O 25 de Abril de 1974 não foi só uma revolução portuguesa. Foi um exemplo, um sinal, a demonstração de que era possível passar de um regime autoritário para a democracia, práticamente sem violência.
A revolução portuguesa marcou um virar de página na História da humanidade e foi uma fonte de inspiração para muitos povos oprimidos, como espanhois, brasileiros e demais.Foi linda a festa, pá...
(Hoje acordei com vontade de ouvir o grande Chico.Um sentido abraço para os Brasis e em especial para o "nosso" Tristão.)
BC
26 de abril de 2007
TANTO MAR
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Certo !
ResponderEliminarMas houve aqueles que nascidos ou idos de pequenos para África e que perderam tudo!
A 'metrópole' continua a esquecer-se destes outros portugueses.
O Portugal dos brandos costumes de sempre.
Não me imagino a viver num país como era o nosso antes da revolução, mas quem a fez, fê-la na utopia/inconsciência de que a revolução tudo resolveria.
Recordo-me de uma vez ver na RTP (há uns 15 anos), numa das presidências abertas de Soares, um jovem falava com ele sobre o 25 de Abril, e discordava com ele por um ou outro assunto.
Soares para terminar a conversa disse-lhe 'você não viveu o 25 de Abril portanto não sabe como nós'.
A geração mais nova parece que acatou estas palavras e prefere a geração TVI à geração dos cravos, estão-se literalemente a borrifar para aqueles festejos dos velhotes com o cravo ao peito.
Desaparecida a geração de Abril (daqui a 15, 20 anos) as novas gerações vão dar-lhe tanta importância como à da data da Implantação da República ou outros feriados que tais.
Mais uma página do Portugal moderno.
É curioso falar-se dos que vieram de África com uma mão à frente e outra atrás, porque hoje estão perfeitamente integrados na nossa sociedade. E a esmagadora maioria está muito bem de vida. Os que eu conheço estão mesmo muitíssim bem. Até nesse capítulo acho que nos podemos orgulhar da nossa revolução.
ResponderEliminarE talvez um dia, quem sabe, o supremo gozo de um português deixe de ser dizer mal de Portugal e dos portugueses. Talvez...
português orgulhoso...
ResponderEliminarOs que vieram de África vinham no máximo com um cobertor dado no aeroporto.
Perderam uma vida que não se resumia só a bens materiais. Perderam família que foi assassinada (há vários exemplos em Bustos), amigos e raízes da terra que era deles.
Isto não é, na minha opinião, viver 'muitissimo' bem.
A crítica é dirigida à geração que viveu Abril e só recorda os 'bons' momentos e transmite essa ideia aos mais novos.
Como diz o outro, a história é contada pelos vencedores...assim é e ha-de ser. Pica-se a memória !
Claro que há sempre as duas faces da história. É a velha questão de que para uns o copo está meio cheio e para outros está meio vazio... E no entanto ambos têm razão.
ResponderEliminarClaro que há quem prefira o lado negativo da descolonização e há quem prefira realçar esse feito, que só nos deve orgulhar, de uma integração bem conseguida de milhares e milhares de "retornados". E é verdade, alguns chegaram só com um cobertor e outros, também com um cobertor, traziam nos bolsos algumas(?) pedras brilhantes e muito valiosas...( E nem por isso deixaram de receber os apoios do Estado.)
E houve até aqueles que viviam que nem uns nababos em Luanda e que durante o marcelismo diziam, com grande arrogância, que o exercito português podia voltar para a metrópole que não fazia lá falta nenhuma e depois do 25 de Abril foram os primeiros a fugir, tendo entretanto colocado o dinheiro na Suiça.
Pois é, há sempre várias maneiras de viver a mesma história. A realidade é sempre múltipla, e cada um faz uso dela em função de si próprio e da maneira como olha o mundo e a vida.Por isso estamos ambos certos, ainda que eu prefira a visão do vencedor, à visão do derrotado.Gostos...
Isto faz-me lembrar uma musica do chico buarque,cálice um jogo de palavras adequado á falta de liberdade de experessão existente nesse regime de 48 anos de escuridão
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