foto de Pedro Loureiro, Poda, Quinta de Pedralvites, Óis do Bairro, 2002 - extraída (com a devida vénia) de 'Topografias da Vinha e do Vinho', organização José Maçãs de Carvalho, edição Assírio &Alvim e Comissão Vitivinícola da Bairrada (2002). Imperdível, bem como outros títulos publicados sobre a pré-extinta região da Bairrada
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O apelo com destinatário está em comentário de Oscar de Bustos:
“estou a precisar de mão de obra para este sábado. Afinal, resolvi não abandonar a vinha do Portinho (ali ao pé do campo de futebol da Mamarrosa) e vou tentar uma espécie de poda à talicão, só que atrasada 3 meses.Voluntários, precisam-se, para amanhã [dia 21], com direito a prémio lá para o meio da tarde e partilha do vinho que vier a render.É favor trazer tesoura de podar e serra para as varas mais difíceis”[1]
…
OsKar Santos continua enleado à vinha do Portinho pelos sarmentos espiralgados pelo seu pai, Manuel Joaquim dos Santos.
“estou a precisar de mão de obra para este sábado. Afinal, resolvi não abandonar a vinha do Portinho (ali ao pé do campo de futebol da Mamarrosa) e vou tentar uma espécie de poda à talicão, só que atrasada 3 meses.Voluntários, precisam-se, para amanhã [dia 21], com direito a prémio lá para o meio da tarde e partilha do vinho que vier a render.É favor trazer tesoura de podar e serra para as varas mais difíceis”[1]
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OsKar Santos continua enleado à vinha do Portinho pelos sarmentos espiralgados pelo seu pai, Manuel Joaquim dos Santos.
Sem ter à porta a tabuleta de ‘eno’, ‘vini’ ou ‘viti’…o OsKar pertence à plêiade dos amantes da vinha e ao vinho. Ocorre citar António Augusto Aguiar, figura pública, apaixonado pela vinha:
“Eu tenho uma sympathia sem exemplo pelos trabalhos vinícolas. Amo a videira, como a melhor planta, que a natureza creou, embora os inimigos d’ella, se é que os há, zombem d’esta paixão platónica por um vegetal.”
(…)
aprendi, na vinha, a amar o meu semelhante, quando a mão do homem é carinhosa com a videira. Aprendi, com a vinha a soccorrer os desgraçados, que ella ampara e proteje, com maior sollicitude, do que eu! Respeito na vinha a família rural, que ella, por toda a parte, representa, na sua expressão mais santa e consoladora; ajudando hoje a mãe a amamentar os filhos e a faze-los homens, para depois ajudar os filhos a ampararem a mãe na velhice, na doença e no infortúnio.
A vinha é, para mim, em tudo que sabe fazer, a philantropia em acção.” [2]
Amanhã, dia de eventos, os podadores, imitadores e outros falsos artistas faltarão ao V Encontro Ibérico de Bandas (no Troviscal). Um palpite, o Silas Granjo (que deixa o ‘Prof. Dr.’ no seu gabinete da Universidade de Aveiro) só justificará a falta ao evento com uma prova das pomadas saídas da colheita’2007.
(…)
aprendi, na vinha, a amar o meu semelhante, quando a mão do homem é carinhosa com a videira. Aprendi, com a vinha a soccorrer os desgraçados, que ella ampara e proteje, com maior sollicitude, do que eu! Respeito na vinha a família rural, que ella, por toda a parte, representa, na sua expressão mais santa e consoladora; ajudando hoje a mãe a amamentar os filhos e a faze-los homens, para depois ajudar os filhos a ampararem a mãe na velhice, na doença e no infortúnio.
A vinha é, para mim, em tudo que sabe fazer, a philantropia em acção.” [2]
Amanhã, dia de eventos, os podadores, imitadores e outros falsos artistas faltarão ao V Encontro Ibérico de Bandas (no Troviscal). Um palpite, o Silas Granjo (que deixa o ‘Prof. Dr.’ no seu gabinete da Universidade de Aveiro) só justificará a falta ao evento com uma prova das pomadas saídas da colheita’2007.
Sem pretender ceifar em terreno alheio, a vinha do Portinho do OsKar Santos irá ser explorada em comandita? Uma novidade ou estarei errado sobre a figura jurídica?
sérgio micaelo ferreira, 20.04.2007
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Nota: para possível esclarecimento de OsKar Santos. A vinha está implantada no território de Bustos, ou no da freguesia da Mamarrosa ou em zona raiana?
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[1] Óscar de Bustos, comentário 04.42, a “+ COMBATENTES DA 1ª GUERRA MUNDIAL (em fotos)”, de 10.04.07
[2] António Augusto de Aguiar, ‘As balsas dansantes’, Carta ao Ill.MO e Ex. MO Sr. João Ignacio
Ferreira Lapa, Typographia da Academia Real das Sciencias, Lisboa, 1871.
a proxima produção viti vinicola vai então ser explorada em comunidade---dos vice-presidentes
ResponderEliminarSegundo a informação do Instituto Geográfico Português, a freguesia de Bustos acaba antes de chegar à empresa "Vítor Almeida". A "Vítor Almeida" e os terrenos que estão por trás já são Mamarrosa.
ResponderEliminarEu até sei da poda, mas falta-me tesoura...
ResponderEliminarMilton Pires. 1 obrigado pela informação. Em consequência da atribulada desanexação do termo de Bustos da freguesia da Mamarrosa, não foi possível fazer a demarcação. Considerando as relações de urbanidade entre os autarcas vizinhos hoje é possível encetar negociações para colocar os marcos do termo. Se a fronteira de Bustos no mapa do Instituto Geográfico P. coincidir com a do mapa do Ministério do Ambiente,então o acerto entre as Juntsa de Freguesia vizinhas poderá ser mais fácil de conseguir. E até pode ser motivo para haver festa.
ResponderEliminarsergio micaelo ferreira, 21.04.2007
Com o meu desafio, esperava lançar mais um debate; no caso, sobre a nossa vitivinicultura. Mas a coisa deu para os limites das 2 freguesias. Sendo assim e do que sei:
ResponderEliminarAli no Portinho, a poente da Estrada Nacional 333-1, o limite é feito pelo caminho que sai logo antes do "armazém de alfaias agrícolas" do Vitor Almeida e segue para poente, indo ter ao fundo da Póvoa (caminho dos Penedos). A sul do caminho será Mamarrosa; para norte, é Bustos.
Mas a verdadeira estrema será a "Vala do Sardo"
Chamei armazém agrícola ao estaleiro do Vitor Almeida porque foi assim que ele o legalizou em tempos idos, dada a proximidade da obra com o curso de água.
A zona está cheia de furos de captação de água privados, o que explica que durante 2 anos não tenha havido água nos poços da zona. Felizmente, a chuva deste ano subiu os níveis freáticos.
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Entretanto, hoje de manhã o Milton Costa e o Jaime do Chevrolet estiveram comigo na espécie de poda (ou poda verde, segundo os cânones).
A agricultura, mesmo a brincar, faz-nos sentir bem; mas não vejo salvação. O que seremos e como seremos dentro de mais uns anitos?