana Braga – 11º C
Hugo Luís – 11º C
Vânia Pato – 11º D
Susete Almeida – 11º E

12º ANO
Tatiana Pinhal – 12º A
Ana Rita Pires – 12º B
Andréa Oliveira – 12º C


Inês Santos – Informática de Gestão, 2º ano
_______________________
(1) O Despacho Normativo n.º 102/90, de 12 de Setembro de 1990, de Roberto Carneiro, Ministro da Educação, no âmbito da reforma educativa, cria os quadros de valor e de excelência.
E, entre vários considerandos, é “à escola que, no âmbito da reforma educativa, compete à escola, enquanto espaço de vivência democrática e agente dinamizador de inovação social e cultural, prosseguir eficazmente aqueles objectivos, reconhecendo sistematicamente os alunos que se distinguem pelo seu valor, demonstrado na superação de dificuldades ou no serviço aos outros e pela excelência do seu trabalho.”
A organização dos Quadros de Valor e de Excelência é regida por legislação posterior.

(2) in Teresa Brójo, desenho da Capa da Revista)

(3) “O quadro de valor reconhece os alunos que revelam grandes capacidades ou atitudes exemplares de superação das dificuldades ou que desenvolvem iniciativas ou acções, igualmente exemplares, de benefício claramente social ou comunitário ou de expressão de solidariedade, na escola ou fora dela.” Do Despacho Normativo citado.
......
sérgio micaelo ferreira

22 de outubro de 2010

MANUEL TAVARES DA SILVA «BARATEIRO» , PARA ALÉM DE BUSTOS




A Associação Beneficente, Cultura e Recreio da Mamarrosa [ABCRM], suporte institucional da Banda, chegou a ter expressivo contingente de sócios de Bustos. Hilário Costa foi o artífice para que tal acontecesse. Facto que merece ser relembrado.
De Manuel Tavares da Silva é o cartão de identidade nº 145 da ABCRM. É devido um agradecimento à sua viúva, Cacilda Mota, pela cedência do cartão.
Manuel Tavares da Silva* (Barateiro, alcunha herdado do seu pai Albano Barateiro) também foi uma personagem que participou em iniciativas de índole social, tendo desempenhado papel relevante na organização associativa do futebol em Bustos.
---
Uma nota: O Ti Albano Barateiro tinha um sócio. Apesar do movimento comercial, os resultados de gerência não eram os que pensava ter. A causa dos baixos resultados estaria na actuação do sócio, supunha-se.
Como pôr cobro a esta situação? Na ocasião, o filho Manuel estava na idade de ir para os estudos. A Mãe, Ti Glória, determina:
- O Manuel vai tirar o Curso Comercial!
---
(um agradecimento especial ao Dr. Assis Rei por ter proporcionado mais uma revisita ao Bustos de ontem).
Participaram na elaboração deste Postal: - Duarte Mota e Sérgio Pato.

sérgio micaelo ferreira

21 de outubro de 2010

Classificação 2ªDivisão Série H Iniciados


(Clique sobre a imagem para a ampliar)


Futebol. Os Iniciados da UDB (Série H) lideram a tabela classificativa da 2ª Divisão do Distrito de Aveiro, com os mesmos pontos do Mealhada. A equipa, que tão bons resultados tem obtido, irá defrontar a equipa do LAAC, no campo sintético de Aguada de Cima (Águeda) no próximo domingo, dia 24, pelas 11 horas.

Em luta pela subida à 1ª divisão os atletas e treinadores apelam ao apoio da massa associativa, num jogo onde prometem lutar por mais uma vitória.

Força miúdos!

CASA DO POVO DE BUSTOS [cartão]

A Casa do Povo de Bustos deverá ter sido a última instituição criada nos finais do Consulado de Caetano. Teve curta duração mas durante a sua vigência foi parceira do na construção das obras de remodelação e ampliação no condomínio do Palacete.


NB edita imagem do cartão da Casa do Povo de Bustos emitido em 20.08.1975, de Manuel Simões Mota (Mota Guerrilhas).

Um agradecimento a Cacilda Mota pela cedência do Cartão.

__________________________

Nota: Participaram na emissão deste postal: - Duarte Mota e Sérgio Pato

sérgio micaelo ferreira

20 de outubro de 2010

AO SERVIÇO DA UNIÃO DESPORTIVA DE BUSTOS


Os clubes de futebol estão entre as instituições que mais trabalho exigem para que semanalmente as equipas possam disputar os encontros calendarizados.
É de elementar justiça trazer à janela os colaboradores da pesada máquina do futebol que serviram os clubes de Bustos através dos tempos.

João Nunes Ferreira foi primeiro presidente da Direcção da renovada U. D. B., época 1972/73. E também na época seguinte, conforme consta no cartão.

É devido um agradecimento a Natividade de Almeida pela cedência do cartão e fotografias do União.

Sobre João Nunes Ferreira aqui e também aqui
sérgio micaelo ferreira

19 de outubro de 2010

BUSTOS - SUBPOSTO DA GNR (1º contingente?)





A primeira abordagem pública para que uma força da GNR fosse instalada em Bustos, deverá ter partido da Comissão de Melhoramentos’1960.

A Junta de Freguesia em sessão de 24.06.1962 discute “o problema da criação de um Subposto da Guarda Nacional Republicana, …” (1)
.........

Para a história de Bustos fica o registo do primeiro (?) contingente da GNR que serviu em Bustos.

Outra foto de autor desconhecido que faz parte da colecção Bustos d’Outrora (recuperada por Alberto Martins).



Solicita-se a sua legendagem. É provável que na composição desta força da GNR esteja um elemento que mais tarde emigrou para os Estados Unidos.

18 de outubro de 2010

OS REIS FAZEM CARDEAL EM BUSTOS




No tempo do travão associativo, Bustos dispunha de duas associações com ampla inserção local: a União Desportiva de Bustos e a Mútua de Gado Bovino (s.e & o). A criação eufórica, mas bem-vinda, da Biblioteca Fixa (1) era uma excepção.


“O” União congregava jogadores locais e das povoações vizinhas, os jogos atraíam aguerridos e aguerridas aficionados da bola, os bailes da U. D. B. no Salão estavam sempre cheios e a camisola de Bustos era conhecida para muito além da vala o Sobreiro.

A Mútua de Gado contava com a solidariedade lutuosa para compensar o(s) dono(s) pela perda por doença de um ou outro bovino. Normalmente o cobrador deslocava-se de bicicleta e quando andava a recolher a “mutualidade” bastava dizer o nome do desventurado que tinha ficado sem o animal para receber a comparte.

Entretanto a construção da igreja do Corgo traz um novo élan a Bustos. A dimensão da diáspora de Bustos foi conhecida através das suas dádivas para a construção da Jóia da Freguesia.

Além do mais, construção da igreja do Corgo contribuiu ainda para a criação e enraizamento de uma tradição: o Cortejo dos Reis Magos.

Com mais ou menos plástico, com mais ou menos tecnologia, com mais ou menos arrebiques, com mais ou menos fuga ao passado o que conta é a perseveração do espectáculo de teatro de rua onde por surgem quadros que são autênticas surpresas. O da Lidénia, o Cristo e o Sol merece destaque. O fotógrafo, mesmo desconhecido, é outro artista que fixou um momento raro da representação...

O alfacinha Manuel Sol* tem pinta de cardeal . A Lidénia e o Cristo até parecem verdadeiros acólitos do 'cardeal' do lugar da Fonte da Barreira.

- - -

(1) A Biblioteca Fixa da Fundação Calouste Gulbenkian (de Bustos) abriu em 18 de Fevereiro de 1961 com o empenho do então estagiário de Bibliotecas Itinerantes Arsénio Mota, só não fechou as portas mal nasceu, porque o Dr. Assis Francisco Rei garantiu mensalmente o pagamento da renda que se prolongou por vários anos. Uma realidade que ainda há bem pouco tempo foi ignorada. Os Irmãos Martins (Abel e Manuel) e a Prof. Zairinha bibliotecários que deram vida aos livros adormecidos também estão na galeria dos servidores da comunidade.

* também colaboraram na apresentação da foto: Fernanda Pardal, Sérgio Pato e L.O.C .

sérgio micaelo ferreira

17 de outubro de 2010

BUSTOS [IGREJA]: TORRE COM NOVAS HORAS


A cada pancada tua,
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto.


Fernando Pessoa,
Ó sino da minha aldeia


Uma torre de igreja sem relógio, ainda que os sinos se façam ouvir com força e sons bem timbrados, falta-lhe cumprir a norma para cada dia: dar as horas.


Relógio que foi prometido. Logo que a torre estivesse construída, o Sr. Visconde de Bustos “ofereceria um excelente relógio com mostrador. Isto mesmo foi anunciado à missa conventual,…” (1).
Só que não passou de promessa.
Mas, a torre não deixou de ter o seu relógio, que era regularmente assistido para que não se esquecesse de dar as horas.


(foto colecção Bustos d'Outrora, Alberto Martins)

Entretanto, construída a nova igreja no Corgo, a sua torre exigia um novo relógio. O P.e Vidal não descura o caso e, logo no Jornal da Bairrada, (23 07 1966), tenta cativar “qualquer emigrante a realizar o sonho: por 45 contos [224,46 €]” para ficar com o seu nome ligado à oferta do relógio.
Assim aconteceu.

Passadas décadas, a igreja e a torre foram sujeitas a obras de conservação e de manutenção.

Era indispensável renovar o relógio.



Não havia meio das horas se libertarem.
Até que as horas rasgam o céu das aves, dos aviões e dos fumos.
A torre tem um novo relógio.
Uma oferta do casal Hilário Costa (Filho) e Adília (2), informou membro qualificado da Fabriqueira da Paróquia.
O relógio da torre da igreja continua com nome de emigrante.
Um sonho do P. Vidal.

_______________________________

(1) in Óscar Santos, “O Relógio …”, Bustos – do Passado e do Presente, Junho 21, 2004. aqui
(O. S. transcreve a peça ‘O prometido relógio” publicado no jornal “Farol da Liberdade”, nº 7, de Abril de 1920… )
(2) São emigrantes de Bustos nos U. S. A.

sérgio micaelo fereira

16 de outubro de 2010

RUA DO DEPÓSITO DE ÁGUA



Foi em Novembro de 1980 que se inaugurou a avenida da Igreja, ligando o Corgo à Quinta Nova. Trinta anos depois estão em marcha as obras que visam transformar o caminho do depósito de água (a vermelho na foto) numa rua digna de tal nome. Os trabalhos estão orçamentados em 406.975,71 Euros. Em breve o Corgo ficará ligado ao Sobreiro, sendo criado um novo quarteirão e uma nova frente para a construção de edifícios.

15 de outubro de 2010

FAZ HOJE 100 ANOS! A PRIMEIRA VEREAÇÃO REPUBLICANA DE OLIVEIRA DO BAIRRO



A última sessão da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro em tempo de Monarquia aconteceu no dia 1 de Outubro de 1910. Estava-se longe de pensar que seria a última. A sessão abriu às dez horas da manhã estando presentes José Filipe dos Reis (presidente) Manuel de Oliveira Motta (vice-presidente) José Nunes e António Rodrigues Capucho, (vereadores), tendo faltado por motivo justificado o vereador Joaquim Manuel Albuquerque.
A reunião durou uma hora e, para além de tratar dos pagamentos, tomou uma única deliberação:

Disse o Sr. Presidente que tendo sido intimado na sobredita qualidade, para comparecer no lugar do Sobreiro, freguesia da Mamarrosa, d’este concelho, no dia 4 do corrente mês por onze horas da manhã, a fim de assistir à vistoria ordenada na reclamação de Augusto Simões da Costa, da Quinta Nova, com relação ao alinhamento dado por esta Camara a Rosa Nunes ou Rosa Gallega e irmã, do referido lugar do Sobreiro, entendia que a Câmara se devia fazer representar por um advogado e por isso assim o propunha. A Câmara deliberou aprovar por unanimidade esta proposta e autoriza o senhor presidente a passar procuração a advogado competente.

A implantação da República não justificou a compra e abertura de um novo livro de actas, bastou mudar de página. A primeira sessão da nova Comissão Municipal Republicana do Concelho de Oliveira do Bairro aconteceu a 15 de Outubro de 1910. E no livro, iniciado em 1 de Maio de 1909, contam-se por 24 as linhas que separam a Monarquia da República. Logo no início da folha 88 o regime republicano institucionaliza-se:

Sessão extraordinária da Comissão Municipal Republicana do Concelho de Oliveira do Bairro.

Aos quinze dias do mês de Outubro e mil novecentos e dez, por onze horas da manhã, nesta vila de Oliveira do Bairro e paços do concelho compareceram os cidadãos Manuel dos Santos Ferreira, Joaquim da Silva Pires, Jacinto Simões dos Louros, Manuel Oliveira Motta e Manuel Rodrigues Simões de Sousa, nomeados por alvará de oito do corrente mês, do Exmo Sr. Governador Civil deste distrito, vogaes efectivos da Comissão Municipal Republicana deste Concelho de Oliveira do Bairro. E tendo todos prestado o devido juramento, que lhes foi deferido pelo administrador deste concelho, Bacharel Abilio Napoles, o cidadão Manuel de Oliveira Motta, que na qualidade de vogal mais velho e em harmonia com o preceito do artigo 13º do Código Admnistrativo, havia assumido a presidência, convidou os vogais presentes a procederem por escrutínio secreto e com as formalidade legais, à eleição daqueles que entre si hão-de exercer os cargos de presidente e vice-presidente da referida Comissão. Em seguida, passando todos os vogaes presentes a ocupar-se da mencionada eleição pela maneira que fica indicada, resultou serem eleitos para presidente o cidadão Manuel dos Santos Ferreira e para vice-presidente o cidadão Manuel de Oliveira Motta.
Achando-se pois eleitos presidente e vice-presidente da Comissão Municipal Republicana deste concelho tomaram todos os seus respectivos lugares e o sr Presidente declarou aberta a sessão.

Os trabalhos decorrem com toda a normalidade, tendo a comissão dado despacho dos requerimentos e pagamentos. Dada a importância histórica do momento e o empolgamento geral, seria de esperar uma declaração de caracter político, uma manifestação de fé no novo regime. Mas tal não aconteceu, ficando as referências ao momento político por uma telegráfica deliberação, entre outras:

A comissão deliberou fazer-se representar pelo Sr. Administrador deste concelho, bacheral Abilio Napoles, nos funerais dos paladinos da liberdade Dr. Miguel Bombarda e Vice-Almirante Cândido dos Reis, que se hão-de efectuar no dis 16 do corrente mês na cidade de Lisboa.
Deliberou mais a comissão que no 22 do corrente mês, por onze horas da manhã e na sala das suas sessões, se procedesse à arrematação em hasta pública do fornecimento e condução de cincoenta metros cúbicos de pedra para a reparação da estrada municipal que conduz desta villa de Oliveira do Bairro ao lugar da Murta; ordenando que, para constar, se passassem e fossem afixados os competentes editais nos lugares mais públicos deste concelho. (...)

A sessão terminou pelas duas da tarde. A República estava instituida e a funcionar, também em Oliveira do Bairro.


 
Mas teria mesmo acabado a Monarquia? Bastaria uma acta para cumprir todas as formalidades decorrentes do fim do regime?
Não. Cumpridos os formalismos legais faltava ainda um gesto. Simbólico, seguramente, mas é sabido que as revoluções não se fazem sem o derrube de algumas estátuas. Naquele dia, 15 de Outubro de 1910, coube a um homem de Bustos a iniciativa de de cumprir esse designio e, simbolicamente, derrubar a Monarquia em Oliveira do Bairro. Jacinto Simões dos Louros conta nas suas memórias como tudo aconteceu:

Tomei posse e a minha primeira proposta foi a seguinte: A monarquia findou e para que o seu simbolo não continue a essombrar o frontespício dos Paços deste Concelho, proponho que seja destruido. A minha proposta foi posta à votação sendo aprovada por aclamação.
Foi encarregado o oficial da Camara de falar a alguém para destruir o escudo e não se atreveu a arranjar ninguém para fazer esse serviço. Todos se recusaram com medo. Fui eu quem pediu ao oficial da Camara que troussesse um martelo e uma escada e fui eu quem fiz o escudo da monarquia em cacos!

Não há relatos de que estrago maior tenha sido produzido em Oliveira do Bairro por motivo da implantação da República. Tudo aconteceu de forma ordeira, pacífica e racional. A mudança de regime, aqui como no resto do país, constituiu uma eloquente afirmação de patriotismo e cidadania. De republicanismo!

Belino Costa


14 de outubro de 2010

'JAZZ' DE BUSTOS NA COSTA NOVA DO PRADO (OUTRORA)


Tempos houve que conjuntos ocasionais de Bustos animavam os bailaricos da Costa Nova do Prado.
Sabe-se que o Atlântico, organizado por António Pato (baterista), actuou na Costa Nova. A angariar fundos para os gavetas ...
O conjunto da imagem parece tratar-se de uma tuna...
mesmo que não seja possível completar a legenda, a foto é uma 'Legenda' de Bustos.

13 de outubro de 2010

BUSTOS - JÚLIO BARREIRO: CONSTRUTOR DO SEU AUTOMÓVEL


Não há muito tempo, um bustos-descendente andava na azáfama da extracção blocos de granito de uma pedreira e eis que os seus olhos ficam ofuscados com um filão de alto teor de ouro. (adaptado de episódio contado por um bustuense da diáspora). Paralelismos com este caso não são raros.
Sérgio Pato andava a pesquisar fotos de uma área que felizmente existem com alguma profusão, quando Manuel de Oliveira Sol e a Fernanda Pardal aparecem com um filão. Uma fotografia de Novembro de 1968 com Júlio Barreiro. Um senhor mecânico e condutor que conhecia Portugal como poucos, ou não tivesse sido condutor do Sr. Visconde a calcorrear pelo país.

Não havia azinhaga que Júlio Barreiro não soubesse onde ficava, dizia-se.
De um encontro de futebol com os Gavetas retomo o excerto:

“ … Júlio Barreiro com o carro montado por ele, até parecia falar esperanto: carroçaria Nash, motor Ford, e o mais que tivesse à mão. O certo é que o trabalhar do motor parecia um relógio suíço”.(1)

Era frequentemente visto com um alicate, chave de fendas e um arame, equipamento indispensável para atender a qualquer percalço mecânico.

Mais condutores houve, alguns já estão referenciados… A nossa história ainda mantém escondidos alguns fragmentos. Urge recuperá-los.

Entretanto são propostas visitas a alguns ‘locais’ associados aos primeiros automóveis em Bustos e/ou personalidades relacionadas com os protagonistas da foto.

....

(1) “Eloi do Belenenses” garante a vitória dos Gavetas, Bustos - do Passado e do Presente; Novembro 12, 2004,
(in Jornal da Bairrada, 07.04.2004)
[o episódio seguiu a informação prestada pelo Eng.º Néu Pato (Eng.º Santos Pato)].
* onde está Júlia (Barreiro), deve ler-se Júlia ... (Arnaldo Barreiro)

12 de outubro de 2010

RALLYPAPER TT A 31 DE OUTUBRO



Depois do sucesso do 1º Rallypaper TT da Junta de Freguesia de Travassô chegou agora a vez de Bustos. O 1º TTPAPER da Junta de Freguesia de Bustos vai também ser uma mistura de Rallypaper com Todo Terreno. Orientação por Roadbook, Condução cega, Minigolf e Pista de Trial são apenas algumas provas que podem encontrar neste desafio.

Será no Domingo dia 31 de Outubro (é feriado na segunda-feira).

O primeiro prémio é um GPS no valor de 100€, o segundo uma Smartbox Radical e o terceiro uma Caixa de Espumante (6 grfs).
A inscrição inclui pequeno almoço, almoço e jantar (leitão).
Tudo isto por apenas 19,99€ por pessoa.

É diferente... Experimenta.


In: http://trincatolinhas.blogspot.com/2010/10/1-ttpaper-da-junta-de-freguesia-de.html

11 de outubro de 2010

Acção Médico-Social

A Acção Médico-Social, acção levada a efeito pelo Orfeão de Bustos, consiste no rastreio mensal de doenças cardio-vasculares, e é uma proposta da associação sustentada pelo apoio de um vasto conjunto de médicos e enfermeiros que se voluntariam ao serviço da população.

A iniciativa remonta à constituição da própria associação e, ao longo de mais de 27 anos tem ajudado tantos quantos a utilizam a seguir mais de perto e regularmente o seu estado de saúde.

Em Outubro, a acção médico-social terá lugar no dia 17, domingo, das 9:30 às 12:30 horas, no Posto Médico de Bustos.

São disponibilizados testes de glicémia, colesterol, triglicerídeos, medição de tensão arterial, aconselhamento técnico, etc.

Todos os equipamentos em uso pelos técnicos foram adquiridos pela associação este ano, de modo a poder continuar a garantir condições de fiabilidade.


Cuide da sua saúde - O Orfeão pode ajudar

BUSTOS ANIMAÇÃO - ante-ABC

(clicar sobre a imagem para ampliar)

As camisolas da União Desportiva de Bustos emprestavam colorido à corrida de bicicleta.

Foto anterior à demolição da casa comercial anexa ao Palacete.

É possível situar o evento e identificar os figurantes (?).

Hilário Costa, Filinto Lourenço. … estão identificados. É um começo.

O sportinguista é o Sol. Um agradecimento pela cedência da foto.

---


10 de outubro de 2010

no «Pátria»: Expedindo ilusões.





Poema
Mãe!
Não me digas
que foi sempre assim
que sempre, o medo
foi a nossa herança.
Mãe!
Eu quero partir as tábuas dessa lei.
----
com a devida vénia:
Vítor Evaristo (1/3/1950, Diário Popular), in recolha de Manuel Ferreira, no reino de Caliban III, Plátano Editora, 1997
r

My way, Tozé Condesso


BUSTOS - LUGAR DA FONTE DA BARREIRA - um recanto eloquente


(clicar sobre a imagem para obter ampliação)
Lugar da Fonte da Barreira - Um recanto eloquente da Fernanda e do Sol ...

8 de outubro de 2010

7 de outubro de 2010

BUSTOS - CINCO D'OUTUBRO (no plural)




A 'Biblioteca' de Bustos esteve no '5 de Outubro' de 2010



A 'ABC' não hasteou a Bandeira para não 'provocar' o patrono do Palacete

FAZ HOJE 100 ANOS: OLIVEIRA DO BAIRRO PROCLAMA A REPÚBLICA



A notícia da proclamação da República chegou a Oliveira do Bairro no dia 6 e logo os republicanos concelhios espalharam a boa nova organizando a manifestação de adesão ao novo regime para a tarde de sexta-feira, dia 7.
A solene proclamação é recordada na edição de "O Ideal" de 18 de Fevereiro de 1911, num texto assinado por Salcio Dias,  que evoca um dia límpido, esplêndido de sol.

Ordenado o cortejo na Raposeira, de bandeiras verde rubras drapejando no ar puríssimo, subiu ladeira acima ao som da Marselheza. Era um passeio triumphal aquelle com as notas revolucionárias palpitando no azul. Entro na villa e seguiu para o Paço do Concelho. Uma vez ali, proclamou-se o novo regímen.
Houve discursos, palmas e ovações. Entre outros falou o sr.dr. Breda. As sua palavras, vibrantes de enthusiasmo sincero, calaram no animo de todos, estou certo disso. Fallou dos trabalhos que a Ideia Nova houvera de vencer para triumphar; deixou transparecer o seu desgosto por não ter a dita de empunhar uma arma nas horas anciosas da Rotunda. Fallou por fim do que a Republica faria. Um clarão de justiça illuminaria a nossa pátria, um grande abraço d’amor uniria todos os cidadãos.

Também “O Nauta”, na edição de 13 de Outubro, assinala o momento:

Na sexta-feira passada, as comissões parochiais republicanas da Mamarrosa e Troviscal, acompanhadas de grande número de pessoas, foram a Oliveira do Bairro, onde as esperava a musica daquela villa, hastear a bandeira republicana no edifício dos paços do Concelho.

E acrescenta o jornal de Procópio de Oliveira a propósito da inesperada mudança:

Por aqui, como talvez por todo o paiz, a inesperada mudança de regime deixou ébrios d’alegria todos aquelles que vêem na republica a salvação do nosso querido Portugal, que outrora tantas e tão evidentes provas de amor pátrio mostrou aos olhos de todo o mundo civilisado, que o contemplava com orgulho e admiração e se curvava reverente perante o patriotismo dos seus heróis, mas que agora agonizava, jazia oprimido e vexado por uma política mesquinha, hedionda e deshonrosa.

Tal como acontecera em Lisboa também os republicanos da província acreditavam na ressurreição da pátria e apelavam a um amor impossível que uniria todos os cidadãos. Faziam-no com a mesma fé com que outros afirmavam a existência de Deus. É o que deixa claro Jacinto Simões dos Louros quando, em correspondência de 1956, dirigida a Vitorino Reis Pedreiras, afirma ter sacrificado a minha vida e da minha família à santa que mais adoro, a República
Mas o sonho republicano é um pesadelo para os monárquicos e conservadores do concelho. Segundo Armor Pires Mota,  a residência paroquial de Oiã era, por assim dizer, o quartel-general da Monarquia em terras do Concelho de Oliveira do Bairro, tornando-se depois o semanário “Echos do Vouga” a sua guarda avançada.

O  “Echos do Vouga” dá-nos uma visão dos acontecimentos diametralmente oposta à empolgada visão de “O Ideal”. E se os republicanos apelam à ordem, ao trabalho e ao respeito, o Padre Abel da Conceição no semanário que se assume como um agente da verdade contra o erro, da luz contra as trevas, logo a 8 de Outubro, promete combater o novo regime que é apresentado em tons sangrentos:

A morte violenta do Dr Miguel Bombarda veio precepitar o movimento fazendo de Lisboa um campo de morte e de ruína, onde centenas de soldados e populares tombaram numa lucta feroz e sanguinária.

A visão catastrofista prolonga-se em declarações onde se diz que Portugal vai a caminho da morte. Os republicanos, por seu turno, são apresentados como canalha devassa e prostituída a atirar salpicos de lama ao oiro da nossa história . Mas nem só de  exageros e mentiras se faz a mensagem do jornal católico, há também alguma sobranceria.

A notícia da república foi mal recebida, a não ser por três ou quatro indivíduos, cujo valor político se pode representar por um 0.

Em Bustos António Duarte Sereno, Visconde de título adquirido em 1908, não só recebeu “mal a notícia” como sofreu de forma muito especial porque, estranha ironia, a revolução acontecera no dia em que comemorava o seu 51º aniversário.

Belino Costa