31 de outubro de 2014

FILHO DO MANUEL DO SERAFIM

Crónica de
BELINO COSTA


Maria dos Santos Silva, Manuel Simões da Costa (ao colo) Serafim Simões da Costa e Augusto Simões da Costa


“De quem és filho, meu menino?” Naquele tempo não me era reconhecida identidade própria ou uma existência autónoma. Como ainda não era considerado uma pessoa chamavam-me criança que, o mesmo era dizer, aspirante a ser gente. Aos adultos pouco interessava o meu nome, essa irrelevância.
“De quem és filho, meu menino?” A pergunta vinha lá do alto e o instinto aconselhava-me a responder sem mostrar arrelia, “Sou filho do Manuel Costa”. A ver se assim se resolvia a questão e me deixavam em paz, que é o mesmo que dizer, se esqueciam da minha existência. Engano meu, na verdade tal resposta só ajudava a multiplicar as dúvidas e as irritantes perguntas. Fiquei assim a saber que Manuel Costa não era nome exclusivo. Havia outros, familiares ainda, com a mesma designação, pelo que a minha resposta não permitia uma inequívoca identificação.
Espantava-me aquilo. Era confuso imaginar diferentes pessoas com o mesmo nome, vivendo perto umas das outras. Pobre carteiro!
Vergado perante a complexidade do mundo adulto, fixei o olhar nos sapatos. Foi quando me inquietaram com nova interrogação, “E quem é o pai do teu pai, o senhor teu avô?”
Como se eu não soubesse que o pai do meu pai é meu avô! Apesar de ser tomado por estúpido e só para evitar mais aborrecimentos, respondi sem tirar os olhos do chão, “Serafim…”
Não foi preciso acabar a frase porque, a avaliar pela reação, o único Serafim que havia lá na terra era o meu avô. Só assim se explica a convicção com que o meu interlocutor exclamou, “Ah! És filho do Manuel do Serafim!”
No início com alguma indiferença e depois com algum entusiasmo compreendi que a minha identidade se confundia com a do meu pai, da mesma forma que a dele se confundia com a do meu avô.
A partir de então passei a responder tendo em conta o laço geracional, “Sou o filho do Manuel do Serafim”. Tanto bastava para me assegurar um lugar à mesa de café, mas só no caso de sobrar alguma cadeira depois de todos os outros se terem sentado. O que constituiu um admirável progresso.

Quando chegou o tempo de ir para a escola e se começaram a interessar pelo meu nome decidi manter a versão. E quando me perguntavam, “Como te chamas?” respondia, “Sou filho do Manuel do Serafim”.
Não havia nisso razão profunda ou filosofia infantil, dizia-o para poupar tempo e explicações. Assim não me via constrangido a ter que soletrar o meu nome. Eu dizia Belino e eles entendiam Avelino, Celino, Plino, e mais uma catrefada de nomes acabados em Lino, coisa que acabou por se transformar em verdadeira arrelia. Foi para acabar com esse constante constrangimento que optei por assumir a definitiva condição de “Filho do Manuel do Serafim”, esse porto seguro. Por um lado simplificava e por outro percebia que isso me valorizava, fazia de mim gente aos olhos dos “mais grandes”. Foi o que pude confirmar no dia em que de visita à Feira de Março, em Aveiro, me perdi.
Rodavam os carroceis sonoros e luminosos, borbulhava o óleo onde ganhavam formas as farturas, espalhando um cheiro doce pelo ar. As cores, as músicas e os odores e a correria das gentes saltando de diversão em diversão, ou aboletando-se nas barracas de comes e bebes constituíam um espetáculo de imparável sedução. Perdi-me pois, de tão atento às novidades, de tão curioso. Por causa do rodopio de cheiros e sons, do saltitar dos cavalinhos nos carroceis me esqueci da mão familiar e avancei sem perceber que me afastava. Afinal só queria aproveitar uma nesga para espreitar o que se escondia por detrás das paredes pintadas com bruxas e Dráculas onde rolava o comboio fantasma. Caminhei chamado por uma voz convidando “o estimável público para uma viagem ao susto.”
Pumba! Foi um choque frontal, tal o impacto quando dei por mim a olhar em redor sem descobrir qualquer rosto familiar. Por um breve instante pararam os carroceis, silencioso ficou o comboio fantasma e tudo o que existe no universo se esvaiu num oceano de incredibilidade. Corri sem sentido. Virei à esquerda e, sem parar em frente do Poço da Morte, fui na direção das luzes anunciando Farturas. Ali estanquei, sem forças para fazer andar as pernas. Os olhos fixando as filas das lâmpadas brancas e amarelas brilhando, brilhando, brilhando sem parar. Não precisei de muito tempo para confirmar as minhas suspeitas, estava irremediavelmente perdido.
Tremiam as pernas, pulava o coração. O fio de uma lágrima bordejava-me os olhos e o rosto mostrava uma tão óbvia expressão de pânico que um senhor que por ali passava me interpelou:
“Estás perdido?
Acenei que sim.
“Onde estão os teus pais?”
Não sabia. Mas ganhando um novo alento logo me expliquei sem deixar margem para qualquer dúvida, “Sou filho do Manuel do Serafim. O senhor leva-me à casa do portão grande?”
Dera a informação necessária e fundamental. O homem colocou a mão direita sobre o meu ombro, era uma mão larga agarrando-me como uma pinça, e conduziu-me até à cabine de som onde um senhor gordo, muito encarniçado, interrompeu a programação habitual para fazer o anúncio que se espalhou pelos altifalantes do recinto, “Perdeu-se um menino que diz ser filho do Manuel do Serafim. Espera que o venham buscar à cabine de som.”
Não precisei de esperar muito para reencontrar a família e encerrar tão assustadora experiência. Depois dos abraços e das lágrimas incontidas só tinha um desejo, uma única vontade, voltar para a “casa do portão grande.”
Naquele tempo existiam dois mundos separados por um portão de ferro. A fronteira física era pequena mas aquelas duas portas fechadas sobre si mesmas podiam ser montanhas intransponíveis. Daí o portão me parecer gigantesco apesar de, na realidade, ter um porte modesto. Tudo o que eu conhecia, o meu mundo, o meu território, ficava portão adentro. Lá fora vivia o desconhecido e uma série de vizinhos com quem partilhávamos a rua e a vida.
A rua era de terra batida.  No inverno enchia-se de poças de água, no verão ondulava de pó. Os rodados das carroças e carros de bois ajudavam a formar os bordos e o fundo dos pequenos lagos castanhos pontuando o caminho em tempo de chuvas. Caminhar, ou andar de bicicleta, era uma brincadeira para mim e um desafio para quem pretendesse não molhar os pés ou os rodados.
Havia mais mulheres do que homens e eu era a única criança. As mulheres mais velhas vestiam de preto dos pés à cabeça. Usavam lenço a cobrir os cabelos e cheiravam a fumo e a panelas. A Rosa do Pardal cheirava ainda a mijo. Julgo que nunca terá tomado um banho completo em toda a sua vida, o que se compreende pois ainda não havia casas de banho ou água corrente. As necessidades faziam-se numa retrete estrategicamente situada nos fundos, depois da pocilga e do galinheiro. Mas a  Rosa do Pardal era conhecida por apenas usar a retrete para as urgências sólidas. Quando se tratava de aliviar a bexiga, fazia-o em qualquer canto ou valeta. Abria bem as pernas lá por debaixo da rodada saia preta, inclinava os tamancos para o lado de fora e libertava-se sem mais demora ou trabalho.
Nos dois lados da rua havia sete casas, o resto era campo. Do nosso lado, colando adega com adega ficava a casa do Ti Pedro e da Ti Glória, os meus diletos vizinhos que, à falta de netos e com o filho emigrado na Venezuela, de onde não chegavam notícias, me apaparicavam com pipocas. Logo depois, formando um pequeno gaveto, havia uma casa mais pobre, de adobo sem reboco. Ali vivia Maria Peralta uma mulher marcada com o ferrete de adúltera porque, em sinal de desafio, cometera o gravíssimo pecado de parir três filhos que nunca souberam o nome do pai. Talvez por ter pisado os terrenos do demo tivesse adquirido uma sabedoria tão especial, tão rara, uma força tão especial que até era capaz de espantar o mau-olhado e enfrentar forças maléficas. Uns chamavam-lhe feiticeira, outros, bruxa.

As casas do outro lado da rua tinham as frentes viradas a sul. À esquerda ficava a casa e a oficina do Manuel da Barroca, o ferreiro. Em frente viviam a Ti Palmira com a irmã, a Louca que tinha uma filha, a Vitalina. Eram duas mulheres de pouca sorte, uma por doença e outra por ter sido desonrada por um rapaz que depois a deixou, condenando-a ao celibato.
Depois de uma casa da palha, mais recuada, surgia a casa da Rosa do Pardal, uma viuva que partilhava a existência com pintos, patos, galinhas e gatos, muitos gatos. Fechando a minha área de influência, estabelecendo uma nova fronteira para um terceiro mundo ficava a casa dos meus avós, Maria e Serafim. Também tinha um portão grande, mas este era de madeira. e estava emoldurado por cantaria que no arco superior tinha esculpida uma data, 1916.
O avô Serafim foi o meu primeiro companheiro, o meu primeiro amigo. E nem poderia ter sido de outra forma porque ele era o único com tempo para isso. Ao contrário de todos os outros, principalmente dos meus pais que andavam sempre atarefados correndo de afazer em afazer, o avô Serafim, que caminhava apoiado numa bengala, passava muito tempo sentado. Não era grande falador mas a sua presença, o seu olhar, umas vezes perdido outras fixando-me enternecidamente, bastavam-me para companhia. Eu ia inventando brincadeias com paus, pedras e o que demais houvesse à mão de semear. Às vezes fingia de avô e punha-me a caminhar apoiado numa bengala de fazer de conta. E ele ria-se.
Tinha bigode como a maioria dos homens do seu tempo. Toda a vida foi agricultor, labutando de sol a sol em meia duzia de pequenos terrenos onde produziu  vinho, batatas, milho e o demais necessário para alimentar a família. Sabia ler e tinha um pequeno escritório na frente da casa, antes da adega, onde guardava papéis, livros e documentos.  No fundo da gaveta da secretária andavam perdidas algumas moedas do tempo dos reis.
“Isso não vale nada”, comentava ao ver o meu interesse na esfinge de. D. Luís e D. Carlos. Nem as moedas tinham valor, por isso estavam abandonadas numa gaveta, nem a monarquia era regime admirado. Bem pelo contrário, aquela era uma casa de republicanos. No alto da estante do escritório, Serafim Simões da Costa exibia com orgulho o busto verde rubro da República. E ao lado a esfinge de Eça de Queiroz.

Frequentava a terceira classe quando uma estranha doença começou a reter o meu avô no leito. No início não me preocupei. A ter em conta a minha experiência acreditava que tudo se resolveria tomando comprimidos ou xaropes, experiência que podia ser mais aterradora do que a picada de uma agulha. Odiava xaropes!
Fui multiplicando as viagens pelo carreiro da missa, a caminho da escola, depois entrei para o ensino secundário sem haver notícias de melhoras. Até que numa segunda-feira, dia 3 de março de 1967, me disseram que não ia às aulas, mas para casa do meu primo Luís, em Aveiro. Defendiam-me da dor, protegiam-me do trauma de uma experiência fúnebre.
Não foi assim que o entendi. Provavelmente porque era mais fácil alimentar a revolta por me tomarem por fraco, do que enfrentar a dor. Senti-me enganado e à tristeza juntou-se uma profunda desilusão. Perante os meus protestos e perguntas insistentes os meus pais falaram-me da multidão que se juntou para a cerimónia fúnebre, descreveram-me a emoção, o respeito de toda aquela gente a caminhar em duas filas paralelas enquanto a banda filarmónica marcava o compasso. Muitos levavam ramos de flores, muitas flores.



Os meus pais nunca me falaram da existência de um deus capaz de distribuir os mortos pelo céu, inferno ou purgatório. Nunca admitiram a existência de um senhor, poderoso e omnipresente, a dirigir os destinos do universo. Nunca veneraram santos ou cruzes. Explicaram-me, simplesmente, que tal como as plantas e os outros animais cumprimos um ciclo de vida que se renova e multiplica com o nascer de cada nova geração. Cada um de nós é importante, quando não mesmo decisivo, porque é um elo essencial no prolongar de uma cadeia  de vidas sucessivas. E de mortes.
Com eles aprendi o significado, a importância e a beleza dos cemitérios. Ensinaram-me a respeitar os mortos, os verdadeiros construtores do nosso mundo, e a olhar com carinho as suas campas sem mistério. Não precisaram de palavras, foi com gestos simples que me explicaram que misteriosa não é a morte, mas a vida.


Belino Costa

28 de outubro de 2014

HASTA PÚBLICA



A Câmara Municipal de Oliveira do Bairro informa que vai realizar-se no dia 29 de outubro de 2014, pelas 14h30, na Sala de Reuniões de Câmara do Edifício dos Paços do Concelho, uma Hasta Pública para constituição do direito de superfície sobre o artigo urbano inscrito na matriz sob o número P3767 da freguesia da União das Freguesias de Bustos, Troviscal e Mamarrosa para construção de edificação destinada a exploração de bebidas e/ou atividade de comércio de jornais, revistas, livros, tabacarias, lotarias, lembranças regionais, entre outros semelhantes.
Mais informações aqui.

AMADEU MOTA EM NOITE DE HALLOWEEN

Na noite das bruxas, 31 DE OUTUBRO, há baile com Amadeu Mota Show, no salão do ABC, a partir das 21h00.
A entrada é gratuita.

21 de outubro de 2014

BRASIL E SUAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS - Opinião eleições/2014, Aristides Arrais

*










Acredito que a maioria de meus amigos de além- mar esteja acompanhando o momento das polémicas eleições em curso no Brasil. Acredito igualmente que uma opinião de origem duvidosa que seja, não deixa de ter sua curiosidade.

Diante da presunção de tal credibilidade, atrevo-me a desenvolver um texto com a obrigação da imparcialidade, embora envolvido com uma das partes contendoras (sou filiado ao PT)













Desde o início da campanha, já se presumia uma disputa muito difícil entre PT (Partido dos Trabalhadores) e PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira). A entrada de um terceiro candidato à presidência da república pelo PSB (Partido Socialista Brasileiro) certamente iria tornar um pouco mais complexa a disputa, sem que, todavia, pudesse alterar o desfecho final que sempre se presumiu, ocorreria entre aqueles maiores contendores, embora houvesse quem considerasse a presença de Marina Silva como vice desta terceira força, um bem conceituado reforço pra o poder de sua evolução.

Da parte do PSDB, havia certa confusão de opiniões:  Alguns núcleos ligados à social democracia achavam que a presença daquela terceira força, seria boa para o partido, visto que ela (terceira força) estaria puxando muitos votos, considerados até então, eleitores do PT apenas por serem contrários ao PSDB. Entretanto uma boa facção de partidários da candidatura do PSDB achava que o surgimento daquela terceira força também afetaria sobremaneira o seu partido, uma vez que nele também existiriam muitos eleitores não adeptos, mas sim, anti-petistas.  


Do lado do Partido dos Trabalhadores, achavam-se os sempre exagerados partidários que quaisquer que fossem as circunstâncias adversas, a candidata do PT seria eleita no primeiro turno. Mas também existia uma grande massa de eleitores fiéis ao partido (eu incluso) que via, com a entrada desta terceira força, uma difícil  possibilidade de vitória no primeiro turno. Havia ainda um terceiro grupo de eleitores que, por opção inicial de adesão ao partido dos trabalhadores, passou-se para o grupo de indecisos, para uma posterior decisão.
No momento em que o Brasil encontrava-se neste interregno de imponderáveis alterações ocorreu o inimaginável acidente aéreo que vitimou o candidato do PSB. Dias depois, o partido terceira via e seus coligados, apresentaram como candidata alternativa à presidência da república, a até então vice, Marina Silva.



















Num primeiro momento, a comoção a nível nacional da morte trágica do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, transformou a mais recente candidata num meteoro ascendente. Em duas semanas ele atingiu nas pesquisas, o mesmo porcentual de propósitos eleitorais de candidata do PT, Dilma Rousseff.
(E neste momento registramos um pormenor muito importante para as nossas conclusões posteriores: O porcentual ascendente de Marina era praticamente igual ao porcentual descendente de Aécio Neves, candidato do PSDB. Em outras palavras: Enquanto Marina subiu 15 pontos, Aécio desceu 15 pontos).

Imediatamente, os marqueteiros do PT e do PSDB que antes estavam a se gladiar, passaram a buscar munição para bombardear a candidata do PSB.

Passada a comoção do primeiro momento, o PSB passou  a baixar seus porcentuais nas pesquisas e o PSDB retomou sua ascensão amenizando seus  ataques à candidata do PSB e voltando-se novamente para o que considerava seu principal adversário, o PT. Enquanto isso, o partido dos trabalhadores continuou com os ataques simultâneos aos dois oponentes. Em nosso entender esta estratégia do PT foi desastrosa para a eleição da candidata Dilma, que embora  vencedora do primeiro turno, não conseguiu quórum suficiente  passando a eleição para o segundo turno, com o PT enfrentando a candidatura do PSDB, muito bem fortalecido pela total adesão do PSB e seus coligados, consequência do desnecessário bombardeiro do PT no primeiro turno, em cima de Marina.

As pesquisas voltadas para o segundo turno apontam, no momento, vantagem para o candidato do PSDB. A situação para o PT está muito difícil de ser revertida, embora este partido conte com uma militância muito ativa e, a final de contas, tem a seu lado a força do poder que ainda ocupa, embora uma significativa parcela da poderosa mídia tente anular esse imponderável poder, com a força de sua tendente comunicação.

 Por amor ao esforço de imparcialidade, concluímos dizendo que se o PSDB ganhar as eleições no segundo turno, não há como negar que sua vitória certamente terá sido o resultado de uma maior capacidade de estratégia e convencimento, em sua reta final. Ansiosamente, aguardamos o resultado do próximo domingo, 26/10/2014.
(Aristides Arrais - Maré Alta) 
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 * NB - imagem do Brasil retirada daqui

20 de outubro de 2014

ADERCUS NA “CORRIDA DO CASTELO” de FEIRA








Santa Maria da Feira foi o palco da 15ª edição da “corrida do castelo”, que foi uma organização do Clube Desportivo Feirense, conjuntamente com a Câmara Municipal, Junta de Freguesia de Santa Maria da Feira, Travanca, Sanfins e Espargo, e da Associação Empresarial de Santa Maria da Feira, na qual a ADERCUS esteve representada mais uma vez em vários escalões.

As primeiras atletas a entrarem em competição foram as do escalão de Benjamins B femininos, para atletas com 10 e 11 anos de idade. A mais rápida das meninas da equipa da Serena a completar os 1.000m de corrida foi Jéssica Inês, que se classificou no 13º lugar, seguida por Catarina Pardal, 19ª, Maria Francisco, 20ª, e Érica Matos, 21ª.
 
ADERCUS. "Corrida do Castelo".  Sofia Almeida (73)- vencedora da prova de Infantis femininos
Seguiu-se a participação de Sofia Almeida, que foi a vencedora da prova de Infantis femininos, e que mais uma vez fez valer a sua velocidade terminal para superar as suas adversárias na parte final dos 1.300m do percurso.

Nos Iniciados femininos, nos 2.600m, Beatriz Rodrigues também subiu ao pódio, no 3º lugar, intrometendo-se entre um trio de atletas da União Desportiva da Várzea, de Felgueiras, que assumiram a liderança da corrida desde início. No sector masculino, Miguel Matos foi o 12º classificado, e nos juvenis femininos, Ana Rodrigues cortou a meta dos 3.900m no 9º lugar.

Na corrida principal, de 10.000m, para Juniores masculinos, Séniores e Veteranos, masculinos e femininos, a ADERCUS voltou a estar em destaque com a subida ao pódio de Carla Martinho, que foi a 2ª classificada, seguida de Sara Carvalho no 4º lugar. Entre os masculinos, Vitor Hugo Ramalho foi o 4º classificado do escalão M35 e Paulo Ferreira foi o 8º do M40.
(ADERCUS)

16 de outubro de 2014

O Cemitério de Bustos Alinda-se

O Cemitério de Bustos está a preparar-se condignamente para o dia 1 de Novembro.
 Três trabalhadores dirigidos pelo sr. Amílcar Ferreira já procederam a limpeza de inertes, recompuseram sepulturas  e procederam à remoção do ajardinamento assinalado na figura.

Sebe de buxo irá ser abatida por motivo de requalificação

Há uma contrariedade.
A chuva teima em não ajudar.

15 de outubro de 2014

PAGAR! PAGAR! PAGAR!



Caro agricultor,

Você que resiste às agruras de um tempo em que os incompetentes que nos governam vendem o país pelo preço da uva mijona aos grupos internacionais enquanto nos esfolam com impostos e taxas, tem mais um presente do Dr. Passos Coelho. Pois fique a saber que a partir do dia 15 de Novembro está proibido de efetuar tarefas tão comezinhas como sulfatar, sem primeiro desembolsar 80 euros para tirar um “curso” de aplicação de produtos fitofarmacêuticos.

Este governo que conseguiu paralisar a justiça, lançar o caos sobre o ensino público,, fazer recuar o consumo e a atividade económica para médias do século passado, destruindo empresas e promovendo as falências com uma miríade de impostos, taxas e exigências absurdas enquanto vai promovendo o crescimento da divida pública, visa agora os pequenos agricultores com uma medida onde revela bem como está vergado aos interesses de Bruxelas. Lá bons alunos são eles!

Compreende-se que a aplicação dos chamados pesticidas, herbicidas e quejandos seja regulada e obedeça a regras específicas, especialmente quando aplicados em larga escala. O que não se entende é que não se tenha tido em consideração a atividade dos pequenos agricultores e não se tenha, no mínimo, determinado a organização de cursos gratuitos para quem, com esforço e resistência, luta para não deixar as terras ao abandono. Gente não falta no Ministério da Agricultura para poder cumprir tal tarefa sem custos significativos para o erário público.

Hoje já nem podemos alugar uma casa sem pagar um certificado que para nada serve, pois a partir de 15 de Novembro também não poderemos usar enxofre ou uma simples calda bordalesa sem pagar 80 euros e receber o respetivo canudo. Vai ser preciso vender muitas batatas só para pagar o “curso”…
Um dia destes ainda nos exigem uma licenciatura para produzir vinho ou semear batatas…


NB

14 de outubro de 2014

PERIGO NO ACESSO À ESCOLA BÁSICA DE BUSTOS

Montagem NB - Indicação de acesso ao Pólo Escolar de Bustos pela Rua Nossa Senhora das Necessidades

A Rua Nossa Senhora das Necessidades, apesar de dar acesso ao Pólo Escolar tem indícios de ser parente pobre da vizinhança da Urbanização. Largo do Sobreiro

Paredes meias com o alcatrão, lá está um pau (ou estaca) com mancha  vermelha a assinalar perigo, .

As valetas estão a pedir requalificação.
E não é de agora.

13 de outubro de 2014

SARA CARVALHO 3ª EM BADAJÓZ-ELVAS


 O fim-de-semana desportivo da ADERCUS foi marcado por participações competitivas em provas de estrada em S. João da Madeira, no sábado à noite, e em Coimbra e Badajóz, no domingo de manhã, tendo-se pautado mais uma vez pela obtenção de classificações cimeiras.
Sara Carvalho. ADERCUS. 3ª Fem ...Maratona Badajoz-Elvas.

 Sara Carvalho correu no domingo de manhã a 26ª meia-maratona Badajóz-Elvas, tendo sido a 3ª classificada, com o registo de 1h26min38seg. A atleta da ADERCUS subiu ao pódio acompanhando Anália Rosa (Maratona CP), que foi a vencedora, com 1h21min04seg, e a espanhola Raquel Gomez Martin (individual), 2ª, com 1h21min35seg.

Em Coimbra, integrado no Circuito Nacional de Estrada, e com o apoio técnico da Xistarca a Câmara Municipal de Coimbra, levou a cabo a "2ª CORRIDA PEDRO E INÊS", prova de 10.000m, na qual Gil Ferreira foi o 3º atleta a cortar a meta, da classificação geral, tendo sido o vencedor da classificação de Veteranos M40, com o tempo de 32min00seg. Um pouco depois, seguiu-se Vitor Hugo Ramalho, 6º da geral e também vencedor da classificação de Veteranos M35, com 32min32seg.

Em S. João da Madeira, no sábado à noite, a ADERCUS participou no “XIX Grande Prémio de Atletismo 11 de outubro”, com alguns dos atletas mais jovens, tendo tido a presença de Beatriz Rodrigues no pódio.
 Num evento que se destaca pela tradição de elevada participação em quantidade e qualidade de atletas jovens, de clubes de todo o país, Sofia Almeida foi a 4ª classificada da corrida para Infantis femininos, seguida de Luana Ferreira, que cortou a meta no 14º lugar. Nos Iniciados femininos, Beatriz Rodrigues foi a 3ª e Salomé Sousa 7ª. Nos Juvenis masculinos, João Ferreira foi o 19º, enquanto na prova feminina Ana Rodrigues foi a 11ª.

10 de outubro de 2014

O COMÉRCIO SAI À RUA!

 
Sábado e domingo são dias de compras. O comércio sai à rua e estará no Jardim do Sobreiro entre as 15h00 e as 00h00, no sábado, e entre as 10h00 e as 20h00 no domingo.

9 de outubro de 2014

ABC ON LINE



Esta sexta-feira, dia 10 de Outubro, os utentes do centro de Dia do ABC irão almoçar uma sopa juliana seguida de carapau grelhado com batata cozida e molho verde, devidamente acompanhado por uma salada de alface e tomate. Esta é apenas uma entre as múltiplas informações que podemos consultar na página da Associação Beneficência e Cultura de Bustos.

O sítio pode ser visitado em http://www.abcbustos.pt/ permitindo conhecer e acompanhar as atividades da associação que se apresenta assim:
“A Associação de Beneficência e Cultura de Bustos é uma Instituição Particular de Solidariedade Social que nasce em 1981 quando todo o povo da freguesia de Bustos comprou do antigo palacete do visconde. Inicialmente projetava-se instalar além da biblioteca pública, da Casa do Povo e do Centro de Saúde, também respostas de carisma social.
Hoje, é uma Instituição com mais de 30 anos de serviço à comunidade, com Creche, Pré-Escolar, C.A.T.L., Centro de Dia, Serviço de Apoio Domiciliário e Atendimento e Acompanhamento Social. Emprega mais de 30 colaboradoras e dá respostas a mais de 350 famílias das comunidades locais, tendo como prioridade a integração social das crianças, respetivas famílias e idosos, privilegiando um trabalho de rede, que pretende ser uma resposta polivalente e multifuncional.”


Paulo Alves, o presidente de direção bem merece os parabéns por esta iniciativa que renova e prestigia a instituição. Agora nem precisamos de sair de casa, basta imprimir uma ficha de inscrição para nos fazermos sócios e juntar seis euros, que é  quanto custa a quota anual.  Tão pouco para podermos apoiar e defender uma das mais belas e significativas iniciativas do povo de Bustos.


7 de outubro de 2014

ENCONTRO COM OS COMERCIANTES

ACIB e Juntas de Freguesias promovem encontros com comerciantes dos concelhos de Anadia e de Oliveira do Bairro

Com o intuito de definir as acções a realizar no âmbito da animação de Natal 2014, para dinamização do comércio dos concelhos de Anadia e de Oliveira do Bairro, a ACIB e as Juntas de Freguesias convidam todos os comerciantes a estarem presente nas reuniões que irão decorrer em Outubro.

A presença de todos é fundamental para, em conjunto, recolhermos e debatermos contributos e ideias e delinearmos as melhores acções para dinamizar o comércio local dos dois concelhos na época festiva que se aproxima.

Datas:
Freguesia de Oliveira do Bairro: 13 de Outubro | 20h | Biblioteca Municipal de Oliveira do Bairro

Freguesia da Palhaça: 14 de Outubro | 20h | Edifício da Junta de Freguesia

Freguesia de Oiã: 15 de Outubro | 20h | Edifício da Junta de Freguesia

União das Freguesias de Bustos, Troviscal e Mamarrosa: 23 de Outubro | 20h | Edifício da Junta de Freguesia em Bustos

Para mais informações, contacte a ACIB através dos telefones: 234 730 320 ou 231 516 761 e/ou as Juntas de Freguesia.

6 de outubro de 2014

ADERCUS EM OVAR – MEIA MARATONA





Decorreu no domingo de manhã a 26ª edição da “meia-maratona cidade de Ovar”, prova de 21.097m, com um percurso que marca a diferença pela beleza, percorrendo as estradas da cidade, mata, praia do Furadouro e marginal da ria. 

Carla Martinho.ADERCUS - 5ª class. MEIA MARATONA DE OVAR
Decorreu no domingo de manhã a 26ª edição da “meia-maratona cidade de Ovar”, prova de 21.097m, com um percurso que marca a diferença pela beleza, percorrendo as estradas da cidade, mata, praia do Furadouro e marginal da ria.

 Esta edição ficou marcada mais uma vez pela qualidade e quantidade de atletas presentes, tendo-se classificado 1702, na qual a ADERCUS marcou presença mais uma vez, com o destaque para o 5º lugar alcançado por Carla Martinho, nas Séniores femininas, cortando a meta com o registo de 1h18min37seg. Pouco depois, Joana Nunes terminou a corrida no 7º lugar, com 1h19min09seg, e um pouco mais para trás, Rute Silva estreou-se na distância, com um honroso 15º lugar, em 1h35min41seg.

 No sector masculino, os atletas que mais se destacaram foram António Moreira, 17º classificado em Séniores, com 1h11min16seg, Gil Ferreira foi o 5º nos Veteranos M40, com 1h13min20seg e Paulo Miguel foi o 4º nos Veteranos M50, com 1h16min40seg.


Para um trio de atletas, composto por Joana Nunes, António Moreira e Paulo Miguel, que irão correr a maratona do Porto, no próximo dia 2 de novembro, este foi um bom teste, tendo demonstrado que mesmo com um elevado volume de treino se encontram num bom nível competitivo, tendo agora pela frente a parte final da preparação para os 42.195m.
(ADERCUS)

1 de outubro de 2014

MILTON COSTA DE NOVO NO TOPO

O bustuense Milton Costa, professor catedrático da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), foi recentemente eleito para dirigir a Comissão Internacional para Sistemática de Procariotas (bactérias) – International Committee on Systematics of Prokaryotes (ICSP) – da União Internacional de Sociedades de Microbiologia (IUMS). A comissão é composta por cerca de duas centenas de cientistas de todo o mundo e é responsável pela nomenclatura, classificação e agrupamento das bactérias.
Especialista em microbiologia (com mais de 200 publicações internacionais em revistas ou livros), Milton Costa preside também à Comissão Científica Internacional do Instituto de Microbiologia Stephan Angeloff, associado ao Instituto Pasteur, em Sófia (Bulgária).
O Milton Costa já foi Vice-Presidente e Presidente da Federação Europeia de Sociedades de Microbiologia (2004-2010) e Presidente da Secção de Microbiologia e Biotecnologia da Comissão para a Ciência do Mar Mediterrâneo (CIESM) entre 2010 e 2014.
Em todos estes casos foi o primeiro português a ser eleito para estas organizações.
Recentemente participou na missão MAMBA10, onde foi descoberto o primeiro micróbio que habita a zona mais profunda do Mar Mediterrâneo (cerca de 5000 metros de profundidade). O estudo deste invulgar micróbio envolveu também Luciana Albuquerque e Luis França, do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC).
 
Entretanto, notícias como estas, bom grado representarem uma grande honra para o concelho que o viu nascer e onde vive, vão passando ao lado do poder local.
Os políticos reinantes preferem olhar para os seus umbigos...