Bustos renasceu nas comemorações do seu Dia. E renasceu porque soube abrir as portas do futuro por que tanto lutaram os seus antepassados. Porque quis e foi capaz, em dois dias apenas, de evocar de forma brilhante e digna o seu passado.
Tudo começou bem pela manhã do dia 18, com a salva de 21 tiros, o hastear das bandeiras e a romagem ao cemitério, com passagem pelo Largo da Igreja Velha.
Mas o momento mais brilhante do 1º dia de todas as festas estava para vir. Aconteceu com o apontamento etnográfico que as mãos de fada da Clarita Aires traçaram no salão nobre da Sede da Freguesia.
Dois trajes lembraram-nos os antepassados: o masculino é cópia do existente no Grupo Folclórico da Região do Vouga; o feminino foi recolhido duma fotografia do livro “Árvore Genealógica da Família Costa” (Hilário Costa) e representa uma mulher desconhecida dos meados do século XIX.
Seguiu-se a usual sessão solene. Ficámos a saber pela boca dos Presidentes, da Junta e da Câmara (omnipresente durante os dois dias de comemorações), que, finalmente, Bustos terá no mapa do concelho a dimensão que merece.
A 17ª hora foi da Associação de Beneficência e Cultura de Bustos (ABC), da celebração dos seus 30 anos, do percorrer um espaço cada vez mais amplo e renovado, do descerrar das fotografias de todos os Presidentes da sua Direcção. Foi também a hora da exposição “30 anos da ABC de Bustos” e de um agradável momento musical.
O previsto jantar comemorativo dos 91 anos da Freguesia e dos 30 anos da ABC reuniu no Sobreiro cerca de 230 pessoas, animação fadista e o anunciado leilão do quadro do (João) Martins de Oliveira, “Moinhos de Santo André”. Aqui, falou mais alto a voz solidária da SóBustos.
Os Amigos de Bustos agradecem, mas mais agradecidas ficarão as crianças dos 3 Jardins de Infância de Bustos quando lhes chegar às mãos o material que os 500€ da licitação do quadro hão-de comprar.
Os Amigos de Bustos agradecem, mas mais agradecidas ficarão as crianças dos 3 Jardins de Infância de Bustos quando lhes chegar às mãos o material que os 500€ da licitação do quadro hão-de comprar.
São obras, Senhores, são obras o que se espera de nós.
Palavras escritas nos quase 200 livros que o grupo “Amigos de Bustos” distribuiu pelas crianças e jovens das Escolas de Bustos e do IPSB.
Palavras escritas e projectadas na intervenção do Arsénio Mota, que recordou e retratou como nasceu, cresceu e morreu a celebrada Biblioteca Fixa n.º 26 da Fundação Calouste Gulbenkian. Que lembrou ainda o legado ímpar da Comissão de Melhoramentos de Bustos, nascida em 1960 da “necessidade orgânica de continuar, continuar sempre a crescer”.
Palavras escritas, retratadas e musicadas pelos Alunos do 12º C do IPSB na imaginativa e bem conseguida exposição “À volta das Letras…E com os seus Autores…”.
Palavras que a alma bustuense da Irene Micaelo recuperou, de forma envolvente e intimista, das memórias tão vivas e tão presentes da sua mocidade dos tempos de leitora da Biblioteca Fixa de Bustos no alvor dos anos 60.
Palavras gravadas na alma dos livros e dos diplomas que as premiadas crianças e jovens jamais esquecerão.
ENTÃO, MENINOS!
VAMOS À LIÇÃO!
EM QUANTAS PARTES SE DIVIDE O CORAÇÃO?
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- Gostaríamos que Bustos estivesse realmente no coração,
e também a Bondade,
e a Sinceridade,
e tudo, e tudo o mais, tudo estivesse realmente no coração.
e também a Bondade,
e a Sinceridade,
e tudo, e tudo o mais, tudo estivesse realmente no coração.
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- Verso e citações finais extraídos de "Linhas de Força" /poema do coração, de António Gedeão, 1967.
- Foto dos trajes: Maritza Ribeiro.
- Foto dos trajes: Maritza Ribeiro.
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