29 de abril de 2014

“NÃO PODEMOS PERDER A ESPERANÇA”


Armando Humberto

O 25 de Abril trouxe a democracia, o fim da guerra colonial, a democratização do acesso à saúde, do acesso ao ensino, a proteção social na velhice, a igualdade entre homens e mulheres, e um conjunto de outras pequenas grandes coisas que fazem com que a maioria de nós sinta orgulho na nossa revolução.
Mas Abril trouxe uma outra coisa essencial para um Povo que é a Esperança num futuro melhor.
E se há algo que nos tem sido retirado, neste últimos 3 anos, é precisamente essa Esperança. Mais do que os cortes nos salários, mais do que o aumento de impostos, mais do que a redução do poder de compra, aquilo que mais nos tem marcado enquanto Povo é esse roubar da Esperança num futuro melhor.
Por vezes sinto que o que está a acontecer em Portugal à escala Europeia é em tudo semelhante aquilo que aconteceu a tantas pequenas localidades do interior do nosso País que viram os seus filhos partir à procura de uma vida melhor, que viram depois as escolas, o hospital, o tribunal, os serviços fecharem e que aos poucos e poucos foram perdendo gente foram perdendo a Esperança e a Irreverência própria da juventude. Parece que aquilo que aconteceu a muitas regiões do interior de Portugal, que perderam os seus filhos para o litoral mais industrializado mais moderno, está agora a acontecer ao País como um todo, um Pais que vai perdendo jovens para outros países, outros países onde existe e se cultiva essa Esperança num futuro melhor.
Nós não podemos interiorizar o discurso do fatalismo histórico que nos querem vender. Nós não podemos interiorizar o discurso de que não há futuro. Nós não podemos perder a Esperança.
Pois um Portugal sem esperança era o Portugal de antes de Abril, o Portugal em que maioria dos pobres nasciam pobres e morriam pobres, porque a mobilidade social era mínima, porque o acesso ao ensino era só para alguns, em que o berço condicionava mais o futuro que o mérito de cada um. Esse era o Portugal em que o talento de gerações e gerações de portugueses era desperdiçado porque necessidades económicas básicas os obrigavam a ir muito cedo trabalhar, ainda crianças, para o campo ou para a fábrica. Era o País em que uma grande maioria vivia no limiar da pobreza.
Nós não queremos voltar a esse Portugal. Nós não queremos que nos apontem esse caminho. Nestes últimos três anos os portugueses aceitarem fazer grandes sacrifícios, mas nós não podemos aceitar cortes atrás de cortes, ano após ano, e que no fim nos digam que só há lugar para nós nesta Europa se ganharmos um terço daquilo que ganham os Alemães.
Nós não queremos isso, nós não aceitamos isso, e é importante que os nossos políticos percebam isso, percebem que é chegada a altura de defender os nossos interesses numa Europa cada vez mais deslocada para leste.
Mais do que fundos Europeus nós precisamos de condições para podermos sobreviver como País, numa Europa de moeda única. Mas não somos os únicos, os nossos problemas não são assim tão diferentes dos problemas dos Espanhóis, dos Gregos, e dos Irlandeses. Saibamos procurar aliados, saibamos ganhar força para influenciar o rumo desta Europa.
Ainda há pouco tempo, e título ilustrativo deixem que vos conte esta história, falava com um amigo que se dedica à importação de produtos da Indonésia para Portugal. E dizia-lhe: porque é que não levas também produtos portugueses para a Indonésia. E a resposta foi que é impossível, pois as leis Indonésias são tais que tornam impossível para nós lá colocar os nossos produtos. Mas os Alemães conseguem lá colocar os carros deles, então algo está mal, porque se o produto do pequeno produtor Indonésio entra em Portugal com facilidade, o produto no nosso pequeno produtor também tem que conseguir entrar na Indonésia com igual facilidade, tem que haver esta defesa permanente dos nossos interesses e atualmente isto não ocorre, a política europeia é orientada apenas pelos interesses de alguns e nós temos que lutar contra isto.
Hoje, vivemos tempos cinzentos, em que o futuro parece que nos escapa por entre os dedos, mas tal como nem tudo foram rosas depois de abril também o futuro não será tão cinzento como por vezes nos querem fazer querer.
Temos que mudar muita coisa, claro que temos, mas Abril foi também isso, foi uma grande mudança.
Temos que passar a valorizar a competência, temos que passar a valorizar o mérito, temos que passar a valorizar o desempenho, temos que passar a valorizar o trabalho. Temos que repugnar o compadrio, temos que acabar com o clientelismo.
Temos que premiar quem tem sucesso à custa do seu trabalho, da sua iniciativa, da sua inteligência. Temos que acabar com o chico-espertismo.
Temos que promover o que é nosso, temos que estimular a iniciativa. Temos que criar em vez de destruir. Temos que respeitar as pessoas.
Temos que honrar abril, temos que assumir com Responsabilidade e Coragem a Liberdade que abril nos trouxe, não nos deixemos vergar ao comodismo ou à mediocridade. Saibamos ser aquilo que o País precisa, homens e mulheres Livres, Empenhados e Competentes, porque só isso é que nos irá assegurar o futuro que abril nos prometeu.

 (Discurso proferido na sessão comemorativa dos 40 anos do 25 de Abril. Armando Humberto é membro da Bancada do Partido Socialista na Assembleia Municipal  de Oliveira do Bairro)

28 de abril de 2014

APROFUNDAR A FÉ


Na passada sexta-feira, dia 18 de abril, à hora marcada, decorreu no Adro da Igreja Paroquial de Bustos a Via Sacra encenada pelo Grupo de Jovens Pegadas de Bustos.
Esta altura da Páscoa é, para os católicos, uma oportunidade cíclica de aprofundar os alicerces da sua fé em Cristo. O que o grupo de jovens "Pegadas" fez, nesta Sexta-feira Santa, foi precisamente isso - aprofundar a sua fé. Mas não foi só - com a natural implicação dos seus pais, das catequistas, da Fábrica da Igreja, dos seus amigos, de empresas e entidades que colaboraram e de outros elementos da comunidade, de diversos sectores e "graus" de religiosidade, ajudaram a aprofundar, também, os alicerces da comunidade, levando-a a fazer um excelente exercício de trabalho cooperativo.
Numa noite fria de primavera, o Adro da Igreja Paroquial de Bustos serviu de palco perfeito para a encenação, neste ano acrescida da última Ceia, à qual todos reconheceram grande dignidade e qualidade, onde foram recriados os últimos momentos da vida de Cristo, com um manifesto cuidado nos trajes, na simplicidade dos textos para que todos recebessem a mensagem, e no empenho dos aderecistas e atores.
A celebração foi encerrada com a intervenção do Padre Arlindo que enalteceu o trabalho desenvolvido pela comunidade, muito em especial pelas catequistas e seus pupilos.
Depois da componente litúrgica e do trabalho concluído, as conversas fluíram - os risos voltaram, sinal que os medos foram completamente dissipados.
Por fim, a organização agradece:
- a toda a catequese, às crianças, adolescentes, jovens e aos seus pais, assim como a todas as catequistas pelo empenho, participação e dedicação
- ao Sr Padre Arlindo,
- à Fábrica da Igreja,
- à Câmara Municipal de Oliveira do Bairro,
- à Junta de Freguesia da União de Freguesias de Bustos, Troviscal e Mamarrosa
- ao IPSB,
- ao Orfeão de Bustos,
- à Dona Clara Aires e à Dona Benilde 
- à Padaria Espiga D’Oiro e à Padaria Sobreiro 91
- à empresa Canto Novo da Palhaça
 - ao fotógrafo de serviço Manuel Pereira
- à cabeleireira Gina
- a todos aqueles que direta ou directamente ajudaram para que esta atividade se pudesse realizar.
- aos técnicos de som e luz e de montagem de cenários que trabalharam para que este dia se pudesse tornar realidade e para que estivéssemos aqui.

- a todos os atores que se disponibilizaram para encenar esta Via Sacra e que toda a sua alegria e vontade permaneça nos seus corações.

25 de abril de 2014

ABRIL DE GUERRA, ABRIL DE PAZ



Em 1973 o orçamento das forças armadas portuguesas consumia 17% dos recursos do país.
Daí que não seja de admirar que, tal como 150.000 militares, me encontrasse algures nos confins do império colonial português quando irrompeu a Revolução de Abril.
A minha unidade militar, uma prestigiada companhia de intervenção que andava a fazer de salta-pocinhas, tinha-se deslocado a 10 de abril para uma fazenda abandonada, algures no norte de Angola.
Chamava-se, curiosamente, Roça Aurora, como que a antever o alvorecer que se aproximava.
Através das comunicações da rádio oficial de Angola apercebemo-nos de que algo de muito especial se passava na então chamada Metrópole. Era tal a escassez de informações oficiais que logo recorremos às emissoras estrangeiras. Como se fosse hoje, recordo um cético Agostinho Neto, líder do MPLA, a debitar à rádio Brazaville uma entrevista em francês, reduzindo o movimento libertador a um mero golpe de estado militar.
O assédio aos noticiários continuou pela noite dentro do dia 25 de Abril e não tardou a que o êxito do Movimento das Forças Armadas nos fizesse passar da expectativa ao entusiasmo.
Ao longo de 23 meses de constante atividade militar por todo o norte de Angola e Cabinda, deu para perceber que só uma solução política podia pôr fim à guerra e construir a paz.
Cansados de operações constantes, sentimos na carne o erro profundo de querer continuar uma guerra para a qual não havia fim à vista.
Regressámos a Luanda a 27 de Abril.
Para muitos de nós, chegara o tempo de aprender o que era a liberdade e a democracia.
40 anos depois, persiste a pergunta: onde param os ideais de Abril?

 Óscar Aires dos Santos

23 de abril de 2014

COMEMORAÇÃO DO 25 DE ABRIL EM OLIVEIRA DO BAIRRO




PROGRAMA

9h00: Concentração junto ao monumento dos combatentes do ultramar, na Av. Dr. Abílio Pereira Pinto.
9h15: Cerimónia de homenagem aos combatentes da guerra do ultramar com a presença do núcleo da Liga dos Combatentes de Oliveira do Bairro, Bombeiros Voluntários de Oliveira do Bairro, senhor Padre João Carlos e Banda Filarmónica da Mamarrosa, na Av. Dr. Abílio Pereira Pinto;
10h00: Deposição de flores no monumento aos combatentes da Grande Guerra, na Praça da Republica;
10h10:Desfile pela Alameda da Cidade com a atuação das Banda Filarmónica da Mamarrosa;
10h30: Hastear das Bandeiras, no exterior do edifício dos Paços do Concelho;
10h40: Brevíssima alusão ao livro, “40 anos de abril-memórias de Oliveira do Bairro”, para agradecer a todas as pessoas que nele colaboraram. O livro que “por dificuldades processuais” não foi impresso, estará on line no sitio do município.
11h00:Sessão solene da Assembleia Municipal, no salão nobre;
11h45: Inauguração da exposição “40 anos , 40 imagens” pelo presidente da Câmara Municipal, diretor do Jornal da Bairrada e com uma intervenção de Ricardo Regalado, na Sala de Exposições da Câmara.

12h00: Espumante de honra.

22 de abril de 2014

O ARQUIVO MUNICIPAL NO PALACETE?


A instalação do Arquivo da Câmara Municipal no edifício do palacete está a ser equacionada. A direção do ABC e o executivo camarário irão analisar a possibilidade de cedência do uso do edifício. A recuperação das instalações seria feita pela edilidade que, para amortizar esse investimento, durante um  período, a definir, não pagaria  qualquer renda.
Esta é o caminho que foi apresentado pela direção da ABC na última Assembleia Geral, realizada no passado dia 17, e que recebeu o apoio dos sócios. Foi assim decidida, pela primeira vez, uma estratégia negocial visando a futura utilização do edifício. Recorde-se que a possibilidade de instalação do Arquivo Municipal no palacete foi debatida numa Assembleia Geral realizada em Abril de 2013. Os sócios presentes recusaram então a proposta camarária que pretendia “a cedência do espaço a título definitivo.”
A proposta da edilidade foi então definida por alguns como “ indecente”, tanto mais que se o edifício fosse para oferecer não faltavam candidatos.
Em setembro de 2013 realizou-se nova Assembleia Geral onde foi debatida o projeto da Associação Mentes Convergentes que ali pretendia instalar uma residência artística e de criação, um espaço de co-working criativo. Também esta proposta foi recusada pelos associados.

A campanha lançada pelo “NB” em defesa da recuperação do palacete e a intervenção da JSD na assembleia Municipal e no jornal acabaram por lançar a polémica e provocar um debate que fez com que a Assembleia geral da passada quinta-feira tenha sido a mais participada e dinâmica dos últimos anos. A questão do palacete nem sequer integrava a ordem de trabalhos mas, naturalmente, acabou por dominar toda a sessão. Relativamente ao estado do edifício foi dito que há problemas urgentes, nomeadamente com a sustentação do torreão, mas que o edifício não ameaça ruina.

18 de abril de 2014

VIA SACRA


Pelo segundo ano consecutivo, o Grupo de Jovens Pegadas de Bustos vai apresentar a Via Sacra encenada, hoje dia 18 de abril, sexta-feira santa, pelas 20h30, inserida no âmbito das cerimónias do tríduo Pascal. A Via sacra terá lugar no Adro da Igreja Paroquial de Bustos, sendo que em caso do estado do tempo não seja favorável, a mesma realizar-se-á na Igreja Paroquial de Bustos.
Para o efeito, o Grupo de Jovens convida todas as crianças e adolescentes da catequese, assim como os seus pais a participar ativamente nesta atividade de forma a recriar momentos que se passaram há quase 2000 anos atrás.
Desta forma, convidamos, desde já, toda a população, amigos e familiares a estarem presentes neste dia, pois juntos seremos sempre mais….

O Grupo de Jovens Pegadas

15 de abril de 2014

Nathalie Pires, fadista luso-descendente, de Bustos, no Carnegie Hall

A Nathalie é uma reconhecida Fadista de Bustos, filha do Telmo Pires e da Isaura, que estão radicados nos EUA há largos anos.
As saudades, a paixão por Portugal e pelo "Fado que corre nas veias" tem levado a Nathalie aos quatro cantos do mundo. Desta feita participou num espetáculo grandioso, produzido por Christopher Tin, cujo trabalho na área musical já lhe rendeu duas estatuetas Grammy (sic), na sala das grandes estrelas que é o Carnegie Hall.
Tenhamos orgulho!
A notícia que se segue é uma transcrição daqui.



 "NATHALIE PIRES SUBIU DOMINGO [13 de abril] AO PALCO DO CARNEGIE HALL 'PELA MÃO' DE CAMÕES
Fadista luso-americana interpreta letra do mítico poeta português no espectáculo 'The Music of Christopher Tin - The Drop of Dawn'

• Por HENRIQUE MANO
Editor at large
Jornal LUSO-AMERICANO
Nova Iorque
www.lusoamericano.com

A cantora Nathalie Pires, de New Jersey, estreou-se domingo no palco principal do Carnegie Hall - o Auditório Stern, 'pela mão' do maior poeta português de todos os tempos, Luís Vaz de Camões. A intérprete, considerada pelo Carnegie Hall "uma das mais importantes da nova vaga do fado", fez parte do espectáculo 'The Music of Christopher Tin - The Drop of Dawn', que reuniu centenas de artistas em palco - num autêntico mosaico multicultural.
"Foi uma maneira fabulosa de representar Portugal", reconheceu Pires, no final do espectáculo, falando em exclusivo ao jornal LUSO-AMERICANO. "Estou super feliz."
A cantora fez duas intervenções em português, tendo os textos (incluindo 'Passou o Verão', de Camões) sido seleccionados pelo compositor Christopher Tin - cujo trabalho na área musical já lhe rendeu duas estatuetas Grammy. Depois de ter feito uma parceria com Dulce Pontes, o norte-americano de origem asiática optou por convidar Nathalie Pires para o projecto que levou 4 anos a elaborar e que culminou com o espectáculo de domingo.
Na edição da revista 'Playbill' de Abril, dedicada ao concerto de música clássica, são "a voz intensa" e "a emoção" que deixa transparecer em palco os factores que a internacionalizaram, "conquistando de forma definitiva a imprensa e o público."
Nathalie Pires começou a cantar fado no Clube Português de South River, fascinada pela voz de Amália Rodrigues. Foi construindo de forma paulatina uma das mais sólidas carreiras de fado de uma luso-descendente, com convites, hoje, para ir aos mais variados cantos do mundo.
A jovem intérprete disse ter estado "muito nervosa" durante as três semanas que anteciparam a sua ida ao Carnegie Hall de Manhattan, na 57ª Rua - sabendo do imenso historial da casa de espectáculos, por onde já passaram algumas das maiores vozes e talentos da música. "Mas hoje senti que estava a representar Portugal e tudo correu como previsto. Foi uma grande emoção ter cantado na nossa língua."
Entre a assistência que enchia o amplo auditório, com capacidade para cerca de 3 mil pessoas, sentou-se o cônsul-geral de Portugal em Newark, NJ, Pedro Oliveira. "É magnífico ver uma fadista luso-americana, ainda por cima - acho que há que distinguir também esse facto, num dos palcos principais dos Estados Unidos, Nova Iorque, a cantar na nossa língua", disse o diplomata ao jornal LUSO-AMERICANO, acrescentando: "É um motivo de imenso orgulho e prazer ver uma artista como a Nathalie Pires fazer parte de um espectáculo tão interessante e bem conseguido como este."
Nathalie Pires revela que entra em estúdio "no verão deste ano" para o registo do seu próximo trabalho discográfico e em digressão "em Dezembro" pela Europa e América, "com datas já confirmadas na Alemanha, Bélgica e Holanda."
Parafraseando Frank Sinatra: "If you make it here, you make it anywhere.""



Notícia que anunciava o espetáculo: http://www.lusoamericano.com/?p=3567

11 de abril de 2014

4.5 MILHÕES PARA O QUARTEL DAS ARTES


O Quartel das Artes Dr. Alípio Sol, erguido no local do Antigo Quartel dos Bombeiros de Oliveira do Bairro, representa um investimento de 4.576.273,68€ inscrito no Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). O novo equipamento, com projeto da autarquia elaborado pela arquiteta Joana Roça, apresenta uma área bruta total de 6.000 m2 e contempla um foyer; um auditório, com capacidade para cerca de 415 pessoas, incluindo o acesso a pessoas com mobilidade condicionada; um andar dedicado às exposições; uma cafetaria com esplanada e ainda outros espaços multifunções.
O auditório do Quartel das Artes é uma sala com diversas possibilidades cénicas que permite acolher espetáculos tão diferentes como: teatro, dança, musicais, revista, stand-up, ópera, concertos, recitais, com diversas configurações e posicionamentos cénicos, uma vez que dispõe de uma plataforma de fosso de orquestra com capacidade para 22 músicos, bem como espetáculos com características eletroacústicas da área do jazz, música contemporânea, pop e popular em que a componente de equipamentos eletrónicos de som domine os acontecimentos do espetáculo e ainda congressos, conferências e colóquios.  

RB

Região Bairradina
FOTO Jornal da Bairrada

10 de abril de 2014

NASCEU A CONFRARIA DOS ROJÕES COM GRELO E BATATA À RACHA


 
Nasceu no passado dia 5 de Abril, em Oliveira do Bairro, a confraria dos Rojões da Bairrad com Grelo e Batata à Racha. ,que, na igreja de Vila Verde, entronizou, os seus 30 confrades fundadores e 20 efetivos que juraram defender, divulgar e promover a gastronomia bairradina, nomeadamente no que toca à genuinidade e tradição do modo de confecção dos rojões desta região do país, para além das suas demais iguarias gastronómicas, cultura e tradições.
Estiveram presentes, a apadrinhar o ato, as confrarias: das Almas Santas da Areosa e do Leitão (de Aguada de Cima, Águeda) e dos Enófilos da Bairrada (de Anadia).Segui-se um repasto onde os rojões da Bairrada, confeccionados em tacho com lume brando, com grelos e batata à racha fizeram a delicia dos convivas.
Os órgãos sociais ficaram assim constituidos:Assembleia Geral- Presidente/Juiz: Joaquim de Almeida, Secretários: Carlos Pinheiro e Gilberto Martins Rosa; Direção- Presidente/Mordomo-mor: Miguel Roque Bouça, Vice-presidente Secretário/ Mordomo: Joel Reis, Vice-presidente Tesoureiro/Mordomo: Vítor Pinto, Vice-presidentes/Mordomos: Emília Abrantes, Maria Ivone Almeida, Fernando Clara e Armando Castro; e no Conselho Fiscal- Presidente: Fernando Pinhal, Relator: Ana Lina Gomes, e Vogal: João Rocha.

8 de abril de 2014

DOMINGO: AÇÃO MÉDICO SOCIAL



A associação Orfeão de Bustos leva a efeito no próximo domingo, dia 13,das 9h30 às 23h30, mais um rastreio de doenças cardiovasculares.

6 de abril de 2014

O ESTADO A QUE CHEGOU O PSD DE BUSTOS

A propósito de um cartoon e da reação (aqui) do líder local do PSD aproveito para opinar sobre o “nosso”  Partido Social Democrata.


O Alberto Zenha Martins é um bom chefe de família e como cidadão merece todo o meu respeito. O Alberto Zenha Martins é também presidente do PSD de Bustos, cargo a que se candidatou por vontade própria. Os dois não são uma e a mesma coisa. O cargo e a sua natureza política impõem deveres, responsabilidades, competências, etc.
Enquanto aprendiz de dirigente político Alberto Zenha Martins não consegue perceber a existência de dois níveis de afirmação e atividade pelo que, reagindo à “Sabedoria Canina” (aqui), usou o facebook para se pronunciar em nome pessoal. Só que, decorre da leitura do texto que o faz na qualidade de presidente do PSD local.
Cofunde-se o cargo com a pessoa e a pessoa com o cargo, e o ego crispado sobrepõe-se a tudo o mais, evidenciando uma total incapacidade para lidar com a crítica, neste caso com um simples cartoon humorístico. E irado, lá do alto de onde exige reverência, escreve duas inocuidades sobre o palacete e conclui com um insulto. Passo adiante a manifestação de infantilidade politica para olhar o cartoon que a provocou.
À entrada do palacete de Bustos existem dois cães em porcelana que após 108 anos do mais absoluto silêncio começaram a falar. Pergunta o cão da direita: ”O que aconteceu ao PSD de Bustos?”

A pergunta é muito pertinente se tivermos em conta que o PSD é, entre nós, histórica e sociologicamente um partido ultra maioritário. Em qualquer eleição de carater nacional o Partido Social Democrata sai sempre vencedor. O estranho é que, quando se trata de eleições locais, o povo fuja do partido, que é o mesmo que dizer dos seus dirigentes locais, da sua postura, das suas propostas, dos seus candidatos. Nunca essa aversão se manifestou de forma tão veemente como nas últimas eleições autárquicas em que o PSD se viu reduzido a 284 votos!
A meu ver isto acontece porque o partido se fechou, se desligou da realidade local, acabando por se refugiar numa realidade virtual chamada facebook. O que deveria ser um meio de divulgação transformou-se no espaço de ação.
Excluindo as figuras de alguns “senadores” do partido, onde se destaca o sempre presente, interessado e participante Dr. Manuel Nunes, o PSD deixou de estar presente, deixou de ter uma dinâmica, de se envolver, de ocupar o seu espaço na dinâmica social e política de Bustos. (Não basta aparecer nas assembleias para cumprir os regulamentos.) Sem uma figura tutelar, sem um líder respeitado pela sua vida, pela sua experiencia, o partido acabou entregue à rapaziada dos Jotas. A verdade é que aos vinte e poucos anos não há experiência, nem vida, nem mundo, e ainda menos respeito. Mas tudo piora quando, como é o caso, não há ideias, nem discurso, nem prática, nem simpatia, nem empatia, nem humildade, nem nada. 
A intrincar o ramalhete político temos as divisões internas (um mau líder não junta, divide) e o comportamento do partido no processo da fusão das freguesias. Em política a hipocrisia deve ser servida em doses moderadas e, na esteia da estratégia concelhia, o PSD de Bustos exagerou na dose quando o seu líder afirmou publicamente que era contra a reforma administrativa, mas nem um dedo mexeu para a combater. Um político cumpre uma tarefa bem diferente de um comentador. A um político não basta dar opinião. A natureza do exercício da política implica que desenvolva ações, mobilize os apoiantes visando um determinado objetivo. Um político que diz ser contra uma medida politica desta importância e não a combate, perde toda e qualquer credibilidade. Não passa de um fingidor!



A QUESTÃO DO PALACETE

Chegamos assim à questão do Palacete que apesar de não estar diretamente ligada às questões levantadas pelos canídeos, foi a que motivou a reação de Alberto Zenha Martins. Fugindo ao essencial da crítica (ou não a percebendo) o presidente do PSD local mostrou-se indignado porque, tal como o “NB” noticiou, uma deputada tinha alertado para ao estado de degradação do edifício numa assembleia municipal.

Uma vez mais se confunde opinião política com ação política. Mas neste caso há ainda o caricato de um partido (PSD) atacar o dirigente de uma Associação (ABC) que é militante do mesmo partido e durante anos foi o seu dirigente local. Há aqui qualquer coisa que não bate certo. Então nem dentro do partido eles se entendem? Não falam uns com os outros em busca de soluções? Fazem intriga ou fazem política?

Talvez tudo se explique lembrando a curta passagem de Alberto Zenha Martins pela direção da ABC. De lá saiu incompatibilizado com a generalidade das pessoas e muito especialmente com Paulo Alves, o presidente de direção. Foi curta a passagem mas chegou para demonstrar que confunde o cargo com a sua própria pessoa e que não compreende a diferença entre servir e servir-se. Daí que, quando encontrou entre o espólio da ABC uma coleção de fotografias que integraram uma exposição ali realizada nos anos oitenta, em vez de divulgar esse espólio no âmbito da Associação e em nome desta, Alberto Zenha Martins preferiu faze-lo no You Tube e assinar por baixo. Exemplar!

Voltemos Facebook onde se explica que “a Comissão Política do Núcleo do PSD de Bustos” incumbiu a deputada Susana Nunes de manifestar a preocupação “desta estrutura e das pessoas que a compõem com o estado avançado de degradação em que se encontra o Palacete do Visconde de Bustos.” É de bradar aos céus! Então a Comissão Política do Núcleo do PSD de Bustos, que deveria ter uma estratégia para tentar resolver o problema e desenvolver contatos em busca de soluções, ou seja, fazer politica, limita-se a “manifestar uma preocupação”. E essa preocupação mais não é do que um ataque ao presidente da ABC, Paulo Alves que, curiosamente, tem um longo percurso cívico e político ao serviço do PSD.
 Mas, atenção, para além da desconsideração para com um antigo líder, a comissão política do núcleo do PSD de Bustos parece pretender “lavar as mãos do problema”, lançar um aviso e virar costas. Não o poderá fazer. Nem o PSD de Bustos, nem o PSD concelhio.
Todos aqueles que no nosso concelho têm poder e capacidade de decisão como o Sr. Presidente da Câmara (PSD) o senhor  Presidente da Assembleia Municipal (PSD),  ou o senhor presidente da Concelhia do PSD concordam que o edifício precisa de obras e de um projeto. O mesmo pensa (presume-se) o presidente da ABC, que também é do PSD. Sendo todos da mesma família politica, o que os impede de se reunirem para debater o assunto?

Não é com declarações de alerta que o PSD se livra de responsabilidades.. E se os decisores políticos locais são capazes de ver, ouvir e falar, exige-se que sejam capazes de agir que é para isso que foram eleitos. Bem sei que irão afirmar, naturalmente pesarosos, que o palacete tem um proprietário pelo que estão inibidos de agir. Gostaria de lhes responder que proprietários do palacete são todos quantos contribuíram para a sua compra e que a direção da Associação é uma mera representante de MUITA gente. Bem sei que Paulo Alves desenvolveu uma estratégia de encolhimento da ABC que, por exemplo, é a única associação de Bustos que não tem um sistema de cobrança de quotas e nada tem feito para conservar e angariar novos sócios. Bem pelo contrário, tudo tem feito para afastar os interessados da vida da associação. E esta estratégia de isolamento é levada tão a peito que quando é preciso representar e defender a Associação, nem o presidente de direção, nem presidente da assembleia geral aparecem em sua representação. Escondem-se, como aconteceu no passado mês de Fevereiro, nas comemorações do Dia de Bustos.

Uns encolhem-se, escondem-se sem coragem ou dignidade e outros lançam alertas enquanto assobiam para o ar. Uns fingem ser dirigentes associativos e outros fazem propaganda fingindo fazer política. É triste vê-los assim, de costas voltadas, enquanto um projeto, um edifício e um partido se vão desmoronando.

Será que conseguem sair deste labirinto?


Belino Costa

4 de abril de 2014

EX- VICE DA CÂMARA SUSPEITO DE ACUMULAR SUBSÍDIO DE DESEMPREGO COM SALÁRIO


 
Joaquim Santos, ex-vice-presidente da Câmara de Oliveira do Bairro, está a ser investigado por suspeita de ter acumulado subsídio de desemprego com salário numa empresa que manteve negócios com a Autarquia, segundo informa o “Jornal de Notícias”
 
A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) e a Segurança Social (SS) estão a tentar juntar provas de que Joaquim Santos recebeu ordenado de diretor de produção, numa empresa de betão com a qual o município manteve negócios enquanto o visado exercia funções de vice-presidente, ao mesmo tempo que beneficiou de subsídio de desemprego, no valor de 1.048,20 euros/mês. Fontes da AT e da SS confirmaram, ao JN, ter conhecimento da situação e admitiram “diligências em curso para apurar os factos e punir, se for caso disso, eventual ou eventuais infratores”. 
Segundo o JN apurou, Joaquim Santos, que foi durante oito anos “vice” do autarca Mário João Oliveira (PSD, tendo abandonado a Câmara em outubro do ano passado, terá beneficiado de subsídio de desemprego durante 119 dias (entre 6 de novembro de 2013 e 4 de março de 2014).
Terá recebido mais de quatro mil euros da SS. Todavia, testemunhas ouvidas pelo JN garantem que o ex-autarca, engenheiro de profissão, “passou a colaborar, logo após a sua saída da Câmara, na empresa António Branco Tavares e Filhos, Lda, de Vila Verde, Oliveira do Bairro.
Tanto assim que passou a frequentar regularmente as instalações do Grupo Tavares (GT), a tratar de assuntos de trabalho em nome da referida empresa e a deter um e-mail personalizado”. É, de resto, a par tir deste seu e-mail profissional, com o domínio grupotavares.com, que Joaquim Santos trata de assuntos de trabalho, ao mesmo tempo que recebe subsídio de desemprego. O JN tem na sua posse um documento, datado do início de janeiro, no qual o ex-autarca, assinando como diretor de produção do GT, dirige-se a um empresário seu cliente para resolver assuntos de trabalho.
Segundo apurámos, um cliente do GT, que mantém uma inimizade com Joaquim Santos, ao tomar conhecimento que este era o diretor de produção da empresa de betão, terá advertido Danny Tavares (dono do GT) de que não autorizava a sua entrada nas suas obras, sob pena de acabar com os negócios. Alguns atuais e ex-autarcas de Oliveira do Bairro ouvidos pelo JN lamentam que “o Quim tenha, sem período de ‘nojo’, ‘saltado’ da Câmara para uma empresa que teve negócios com o seu Executivo”.
“Não lhe fica bem, porque não basta ser sério”, dizem. Um conhecido empresário de Oliveira do Bairro dá um exemplo de um negócio que deixou algumas dúvidas: “A Câmara vendeu os seus antigos estaleiros ao GT, por cerca de 800 mil euros. Ora, tendo em conta que o GT não tinha mais para onde se expandir, em Vila Verde, e que a Autarquia ficou sem estaleiros, o valor justo rondava os dois milhões de euros”.
O JN tentou insistentemente obter comentários de Joaquim Santos e Danny Tavares, mas os visados não quiseram pronunciar-se.
FRAUDE E BURLA TRIBUTÁRIA

Na opinião do professor universitário de Direito Mário Frota, Joaquim Santos e o GT poderão vir a ser acusados de crime de fraude contra a Segurança Social.
Um magistrado do Ministério Público ouvido pelo JN considera que poderá estar em causa um crime de burla tributária. A SS poderá requerer o reembolso, com juros, dos subsídios de desemprego pagos e o Fisco pode emitir uma multa contraordenacional por causa da alegada fuga a pagamento de IRS.

OITO ANOS DE CRÍTICAS

Durante os oito anos de vice-presidência da Câmara, Joaquim Santos, engenheiro civil, foi muito criticado, entre outros, por causa de alegadas indemnizações que terá recebido da Autarquia pela cedência de terrenos para a construção de uma alameda, na cidade de Oliveira do Bairro. O facto de a sua mulher submeter vários projetos arquitetónicos à aprovação municipal suscitou também reparos da oposição.

Miguel Gonçalves

Jornal de Notícias' de 2 de Abril de 2014

PREENCHER O IRS GRATUITAMENTE


A junta de freguesia da União de freguesias de Bustos, Troviscal e Mamarrosa vai proceder ao preenchimento gratuito da declaração de IRS (1ªfase). Os interessados deverão dirigir-se às respetivas sedes das antigas freguesias no horário seguinte:                    
Bustos - 12 de abril, das 10h00  às  12h00, e das 14h00 às16h00
              26 de abril das 10h00  às  12h00, e das 14h00 às16h00
Mamarrosa - 5 de abril, das 10h00 às 12h00.
                     19 de abril, das 10h00  às  12h00, e das 14h00 às16h00
Troviscal- 5 de abril, das 10h00  às  12h00, e das 14h00 às16h0

      19 de abril das 10h00  às  12h00

2 de abril de 2014

LOJA SOCIAL DE BUSTOS - COMO VAMOS DE AMIANTO?

Loja Social de Bustos - Como vamos de amianto?
A Loja Social de Bustos tem porta aberto em lugar recatado onde funcionou um jardim escola.
É de fibrocimento a cobertura do prefabricado anexo à antiga escola do Corgo. Certamente o telhado não deve escapar ao filtro da vistoria provável avaliação a concentração do amianto existente nas placas.
Ou será que a desativação do jardim infantil não obrigará ao estudo competente medição de amianto, só porque agora alberga uma instituição  que não está ligada aos serviços de educação?
Uma sugestão: Se as medições não encontrarem valores de amianto que eventualmente não devam afetar a saúde, será desejável que seja anunciado para descanso de quem trabalha na instituição.

CARLA MARTINHO NO TROFÉU IBÉRICO DE 10.000 M BATE RECORD PESSOAL

CARLA MARTINHO NO TROFÉU IBÉRICO DE 10.000M











O troféu Ibérico de 10.000m disputou-se no passado sábado, ao final da tarde, no Estádio 1º de Maio, em Alvalade, Lisboa. O evento foi este ano composto por 6 séries, 4 no setor masculino e 2 no setor feminino, contabilizando-se a participação de mais de 150 atletas, um recorde nesta iniciativa.
 
Troféu Ibérico Fem. - 2014'2014 - Carla Martinho bate record pessoal
Quanto à participação da atleta da ADERCUS, Carla Martinho fez parte da selecção nacional, composta por 6 atletas, tendo acabado por ser a 5ª das seleccionadas, tendo estabelecido o seu record pessoal nas 25 voltas à pista, com a marca de 34min41,86seg.

Coletivamente, o resultado foi o somatório dos quatro melhores tempos dos atletas de cada país, a Espanha venceu com 2:10:15.06 horas e Portugal foi segundo com 2:10:21.72 horas.

(ADERCUS)