29 de junho de 2010

AOS REPUBLICANOS

FÓRUM 2010

24 DE JULHO - Rest. Dois telheiros


PROGRAMA

11H3O: ROMAGEM AO CEMITÉRIO

12H00: Restaurante Dois Telheiros

MOMENTO ETNOGRÁFICO E LANÇAMENTO DO LIVRO: “Troviscal Republicano: Banda Escomungada, Clero Interdito”, de Silas Granjo

13H00: ALMOÇO

Entradas

Sopa

Filetes de Peixe c/ arroz ou salada russa

Vitela assada à Lafões

Buffet de doce e fruta

Vinhos e café

(20 euros por pessoa)

15H00: TRIBUTO AOS REPUBLICANOS

Intervenções livres


16h00: MOMENTO MUSICAL E CULTURAL

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Inscrições até dia 20:
 
Dina Costa – 967985791

Ditosa Luzio – 967521729 ou diluz@sapo.pt

ORFEÃO: CONVOCATÓRIA

CONVOCATÓRIA


Manuel Nunes Simões dos Santos, Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Orfeão de Bustos, de acordo com o artigo décimo nono, convoca todos os associados para uma assembleia extraordinária, a realizar no próximo dia 05 de Julho de 2010, pelas 20:00 horas, no salão polivalente das obras sociais, com a seguinte ordem de trabalhos:

Ponto únicoAlteração dos Estatutos da Associação

Nota: Ao abrigo do artigo vigésimo, parágrafo único, se à hora marcada não comparecer a maioria dos associados, a Assembleia Geral reunirá com qualquer número de associados uma hora depois.

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Manuel Nunes Simões dos Santos, Dr

Bustos, 27 de Junho de 2010

28 de junho de 2010

UNIÃO DESPORTIVA DE BUSTOS PROMOVE JUNTA DE FREGUESIA?


A União Desportiva de Bustos, em fim de época, tem realizado torneios dedicados aos vários escalões da Formação. A tradição iniciada pelo Dr. Fernando Vieira está assegurada pelos seus discípulos, da direcção e da equipa técnica. O torneio deste domingo foi dedicado aos Infantis A. Anadia foi justo vencedor. O convívio foi excelente.
Um bem-haja a todos de fora e aos da casa.
A direcção – que está de saída (?) – entregou significativas lembranças aos participantes. O que já é hábito vindo de longe data.
O Colégio de Bustos contribuiu com mais um apoio logístico. Merece ser reconhecido.
A Câmara Municipal garantiu um subsídio para minorar a angústia da tesouraria deste evento.
E da Junta de Freguesia de Bustos? A propaganda do apoio está no papel. Deve ser engano (?). Pelo andar da carruagem, não se espera vento benfazejo … Talvez na próxima sessão da Assembleia de Freguesia seja anunciada a dimensão do seu apoio.
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Nota:
A promoção da Junta da Freguesia de Bustos está na inscrição do seu símbolo como sendo uma entidade que apoia a Formação do União Desportiva ... o que não condiz com a realidade. Enfim... não passa mais de uma manifestação de boa vontade dos dirigentes dos lados do Estádio Manuel dos Santos Pato, do Sobreiro, que não tem retorno. Estranha-se o procedimento do executivo da Junta, até porque o clube de futebol não é concorrente da junta.
O alheamento da Junta revela quão difícil é partilhar o convívio com instituições dinâmicas que trabalham, através do desporto, na construção da cidadania dos próximos futuros.
sérgio micaelo ferreira

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EM TEMPO:
A peça apenas vincula o Torneio vertente.
Reafirmo que até à entrega das medalhadas a Junta de Freguesia de Bustos não tinha informado a UDB do montante ou tipo de apoio atribuido pela realização do torneio.
É claro que não basta ser visto para se induzir que a Junta esteja com a UDB.
A UDB continua a ser uma instituição dinâmica. Basta estar atento ao que se faz até chegar ao soar do apito do árbitro para dar início a cada jogo. Ali tem havido carolice de alguns. E muitos olheiros.
Será desejável que o relacionamento institucional esteja assente em bases sólidas para tornar efectiva a cooperação, já que as fronteiras entre as duas instituições estão bem definidas.
sérgio micaelo ferreira (29.06.2010)

24 de junho de 2010

DELEGAÇÃO DE COMPETENCIAS NA ASSEMBLEIA MUNICIPAL

A ter em atenção: Amanhã, sexta-feira, pelas 19h30, realiza-se a  Assembleia Municipal onde irá ser discutido uma questão de grande importância para Bustos, ou seja, a delegação de competências para as Juntas de Freguesia do Município.

23 de junho de 2010

MARÉ ALTA: RECORDAÇÕES... O PUXAR DE INCONTÁVEIS PONTAS





Fato notório e até certo ponto folclórico, na vida quotidiana do centro de Bustos ao tempo de minha adolescente infância eram as andanças do ti Pardal, com seus patos lhe fazendo companhia. Mas, o que mais marcou esse personagem no meu imaginário, foi uma prática arraigada nos costumes do meio: a temporária “ida aos pássaros”.

Uma das culturas populares, em que se envolvia boa parte dos jovens adolescentes, principalmente do segmento mais pobre da população, era a “apanha de pássaros” no tempo do milho (eu fui um dos que, seguindo esta cultura do meio, apanhei pássaros que faziam um bom acompanhamento de batatas, favas, ervilhas, vagens de feijão e até um gostoso arroz de festa. Minha mãe fez algumas caçarolas, com que toda a família se deliciou).


Para a “caça aos pássaros” - sombrias, boiadeiras, flosos, o escrachado pardal (o pássaro) - existia todo um processo de engenho e arte. Tinha-se à mão, algumas alternativas de instrumentalização e ação (a capoeira, por exemplo), mas a mais comumente utilizada era o costelo (ou custelo?) conhecido em alguns lugares da língua portuguesa (Brasil) como ratoeira. Tratava-se de uma engenhoca de arame composta de diversas partes presas entre si, que quando desarmado tinha aspecto de um simples objeto com o formato de duplo meio arco. Quando armado, tendo como item importante desta ação, um par de molas, o costelo assumia um formato levemente ovalado então aposto, devidamente coberto, num monte de terra adequadamente preparado, inclinado, deixando aparecer somente uma pequena haste vergada, presa ao seu meio, à qual se prendia, por sua vez, com uma tira de palha seca, a isca – uma familiar e receptiva lagartixinha branca - catada nos pés de milho. A bicada na isca, “detonada” por qualquer um daqueles tipos de aves abundantes à época, em nosso meio ambiente, logo desarmava a popular invenção de caça, prendendo o frágil ser voador que, muitas vezes, logo sucumbia pela pancada da curvada haste móvel do desarme, movimentada fortemente, pela ação das molas ora descontraídas. Estes artefatos existiam livremente à venda em diversas casa comerciais, mas boa parte deles era produzida artesanalmente.


Ti Pardal (que ironia de apelido... Ou era nome mesmo?), era o maior especialista que conheci, na fabricação artesanal desses artefatos de caça. Falava-se que ele possuía mais de cem unidades em condições de uso permanente. Segundo comentários da época, feitos por pseudo conhecedores do assunto, seus costelos eram de muito boa qualidade e precisão (Franklin Pinto pode confirmar isso).

O folclore criado em torno deste personagem, especificamente, neste campo de ação, foi muito rico em nuances de curiosidades. Existiam moleques que se especializaram na serpilha dos costelos de Ti Pardal. Muitos deles ficavam à sua espreita, em plenas cinco horas da manhã, para segui-lo até os locais onde seria armado o maior lote de artefatos do gênero, jamais visto em qualquer outro lugar.


Ti Pardal, possuía toda uma técnica própria de ação. Logo que terminava de concluir a tarefa de armação, o que demandava um bom tempo, ele passava a se movimentar num raio de cerca de 200 metros, munido de uma atiradeira das muitas confeccionadas pelo próprio, a fim de espantar as aves famintas, ocultadas nas cercanias, direcionando-as para o centro da área em que armara seus costelos. Neste cerco, Ti Pardal igualmente prestava atenção a possíveis presenças de serpilheiros que se avistados, corriam o sério e fatal risco de uma dolorida pedrada de funda, nas nádegas. Não obstante, a serpilha de seu patrimônio de caça era bastante notória e nosso personagem passava - pelo que era comentado - parte de seu tempo fabricando artesanalmente, mais e mais objetos de caça não só para seu uso, como também para venda e a “festa” de apetites dos sedentos serpilhadores profissionais do meio. Vale dizer que – porque não – a serpilha era uma parte muito forte desse folclore cultural.



Repensando o assunto muitos anos depois, concluí que aquele cidadão, já de certa idade, vivia esse período de tão anormal empreendimento, não só pelo prazer do passa tempo, mas também pela oportunidade única no ano, de ter em sua casa uma maior e melhor fartura de especial e saboroso alimento. Quero acreditar que o mesmo não tinha a mínima consciência da depredação que causava. Não só ele, como os demais. Pelo menos foi esta a conclusão de meu sentimento.

Certa vez, li numa revista de preservação ambiental que com a generalização de uso das variadas pesticidas descobertas e introduzidas no campo, estas mataram mais aves e outras espécies de seres vivos, no relativo espaço de tempo em que foram descontroladamente utilizadas até serem proibidas, do que em toda a existência secular do folclore comunitário daquela caçada cíclica, somada a todos os outros tipos de caça campestre. Creio num certo exagero de tal afirmativa, mas, de qualquer modo, se estes dados não eliminam os efeitos de nossos passados procedimentos, pelo menos amenizem nossos resquícios complexos de alguma culpa. Contudo isso, ou apesar de tudo isso, rendo minha homenagem póstuma a Ti Pardal... Um personagem de Bustos a ser também lembrado.


Quarenta anos depois, quando voltei à santa terrinha, esta cultura de depredação, tinha sido extinta, não sei se por algum despertar de consciência, ou mais em função de severos procedimentos penais dos poderes constituídos que um dia acordaram determinados a acabar com esta prática de contra cultura ambiental vinda, possivelmente, de longínquas eras, trazidas pelos nossos ancestrais.

Um carinhoso abraço a todos os conterrâneos
(Aristides Arrais, Brasil)
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Nota 1. - É reposto o postal "RECORDAÇÕES... O PUXAR DE INCONTÁVEIS PONTAS", retirado por um critério pessoal seguido no alinhamento do NB, o que não invalida o pedido deesculpas ao seu autor, aos leitores e comentadores.
Nota 2. - Ilustração possível com fotos da col. Bustos d’Outrora.
srg

22 de junho de 2010

CAMINHADA


 O Orfeão vai levar a efeito no próximo dia 27, domingo, pelas 9h00, mais uma caminhada. Todos os participantes receberão uma t-shirt e um boné (até esgotar stock). A participação é gratuita, excepção feita para o almoço. 
Pelas 15 horas realiza-se uma palestra  pela Dra Mariela Marques (Oncologia Médica, IPO Coimbra), sobre "Complicações Associadas ao Cólo do Útero e à Próstata". Haverá também uma exposição sobre "Os benefícios da prática da caminhada", por um dos colaboradores habituais da acção-médica do Orfeão.

21 de junho de 2010

FÓRUM 2010: AOS REPUBLICANOS!


O Fórum 2010  realiza-se no próximo dia 24 de Julho, no restaurante "Dois Telheiros", no Sobreiro. No ano do Centenário da  República o Fórum  evocará o 5 de Outubro de 1910, constituindo um tributo aos republicanos de Bustos e do concelho de Oliveira do Bairro.

Inscrições:
Dina Costa – 967985791
Ditosa Luzio – 967521729 ou diluz@sapo.pt
noticiasbustos@gmail.com

19 de junho de 2010

MARÉ ALTA:LÁ SE VAI UM ÍCONE DA LITERATURA PORTUGUESA


Morreu uma das maiores glórias contemporâneas da língua portuguesa. Figura controvertida e polémica, respeitada e admirada principalmente junto à grande massa de intelectuais materialistas do mundo ocidental, mas contestada quando não malquista, nos segmentos espírito religiosos. Suas idéias claramente colocadas não somente em seus escritos como também em suas interferências ou entrevistas, causavam arrepios aos contestados seguidores dos mais variados credos religiosos fossem eles seguidores da dita bíblia sagrada, fossem os seguidores do alcorão, fossem eles os pertencentes aos mais variados agrupamentos, ditos fervorosos filhos de Jeová. Isso, simplesmente porque ele não acreditava na existência de Deus e como tal, negava tudo o que envolvesse tal crença.

O Cristo humanisado em sua obra “O Evangelho Segundo Jesus Cristo, foi e é, dentre todas as suas obras, a mais contestada.
Numa entrevista ao jornal O Globo do Rio de Janeiro, o ano passado, ele afirmou: “No fundo, o problema não é um Deus que não existe, mas a religião que o proclama. Denuncio as religiões, todas as religiões, por nocivas à Humanidade. São palavras duras, mas há que dizê-las."

Ele foi em vida, um comunista convicto, membro do Partido Comunista Português mas, mais do que essa filiação, sua vida, temas de seus livros e suas declarações são testemunhos absolutamente transparentes de sua visão sobre as diferentes castas sociais onde, em sua visão, pontifica a exploração do homem pelo homem É interessante podermos notar que apesar de sua clara opção política, ele não nutria qualquer ilusão a respeito de alguma possibilidade de mudanças de status no mundo atual. Pelo menos é o que podemos deduzir de algumas de suas declarações:

"A globalização é um totalitarismo. Totalitarismo que não precisa nem de camisas verdes, nem castanhas, nem suásticas. São os ricos que governam e os pobres vivem como podem."

"Duvido que nos tempos mais próximos as idéias socialistas tenham qualquer oportunidade."
O reconhecimento de seu valor literário pautado por uma imensa obra, de há muito reconhecida além fronteiras, traduziu-se por um sem número de prêmios literários que lhe foram outorgados mundo afora, além do mais dignificante dos prêmios literários da língua portuguesa: Prêmio Camões.
Mas, o coroamento de todo esse reconhecimento, sem dúvida alguma foi o Nobel de Literatura com que foi galardoado em l998.
Durante muitos anos este grande nome da literatura portuguesa, mostrou-se frontalmente contrário à versão de suas obras para o cinema. Todavia acabou se curvando, ás muitas investidas de anos, do cineasta brasileiro Fernando Meirelles que finalmente obteve a devida autorização para verter para a chamada sétima arte, a sua obra “Ensaio sobre a Cegueira”. A respeito da morte de Jose Saramago nesta sexta feira 18, assim se expressou aquele cineasta: “O mundo hoje ficou mais burro e mais cego”

Aristides Arrais

14 de junho de 2010

BUSTOS CENTRO - OUTRORA: A DISTRIBUIÇÃO DE PETRÓLEO (?)


Ao fundo está estacionado o carro do Sr. Rosendo, ainda hoje está cuidadosamente conservado pelo James F Ray.

O carro estacionado junto do edifício dos Correios seria do Sr. Vitorino Reis Pedreiras...


(pormenores são perceptíveis em ampliação da imagem)

... o camião-cisterna da BP, parado em frente à antiga loja de Albano Tavares da Silva (Barateiro) - hoje Restaurante Piri-Piri - estaria (?) a fazer a distribuição do petróleo e de outros combustíveis.

Nota:
Uma certeza já existe. O autor da fotografia continua desconhecido.
Em data posterior a 4 de Agosto de 1956, (1) já havia mais que duas máquinas fotográficas em Bustos… o que vai tornar mais difícil encontrar o autor de cada foto ainda não identificada…
Um bem-haja a Arsénio Mota pelos esclarecimentos que o postal- e mereceu.
……………
(1) Consultar de Belino Costa: "PARA A HISTÓRIA DOS CORREIOS” e “INAUGURAÇÃO DAS NOVAS INSTALAÇÕES DOS CORREIOS (1956)”.

12 de junho de 2010

OLHÓ BALÃO!

No próximo sábado, dia 19, realizam-se as Marchas Populares. O desfile será nocturno, tem hora marcada para as 21 horas, saindo do Palacete.
Exibem-se as marchas a partir das 21h30, e este ano, com a marcha infantil do ABC estará também a marcha adulta do Orfeão, que regressa após um interregno de 13 anos.
Não faltarão as tradicionaisn tasquinhas e a festa será animada pelo Amadeu Mota Show.

12.06.2010 - 1 REGISTO


A discrição ao serviço da comunidade




10 de junho de 2010

AS PERGUNTAS DE ÉLIO FREITAS

O Presidente da República celebra este feriado nacional em Faro, sua terra natal, e eu aquí estou em Bustos a fazer o mesmo.
Os últimos meses tem sido cheios de más notícias ao nível nacional com os impostos a subir e os orçamentos do estado a serem reduzidos. Bustos, no entanto, ou não leu nem viu as más notícias de Lisboa ou está isolado dos problemas económicos de Portugal.
Há dias reparei num letreiro, a um lado da Avenida São Lourenço, informando o público que a Junta/Câmara Municipal vai gastar mais de 403.000 euros para fazer uma nova rua em Bustos - a rua do depósito de água... Há meses anunciaram a compra de um terreno no Sobreiro para a construção duma nova escola para a nova vila. Entretanto os dirigentes religiosos da terra continuam com a construção da "Fabriqueira" ao lado da Igreja, um elefante branco à procura de dono....Tudo parece que as dificuldades do nosso Portugal ainda não chegaram a Bustos....
Infelizmente a realidade é muito diferente. O tempo das vacas gordas já passou. Até dizem por aí que nem vacas magras há agora, porque as mataram e comeram.
Mas neste dia de celebração, devemos fazer algumas preguntas aos nossos conterrâneos Bustuenses.
Bustos precisa de mais ruas? Basta passar por as nossas ruas para verificar que muitas das casas antigas estão vazias e muitas terras com acesso as essas ruas estão abandonadas. Se as novas ruas são precisas para que mais casas se construam, porque não são as novas casas feitas onde existem já ruas com todas as infraestruturas instaladas - água, electricidade, saneamento, luz pública???? Sabem os nossos distinguidos dirigentes politicos quanto custa a instalação de todos esses serviços públicos numa rua nova? Dois ou três donos de terras serão beneficiados enquanto residentes de ruas degradadas com muito uso têm de aguentar porque não há planos para repará-las...Isto, amigos, não faz sentido nenhum nos dias em que vivemos.

A escola nova é outra proposta que é difícil de entender ao mesmo tempo que Portugal está a fechar escolas rurais por todo o País. Afinal Bustos tem escolas bem localizadas. Que planos tem os nossos dirigentes para estas escolas? As respostas geralmente são que isso não é assunto da Junta ou coisa parecida....O que se passa em Bustos afecta Bustos e diz respeito a todos os Bustuenses. As desculpas ou falta de responsibilidades não podem ser aceites. Alguém tem de explicar estas coisas agora, antes de ser demasiado tarde.
As mesmas preguntas deviam ter sido feitas aos dirigentes religiosos sobre o Elefante Branco ou Fabriqueira? Qual é a utilidade para os Bustuenses desse colosso que continua a absorver dinheiro sem nenhum objectivo específico. Primeiro deviamos determinar as necessidades do povo e da Igreja, e depois procurar a solução....O processo parece estar ao invés...O melhor será a condução de encontros públicos e transparentes para encontrar soluções que sirvam os melhores interesses dos Bustuenses.

Nas últimas décadas Bustos recebeu milhares de euros que valorizaram a freguesia, mas tudo se paga, mais tarde ou mais cedo. Hoje temos menos recursos para fazer o que se precisa. Por isso temos que usar o que temos com cuidado, organizando os projectos em ordem de importância/prioridade, com critérios transparentes.

Bustos, 10 de Junho, 2010.

Élio Freitas

MARÉ ALTA MEU ARRAIS, MARÉ ALTA!

A história da emigração portuguesa é uma epopeia por contar. Também os emigrantes cruzaram os mares, calcorrearam continentes, enfrentaram perigos, incertezas, angústias e uma saudade imensa. Partiram em busca do pão e da felicidade. Fugiram da fome, acalentando o sonho de uma vida melhor. Esta é a breve história de um desses heróis anónimos, a breve história de um emigrante de Bustos.

Aristides Correia Arrais veio a este mundo no dia 29 de Dezembro de 1937. Filho de um alfaiate, Manuel Joaquim Pereira Arrais e de Cândida Rosa Correia, o menino teve uma infância feliz: “Era como uma ave voando pelos campos.”
Frequentou a Escola Primária e, tirado o diploma da quarta classe, essa era norma da época, estava apto para enfrentar a vida, “pronto para fazer qualquer coisa.” Não teve que esperar muito porque aos onze anos entrou para a serralharia do Manuel da Barroca, na condição de aprendiz de torneiro mecânico. Mais do que do brilho da forja ou o moldar dos metais, o que emocionou o miúdo foi andar na rua com o fato de trabalho, um macacão envergado com o orgulho e o garbo de um general. “Com vaidade”.

Entretanto iam chegando à aldeia cartas do Brasil, cartas do tio, falando de uma terra maravilhosa, repleta de oportunidades. Cartas sedutoras que, em Agosto de 1950, lhe levam o pai para terras brasileiras. No ano seguinte chega a carta de chamada para o resto da família, impondo uma longa travessia e o adeus à terra natal.
Aristides Correia Arrais tinha treze anos. Ao longo de 18 dias, atravessando o Atlântico, aprendeu a maior das lições. Ficou a saber que há lugares de onde nunca se parte, porque vão connosco. São parte de nós.
“Cheguei ao porto de Santos, fim de tarde, junto de minha mãe e irmãos, onde já me esperavam, meu pai e mais meia dúzia de parentes. A subida da serra, rumo ao planalto bandeirante, durante cerca de duas horas, foi algo muito cansativo... mas chegamos finalmente à cidade de São Paulo”.

Começou ali uma nova escalada, desta vez enfrentando os desafios da vida numa terra que, apesar de generosa e bela, logo lhe lembrou a condição de estrangeiro.”As piadas sobre os portugueses me incomodavam, me complexavam. Ultrapassei o problema e libertei-me do complexo porque comecei a guardar na memória todas essas piadas, e se me contavam uma eu respondia contando três ou quatro.”
O primeiro emprego chegou uma semana depois do desembarque. Como ainda não tinha 14 anos, precisou de autorização especial do juiz de menores para trabalhar como paquete na Associação Comercial de S. Paulo. O aprendiz de torneiro mecânico virava “office boy” e nas reuniões da direcção fazia a distribuição do microfone, entre cafés e águas frescas. Um novo mundo se abria ao Aristides que, meio ano depois, fazia o curso de prática de escritório, seguido por outro, de estenografia. O que não bastou para satisfazer a ambição de conhecimento. Nos tempos livres aplicou-se ao estudo da História e Geografia do Brasil com o objectivo de fazer “exame de admissão ao Ginásio” (Liceu). “Comecei a estudar, a tentar ser melhor.”
É mais um desafio vencido. Quando se prepara para escolher a “área clássica”, pensando então num curso de História ou de Língua Portuguesa, o trabalho numa empresa de géneros alimentícios afasta-o do centro da cidade e de tal intenção. Aos 20 anos, trabalhando na Colgate-Palmolive, começa a frequentar um curso de técnico de contabilidade. Logo depois surge o casamento, a que se sucedem dois filhos,”quase de rajada”, e um novo desafio profissional numa fábrica norte-americana. “Aí ser técnico de contabilidade já não era suficiente. Faltava a Faculdade.”
O sonho concretiza-se aos 33 anos quando, com 3 filhos, regressa a S. Paulo e ao trabalho na banca. “Fiz o vestibular e entrei na faculdade. No ano seguinte fiz Ciências Contáveis, Curso Superior de Contabilidade e aí os professores me desafiaram a fazer Economia. Tirei o curso, sou formado, mas não sou economista.”


 
Em 1985, depois de voltar a trabalhar na banca, assume o cargo de director financeiro de uma empresa de fiação e tecelagem, de onde sai quando chega a reforma. Mas era cedo para ir repousar junto ao oceano. Depois de trabalhar numa correctora, ligada à uma empresa de bacalhau, monta uma fábrica de confecções, especializada em fardamento para estudantes. O projecto empresarial durou até ao dia em as máquinas desapareceram e a fábrica ficou vazia. Coisas que acontecem no Brasil…
A última experiencia profissional aconteceu no Rio Grande do Sul.
Actualmente vive, em segundas núpcias, com Maria Anami Vieira de Sousa Arrais, na Praia do Francês, estado de Alagoas. É o nosso Arrais, embaixador junto a um mar quente, com peixes coloridos e um imenso coqueiral. Por lá dizem-no português, por cá chama-lhe brasileiro. Ele é isso tudo e mais ainda. É o cidadão, é o activista cívico, é o cronista, é o bustuense e nele vive também a memória fresca de uma infância feliz.

Maré alta meu Arrais, maré alta!

Belino Costa

9 de junho de 2010

EM NOME DA DIÁSPORA BUSTUENSE

Apesar de ser um colaborador regular do NB, ainda não tínhamos apresentado aos nossos leitores Aristides Correias Arrais. Pois amanhã preencheremos tal lacuna, contando um pouco do percurso desse bustuense que vive no estado de Alagoas, no Brasil. É a breve história de um aprendiz de serralheiro mecânico que acabou por tirar o curso de economia e foi administrador de empresas. É, sobretudo, a nossa homenagem ao homem e ao emigrante, no dia  de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

8 de junho de 2010

BUSTOS - SERVIÇO PÚBLICO DE SAÚDE [HORÁRIOS DE ATENDIMENTO]

(clicando sobre a imagem alcança ampliação)










(nota: informação exposta ao público no condomínio do Palacete)

ACTIVIDADES DO ORFEÃO


Acção Médico-Social

A direcção do Orfeão de Bustos informa que no próximo dia 13 de Junho (domingo), das 9:30 h às 12:30 h, terá lugar no Posto Médico de Bustos, mais uma acção médico-social de rastreio de doenças cardiovasculas, com a colaboração dos seguintes técnicos: Enf. Acílio Silva e Enf. Ana Sofia Barata.

Ginástica de Bem-Estar

Por forma a conciliar a ocupação do salão ABC/Orfeão, e dado que intensificaram os ensaios para as Marchas Populares em Bustos, a ginástica de bem-estar, orientada pela fisioterapeuta Eliana Marques, passa a ter lugar à terça-feira, pelas 21:00 horas.

Artes Decorativas

O curso de artes decorativas decorre nas instalações do Orfeão de Bustos, às terças-feiras, das 20:00 às 22:00 horas. Orientadora: Maribel Laranjeiro

7 de junho de 2010

BUSTOS [CENTRO] - DESFILE DE CASAMENTO


Desfile do casamento de Benilde de Jesus Cipriano com José Simões da Costa (o conhecido Zé dos Moras). Rui Jorge - irmão do Ósca r Aires dos Santos - transportava as almofadas e a Dina Reis Costa tinha levado as alianças. Os dois muito bem comportadinhos, ao que parece. Distingue-se a madrinha da noiva, Benilde Figueiredo que ‘segurava’ o Óscar pela mão. Manuel Martins foi o padrinho.
Ti Maria Mora foi a madrinha e o padrinho foi um senhor chamado Cravo, da Mamarrosa.
Pelas informações prestadas, um bem-haja ao Zé dos Moras e à Benilde que tem uma memória de fazer inveja.
O casamento aconteceu a um sábado, 6 Agosto’1955 e no dia seguinte o noivo saltou do aconchego da cama para acompanhar o Ti Zé Mora e levar a camioneta carregada de pedra para fazer cal … à Feira da Oliveirinha.
Na foto de parte do Centro de Bustos antigo, distingue-se um apreciável número de pé descalço entre os assistentes do desfile.
sérgio micaelo ferreira
EM TEMPO
Franklin Pinto (Califórnia) parece ter desvendado o enigma do autor da fotografia. Vamos escutar o Frank: «creio que a miúda alta e magra, que quase esconde a figura do Óscar, era uma sobrinha do Sr. Dário Alves, que passou uns bons anos em Bustos (com origem em Torres Novas). Portanto o fotógrafo seria o Sr. Dário.»

4 de junho de 2010

FESTA DA PRIMAVERA NA SÓBUSTOS

Vale a pena relembrar:  A Sóbustos vai realizar no próximo dia 5 de Junho, sábado, a "Festa da Primavera". O evento tem início marcado para as 11h00, com a realização de uma palestra intitulada, "Ética e Fim de Vida", que estará a cargo do mestre em ética, Dr. Amorim Figueiredo.
À tarde, com início previsto para as 14h30, os festejos prosseguem com a participação dos Cantares Populares de Bustos, dos idosos, do CAF, ATL e funcionárias. Espera-se a presença dos idosos de outras instituições do concelho.
Não falte, ajude os mais velhos a terem um dia inesquecível.

2 de junho de 2010

BUSTOS - TABUAÇO: LIGAÇÃO COM PERIGO ESCONDIDO

Quem circula na estrada do Tabuaço (concelho de Vagos) que termina no Rio Boco,Vala do Sardo ou Ribeira do Tabuaço,.... há uma descida e uma curva que mereceu da segurança rodoviária a instalação de sinalética adequada ao alerta do potencial perigo.
Entretanto, um sinal arrancado da base de apoio, dorme na posição horizontal próximo da 'berma' da estrada que liga a Bustos (concelho de Oliveira do Bairro).



O bloco de sustenção da sinalética. por si só, já constitui perigo.



Um episódio a merecer atenção das Câmaras Municipais vizinhas.

sérgio micaelo ferreira