24 de agosto de 2007

LÂNDANA...

...também conhecida pelo nome colonial de Guilherme Capelo.
A bonita igreja de Lândana lembrava o estilo gótico da Europa medieval: aquela torre a querer penetrar os cèus fazia-nos sentir mais perto de Deus.
[Foto de Janeiro de 74]
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Ou de como duma anunciada invasão de Cabinda pelo Conzo-Zaire de Mobutu (com construção de abrigos anti-tanque à mistura) se fez milagre: foram as mais marivilhosas férias da minha vida.
Deviam ser assim todas as guerras, com lagosta e lindas Cabindas à fartazana.
...
Uma parte do comércio de Cabinda, sobretudo a restauração, era controlado pelos nativos.
Historicamente, Cabinda não pertencia a Angola, já que o seu reino prestava vassalagem directa ao reino de Portugal.
Assim rezava o Tratado de Simulambuco, firmado em 1885 entre os reinos de Portugal e de Cabinda:
"Nós, abaixo assinados, príncipes e governadores de Cabinda, sabendo que na Europa se trata de resolver, em conferência de embaixadores de diferentes potências, questões que directamente dizem respeito aos territórios da Costa Ocidental de África, e, por conseguinte, do destino dos seus povos, aproveitamos a estada neste porto da corveta portuguesa Rainha de Portugal, a fim de em nossos nomes e no dos povos que governamos pedirmos ao seu comandante, como delegado do Governo de Sua Majestade Fidelíssima, para fazermos e concordarmos num tratado pelo qual fiquemos sob o protectorado de Portugal, tornando-nos, de facto, súbditos da coroa portuguesa, como já o éramos por hábitos e relações de amizade. E, portanto, sendo de nossa inteira, livre e plena vontade que de futuro entremos nos domínios da coroa portuguesa, pedimos ao Exmo. Sr. Comandante da corveta portuguesa para aceder aos nossos desejos e dos povos que governamos, determinando o dia, onde, em sessão solene, se há-de assinar a tratado que nos coloque sob a protecção da bandeira de Portugal."

Guilerme Capelo era o comandante da corveta "Rainha de Portugal".

Em rigor, o Tratado de SImulambuco ainda está em vigor, pois nunca foi denunciado por qualquer das partes contratantes...

OSCARDEBUSTOS

1 comentário:

  1. Anónimo18:14

    Óscar, sapador da história vã gloriosa. Desculpe a intromissão.
    Os tratados são impostos e assim não são para ser cumpridos.
    A por demais antiga aliança de portugal dos piquenos com a velha albion teve honras de ser comemorada com uma representação de Lisboa. Marcelo de Sousa liderava o séquito? Faltou incluir na bagageira o ultimatum e a resposta do aliado português e então parente da coroa.
    Portantos os tratados são denunciados quando convém --- ao mais forte.
    Ou não será?
    Esse tratado em terras da ocidental floresta de áfrica foi bom para desenvolver o negócio da escravatura, ou não foi?

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