O NB começa hoje a publicar alguns dos trabalhos de expressão plástica apresentados no âmbito das comemorações do Cinquentenário da Biblioteca. Inauguramos a mostra com a participação do Infantário, sala 3, do IPSB/Colégio Frei Gil. Numa pequena tela é apresentada uma árvore com ramos onde, por entre as folhas, nascem livros. Não sabemos se o trabalho foi inspirado no poema “As Árvores e os Livros” de Jorge Sousa Braga (Herbário, Assírio e Alvim, 2007) mas vale a pena juntar os dois, que parecem feitos um para o outro.
AS ÁRVORES E OS LIVROS
As árvores como os livros têm folhas
e margens lisas ou recortadas,
e capas (isto é copas) e capítulos
de flores e letras de oiro nas lombadas.
e margens lisas ou recortadas,
e capas (isto é copas) e capítulos
de flores e letras de oiro nas lombadas.
E são histórias de reis, histórias de fadas,
as mais fantásticas aventuras,
que se podem ler nas suas páginas,
no pecíolo, no limbo, nas nervuras.
as mais fantásticas aventuras,
que se podem ler nas suas páginas,
no pecíolo, no limbo, nas nervuras.
As florestas são imensas bibliotecas,
e até há florestas especializadas,
com faias, bétulas e um letreiro
a dizer: «Floresta das zonas temperadas».
e até há florestas especializadas,
com faias, bétulas e um letreiro
a dizer: «Floresta das zonas temperadas».
É evidente que não podes plantar
no teu quarto, plátanos ou azinheiras.
Para começar a construir uma biblioteca,
basta um vaso de sardinheiras.
no teu quarto, plátanos ou azinheiras.
Para começar a construir uma biblioteca,
basta um vaso de sardinheiras.
Jorge Sousa Braga
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