3 de fevereiro de 2011

50 anos da Biblioteca Fixa n.º 26

Um pequeno grupo de bustuenses assumiu o encargo de promover a comemoração dos 50 anos da Biblioteca Fixa n.º 26 da Fundação Calouste Gulbenkian, criada em 18 de Fevereiro de 1961.
O programa será em breve divulgado pela Junta de Freguesia, enquanto parceira indispensável das comemorações. Afinal, festejamos os 91 anos da criação da freguesia. E festejamos também o 30º aniversário da ABC de Bustos.
Pela pena do Altino/Sérgio Micaelo, o NB tem dedicado inúmeros textos à Biblioteca de boa memória, como se pode ler AQUI ou ALI. Invoco ainda este "Postal do Rossio - 7", um dos mais envolventes testemunhos do altino sobre a Biblioteca Fixa nº 26.
Nada melhor do que ir às fontes para beber as águas puras do nosso passado.
Aprofundando mais a pesquisa, impõe-se recordar algumas palavras do mentor e obreiro da Biblioteca das nossas lembranças de juventude - Arsénio Mota:
A Comissão de Melhoramentos, integrada pelos drs. Assis Francisco Rei e Jorge Nelson Simões Micaelo, engº Manuel dos Santos Pato, o escriba destas linhas e outros elementos, bateu-se pela satisfação de numerosas carências da terra, nomeadamente por um colégio, uma biblioteca pública, um posto da GNR, um jornal, uma dependência bancária, a nova igreja, etc.
...
Foi possível concretizar o projecto da biblioteca pública, a que meteu ombros a própria Comissão de Melhoramentos, abrindo uma Sala de Leitura em 18/2/1961."
[ “Bustos – elementos para a sua história”/ autor: Arsénio Mota / edição da Associação de Beneficência e Cultura de Bustos / 1983 / págs. 46 e 47].

Lembrar é preciso.
oscardebustos

13 comentários:

  1. O “Postal Rossio – 7” descreve um cenário ficcionado do momento da inauguração da Biblioteca, aliás anunciada por telegrama de 18 de Fevereiro de 1961 enviado pela Gulbenkian a Arsénio Mota Comissão de Melhoramentos Bustos.
    Uma nota: Para assinalar o evento da criação da Biblioteca Fixa nº 26 da Gulbenkian, foram feitos dois quadros com a cópia do telegrama: um com destino a Arsénio Mota e outro à Biblioteca de Bustos. Quis a circunstância que os dois quadros fossem entregues ao escritor em momentos diferentes. Um foi entregue aquando do almoço alusivo aos 50 anos de escrita do autor e o outro entregue durante o Fórum de Bustos no Rafael. Deve ser acontecimento inédito a mesma personagem receber a dobrar a mesma peça simbólica. Há mais pormenores à volta deste episódio que não cabem no âmbito do comentário.
    Aproveito para saudar as meninas e os meninos envolvidos na Campanha «Biblioteca: 50 anos: 50 livros» e nos Concurso literário e de artes plásticas.
    A adesão ultrapassou as expectativas.
    Os 50 anos da Biblioteca de Bustos vai abrir-se a novos horizontes do conhecimento, creio.
    sérgio micaelo ferreira

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  2. Anónimo13:08

    Estou um pouco baralhada...
    Afinal a criação da freguesia já conta com 91 anos... ou será 61 anos... como se pode ler neste artigo???
    Louvo, contudo todo o empenho realizado em prol de uma freguesia mais activa e mais próxima de todos.
    Um bem haja a todos os seus intervenientes.

    Maria João

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  3. Obrigado Maria João pelo reparo. Por lapso escreveu-se 61 anos, mas o 6 já deu a cambalhota e foi transformado em 9. A Criação da Freguesia deu-se em 18 de Fevereiro de 1920. (BC)

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  4. Obrigado por teres corrigido o lapsus calami (lapso de escrita), ó bustuense vivido em Lisboa por razões da vidinha.
    Trocar o 9 pelo 6 será dislexia?
    Ou serão já os efeitos colaterais da velhice?

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  5. "O programa será em breve divulgado pela Junta de Freguesia, enquanto parceira indispensável das comemorações." (está escrito em '50 anos da Biblioteca Fixa n.º 26'
    ...
    Há uma pequena distorção temporal.Relativamente à informação ou divulgação,por coincidência da fracção CDS/PP continua a seguir os passos antigos. Informa em primeira mão o correspondente do Jornal da Bairrada. É um vício de forma. O Jornal da Bairrada chegado hoje às caixas de correio já lá tem o programa. Com uma omissão a Câmara Municipal, tutelar da Biblioteca, não é tida nem achada....
    Varrendo para baixo do tapete a evidência, o mais importante é a o programa deste Dia de Bustos ultrapassar a modorra da programação de muitos dos anteriores.
    sérgio micaelo ferreira

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  6. A Junta do Duarte Novo, um jovem sério, competente e envolvido, ainda tem arestas a limar. Afinal, quem as não tem?
    O programa do 18 de Fevereiro e das iniciativas paralelas que o integram merecia ter sido entregue em 1ª mão ao NB, desde logo porque aqui lhe temos dado uma relevância muito especial.
    Neste mundo global e interactivo abundam os canais de comunicação, de que é exemplo o correio electrónico.
    Ademais, o NB até vem convidando a Sra. Junta a publicar textos neste espaço.
    É certo que o Duarte Novo tem uma vida profissional muito ocupada, mas há-de haver uma forma de conseguirmos todos interagir.
    Sugiro uma espécie de correspondente, responsável por canalizar a divulgação das iniciativas do executivo local.
    É de Bustos que se trata e Bustos está acima de tudo e de todos nós, sérios ou sorridentes, sem precisão de nascermos 2 vezes.
    Idiossincrasias à parte, como diria o comendador Ulisses.

    E viva BUSTOS!

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  7. BELINO COSTA09:48

    Já que está em debate a questão do Presidente da Junta não divulgar o programa das comemorações do 18 de Fevereiro de uma forma democrática, preferindo privilegiar o jornal de Oliveira do Bairro tenho a acrescentar um curioso facto:
    - O Sr Presidente da Junta, Duarte Novo, informou ontem o NB que já tinha enviado a programação para o JB e que não a enviava para o NB porque ainda não tinha toda a informação necessária.Simultaneamente aproveitava para pedir uma fotografia.

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  8. Anónimo11:54

    Permitam-me um pequeno desabafo... como Bustuense atenta...

    Há anos que verifico que o 18 de Fevereiro é apenas uma romagem ao cemitério e sessão solene! Aliás este dia é conhecido como um "Dia só para Ricos".

    Entretanto, parece que houve uma viragem na história...O ano passado foi diferente!

    Muito diferente face ao que estava habituada e este ano pelo que verifiquei estamos no mesmo caminho!

    Que interessa se sai primeiro no Jornal da Bairrada ou NB?
    Pelos comentários que aqui vi – até existe uma colaboração estreita entre os Organizadores das comemorações dos 50 anos da Biblioteca e a Junta de Freguesia!
    Que até são pessoas ligadas ao Blog NB e que decerto devem falar com o Presidente da Junta de Freguesia e sabem a programação!

    Bolas já chega!

    Assim decerto, aquilo que aqui se tem defendido - progresso, dinâmica… acaba por ser destruído porque está em causa quem chega primeiro – O Ovo ou a Galinha...

    Vamos esquecer estas pequenas questões que não levam a lado nenhum... Haja UNIÃO...

    E que o 18 de Fevereiro de 2011 fique também nas nossas memórias como uma dia de toda a população!!

    Um bem haja a todos.

    Maria João

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  9. Não está em causa a colaboração entre o NB e a Junta, ademais sendo quem é o seu Presidente.
    Ele sabe que contará sempre com o Notícias de Bustos.
    E tem estado nas reuniões do grupo que promove os 50 anos da Biblioteca n.º 26.
    Além de prestável, o Duarte Novo é empenhado e isento, porque tem uma estrutura mental que funciona à margem dos estranhos mecanicismos partidários.
    O Duarte Novo já explicou porque enviou o programa (aliás não definitivo) para o Jornal da Bairrada: razões de timing e calendário, desde logo por se tratar dum semanário.
    Ao NB chegará o programa final, ainda sujeito a acertos finais.
    São muitas festividades juntas e díficil a sua gestão, até para não ferir sensibilidades mais sensíveis:
    - O Dia de Bustos, a celebrar a 18;
    - Os 50 anos da Biblioteca, a celebrar a 19 ao princípio da tarde;
    - Os 30 anos da ABC, também a celebrar a 19, logo a seguir;
    - Os 28 anos do Orfeão, feitos no passado dia 14.
    *
    O demais constitui o chamado direito à opinião e à crítica.
    O mal deste país é que a maioria do povo ainda vive com o complexo do rebanho herdado da ditadura.
    Opinar, concordando ou discordando, só nos valoriza e enriquece. E anima.
    Nada mudou, nem certamente mudará, nas relações entre o NB e o Poder Local, muito menos com o Presidente do executivo.

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  10. Caros amigos,

    Depois de tanto lêr sobre as comemorações dos 50 anos da Biblioteca Nº 26, só tenho duas questões a colocar:

    1- Onde estiveram, até agora, os amigos da Biblioteca?

    2- Depois do dia 18 de Fevereiro, vão continuar a aparecer?

    Não tenho rigorosamente nada contra a iniciativa, nem tão pouco contra o grupo que a promove, no entanto, devo dizer, que os grandes amigos da biblioteca -não quero com isto dizer que alguns não sejam amigos- não estão representados nele.

    Contudo, não estou muito preocupado, sei quem são, sei o que têm feito pela Biblioteca e sei, que estão bem assim, sem que ninguém saiba o que fazem.

    Proponho, um agradecimento aos Anónimos Amigos da Biblioteca.

    Alberto Martins

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  11. Alberto:
    Os amigos não são da biblioteca, são Amigos de Bustos, assim alguém os designou.
    Como sabes - porque também estiveste presente - um bustuense da diáspora (Alcides Freitas), a pretexto dum almoço de despedida, convidou e incentivou os conterrâneos presentes a organizar um grupo que se dedicasse a promover acções em prol da terra, interagindo com as entidades apropriadas (junta, associações).
    A 1ª iniciativa (logo ali sugerida pelo Arsénio Mota) traduziu-se na comemoração dos 50 anos da Biblioteca n.º 26 da Gulbenkian, coisa que já não existe.
    O que se pretende é lembrar um momento único da história de Bustos, parido em 1961.
    Os membros do grupo foram todos leitores inscritos dessa defunta biblioteca, facto histórico que não é do teu tempo.
    Não percebo o teu comentário...ainda por cima parido dum historiador.
    Certamente não achas que devemos enterrar o nosso passado.
    Já agora: o grupo avançou com acções concretas no campo da leitura/cultura, como se verá no dia 19.
    E, sabes, não há "Anónimos Amigos de Bustos".
    Melhores ou piores rezes, somos todos "Amigos de Bustos".
    Como sabes da História, há sempre alguém que avança e rasga caminho, com o propósito de "ir à raiz das coisas, ser solidário com as gerações passadas, criar sentimentos de pertença, de identidade. Enfim, ligar as pessoas ao seu património." (citei outro historiador de Bustos, este da minha geração).

    O grupo não é líder de ninguém nem de coisa nenhuma: limita-se a dar vida a ideias e projectos tantas vezes esquecidos da memória popular. Ao fazê-lo, cumpre um dever cívico.

    Desculpa lá, mas o resto é conversa da treta.
    Ou será remoque porque não alinhaste mais?
    Ou será porque estamos a trabalhar com uma Junta que não é da tua côr, coisa para a qual nos estamos nas tintas?
    Ou será que as novas gerações filhas de Bustos só sabem criticar o que os outros (mal ou bem) fazem?
    Muitas perguntas a merecer respostas.

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  12. Óscar, permita-me então que lhe responda às muitas perguntas, não sem que antes esclareça que destingo muito bem o que é parido pela minha opinião e o que é parido pelo meu exercício Profissional.

    1- Remoque, não, de todo. Você disse, e disse muito bem, também estive presente na primeira reunião, promovida pelo Alcides Freitas.Agradou-me a intenção deste grande bustuense mas, deixei de estar, porque não concordei com o afastamento de uma pessoa e, sobre esta questão, não me alongo mais aqui, nem em qualquer outro lugar.

    2- Não tenho qualquer receio de trabalhar com uma Junta que não é da minha côr, pontualmente, tenho discutido algumas ideias com o Duarte.
    Sabe, sou daquelas pessoas que acredita que o papel dos outros partidos não é só apontar o que está mal -devem fazê-lo sempre- mas tão ou mais importante, é apontar uma alternativa.

    3- Sou de uma Geração Filha de Bustos, que contribui sempre que entende que há motivo para contribuir e, que se afasta, sempre que entende que há motivo para se afastar. Também sou de uma Geração Filha de Bustos, que diz o que pensa e não o que alguns querem ouvir.

    E, concluo a dizer que, a cada dia que passa, dou mais razão a um dos nossos bustuenses quando diz que o mal desta terra é alguém -não me estou a referir a ninguém especificamente- querer estar sempre à frente de alguma coisa ou aparecer na fotografia.

    Eu, dia após dia, estou mais longe da objectiva, sem no entanto, deixar de fazer o que está ao meu alcance. Não tenho, assumo, a mesma necessidade de dizer eu fiz, regozijo-me só por fazer.

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  13. Caro Alberto: é a tua explicação, ponto final.
    Que me cheira a desculpa de mau pagador, mas é tua explicação.
    Porque digo isto?
    Faz algum sentido teres deixado de aparecer por eu (fui eu, assumo-o, que sou de dar a cara) ter alvitrado sobre alguém integrar ou não o grupo?
    Acaso te pronunciaste quando o disse?
    Acaso propuseste que fosse a votação quando opinei sobre esse nome?
    Fizeste alguma coisa para defender a inclusão desse conterrâneo?
    Onde estavas tu naquele momento?
    Há uma agravante: as minhas sugestões ou opiniões nunca fizeram lei e toda a gente sabe que me pode dizer o que lhe vai na alma, de bom ou de mau. Nunca fui intolerante nem autoritário. Ninguém me receia ou treme quando abro a boca. Era o que faltava!

    Termino o debate como comecei: é a tua explicação.
    Explicação que, repito, não me convence, por razões de lógica, do mais elementar raciocínio.
    Lutar é preciso, pelas causas ou soluções que defendemos.
    Ganhando ou perdendo, é preciso bater o pé.
    Ficar nas encolhas ou caído no tapete, sem luta, é que não.
    Muito menos virar as costas sem ir à luta.
    Ponto final.

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