30 de junho de 2007

Carta Educativa de Oliveira do Bairro

A Carta Educativa do nosso município foi aprovada esta noite pela Assembleia Municipal, com 14 votos a favor, 5 contra e 3 abstenções.
O extenso documento contém 126 páginas com um vasto índice de tabelas, mapas e gráficos e ainda um estudo estratégico da Universidade de Aveiro.
A carta educativa resulta duma lei que passou a regulamentar os conselhos municipais de educação e aprovou o processo de elaboração daquele documento,
transferindo ainda competências para as autarquias locais no âmbito dos estabelecimentos de educação pré-escolar e do ensino básico. A quem interesse: a lei data de 15/1/2003 e dá pelo nome de Decreto Lei n.º 7/2003; basta ir ao google e escrever “DL 7/2003” que ela dá-se a conhecer.
Não tardará, os chamados 2º e 3º ciclos do ensino básico (que vão do 5º ao 9º ano de escolaridade) ficarão também sob a alçada dos municípios, neste caso por via de contratos com o Ministério da Educação, tudo a pensar na transferência definitiva de competências na área da educação e de todo o ensino não superior.


A carta educativa é um instrumento de planeamento e ordenamento dos edifícios e equipamentos educativos de cada concelho e visa adequar a rede dos estabelecimentos de ensino às necessidades municipais. Agora que os municípios vêm mais alargadas as suas atribuições e os custos inerentes, só podemos conceber uma rede de escolas que seja eficaz, bem racionalizada, adequada às características do município e, sobretudo, projectada para o futuro. Não preciso de lembrar que o futuro começa hoje.

Em resumo, a grande pergunta será: vamos continuar a ter uma escolinha por tudo quanto é sítio, feita à medida das mamãs e dos papás, ou vamos ter escolas integradas, bem infra-estruturadas e dimensionadas, onde nada falte aos homens e mulheres de amanhã?
Fica a pergunta, que a resposta tem muito pano para mangas.

Entretanto, é de registar o excelente e bem recheado documento educativo, fruto de muito trabalho de casa da nossa Câmara, de professores e técnicos. Está lá tudo: vias de comunicação, caracterização económica, demográfica e educativa do concelho, até por freguesias, identificação dos equipamentos existentes e o imprescindível diagnóstico e leques de opções.

Já agora e como membro da As. Municipal: torci um pouco o nariz, por ser adepto duma rede de ensino que alinhe num verdadeiro reordenamento dos equipamentos escolares, rede essa que deve passar por pólos educativos integrados onde nada falte aos tais homens e mulheres de amanhã.
Valha a verdade: a Sra. Câmara e, em especial, a Sra. Vereadora da Educação, pensam e defendem o mesmo. Os caminhos para lá chegar é que divergem um bocadinho…
A democracia é mesmo assim.

Que tal puxar do tal pano para as mangas e aprofundar a análise do documento? O tempo para
o fazer foi curto até à discussão e votação na Assembleia, mas a carta educativa é um documento dinâmico, sujeito a reavaliação obrigatória de 5 em 5 anos e nada melhor do que ir estando atento.
*
oscardebustos
*
- P.S. (salvo seja): aguarda-se a colocação da carta educativa no site da nossa CM (ir a “Educação”, onde consta “Carta Educativa”, mas falta o respectivo conteúdo). As Câmaras vizinhas já o fizeram.

6 comentários:

  1. Anónimo18:33

    Nota-se bem que o amigo Oscar de Bustos, dissertou, educadamente, sobre a Carta Educativa, não com o "sangue na gulra" de quem, sinceramente, não se revê no documento, mas com o "sangue de Aires" que a ele, e à vereadora da cultura, lhes corre nas veias... O que, sendo compreensível, obviamente, se lamenta...

    ResponderEliminar
  2. É mais do que reconhecido o mérito da vereadora, que se empenhou a sério no documento, ainda que não fizesse mais do que a sua obrigação.
    O trabalho de Laura Pires salta à vista e a diferença nota-se bem.
    Quando aqui falo dela, estou a puxar pela sua costela bustuense e pelos galões da nossa terra, apenas isso. Espero que nos valha de alguma coisa, pois Bustos foi sendo esquecida. Não ando atrás da genealogia e nem conheço a dos Aires.
    E, não sendo propriamente “danado para a brincadeira”, gosto de brincar com as coincidências.
    Já agora: também não ando cá na guerra do bota abaixo.
    Devo ter aprendido a lição nos meus tempos de Coimbra, exactamente na “Real República do Bota Abaixo”, ali na velha alta coimbrã, à rua S. Salvador, n.º 6.
    Sou um rapaz de lembraduras, tanto que ainda não esqueci o meu n.º mecanográfico no exército (00524569). Por acaso, só há escassos anos me esqueci do n.º de série duma rapariga que dormiu comigo na guerra durante 26 meses e se chamava Gê-três.

    ResponderEliminar
  3. Anónimo20:03

    Caro Oscar a sua prima é a coisinha mais burras que já aterrou na Câmara Municipal e o seu amor a Bustos está espelhado nesta Carta Educativa onde todas as freguesias têm direito a uma escola nova menos Bustos. Ela e o caro Oscar que metam a costela bustuense na brasa e que lhe façam bom proveito que aqui já ninguém vai em cantigas

    ResponderEliminar
  4. Anónimo20:08

    A Laura Pires é a vereadora que esteve até agora a meio tempo e para não parecer mal passou a tempo inteiro e contratou uma assessora que é esposa do assessor do marido? Só gastospara continuar a não fazer nada?

    ResponderEliminar
  5. Anónimo22:46

    Dasse!!!!!!!.............

    ResponderEliminar
  6. Não defendo uma escola (com pré primária + 1º ciclo, pelo menos) por freguesia. Acho um desperdício, se pensarmos que nada deve faltar numa escola virada para o futuro.
    Defendo pólos educativos integrados e auto-suficientes, até pela facilidade em implementar uma rede de transportes escolares.
    O concelho é demasiado pequeno para andar a construir ou a recuperar escolas por todas as freguesias.
    Disse isso na AM; bastaria uma boa unidade que servisse Bustos, Mamarrosa e Palhaça. Colocada num epicentro, o raio não ultrapassaria os 3/4 km, distância insignificante em qualquer país civilizado.
    *
    Quanto ao mais, não alinho em ódios, vinganças, ressentimentos primários. E muito menos, na política de terra queimada.
    É certo que Estaline a usou quando a União Soviética foi invadida pelas tropas nazis e teve bons resultados.
    Se calhar, é por isso que alguns se revêm tão bem nos métodos estalinistas.

    ResponderEliminar