16 de julho de 2016

A. C.Arrais - Portugal na Eurocopa – 2016 (O orgulho de ser Português). MARÉ ALTA – 12.07.2016



                                                        




Foi um final emocionante. Vi brasileiros meus amigos chorarem de emoção, ao me verem igualmente emocionado ouvindo e cantando o Hino Nacional português. Não existem estatísticas, mas penso que a seleção portuguesa teve como seus torcedores 90% de brasileiros.

Heróis do mar, nobre povo, / Nação valente, e imortal! / Levantai hoje de novo, / O esplendor de Portugal! / Entre as brumas da memória, / Ó Pátria, sente-se a voz / Dos teus egrégios avós, / Que há de guiar-te à vitória!

Resido há mais de 20 anos no Nordeste do Brasil que dista cerca de 2450 km de São Paulo, onde morei desde que cheguei a esta pátria irmã (1951/1994). Após a memorável conquista do caneco da Eurocopa pela seleção portuguesa, recebi telefonemas e e-mails de amigos e parentes, daquela cidade brasileira(SP) cumprimentando-me pelo importante feito da seleção lusa, como se eu tivesse alguma participação em tal façanha futebolística. Tudo isto, claro, se deve a uma simples curiosidade: Embora seja eu, detentor de dupla nacionalidade, ao vir para o Brasil eu passei a ser, para sempre, brasileiro em Portugal; enquanto no Brasil, nunca deixei de ser considerado português.
“Dois países do meu coração” - ACA
Pensando mais tarde sobre o feito da epopeia impensável do selecionado português, senti-me possuído por um filme de pequenos momentos desse universo do esporte das multidões – pequenos momentos, porém sempre tristemente lembrados - que envolveram ao longo dos tempos, a história do futebol dos dois países do meu 
coração:


Veio-me à lembrança a copa de 1966 disputada na Inglaterra. Naquela ocasião, Portugal surpreendeu o mundo com uma seleção preciosa que teve onze pérolas raras que só não foram campeões pela sacanagem inglesa (sacanagem usurpadora, aliás, sempre presente em todas as suas relações históricas com Portugal, em todos os tempos). Pois, nesta Eurocopa, eu me senti gratificado com a eliminação daquela prepotente Inglaterra, enquanto o meu Portugal caminhava a passos firmes rumo à conquista de seu objetivo, com uma determinação bem focada.

Grande feito: Terceira Colocada na Copa do Mundo de 1966. Conquistou a melhor colocação na história da seleção portuguesa em mundiais. Time base: José Pereira (Carvalho); Morais, Baptista, Vicente e Hilário; Jaime Graça e Mário Coluna; José Augusto, Eusébio, Torres e Simões. Técnico: Otto Glória.

O outro pedaço de filme envolveu a seleção brasileira: Num primeiro momento abriu-se-me a mente para o desastre recente da última copa mundial disputada no Brasil, na qual a seleção brasileira foi derrotada e eliminada pela Alemanha por um humilhante placar de 7 x 1. E na sequência meus pensamentos me levaram até à Copa de 1998, na França, cuja final foi disputada entre Brasil e França, quando a seleção francesa conquistou seu primeiro troféu da Copa Mundial de Futebol.
 A história desta copa nos dá conta que o craque da seleção brasileira, Ronaldo, então recém eleito o melhor jogador do mundo, naquela fatídica madrugada de 12 de julho de 98, havia sido acometido de uma mal súbito, jamais convincentemente esclarecido, o que determinou psicologicamente a derrota antecipada da seleção canarinho.






Meus amigos, me questionavam, sobre a minha preferência de adversário para a final, com a seleção portuguesa já classificada com a primeira inquestionável vitória de Portugal nas quartas de final. Eu preferi, e assim me manifestei sempre, ter como adversária para a derradeira disputa, a seleção francesa. E desta forma a seleção brasileira estaria sendo vingada, primeiro pela eliminação da seleção alemã. Depois, certamente, viria a vingança afrontosa para a seleção francesa, numa final que se me afigurava, resultaria na maior conquista do meu Portugal.

Às armas, às armas! / Sobre a terra, sobre o mar! / Às armas, às armas, / Pela Pátria lutar! / Contra os canhões marchar, marchar!

Atento ao caminho percorrido pela seleção portuguesa, eu tinha uma observação preocupante de ordem tática: A seleção estava muito dependente de um jogador notável, sem dúvida, mas do qual dependia exclusivamente o sucesso ou o fracasso da respectiva seleção: O finalização de todas as jogadas estavam demasiadamente centralizadas nesse único jogador.

Desfralda a invicta bandeira, / À luz viva do teu céu! / Brade a Europa à terra inteira: / Portugal não pereceu. / Beija o sol teu jucundo / Ó Oceano a rugir d’amor, / E teu braço vencedor / Deu novos mundos ao Mundo!

Todavia, quis o destino que esse fabuloso super homem se machucasse. Para mim, esta ocorrência foi determinante para o desfecho positivamente desejado:





Retirado das quatro linhas, Cristiano Ronaldo passou a ser fundamental longe do esférico. Seu assessoramento técnico, foi marcante, servindo-se magistralmente de sua influência e capacidade de liderança para com os demais jogadores.

Saudai o sol que desponta, / Sobre um ridente porvir; / Seja o eco de uma afronta, / O sinal do ressurgir. / Raios dessa aurora forte / São como beijos de mãe, / Que nos guardam nos sustêm, / Contra as injúrias da sorte

 “(O título) É uma resposta para nós mesmos, para continuarmos a acreditar que não há nada impossível" (De Éder, autor do gol do título português)

Éderzito António Macedo Lopes, mais conhecido como Éder é um futebolista luso-guineense. Atualmente joga como atacante, pelo Lille, uma equipe francesa. Nascimento: 22 de dezembro de 1987 (28 anos), Guiné-Bissau.
 A luva branca evidenciada pelo jogador Eder, é um símbolo de paz muito apregoado pelo atleta.

Uma simples promessa para o futebol, Éder – colocado em campo pelo técnico numa substituição de raro tato – numa perfeita jogada de ginga de corpo e arranque, culminou com o chute certeiro transformado em gol... Logo depois, o apito final e a encontrável emoção de um delírio total, com o meu orgulho de continuar sendo português.

9 de julho de 2016

BUSTOS - Humberto Reis Pedreiras, O CHICO... E vão 82

Humberto Reis Pedreiras... E vão 82
O Chico, sempre atento, não dispensa a leitura do jornal
Chico, caminheiro atento às “andanças e contradanças” da vida comunitária, ergueu o padrão no dia 8 (ontem) a assinalar o octogésimo segundo aniversário.
in CHICO HUMBERTO tem curriculum invejável
Os próximos garantiram que continua a ser “o Chico” que nós conhecemos.

Um aplauso! 
rossio da póvoa, sérgio micaelo ferreira