21 de maio de 2007

Nossa Senhora de Vagos: a romaria

Todos conhecemos a ermida de Nossa Senhora de Vagos, santuário que datará do séc. XII e à volta do qual giram muitas lendas e tradições.
Reza a lenda que a imagem foi recolhida dum navio francês que terá naufragado na praia da Vagueira e que terá sido D. Sancho I a mandar erguer a ermida e uma torre militar, a fim de defender os peregrinos dos piratas que constantemente assaltavam aquela praia.

Não faltam milagres que a tradição associa a N.ª Sra. de Vagos, o mais interessante dos quais se prende com a fome que grassava nos campos de Cantanhede devido a uma seca prolongada. Ao ouvir um sino tocar para os lados do mar de Vagos, o povo aí se dirigiu. Chegados à ermida de Nossa Senhora de Vagos, a ela rezaram pela benfazeja chuva. Houve milagre e com ele a tradição dos povos de Cantanhede se deslocarem anualmente àquele local de peregrinação, distribuindo ao mesmo tempo esmolas, pão e outras benesses.

A tradição ainda se mantém e o pão de Cantanhede continua a ser distribuído em grande quantidade no largo da Nossa Senhora de Vagos.

Guardo a recordação dos pãezinhos duros que duravam uma vida, não por qualquer milagre dos pães, mas certamente porque não levavam fermento.

Entretanto, as festas de Vagos vão decorrer de 24 a 29 deste mês e não faltará mesmo uma Bienal do Pão, lá para 12 de Julho.
A partir das 18H30 da próxima 5ª feira será inaugurada uma exposição de rádios antigos, obviamente do nosso Manuel dos Rádios.
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A propósito: no passado sábado, o nosso Alexandre Duarte escolheu o bonito e airoso espaço do santuário da N.ª Sra. de Vagos para juntar os trapinhos com a menina dos Correios de Bustos, natural daquele sítio; das areias, como usávamos dizer.
Aqui deixo dois pedidos à Sra. de Vagos: que o Alexandre continue a participar no NB e que a nossa querida estação dos correios não seja devorada pelo economicismo dos novos tempos.

Haja fé!
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oscardebustos

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