25 de abril de 2007

25 DE ABRIL'2007 - EM FESTA

Aniversariam hoje

A Revolução dos Cravos ... diga 33

"BAILEM

Bailem, bailem e bailem
Bailem no aniversário."

(José Emílio-Nelson, exc. de Bailem, Antologia poética 30 anos – 25 de Abril, coordenada por Jorge Velhote, Nicolau Saião, Nuno Rebocho, Garça Editores, Ldª, Peso da Régua, 2004)

Eugénia dos Santos Fabiano
Nascida na Rua da Póvoa, em 1914 … "sempre com saudades e com Bustos no coração".
NB recorda a colaboração de Eugénia Fabiano editada no dia 18.Março2005 em “Bustos – do passado e do presente” sob o título

A Rua da Póvoa – Contradança de 1939
“De roda da Roda e mal tens que não caias,
Anda agora a moda da roda das saias!
Assim sacudidas as saias rodadas
São sinos de ermidas a dar badaladas…
P’ra que toda a gente se enfeite
Longe das penas e dos ais
Em breve darão azeite
As frutas dos olivais!

P’ra se ter uma vida farta
Basta apenas alegria
Pão na mesa, água na quarta, água na quarta
E azeite na almotolia!

De roda da Roda ...

…"
Arsénio Mota, jornalista e escritor - a resistência ajudou a amassar o pão da escrita
Natural da Barreira. 1930.

“ Filosoficamente, o pícaro situa-se ao lado do estóico; desdenha todos os bens o mundo, menospreza riquezas e sofrimentos para afirmar através da razão a sua liberdade pessoal: ele converte a dor em riso, a tragédia em farsa, perante os absurdos mundanais; não o faz, todavia, para obter uma caricaturização, um simples remedo da realidade. …”

in Arsénio Mota, tradutor de Lazarilho de Tormes, sua Nota Introdutória, Livraria Civilização Editora, Os Clássicos Espanhóis; Porto, 1977.


Manuel Freire
Um senhor Cantor da Resistência é natural de Vagos, nasceu em 1942.
A canção ‘Pedra Filosofal’ apresentada no ZIP-ZIP da RTP lançou Manuel Freire para o «estrelato».
Eis o poema
Pedra Filosofal
Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas árvores que gritam
em bebedeiras de azul.

Eles não sabem que sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.

Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa dos ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é Cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Columbina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.

Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida.
Que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos duma criança.
António Gedeão, Poesias Completas (1956 – 1967), Portugália Editora, 7ª Edição, Lisboa
A Imagem de Manuel Freire está copiada de http://rubicat.no.sapo.pt/ManuelFreire01.html


"A Marselhesa",
percursora de “A Portuguesa”, também aniversaria hoje.
“Allons enfants de la Patrie,
Le jour de gloire est arrivé
Contre nous de la tyrannie
L'étendard sanglant est levé
."

...
[do ‘Canto de Guerra para o Exército do Reno’, mais conhecido por ‘A Marselhesa’, o hino da República Francesa, foi composto na noite de 25 para 26 de Abril’ 1792 pelo do oficial Claude Joseph Rouget de Lisle].
...
Boas festas de aniversário.
Foram as escolhas de sérgio micaelo ferreira

1 comentário:

  1. Anónimo00:20

    Bailem

    Faltam as reticências. Somente reproduzem os dois primeiros versos! Faltaram os «testículos» para mais...

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