2 de agosto de 2007

NÃO HAVIA NECESSIDADE OU PRECIPITAÇÃO?


No decorrer da sessão da Assembleia de Freguesia de Bustos de 28.06.2007 e especificamente no tempo anterior à Ordem do Dia, o senhor presidente da Junta de Freguesia de Bustos informou que iria implantar novas placas da toponímia local, tecendo elogio ao modelo escolhido. Da informação à obra foi um pulo de pulga. Hoje já é possível ver o nome de várias ruas, travessas e avenida (!?), etc. inscritas em painéis de azulejo-tipo, assentes em suporte modelo de estatura única.
O visual de entrada ou saída de ruas está novo. As novas placas vão no encalço da vista.
Sem pretender cronicar sobre o universo da recente aplicação das placas, surge uma dúvida.
A Travessa Rosa da Ana tem novo topónimo: Travessa Silva Terra. Um senhor que pertence à construção de um Bustos não muito antigo, conforme realçou em escrito o comendador Ulisses Crespo. Só não se compreende que Rosa da Ana tenha sido «saneada», estando a Senhora ainda viva.

Precipitação?

...
Abino Pardal” em vez de “Albino Pardal”.
Só acontece a quem escreve.

sérgio micaelo ferreira, 03.08.2007

4 comentários:

  1. Anónimo14:14

    Passei há dias na rua que liga o Sobreiro à Azurveira (e não Azurbeira como está na placa) e notei uma nova placa toponímica que dizia “Rua do Cabeço das Pegas. Sempre conheci o cabeço que fica entre a Azurveira e o Areeiro como o Cabeço de Pegas e não Cabeço das Pegas. Também perguntei a vários Bustoenses qual era o nome deste cabeço e todos responderam “Cabeço de Pegas”. Dá a impressão que alguém se enganou na designação do local… “Cabeço das Pegas” parece querer dizer que se conhecem as pegas e o seu número, enquanto que “Cabeço de Pegas” parece significar que o local era frequentado por muitas pegas. Aliás, já nem por ali aparecem pegas. Estas aves magníficas desapareceram. Talvez mudassem de poiso, talvez não gostem de Bustos e foram para o Algarve ou teham emigrado para o Norte da Europa onde vejo muitas. Não me refiro a putas, designadas pegas por alguns, mas sim às aves cujo nome científico é Pica pica). A verdade é que estas aves foram exterminadas na região por pesticidas, tiros de caçadeira, destruição do seu habitat e envenenadas por aqueles que querem ter mais coelhos e perdizes para caçar.
    Vi um ou dois milhafres (Milvus migrans) no Sobreiro e na Limeira há mais de seis anos, mas os grandes caçadores portugueses que procuram coelhos e perdizes (criados em gaiolas) e libertados todas os anos nas reservas de caça (tal como em Oliveira do Bairro) envenenam ou matam a tiro estes predadores (as pegas comem de vez em quando animais mortos e não caçam, como é óbvio, animais adultos). Os milhafres foram mortos a tiro ou envenenados com carcaças de coelhos contendo veneno. Ainda há pouco tempo encontrei duas tocas de raposa (não digo onde) e vi algumas muito perto, mas também encontrei uma raposa jovem morta sem sinais de tiros e que presumo ter sido envenenada. È o “progresso” como dizem os políticos.
    Não sei quem colocou as tais placas com "Cabeço das Pegas, mas foram decerto pessoas que não conheciam a designação de "Cabeço de Pegas" dada pelas pessoas que nasceram e trabalharam por estes lados. Tudo se perde nesta terra e lá se foi mais um bocadito da tradição e da cultura de um povo. Contudo, não é tudo:
    Tenho a ideia que a Assembleia de Freguesia há anos decidiu mudar o nome de uma ruas do Sobreiro conhecida (com tabuleta) por Travessa Rosa da Ana para Travessa Silva Terra, mas com a promessa que a placa só seria mudada depois da morte desta senhpra. Bom, o problema é que a Junta tem pressa e não vai mandar fazer placas duas vezes. Por isso já lá há uma placa nova com o nome de Silva Terra (tio do Presidente da Junta por parte da esposa). E assim se matou o nome de uma rua aínda em vida da pessoa cujo nome figurava na placa. É preciso ter honra e é preciso ter dignidade e infelizmente há pouca honra e pouca dignidade por estes lados. Não percebo como se pode ter a coragem para fazer uma coisa destas.
    Milton Costa

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  2. O Milton Costa tem razão, de facto desde sempre conheci a rua onde vivo por Rua Cabeço de Pegas e não Rua Cabeço das Pegas designação incorrecta.
    Quanto à alteração do nome Travessa Rosa da Ana para Travessa Silva Terra, é no mínimo estranho, e demonstra uma profunda falta de consideração pela pessoa que ainda é viva, mas nem que já não estivesse entre nós também me parecia muito mal.

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  3. Anónimo15:47

    O probema, meu caro Alberto Martins, é a tal falta de honra e dignidade. Uma Junta dá um nome à rua (travessa), outra Junta muda o nome.
    Milton Costa

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  4. Impõe-se saber o porquê da mudança.
    Obtive a informação de que a Travessa começou por se chamar Silva Terra e tal terá sido aprovado em As. de Freguesia em tempos idos.
    Mais tarde, a placa foi retirada e colocada outra com o nome da Rosa da Ana.
    A ser assim, o actual executivo limitou-se a repor o que fora deliberado no orgão próprio, repondo a legalidade.
    Há alguma deliberação sobre o toponímio Rosa da Ana, aprovando a designação com este nome?
    É o que convém averiguar.

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