31 de janeiro de 2010

O "31 de Janeiro de 1891" - dá início às Comemorações do Centenário da República





O '31 de Janeiro de 1891' celebrado hoje no Porto dá início às comemorações do centenário do regime republicano instaurado em Portugal pela vitoriosa revolução de 5 de Outubro de 1910.
Está aberta mais uma oportunidade para discutir as traves mestras que suportarão o futuro, por exemplo:
Revisão administrativa: diminuição do número de freguesias, de concelhos e posterior regionalização.
Desertificação - populacional, industrial e ambiental
Biodiversidade
...

Serão alguns temas que poderiam de ser lançados durante as "Comemorações do Centenário" da República instaurada pela revolta de 5 de Outubro de 1910.
...
Administrativamente Portugal continental está repartido em 4257 freguesias agrupadas em 308 concelhos (s.e.&o).

O esforço orçamental para sustentar a duplicação de equipamentos postos à disposição da vizinhança só para cumprir as promessas eleitorais, e para pôr em funcionamento a máquina administrativa poderia ser substancialmente diminuído com a diminuição do número de freguesias e de concelhos. A divisão administrativa não pode ser feita com a régua e esquadro e máquina de calcular. Há que atender à concentração versus disseminação dos agregados populacionais. Os critérios a seguir para a concentração das freguesias e concelhos do Portugal desertificado terão de ser diferentes a aplicar na banda do litoral.
Cada vez que a descentralização avança mais um passo, as autarquias reclamam mais verbas. O que é justo.
As autarquias defendem que são as mais poupadas e que gastam melhor o dinheiro do contribuinte.
Mas qualquer contribuinte que não faça parte dos órgãos da máquina administrativa também deve questionar que se pode poupar na despesa do orçamento do funcionamento da máquina administrativa, sem prejuízo para as populações.
A revisão administrativa é uma questão que deve atravessar transversalmente a sociedade.
Não basta um parágrafo ou dois em discursos de circunstância. E depois assobiar para o lado.
sérgio micaelo ferreira

25 de janeiro de 2010

BUSTOS - "REIS MAGOS" (anos 60?) NA BIBLIOTECA

A «Biblioteca» de Bustos apresenta um lote de 10 fotografias cedidas por Hilário Francisco Ferreira e que estão reunidas sob o tema “Reis Magos” (anos 60?).
A Mostra está patente ao Público desde o dia 18 a 28 de Janeiro.
Segundo informação, tem havido comentários de natureza etnográfica, a merecer registo.

23 de janeiro de 2010

ELEIÇÕES - SOBUSTOS COM FRACTURA EXPOSTA: A VENCE B

A SOBUSTOS encerrou mais um período eleitoral
A Lista A venceu as eleições para dirigir os destinos da SOBUSTOS no período 2010 a 2012.ver NB 20.1.10 SÓBUSTOS, 23 DE JANEIRO - DIA DA CRUZ aqui

A lista A obteve com52 votos, contra 34 da lista B. Um voto solitário foi o registo do voto em branco.
Os votos da lista A correspondem a 59,8 % dos votos entrados nas urnas. A lista B ficou-se pelos 39,1 %.



Festejada a vitória, será desejável que a nova direcção reúna condições para que inicie o seu trabalho.
A oposição, concentrada na lista B, normalmente desintegra-se após a derrota.
Vamos ver...
Entretanto, o modo como irá decorrer a sessão ordinária da Assembleia-Geral para a aprovação das contas de Gerência de 2009, poderá vir a mostrar que a fractura havida, está cicatrizada.

A vitória da Lista A foi comemorada com espumante da #Prima Gala#.

sérgio micaelo ferreira

SÓBUSTOS: eleições concorridas

Como o NB tinha noticiado, tiveram hoje lugar as eleições para os novos orgãos sociais da SÓBUSTOS.
Dos 119 associados inscritos, votaram 87, o que representa um universo de 73% dos eleitores.
A lista A, cujo elenco directivo é presidido pela Áurea Simões Martins, venceu com 52 votos. A lista B teve 34 votos, registando-se ainda um voto nulo.
Bem pode dizer-se que a maioria dos associados preferiu a continuidade.
Terão sido as eleições mais concorridas em Bustos.
Para os novos eleitos, a hora é de união, de esquecer a disputa eleitoral. Por isso mesmo, o Presidente da Mesa da Assembleia Geral - Milton Costa, vai convidar todos os associados para estarem presentes na tomada de posse dos novos eleitos, cerimónia que irá ter lugar em data próxima, mas ainda a definir.

22 de janeiro de 2010

JOÃO PEDRO, DE BUSTOS - " UM MÚSICO SINGULAR"


João foi o último dos Pedros a partir. E avisou.

Rosinda Oliveira fixou João Pedro, músico de bandas e de conjuntos. NB edita a partitura desta esta autora.
"João Pedro - um Músico singular*
João Pedro, nome de músico.
João Francisco Pedro, nome de registo.
Nascido em 21 de Novembro de 1913, fez a quarta classe (hoje 4° ano) de noite, na escola de adultos. É casado com D. Rosa (uma das tais senhoras, filhas de Manuel da Rica), reformado e mora na rua das Lagoínhas, ali próximo quase das bombas de gasolina do Senhor Mário da Silva Cravo, na estrada da Caneira.

Tocou na Banda de 1932 quase até 1966. Além da nossa Banda, tocou também na do Troviscal, na da Pocariça, nas duas de Fermentelos e na Tuna da Amoreira da Gândara. Era primeiro cornetim e, como os mestres de todas estas Bandas se davam bem, de vez em quando, para determinados serviços em que o predomínio de certos sons agudos exigia uma especial capacidade de afinação e altura, lá pediam ao senhor Professor Jaime para lhes dispensar o músico João Pedro.
E foi assim que ele percorreu várias festas e romarias incluído noutras Filarmónicas.
Nesse tempo era natural fazerem-se permutas de certos elementos, entre os regentes das Bandas... Verdade seja que um só músico, às vezes, podia valer mais em termos de qualidade artística do que dois ou três de outro nível inferior.
A este propósito, o senhor João Pedro referiu-nos até várias dessas suas façanhas em relação a tais "empréstimos".
Uma vez, o senhor Professor José de Oliveira tinha um serviço para uma localidade, a 39 Km de Viseu, de uma certa responsabilidade. E lá veio ele.
- Jaime, preciso do João Pedro para domingo.
- Bem, mas olha, que à noite temos nós serviço na Escumalha (hoje Vilamar) e eu quero-o cá, à tardinha.
- Fica descansado, antes do pôr-do-sol, nós estamos cá à vontade.
E o João Pedro lá foi sob a batuta de José de Oliveira para terras de Viriato.
Fizeram missa, procissão... Depois começou o regresso. Só que o senhor Professor José de Oliveira era pessoa muito conhecida nas povoações por onde passavam. E claro, toca de parar, distribuir alguns abraços, trocar umas palavras... O tempo foi-se escoando, abafado, nervoso ... João Pedro de boca calada, colada aos dentes, via as horas correrem como loucas e a tarde madura a cair para a penumbra... E o caminho ainda longo, grandalhão, a separá-lo da santa terrinha. Onde chegou... Chegou, mas já as 11 horas da noite se tinham escapado do relógio da torre.
João Pedro sabia o compromisso com o seu mestre: fazer a noitada na Escumalha. Pega na bicicleta e ei-lo na direcção dos Covões que bem conhece, mas daí para a frente... até à Escumalha?!... Nunca tinha amaciado tal caminho... os pés ignoravam-no completamente, bem como a sua bicicleta... Que fazer? Desistir não, nunca.
Entretanto lobriga luzes de foguetes, lá bem longe do seu nariz. Estrelejam nos ares, os céus riem às luzinhas e chamam-no, iluminando-lhe o caminho e o pensamento... Levanta-se o ânimo no seu peito... - Deve ser acolá, é só seguir as luzes do fogo de artifício que me chamam.
E podem não acreditar, mas foi assim que João Pedro chegou a Vilamar ou Escumalha...
Esbaforido, quase sem fôlego, ei-lo que sobe ao coreto onde o mestre Jaime já havia distribuído pelos colegas a última peça da noite...
Mas eis que avista o músico do aluguer e logo de imediato muda de estratégia: recolhe os papéis já nas mãos dos músicos e entrega "As canções portuguesas", uma peça que então só a Banda da Mamarrosa interpretava e onde se ouvisse era sempre sucesso garantido. E foi o que aconteceu. João Pedro chegara mesmo na hora H para puxar do cornetim os célebres agudos que a partitura exigia.
João Pedro cantava também a solo na orquestra sacra da Banda. Diz ele que nasceu da Banda em que tocou ainda durante a vida do senhor Professor Jaime (uns oito anos) e também continuou com os filhos José e António.
Contudo, ao mesmo tempo que tocava na Banda, como a Música era a sua própria vida, ele fez parte de outros agrupamentos musicais onde tocou trompete.
Logo de início, por volta de 1932, criou em Bustos (donde era natural) um jazz que apelidou de "Rádio". A seguir tocou também vários anos, mais ou menos até 1939, nos "Perus" (orquestra do Troviscal). De seguida ele e o Manuel Ferreira saíram dos “Perús” e formaram este duo "João Pedro e Ferreira" (João Pedro tocava clarinete ou trompete e Manuel Ferreira acordeão).
"João Pedro e Ferreira" tornou-se um conjunto bastante conhecido e afamado, sempre com muito serviço, chegando a cumprir 39 trabalhos (actuações), só no mês de Agosto, descansando apenas um único dia: o 28.
Escusado é dizer que iam de umas localidades para as outras, sempre de bicicleta e com os instrumentos às costas... Nas vésperas de São João do Sobreiro – Bustos, diz ele que chegaram a dar duas voltas a toda a Freguesia (de Bustos), a pé e a tocar.
Uma vez foram fazer um serviço perto do Matadouro de Ílhavo e mal acabaram, puseram-se a pedalar direitos ao Luso para onde estavam convidados e iam actuar logo a seguir …
Este conjunto musical "João Pedro e Ferreira" durou até 1947, data em que ele e outros músicos organizaram um novo conjunto: o Jazz Central do Troviscal. Aí permaneceu uns dezoito anos até finalizar em 1965-1966, e desses seus colegas do Central é hoje o único músico vivo.
Recorda-os todos com saudade e lembra as grandes amizades que se estabeleciam entre os músicos do seu tempo.
Agora, queremos nós aqui registar a apreciação que este músico fez dos dois irmãos e grandes mestres dos sons: os maestros José e Jaime, os dois filhos do professor Manuel José de Oliveira, ambos fundando cada qual a sua Banda Filarmónica: o José a do Troviscal, em 1911 e o Jaime a da Mamarrosa, em 1916.
Segundo João Pedro, o senhor Professor José não precisava de partitura para dirigir, tinha tudo na memória que era extraordinária; o senhor Professor Jaime só dirigia pelo papel, mas em compensação, compunha e escrevia Música na perfeição e era mais meticuloso em certos pormenores do que o irmão José. Mas eram os dois excelentes.
Em ar de desabafo, num misto de saudade e alguma verdade, afirma-nos este homem: - "No meu tempo a Música era natural, as notas entravam e saíam dos instrumentos para dar prazer a quem as ouvia. Agora com esta evolução do tempo, apareceu esta música sintética e as notas entram no bolso"
Supomos que o senhor João Pedro se refere, como é evidente, a um determinado e bem característico número de conjuntos sonoros da actualidade que primam pela camuflagem da autenticidade musical.
Para finalizar esta entrevista aqui fica uma música "A marcha João Pedro" que ele próprio dedicou à Banda; trata-se do arranjo para 1° clarinete (o que ele executava); a partitura completa encontra-se em Fermentelos".
...

in Rosinda Oliveira, A Banda Filarmónica da Mamarrosa – Música na Batuta do Tempo, (pg.s 268 a 272) edição da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, 2001.

Em 28.11.08,NB editou: João Pedro – um músico de eleição, aqui

Nota do editor NB –
* a) Um obrigado a Rosinda de Oliveira por ter feito a radiografia do João Pedro, interventivo na música de banda e de conjunto
b) João Pedro produziu um «passo doble» (para o “Central”, se a memória é fiel) que porventura deve estar gravado. O Pai, João Francisco Pedro, que, segundo se dizia, foi um tocador de viola que encantava os “auditórios”, transmitiu o ADN da música aos seus filhos: Manuel, João, (último a partir), Amadeu (construiu a sua primeira viola. Nos USA foi o professor de música – creditado – do seu neto). A Clarinda, por ser mulher, não teve possibilidade de mostrar os prováveis dotes da arte dos sons.
As bandas, os conjuntos e os amigos do João Pedro «estiveram» hoje na Mamarrosa. O Zé Valério também não podia faltar.
sérgio micaelo ferreira, 22.01. 2010 (sexta-feira)

21 de janeiro de 2010

CIPRIANO ... 'A SALTO'


Com fundas raízes bafejadas pela aragem do azul-metálico do mar de Quiaios, nascia Cipriano Nunes, quando o ano de 1951 cumpria a sua viagem efémera. Dois anos feitos e o Cipriano, irmão mais novo da Celeste e da Carlota, entra em Bustos ao colo da sua Mãe (1) na companhia do agregado familiar de então. O Pai (2), carpinteiro, vinha trabalhar para Evaristo Pinto, com larga folha de obras. Por essa altura, Evaristo Pinto "tinha três ou quatro carpinteiros a trabalhar"...o Sr. Sérgio seguiu os passos do Sr. Mamede e do Sr. Valsas, também de Quiaios, os quais viveram e trabalharam anos em nossa casa" (3). Anos depois, o Sr. Sérgio ingressava na recém criada SMIDA(4).

Infância?, ... só abreviatura!

A sua infância foi igual a tantas outras da década. Tinha de criar os seus brinquedos, jogar à bola descalço, brincar ao bugalho e ao pião e aprender a andar de bicicleta, ir aos ninhos, armar os costelos, nas noites de Verão apanhar pirilampos (luze-cus). Poucos anos durou a brincadeira. As bocas em casa tinham de ser alimentadas e os tostões escasseavam.



(foto cedida por Milita Aires)


A partir das férias grandes da 3ª para a 4ª classe, o Cipriano experimentou a dureza da vida de trabalho. Enquanto os companheiros ainda podiam jogar a bola no adro da Igreja Velha ou no coradouro da Fonte do Corgo ou no Largo do Rossio,.. o Cipri era aprendiz de carpinteiro na SMIDA, sob a vigilância directa de seu Pai. Uma nota de vinte escudos (5), foi o soldo da primeira semanada. Exame da 4ª classe concluído, entregou a saca da escola à Mãe e ei-lo a acompanhar o Pai e seu Mestre para retomar o lugar, já seu conhecido.

Domingo era dia de descanso?
A Cacilda e mais tarde a Áurea vieram aumentar para sete o calor do Lar. Mas não se vivia do ar….
A Sr.ª Celeste e o Sr. Sérgio não eram terra-tenentes na terra de adopção. O Cipriano andaria pelos treze anos e ei-lo a amealhar mais uns tostões fora das horas do emprego.
Vamos ouvi-lo:
“… aos domingos, nos dias de festa, ou noites de baile, etc. engraxei sapatos e no final do dia lá conseguia ganhar uns 30 escudos (6). [Cheguei a ter] vergonha porque pensava que era um trabalho de miséria.”

Entretanto, pouco tempo trabalhou na SMIDA. Passou por mais dois serviços em Bustos onde o processo de ensino-aprendizagem era atormentado com agressão gratuita. O diabo muito pão teve de amassar para o Cipriano comer.
«Vítima fui, infelizmente era um método de educação ancestral, sobretudo com os mais fracos saidos de um nivel social inferieur. Como diz a canção da Edith Piaf "je ne regrette rien"».



A S.ª Celeste condoía-se… sofria em surdina. O tormento acumulava-se dia-a-dia, até que em 1968 o Cipriano ingressa no Stand Justino (Aveiro) como ajudante de mecânico. Valera-lhe o empenho de um amigo do Eng.º Justino, o Senhor Adriano Morgado, emigrante dos USA então regressado para desfrutar a reforma na sua terra.
Cipriano deslocava-se diariamente na carreira da Empresa José Maria dos Santos ou de motorizada Honda – comprada em segunda mão.
Aqui é tratado como pessoa. A realidade do mundo abre-lhe horizontes de uma esperança escondida.

O baterista entra em cena…
O uso das primeiras lâminas de barbear coincide com a corrida aos bailaricos e arraiais à busca de uma furtiva troca de olhares enamorados. Desencontros e calcadelas durante um pé de dança faziam a confiança encoberta. Tentava-se fintar a vigilância surda do “arame farpado” enrolado em xailes de coscuvilhice.
O arraial não era considerado festa enquanto não fosse colocada uma “flor” na lapela pelas mãos a adivinhar carícias não conseguidas...
Cipriano tem presente um lote de grupos musicais que deram brado: “Pavões, Perus, Central, Ferreira Júnior, Faraós, Estrela Azul e outros …” e, comparando as épocas, considera que «povo gostava mais de festas que actualmente, embora o dinheiro fosse pouco, havia mais alegria».
Em “68 tinha eu 17 anos de idade. Eram os Beatles os nossos ídolos. A minha vontade era ser baterista”.
Não se cansava de ouvir os seus discos … As canções acompanhavam o bater do coração. O ritmo morava dentro de cada um de nós.

O Conjunto Amadeu Mota vem a caminho ...
O Cipriano aprendeu a gostar de música com o Mário da Lena, então “vocalista e guitarrista no grupo musical Ferreira Júnior”. Quando se encontravam, ouviam, cantavam e apreciavam as canções debitadas pelos discos.
Retrocedendo a esse tempo ainda mantém o desejo: «Gostaria de um dia encontrar o Mário da Lena». Emigrou para os EUA em 1972.
O Cipriano ainda «prestou provas como vocalista» ...mas o que pretendia mesmo era ser baterista.
Deu os primeiros toques de bateria com o Fernando, dos «Faraós». Esteve com o Edmundo Nogueira (saxofone) e Mário Martins ‘Barroca’ (acordeão) no efémero conjunto «Elas e Eles», também da Mamarrosa.

Entretanto, «chegou o Amadeu com grande experiência na música e aí formámos o grupo», “Amadeu Mota”
Era tempo das despesas mínimas. Tudo mínimo. A «aparelhagem era mínima e o carro de aluguer era suficiente», enquanto os outros conjuntos «tinham carros americanos que consumiam 20 e 30 litros aos 100 Km. (belos tempos!) o nosso taxista era o Sr. Miguel, de Vagos».

A partir do sucesso alcançado na tarde da nossa apresentação exibindo "boas canções da época, no Salão de Campanas" (7), o conjunto ‘Amadeu Mota’ acumulou uma carteira de contratos sempre em ascensão. E as fãs não faltavam..
Entretanto as exigências repartidas pelo emprego e pelas noites do serviço do “Amadeu Mota” e os vinte anos a chamá-lo para o serviço militar «fizeram-me pensar no futuro».

Desligar-se do Conjunto «Amadeu Mota» do qual ainda tem boas recordações, foi a decisão menos difícil. O serviço militar e a guerra colonial garantiam um futuro incerto e de longa duração.

Ele lá tinha a sua ideia. Tinha procurado muito, meio à boca calada, que a guarda punha-se à coca” (8)

Como os amigos são para as ocasiões, encontra alguém conhecido que vivia em Lyon (França) e o orienta na longa aventura.

A 30 de Agosto de 1970, os dois viajam de comboio de Aveiro - Porto. Discretamente - passam por Felgueiras, onde recebem mais dois companheiros até Chaves, fim do percurso ferroviário do quarteto.
Aqui fintam possíveis vigilantes, atravessam a fronteira a pé – de noite – sem a ajuda de ninguém.
«Já em Espanha, ainda próximo da fronteira, descansámos numa "meda" de palha até ao amanhecer.

O 'pas de problème' teve a conivência de Espanha

De seguida, na estrada nacional mais próxima, um autocarro levou-nos até Léon (Espanha). Prosseguimos a viagem de comboio até Hendaye (França).
Em Hendaye (pas de problème).
Nenhum controle pela Polícia das Fronteiras.
Entrámos descansados em França.
Após quatro dias de viagem chegámos a Lyon.
Aí fiquei durante 24 anos.»
...
O «A Salto» fez história ...
Sair de Portugal para não cumprir o serviço militar foi um acto de natureza política contra o regime de Salazar. Cipriano não estava isolado. O fluxo dos emigrantes 'a salto’, no período compreendido entre 1967 e 1974, teria ultrapassado os 350.000 clandestinos. E os mancebos em idade militar ajudaram a engrossar este número.
O cômputo geral representava consciente ou inconscientemente um acto político que o regime quis ocultar, censurando as notícias.
As irmãs [Celeste e Carlota], apanhadas de surpresa, contam que só mais tarde souberam da fuga do Cipriano e que se encontrava bem em França.
_________


(1) Maria Celeste Nogueira São Miguel (1928 - 1983)

(2) Sérgio Marques Nunes (1928 – 1979) carpinteiro, veio para Bustos para trabalhar na SMIDA (3) Esclarecimento de Franklin Pinto, filho de Evaristo Pinto. Um bem-haja.
(4) SMIDA - Manufactura Industrial de Madeiras. Inicialmente instalada no Sobreiro na antiga serração de Joaquim Tribuna.
(5) 20$00 = 0,10€
(6) 30$00 = 0,15€
(7) O Salão de Baile das Campanas, antes foi armazém de sal.
(8) odete ferreira, freixo à la minuta … (recontos) [Riba Douro], edição Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta, 1996.


Notas
(a) Um agradecimento a Cipriano Nunes por permitir que seja publicado um esboço do seu retrato de uma época particularmente difícil da sua vida.
(b) A peça não pretende ser exaustiva, NB espera que CN aceite o desafio de escrever as suas memórias de emigrante… de nómada ... dos reencontros ... Férias...
(c) reitero o agradecimento ao Franklin pela sua prestimosa ajuda.

d) Cipriano no Notícias de Bustos, consultar aqui e aqui
sérgio micaelo ferreira.(se&o)

20 de janeiro de 2010

SÓBUSTOS, 23 DE JANEIRO - DIA DA CRUZ





A SÓBUSTOS vai eleger os ÓRGÃOS SOCIAIS para o triénio de 2010 a 2012. A actual direcção mereceu do eleitorado o prolongamento da sua recondução. Mas o final do mandato em curso implodiu a rotura.
Há duas listas (A e B) a concorrer. Às claras, não houve divulgação do programa. Também não é preciso. Manter em actividade as anteriores valências, proporcionar qualidade de vida aos utentes e quadros da instituição, garantir interactividade com meio e a comunidade é o que se deseja.
E não será pouco.
Eis a composição das Listas por cada Órgão Social:


ASSEMBLEIA GERAL

Lista AASSEMBLEIA GERAL
Milton Simões da Costa
Dina Eugénia Reis da Costa
Dorinda Simões dos Santos Capão

Lista BMESA DA ASSEMBLEIA-GERAL
Paulo Bacelar Reis Pedreiras
Manuel da Conceição Pereira
Maria Clélia Vieira Figueiredo

DIRECÇÃO

Lista A - DIRECÇÃO
Áurea Martins Simões
Arsénio da Cruz Ferreira
Manuel Tavares Romão
Álvaro Ferreira da Cruz
Dilva Ferreira Tavares das Neves Barata

Lista A - SUPLENTES DA DIRECÇÃO
Isaura de Seabra Vieira Liberal
Manuel Nunes Simões dos Santos
Mário Martins dos Santos …
António Simões Romão da Conceição
Matilde Ferreira dos Santos

Lista B – DIRECÇÃO
Maria Dulce Costa
Humberto Reis Pedreiras [Chico]
Vasco Martins Micaelo
Diamantino dos Santos Ribeiro
Adélio Martins dos Santos

Lista B – SUPLENTES DA DIRECÇÃO
Albino Jesus Carvalheiro
António Sá Ferreira
Carlos Alberto Fernandes Cardoso
Leonel Oliveira Canão
Aida Fernandes dos Santos


CONSELHO FISCAL

Lista A – CONSELHO FISCAL
Óscar Aires dos Santos
Alexandre Francisco Duarte
Virgílio Ferreira

Lista A - SUPLENTES DO CONSELHO FISCAL
Mário Simões Capão
Adélio Martins dos Santos
Manuel da Silva

Lista B – CONSELHO FISCAL
Manuel Fonseca Martins
Virgílio Ferreira
Arménio Martins Tarrafo

Lista B - SUPLENTES DO CONSELHO FISCAL
Manuel Joaquim Simões Pedro
Deolinda Graciosa Simões Canão
Mário dos Santos Justiniano
...
s.e.& o.

MAIS UMA FOTO EM BUSCA DE LEGENDA


A rua espreita. De lá chega o sol que ilumina meios rostos. Irrompe pelo estabelecimento, quase ofusca. Seria Verão, a avaliar pelas camisas brancas e as mangas arregaçadas.
Sobre a mesa dois copos, uma picheira e papel que terá servido para acondecionar a bucha. Um dos copos está cheio, o outro vazio.
Quem são os jovens? Onde fica a taberna? Quem seria o fotógrafo?
A fotografia integrou a exposição de 1982 que teve lugar no ABC. Falta saber o resto. E dizer que se trata de um belo retrato.

BC

14 de janeiro de 2010

EXPOSIÇÃO INDIVIDUAL DE EMERENCIANO



EXPOSIÇÃO INDIVIDUAL DE EMERENCIANO
NA OLGA SANTOS GALERIA


EMERENCIANO irá apresentar ao público uma exposição individual antológica de pintura intitulada “TODA A ARTE É CRÍTICA DE ARTE, TAMBÉM!”, lembrando Fernando Pernes, no próximo dia 15 de Janeiro pelas 21h30m, na Olga Santos galeria.

Esta mostra estará patente ao público até ao próximo dia 27 de Fevereiro, e reunirá um conjunto de trabalhos do artista.



Nota do autor:

«TODA A ARTE É CRÍTICA DE ARTE, TAMBÉM!»
lembrando Fernando Pernes

O meu vizinho não é toda a gente nem qualquer um, e eu não evito toda a gente e qualquer um onde me exponho, artista-plástico, e a escrita existe porque é preciso dizer o dizível, considerar este aspecto fundamental da ligação entre um lado e outro de mim, entre o dentro e fora, ela trabalha sobre o que pode mudar o conhecimento do labirinto que me traz às vezes silencioso. Sem saber se digo de mais ou de menos, e eu habito, no meu ofício do ser, pessoa de pensamento, encaminhando-o para dentro da pintura, aceitando o processo reflectido da arte sobre a realidade pessoal e social. Vizinho da compreensão daqueles que pertencem também ao pensamento e têm o acato do meu interesse e não me encerro, olho em redor, vejo a desatenção dos que ficam fora da idealização, que pertencem também à história pessoal, e a minha curiosidade manifesta-se por vezes sem surpresa. Prossigo com o meu trabalho, ou com a vida, e desse universo das pessoas próximas refiro os professores, os artistas, os críticos, os poetas, os ensaístas e os filósofos. Dos professores destaco nesta circunstância o professor Jorge Pinheiro, era eu seu aluno na Escola Superior de Belas-Artes do Porto (1972 – 1973), porque me apresentou ao crítico Fernando Pernes na perspectiva de pertencer a uma galeria que seria dirigida por ele. A galeria não abriu, tinha lugar na Rua de Campo Alegre, projecto do arquitecto Sisa Vieira. Estive com o Fernando Pernes em sua casa (1973) para que visse a pintura que então eu realizava, e retenho uma sua observação precisa do que era bem esclarecedor de um caminho, um sentido primitivo do que pude e venho a realizar. O 25 de Abril de 1974 surge, acontecimento de grande relevância, que justifica o envolvimento das pessoas em reuniões na Escola Superior de Belas-Artes e Cooperativa Árvore. O domínio da reflexão e a acção política partidária não obstou algumas decisões consequentes das artes plásticas, por ventura as mais decisivas pelo acção e alcance que tiveram na criação do Centro de Arte Contemporânea dirigido pelo Fernando Pernes no Museu de Soares dos Reis, o aparecimento da Galeria do Jornal de Notícias dirigida pela Ana Maria Ramos de Almeida, e a Galeria Módulo com direcção de Mário Teixeira da Silva. Expus individualmente na Galeria Módulo (1979) e na Galeria do Jornal de Notícias (1979 e 1985). O Fernando Pernes visitou-me nessas exposições e recordo as conversas que tivemos, e os textos que amavelmente escreveu para algumas que realizei, uma das quais na galeria Roma e Pavia, entretanto criada e dirigida pelo Fernando Marques de Oliveira.

O primitivismo do meu trabalho arrasta o sentido primeiro convoca a atenção imaginativa do simbólico, leva-me a inventar símbolos que aproximo, e a exposição realizada na Galeria do Jornal de Notícias (1985) permitia já antever consequências de transformação, era uma exposição que no dizer de Fernando Pernes explicava já a minha pintura. Esta ideia de uma exposição ser também explicação do todo vaticina um propósito sublinhado ainda por Fernando Pernes no catálogo da exposição que realizei na galeria Roma e Pavia (1981), quando ele diz que «toda a arte é crítica de arte, também!». Há uma consequência, portanto, na obra repensada na sua intenção representativa, consequência da transformação proposicional das diferenças que acentuam a repetição subtil de algo de uma arte que se entrega ao discurso. Assim justifico as palavras pertença da obra devedora das ideias, ideias que são processos mentais partilhados, que devotambém àqueles que escreveram e/ou falaram sobre o meu trabalho. A obra manifesta-se espaço privilegiado de uma escuta, a escuta que distingue o que a serve e não, o que a história lembrará porque foi uma contribuição positiva, mesmo se crítica no sentido preciso do termo, e o que poderá entender-se por disparate. E disparates não foram seguramente o que me disse e escreveu o professor Fernando Pernes, recordando-o neste momento em que se encontra doente, e dedicando-lhe esta exposição.

Emerenciano, 2009-12-31

____________________
Programação:
José Rosinhas
jrosinhas.olgasantosgaleria@gmail.com


Direcção:
Olga Santos
osantos.olgasantosgaleria@gmail.com


13 de janeiro de 2010

REGINA ALVES


Por vezes cedemos à tentação de pensar que bustuenses são aqueles que aqui nasceram.
Essa é a verdade formal, mas ainda assim uma verdade incompleta. Em boa justiça devemos dizer que bustuenses são também aqueles que, apesar de nascidos em outro lugar, aqui vivem e são participantes activos da vida em comunidade. São os que se tornaram bustuenses pelo coração.

É o caso de Regina Maria da Silva Bicho Alves, a recém eleita presidente do Orfeão de Bustos. Chegar a este lugar é algo de natural para quem tem dedicada muitas das suas energias à música e ao Orfeão. Fundadora do Cantábus – festival bienal de música tradicional e integrante do grupo Cantares Populares de Bustos, Regina Alves tem afirmado com trabalho, paixão e música a sua condição de bustuense. E bem. Muito bem. Uma condição com responsabilidade dupla porque se estreou também como deputada na Assembleia de Freguesia.

Energia, seriedade, entrega, por certo não lhe faltarão. E se à frente do Orfeâo estará como peixe na água, veremos como navega nas quietas águas da política local.

Parabéns Regina! Boa sorte e, sobretudo, que nunca te falte ambição.

Belino Costa

12 de janeiro de 2010

BUSTOS - EM DIA DE CORTEJO DOS REIS MAGOS (Década de '60?) - 3


Os turbantes dos pajens fazem situar o cortejo em terras arábicas do Oriente.

sérgio micaelo ferreira

BUSTOS - EM DIA DE CORTEJO DOS REIS MAGOS (Década de '60?) - 2




Hoje, o moinho de vento é um quadro etnográfico a merecer museu.Ou poderá ser recuperado para a produção de energia eléctrica?

BUSTOS - EM DIA DE CORTEJO DOS REIS MAGOS (Década de '60?) - 1




No domingo, 10 do o1, houve Reis Magos com Cortejo de Oferendas e com o epílogo do leilão. O frio não conseguiu abafar o entusiasmo dos participantes, figurantes e assistentes.
NB edita algumas fotografias de Cortejo dos Reis Magos do tempo em que o dinheiro não abundava e a construção da igreja nova não podia parar.
Um agradecimento a Hilário Francisco Ferreira pela cedência amiga das fotos que testemunham uma época áurea de Bustos, em toda a extensão.

11 de janeiro de 2010

MANUEL PEDRO (Manuel Brasileiro) FALECEU - o 'UNIÃO' prolonga o luto



FALECEU
MANUEL SIMÕES PEDRO
01.01.1931 - 10.01.2010
As cerimónias do funeral terão início às 16H00
na Casa Mortuária de Bustos.


As sextas-feiras na Ceresta do Quintal, Rua Bernardo Guimarães, Bairro Quintino Bocaiúva e a dedicação voluntária à União Desportiva de Bustos marcarão presença na Memória das Figuras de Bustos do Manuel Simões Pedro, conhecido entre nós por Manuel Brasileiro ou Manuel da Etelvina

A Berenice de Jesus Pedro e Família as nossas condolências.

10 de janeiro de 2010

Mais uma porta fechada…



Cabeço de Bustos, Janeiro de 2010

Mais uma porta fechada…

Éramos vizinhos e, sobretudo, amigos.
Antes de chegar a casa, era ali que parava para o cumprimentar, ver no seu rosto a alegria com que me recebia. Ele e a esposa.
- Olá, Irenita, já vieste?

Foi ainda há tão poucas horas que estive com ele. Sentado à mesa, saboreava o jantar e os «mimos» com que a sua Belarmina, sempre atenta, o rodeava.
- Feliz Ano, Sr. Fontes!

Senti-o um pouco mais cansado do que o habitual. Mesmo assim não perdera a indómita força de viver e o sorriso aberto de quando lhe entrávamos porta dentro, quase sem avisar.
Era o futebol a sua grande paixão. Mas em primeiro lugar, o filho (emigrante nos E.U.A.) e os netos - que idolatrava! O Tino e a Michelle!

A sua lucidez era impressionante.
Falou da compra e venda de jogadores, dos milhões investidos, dos melhores treinadores, do seu Clube favorito – o Futebol Clube do Porto – e das suas equipas do coração: a União Desportiva de Bustos e a nossa Académica!

- Leva umas tangerinas, filha…. São tão doces!

Abre os álbuns fotográficos e relata, pausadamente, mas com orgulho, os momentos mais marcantes da sua vida de ouro. Quantos amigos! Aqui e além, uma cara minha conhecida…
Fora brilhante! Presidente, durante dez anos, do Portuguese Sporting Club, em Perth Amboy, New Jersey, não poupou esforços para fomentar a aprendizagem da língua portuguesa, tendo sido o fundador da primeira escola com essa finalidade.


- Hoje sou um homem crente! Fiz um Curso de Cristandade que mudou radicalmente a minha vida…
… voltar para a América? Não, quero ficar aqui, na minha terra… ir um dia destes para a porta do Zé Valério…. Sinto-me tão bem, dou os meus passeios, vou ao futebol, tenho sempre o meu lugar reservado no campo do U.D.B. Gosto de ver a rapaziada jogar…

- Vens cá amanhã?
Voltei atrás para lhe dar mais um abraço naquele Ano Novo renovado de esperanças…

Foi à tarde. Senti, abruptamente, mais uma porta fechada na minha meninice quase reencontrada.
Ou talvez não….
A manhã irradia! Abro a porta da cozinha e os meus olhos procuram-nos no quintal…
Ele lá está, precisamente onde o deixei, sentado ao sol, as pernas negando-se a obedecer-lhe….
Socorre-se da cadeira eléctrica.

- Foi o meu filho que ma mandou da América, trouxe-a o Fernando…. E conta, divertido, o episódio do amigo, num coxear fingido, para conseguir trazer, no avião, sem problemas, o almejado veículo…

Lida, junto à casa, a sua companheira inseparável, no cantinho de terra que reservou para si, plantando, regando, mondando, vendo crescer cada couve, cada alface, cada bago de milho no quintal extenso…

Aceno, de longe:
- Olá, Sr. Fontes! Bom-dia!
Levanta a mão direita, num afago...

O sol de Setembro torna mais doiradas as espigas no campo, que na primavera é todo verde, salpicado aqui e além de papoilas vermelhas, delicadas bailarinas na valsa do vento…

- Demoraste…. Já pensava que não vinhas…

Para a Belarmina, ele era o centro do mundo.
-Vem cá, Belarmina!
Logo acudia, pressurosa, realizando a cada instante, sem se cansar, as mais ínfimas vontades.
No Hospital, onde ele estivera algum tempo, passava as tardes a fazer-lhe companhia.
- Posso fazer a barba ao meu marido? - pedia, mais do que perguntava.
- Desde que não lhe corte o pescoço… – brincava, divertida, a enfermeira.
- Não, que não é mulher para isso!

Levava com ela todos os apetrechos e cortava-lhe a barba com minúcia e desvelo. Penteava-lhe para o lado, ensaiando uma risca perfeita, o bonito cabelo branco e ajeitava-lhe a roupa com ternura. Depois, abria os frasquinhos com cuidado: primeiro o desinfectante, em seguida os cremes…, os perfumes a finalizar. E quedava-se, feliz, a admirá-lo, agora rejuvenescido no seu belo porte de homem atlético!

- Vamos fazer uma sociedade?
E já cantavam, garbosos, os muitos galos na capoeira, no meio das duas pequenas galinhas que se refugiavam, aflitas.
- Queres ver o que cantou primeiro? Foi aquele! Mas foi um grito tão rouco que até o próprio se assustou!

- Telefona, Belarmina! Ela ainda não veio… pode estar doente…

Estão todos comigo... A sua voz junta-se a outras vozes e adoçam-me os caminhos e as memórias em permanente retorno, o chão e os abraços (tão meigos!) que me acolhem no meu tempo de menina que por aqui procuro…

- Uma santa, a tua avó! Rezo-lhe o terço todos os dias!

… os figos de mel debicados dos pássaros, os diospiros esborrachados de maduros, as maçãs rosadas (ou eram verdes?) colhidas da macieira… e a porta a abrir-se de contentamento à minha chegada…

- Ainda bem que vieste!


Irene Micaelo
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N.B. - Hilário Costa "Em 1928 fui secretário da Assembleia Geral do Portuguese Sporting Club, de Perth Amboy, New Jersey". 12.3.07, ÀS VEZES TUDO PARA MIM ERA POESIA aqui

9 de janeiro de 2010

MANUEL ROMÃO [CDS - BUSTOS] « … se todos nos unirmos pela mesma causa …»(*)



Exma. Sra. Presidente da Assembleia da Junta de Freguesia,
Exmo. Sr. Presidente de Junta, senhoras e senhores.


Espero que tenham passado um Feliz Natal e que o novo ano que se aproxima traga muita saúde e que os bons desejos sejam concretizados.

Antes de mais nada quero dar um voto de louvor aos três principais partidos políticos que se debateram com muita classe nas últimas eleições.

Os três saíram vencedores, dois que venceram com o seu Presidente para cargos diferentes, o terceiro partido, com a sua candidata sem ser de Bustos, sem experiência na política, ganhou um lugar honroso e destacado nesta Assembleia de Freguesia, mais uma vez os meus parabéns.

Mas não se esqueçam que Bustos ainda não foi beneficiado, e se todos nos unirmos pela mesma causa, poderemos fazer muito por esta terra que ultimamente tem estado esquecida por os últimos Presidentes de Câmara.

Nunca se esqueçam colegas do PSD e PS que para vocês poderem ganhar umas próximas eleições tem que o merecer e o povo de Bustos saberá avaliar o trabalho de cada bancada e todos os esforços feitos para que Bustos possa vir a ter aquilo que precisa. Com um bom trabalho e a união de todos os grupos partidários, Bustos conseguirá sair do marasmo que se encontra.
Um obrigado a todos,
Manuel Romão
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(*) Título da responsabilidade do editor. A carta esteve retida na composição. srg

8 de janeiro de 2010

EU CONHEÇO UM PAÍS...


Por Nicolau Santos


(Director - adjunto do Jornal Expresso)

Eu conheço um país que tem uma das mais baixas taxas de mortalidade mundial de recém-nascidos, melhor que a média da UE.
Eu conheço um país onde tem sede uma empresa que é líder mundial de tecnologia de transformadores.
Eu conheço um país que é líder mundial na produção de feltros para chapéus.
Eu conheço um país que tem uma empresa que inventa jogos para telemóveis e os vende no exterior para dezenas de mercados.
Eu conheço um país que tem uma empresa que concebeu um sistema pelo qual você pode escolher, no seu telemóvel, a sala de cinema onde quer ir, o filme que quer ver e a cadeira onde se quer sentar.
Eu conheço um país que tem uma empresa que inventou um sistema biométrico de pagamento nas bombas de gasolina.
Eu conheço um país que tem uma empresa que inventou uma bilha de gás muito leve que já ganhou prémios internacionais.
Eu conheço um país que tem um dos melhores sistemas de Multibanco a nível mundial, permitindo operações inexistentes na Alemanha, Inglaterra ou Estados Unidos.
Eu conheço um país que revolucionou o sistema financeiro e tem três Bancos nos cinco primeiros da Europa.
Eu conheço um país que está muito avançado na investigação e produção de energia através das ondas do mar e do vento.Eu conheço um país que tem uma empresa que analisa o ADN de plantas e animais e envia os resultados para os toda a EU.Eu conheço um país que desenvolveu sistemas de gestão inovadores de clientes e de stocks, dirigidos às PMES. Eu conheço um país que tem diversas empresas a trabalhar para a NASA e a Agência Espacial Europeia. Eu conheço um país que desenvolveu um sistema muito cómodo de passar nas portagens das auto-estradas.Eu conheço um país que inventou e produz um medicamento anti-epiléptico para o mercado mundial.Eu conheço um país que é líder mundial na produção de rolhas de cortiça.Eu conheço um país que produz um vinho que em duas provas ibéricas superou vários dos melhore vinhos espanhóis.Eu conheço um país que inventou e desenvolveu o melhor sistema mundial de pagamento de pré-pagos para telemóveis.Eu conheço um país que construiu um conjunto de projectos hoteleiros de excelente qualidade pelo Mundo.

O leitor, possivelmente, não reconheceu neste país aquele em que vive... PORTUGAL. Mas é verdade. Tudo o que leu acima foi feito por empresas fundadas por portugueses, desenvolvidas por portugueses, dirigidas por portugueses, com sede em Portugal, que funcionam com técnicos e trabalhadores portugueses.Chamam-se, por ordem, Efacec, Fepsa, Ydreams, Mobycomp, GALP, SIBS, BPI, BCP, Totta, BES, CGD, Stab Vida, Altitude Software, Out Systems, WeDo, Quinta do Monte d'Oiro, Brisa Space Services, Bial, Activespace Technologies, Deimos Engenharia, Lusospace, Skysoft, Portugal Telecom Inovação, Grupos Vila Galé, Amorim, Pestana, Porto Bay e BES Turismo.


Há ainda grandes empresas multinacionais instalada no País, mas dirigidas por portugueses, com técnicos portugueses, de reconhecido sucesso junto das casas mãe, como a Siemens Portugal, Bosch, Vulcano, Alcatel, BP Portugal e a Mc Donalds (que desenvolveu e aperfeiçoou em Portugal um sistema que permite quantificar as refeições e tipo que são vendidas em cada e todos os estabelecimentos da cadeia em todo o mundo).
É este o País de sucesso em que também vivemos, estatisticamente sempre na cauda da Europa, com péssimos índices na educação, e gravíssimos problemas no ambiente e na saúde... que se atrasou em relação à média UE...etc.
Mas só falamos do País que está mal, daquele que não acompanhou o progresso.
É tempo de mostrarmos ao mundo os nossos sucessos e nos orgulharmos disso.


Fonte: Revista Exportar

BUSTOS - TELHADOS DO CENTRO (foto Cipriano Nunes)


7 de janeiro de 2010

NB: O NOSSO MUNDO

(clique sobre a imagem para a ampliar)

A imagem do mapa mundo com a localização dos últimos cem visitantes do Notícias de Bustos, em finais de 2009.
A maioria dos nossos leitores reside em Portugal (57 %), mas é muito significativo o crescente interesse da Diáspora, especialmente de bustuenses que residem no Brasil (9%), França (8%) e Estados Unidos (7%).





Foi no mês de Outubro que o NB registou maior número de visitas (quase cinco mil) e páginas consultadas, interesse a que não foi alheia a realização de eleições locais.

Fonte: sitemeter

OLIVEIRA DO BAIRRO [PLANO E ORÇAMENTO’2010] - VEREADOR PS, HENRIQUE TOMÁS, DÁ O BENEFÍCIO DA DÚVIDA



DOCUMENTO EQUILIBRADO, … mas demasiado ambicioso
O Plano e Orçamento para 2010 parece-me um documento equilibrado no que respeita, sobretudo, aos objectivos e promessas divulgadas pelo PSD durante a campanha eleitoral. Contudo, entendo que a proposta de Orçamento é demasiado ambiciosa, mesmo equacionando a possibilidade de enquadrar novas realizações, nomeadamente com o recurso aos apoios comunitários, durante o novo ano.

TAXA DE REALIZAÇÃO DO PLANO E ORÇAMENTO– 60%. Já será bom
Se a taxa de realização se aproximar dos 60% do previsto no Plano e Orçamento já se poderá considerar uma boa performance comparativamente com as de vários (muitos) anos anteriores. Dado que se trata do primeiro Orçamento deste novo Executivo, atendendo à forma bem estruturada como foi apresentado com as promessas eleitorais bem definidas e, na opinião do presidente, homologadas pelo povo, entendi, após apurada análise, votar favoravelmente o documento para 2010.

CONTUDO, EXCEPCIONAL DESPESA …
Não me esqueci, contudo, de chamar a atenção do Executivo maioritário, para a excepcional despesa com o número exagerado dos Pólos Escolares, com a construção da Alameda e da Casa da Cultura.

FALTA DE SANEAMENTO BÁSICO EM CONSIDERÁVEIS ÁREAS …

Não me esqueci de lembrar o Executivo que ainda há falta de saneamento básico em consideráveis áreas das nossas freguesias, nomeadamente Bustos e Oiã ( Silveira ). Como sempre fiz na minha actividade profissional, dei o benefício da dúvida.

Aguardarei atentamente.
(…)
Um abraço.
Henrique Tomás

6 de janeiro de 2010

'AS PASTORINHAS' [em Bustos], Lila Oliveira Martins


PASTORINHAS
I
Contam as lendas antigas
Que em tempos que já lá vão
Lá iam as raparigas
Com a cestinha na mão.
II
À fonte iam buscar
Água fresca para beber,
E também para namorar
O seu amor iam ver.

III
Nós somos todos amigos.
Amigos devemos ser.
Não penseis tanto em dinheiro,
Deus nos vai enriquecer

IV
Ó lindo povo de Bustos,
Ajudai-nos a vencer.
Auxiliai a nova Vila
P’ra não parar de crescer.
V
Só apetece cantar,
Quer a gente queira ou não,
E p’ra rua vir dançar
No resto da refeição.

VI
Tinha pressa de chegar
E, quase sempre à noitinha,
Lá tinha de tropeçar
E cair a canastrinha.

VII
Dá-me cá a tua mão
Não importa raça ou cor.
Haja alegria e amor
Como quer Nosso Senhor.

VIII
A nossa terra é linda!
Todos nós gostamos dela.
Todos nós dando as mãos
Para fazê-la mais bela.

IX
Nossa terra já é vila,
Todos nós estamos contentes
Vamos pedir ao Deus Menino
Que ajude toda a gente.

X
São José, Nossa Senhora
Correram muito caminho
Para poder dar à luz
Aquele grande Menino.

XI
Aqui vai nosso ranchinho,
Vai feliz e animado,
Levar todos os presentes
Ao filho de Deus deitado.


Lila Oliveira Martins

BUSTOS - PRESÉPIO NA IGREJA VELHA



A foto da autoria de Hilário Francisco Ferreira provavelmente representará um dos últimos presépios feitos na Igreja Velha de Bustos.
Um bem-haja pela cedência de mais precioso lote de fotografias antigas.

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sérgio micaelo ferreira

BUSTOS - ORFEÃO CUMPRE ELEIÇÕES PARA 2010/11


ÓRGÃOS SOCIAIS - 2010/2011
Sufragados por 40 votos a favor e com 4 votos em branco, o Orfeão de Bustos tem os seus órgãos eleitos para o biénio 2010/2011.
Será o início da caminhada que leve o Orfeão a sair da penumbra do Palacete?
Eis a composição dos eleitos:

MESA DA ASSEMBLEIA GERAL

Presidente: Manuel Nunes Simões dos Santos
Primeiro-Secretário: Maria dos Prazeres Mota Duarte
Segundo-Secretário: Fernando Joaquim Almeida

DIRECÇÃO
Presidente
: Regina Maria da Silva Bicho Alves
Vice-Presidente: Arsénio Cruz Ferreira
Primeiro-Secretário: Sérgio Simões Pato
Tesoureiro: Marlene Pires Pato

Vogais da Direcção:

Maria Fátima Crespo da Cruz
Elmano da Cruz Domingues
Emília Glória da Silva Aires
Maria Clélia Vieira F. B Martins
David Jesus Simões Arroz
Graça Maria dos Santos Ferreira
Maria Cléria Simões Campolargo
Vasco Martins Micaelo
Alcino Caetano da Rosa


CONSELHO FISCAL

Presidente: Milton Simões da Costa
Primeiro-Secretário: António Fernando Martins Ferreira
Segundo-Secretário: Paulo Ilídio dos Santos Almeida

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Rectificação: a lista de vogais está completa, graças ao reparo de Regina Alves.
Aos eleitos e aos leitores é devido um pedido de desculpas pela omissão/imprecisão ao copiar.
sérgio micaelo ferreira

5 de janeiro de 2010

MARÉ ALTA

Por: Arico Siarra
(Sabidamente, o pseudônimo de Aristides Correia Arrais)

Artur Fontes
Mais um herói de meus tempos de criança se foi.
Mais uma lágrima sentida, junto à grande saudade de minha infância! Meus
profundos sentimentos à família.


Futebol de Bustos – Lembranças

Até uma triste notícia me cutuca loucamente a mente criando mais um tempo de demoradas lembranças, diante da foto dos gavetas! A tão grande distância, a dinâmica da vida nem me deixou acompanhar todos os que já se foram... Mas de qualquer modo, isso pouco importa: Eles continuam bem vivos em meu arquivo de infância, porque eles foram meus grandes heróis.

Artur Fontes: Grande guarda redes. Vejo-o bem vivo se atirando no canto para pegar uma bola que parecia impossível defender! Era um jogo contra os Marialvas (Marialvas mesmo? Sei lá!) Campo da feira, onde meu pai conseguia me achar, algumas vezes de cinto na mão, no meio de um bando de moleques correndo atrás de uma bola;
Rodolfo: Centro médio. A elegância dentro do campo! Mata no peito, baixa na terra, olha... E lá vai! Que passe perfeito... Na medida certa;
Agostinho: Zagueiro firme, duro, mas leal! Sua presença em campo era sinônimo de tranqüilidade para a nossa torcida.
Augusto: Irmão mais velho de um outro Barreiro. Interessante! Eu, criança, não sabia de sua existência. E um belo dia, que surpresa! Ele surgiu de repente em campo, vestindo a camisa dos gavetas. Perguntei a meu pai de onde ele veio. Como resposta fiquei sabendo que ele estivera numa das colônias portuguesas, na África (na tropa?). Técnica fantástica. Fiquei maravilhado com um tipo de drible que era sua marca patente. Ela ameaçava correr para um lado dando a entender que faria um lançamento e, numa ação rápida, puxava a bola para trás, por entre as próprias pernas girando a seguir em sentido contrário, deixando o adversário a ver navios. Guardei esta forma de drible que utilizei com sucesso quando jogador de futebol, aqui no Brasil (Não cheguei ao profissionalismo, por imposição de meus pais que diziam ser jogador – no Brasil – profissão de vagabundo).
Evaristo: grande beque central. Um varredor de área. Guerreiro raçudo. Era uma segurança permanente para o goleiro. Não sei se ele era melhor como construtor de casas ou como jogador.
(Por favor, esclareçam-me uma curiosidade que permanece viva em minha mente e que jamais consegui extinguir: Porque, Evaristo três tetas?);
Mário Simões: Não o localizei em minha memória, mas sua fisionomia não me é estranha (é um Barreiro, primo?)
Aniano: Grande ponta! Veloz... Chute forte e noção de gol. Um dia machucou o joelho (o joelho?) e parou de jogar. Não lembro se apenas durante algum tempo. Encontramo-nos posteriormente no conglomerado industrial de Manuel da Barroca. Ele chefe do escritório. Eu, aprendiz de torneiro mecânico, com histórias para contar...
Duarte: Era o da padaria? Lembro de um Duarte Padeiro que fora guarda-redes dos canecas, que mais tarde foi jogar num time de divisão superior, deixando de ser goleiro após se revelar um bom avante. Tenho lembrança, que ele mais tarde voltou a Bustos, mas então já na UDB. É... A distância e o tempo, muitas vezes, embaralham a mente!
Amadeu: Vaga lembrança. Era o Amadeu das bicicletas que morava na rua da feira? Irmão do Riquitum? De qualquer modo seu rosto é conhecido de minha infância. Lembro desta fisionomia como jogador lutador a atormentar a defesa adversária. Mas não era lá aquela sumidade de craque.
Manuel: Este eu lembro bem! Tavares... Jogador tranqüilo, pouco afeito a grandes esforços. Perambulava o tempo todo pela grande área. Mas ali, com a bola nos pés era gol certo. Lembro de uma imagem de gol onde ele entrou de bola e tudo! Filho de dono de loja, depois de casado, estabeleceu-se no sobreiro com uma boa casa de comércio.
Mário Barreiro famoso centro avante! Grande artilheiro. Panázio fulminante. Sua convocação para a tropa no tempo de segunda grande guerra causou uma comoção coletiva em Bustos. Lino Reis – da moagem – moveu montanhas para livrá-lo. Foram usados mil subterfúgios para evitar que ele fosse enviado para o front dos confrontos bélicos. Tenho vaga lembrança que os meios utilizados para simular falsas doenças e o tempo em que ficou sem jogar, enfraqueceu sua melhor capacidade de jogo.

Estes são algumas resumidas recordações que certamente poderão ser enriquecidas ou até corrigidas por quem conviveu com esse tempo passado.


BUSTOS [IGREJA] - PILOTADA POR ÁLVARO E VISTA POR CIPRIANO



(clicando sobre a imagem, tv a amplie)

Cipriano Nunes dispôs para publicação uma fotografia com vista aérea da igreja (ano 1982?).

O lavadouro do Corgo ainda lá estava.
A divisão de propriedade e o tipo de cultura são visíveis.
Na Rua Jacinto dos Louros bem próximo da Escola Primária do Corgo, local das urnas de Voto, destaca-se um sinal de vitalidade partidária pela profusão de inscrições de siglas concorrentes às eleições.
O Álvaro de Oliveira Camelo (de Malhapão), cunhado de Cipriano, era o piloto do avião.
Um obrigado a Cipriano Nunes pela cedência deste inédito.
Brevemente virão a lume mais fotos.

sérgio micaelo ferreira

3 de janeiro de 2010

ARTUR FONTES : FUNERAL SEGUNDA-FEIRA (04.01.2010)

Artur Augusto Francisco Fontes, natural de Bustos, faleceu no dia segundo dia do ano'2010, com 85 anos de idade.
As cerimónias do Funeral terão início na Casa Mortuária, segunda-feira, dia 04 de Janeiro, pelas 16H30.

2 de janeiro de 2010

BUSTOS - ARTUR FONTES FALECEU HOJE



(clicando, talvez amplie a imagem)
Jó Duarte não se cansa de elevar o profícuo trabalho em prol do ‘Bustos’ reflectida na substantiva “angariação de fundos” na Venezuela, por Manuel Crespo e nos E.U.A. pelo Artur Fontes. aqui

No início alinhava pelas reservas ou era suplente do Artur Fontes. (Joaquim Anacleto) aqui
'Era um contador de histórias de Bustos, da emigração e do Futebol' (Irene Micaelo e Olímpio Borges)

*

Artur Fontes faleceu esta tarde no Cabeço de Bustos.
Partiu um bustuense da diáspora que ainda tinha muito que contar.
Vestiu sempre a camisola de Bustos e do seu futebol ...
Artur Fontes está na Galeria das Figuras de Bustos.
Família, UDB e amigos estão de luto.
As nossas condolências.

1 de janeiro de 2010

BUSTOS [PARÓQUIA] - CORTEJO DOS REIS MAGOS E DE OFERENDAS (Dia 10.01.2010)



O Cortejo realiza-se no primeiro domingo a seguir ao dia 6 de Janeiro, Dia dos Reis Magos. Pela tradição iniciada com o P.e Vidal o evento acontecia no primeiro domingo do ano*.
«Um saco quentinho» de notas e de cêntimos daria um grande empurrão à conclusão das Obras Sociais.
___
* Texto rectificado.

BUSTOS - BOAS FESTAS DA SUA BIBLIOTECA