O “António da Farmácia” aprendeu com o Dr. Assis Rei a arte de ajudante – farmacêutico, activista do efémero GAFOL, foi um grande benemérito do "União" (Jó Duarte, in NB, 5.12. 2006), deixou em Bustos vínculos de amizade fraterna e que multiplicou em Estarreja, onde foi empresário de farmácia.
Notícias de Bustos recorda o amigo de Bustos, António Augusto da Silva Santos, nascido a 5/4/47 em Cantanhede e falecido a 28/4/92 em Estarreja.
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Uma pessoa importante que morreu demasiado cedo
ResponderEliminarO António trabalhava na Farmácia Assis Rei, bem no centro de Bustos, de que era uma espécie de dono e faz-tudo.
ResponderEliminarTinha um pacto com o Ti Zé Valério, destinado a enganar os incautos, cuja tramóia funcionava mais ou menos assim: Alguém ia (ou era mandado ir) ao Zé Valério buscar algo. O Zé Valério fingia que estava dentro do assunto e fazia um embrulho, que fechava e entregava à pessoa, mandando-a a ir à farmácia, a pretexto de que o António trataria do assunto, que ele é que sabia ou era o expert.
Ouve quem tivesse andado a correr da sapataria para a farmácia, ou vice-versa, até descobrir a marosca.
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Amigo do seu amigo e amigo de ajudar quem precisava, o António foi também grande amigo de Bustos, terra que sentiu e viveu como sua.
Se há mortes injustas, madrastas, a do António é das que não esquecem e mais marcaram.
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O maior amigo dele, o Luis Grangeia do Cabeço, acabou médico (e oficial/médico do Exército, por influência do sogro, militar de carreira; hoje é médico civil, mandou a tropa à fava), depois duma vida ao lado do António na farmácia Assis Rei, a aprender as "artes", de médico e malandreco.
Já a viver no Porto e casado, o Luis foi o médico do António na doença que o minou, até à hora da morte. Sabiam os dois o que esperava o António, que aquelas radiografias dos pulmões cravados de tabaco não enganavam, muito menos a quem sabia da poda.
Não é difícil imaginar o que os dois sofreram.
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Bem hajas, Serginho, por lembrar o Amigo António da Farmácia!