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Foto publicada no último Jornal da Bairrada acompanhada ainda pela seguinte nota “explicativa”:
Enxovalho
“Entretanto, segundo JB apurou, o pano, que envolvia o busto do professor José de Oliveira, foi retirado, nem mais nem menos, na última segunda-feira, pelo presidente da Câmara, Acílio Gala, natural e residente na freguesia do Troviscal, por entender que "tinha sido praticado um acto de puro vandalismo", pois que, adiantou, "trata-se de um acto que ofende as pessoas, uma vez que o busto é património municipal e deve ser respeitado por todos e, por isso, não merecia ser enxovalhado ".
História Breve de um ‘Enxovalho’
Pela leitura da página 3 do último número do Jornal da Bairrada (7 de Julho), fiquei a saber que o meu protesto contra a leviandade e o nepotismo, que concretizei cobrindo de preto o busto do professor José d’Oliveira, humilhado num dos seus descendentes, foi angelicamente interpretado pelo sr. presidente da Câmara de Oliveira do Bairro, dr. Acílio Gala, como um ‘acto de puro vandalismo’. O JB apressou-se a ir mostrar ao seu patrão a ‘infamante’ fotografia, para que não faltasse uma pronta reacção, mesmo sem procurar saber qual a razão de tal ‘enxovalho’, como servilmente lhe chamou em perfeita sintonia com os pensamentos do chefe. Já que o prestimoso jornal, das alturas olímpicas da sua imparcialidade, não quis informar os seus leitores da razão de tão insólito acontecimento, terei de ser eu a fazê-lo.
Numa Câmara onde o compadrio e o pagamento de fretes políticos parecem ditar a contratação de pessoal, com total indiferença pelo seu mérito, o dr. André Granjo, apesar do seu currículo invejável – que inclui, por exemplo, um estágio de nove meses na Delegação Regional da Cultura do Centro, com nota de muito bom e recomendações de excelência – apesar da sua criatividade, do trabalho desenvolvido, quer nas suas funções de Técnico Superior Estagiário, na Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, quer à frente da Banda da União Filarmónica do Troviscal, e dos apoios que conseguiu granjear, e que deu ao dr. Acílio Gala a ideia e o impulso vital para a criação das duas obras mais emblemáticas que este autarca realizou no Troviscal, como são a Escola de Artes da Bairrada e o Museu de Etnomúsica da Bairrada, este em fase de acabamento, o dr. André Granjo, dizia, viu o seu estágio de ano e meio na Câmara Municipal de Oliveira do Bairro chumbado por um júri de marionetas manipulado por um presidente de menos que medíocre estrutura intelectual e moral. O enredo de opereta foi escrito por uma tal Ana Paula Assunção, mestre em avenças e intrigas maquiavélicas. Com este gesto, o dr. Acílio Gala lançou a primeira pedra no túmulo obscuro que a história lhe reserva. A longa história desta enormidade já está escrita e, de uma forma ou de outra, chegará brevemente ao conhecimento de todos os munícipes.
Fica, desde já, uma correcção. O monumento não é património municipal, como candidamente afirma o sr. presidente da câmara. O monumento, na sua totalidade, foi erigido em 1972 por iniciativa de um grupo de ex-alunos e antigos membros da Banda Escolar do Troviscal, que, para o efeito, realizou um peditório público. O Dr. Acílio Gala deve ter sido dos poucos que para ele nada contribuíram. O único contributo que a autarquia deu foi a sua trasladação do local em que se encontrava (Assembleia Republicana do Troviscal) para o local onde agora se ergue. Não me surpreende, porém, que o sr. presidente da câmara julgue ser dono do busto do professor José d’Oliveira, depois de ter feito o mesmo com um lote urbano de minha propriedade, mandando lá instalar, sem minha autorização e à sorrelfa, uma estação elevatória de efluentes líquidos.
A escolha desta forma de protesto que simbolicamente escolhi, cobrindo com um pano preto o busto do insigne professor e maestro, e que o dr. Acílio Gala, com risco da própria vida, qual Mouzinho de Albuquerque enfrentando as frechas bárbaras dos vândalos nativos, corajosamente removeu, essa forma de protesto, dizia, tem a sua razão de ser. Numa terra cuja população teima em não deixar apagar a memória de um músico que marcou indelevelmente a sua história, erigindo-lhe um monumento 30 anos após a sua morte, aparece agora um presidente de câmara que pactua com a ideia, tão idiota como ilegítima, de exigir a um seu estagiário o abandono da direcção da banda da sua terra, por pretensamente colidir com as funções que este exerce na câmara, e, face à recusa, acabar por promover o seu afastamento.
Silas Granjo
No final deste seu atribulado mandato, o meu amigo Dr. Acílio Gala parece insistir em querer sair pela porta pequena. No mandato anterior, a aprovação das propostas da iniciativa da Câmara apresentadas na Assembleia Municipal carecia dos votos de 2 singelos “deputados”: o meu e o do muito querido Dr. Fernando Peixinho. Foi de longe o período áureo do Sr. Presidente da Câmara, tais eram os consensos que gerava.
ResponderEliminarDo pouco tempo que estive na AM durante este mandato (em regime de substituição do "Pai Tomás") e do muito que por lá ouvi como munícipe, o Dr. Acílio Gala não só perdeu o seu famoso fairplay como se revela um pequeno déspota. A opinião ou as sugestões dos outros são coisa que ele faz questão de ignorar ou então contornar. Tudo o que a Câmara dá à luz, sobretudo monumentos, é obra exclusivamente dele e só falta dizer que as pagou do seu bolso e não do erário municipal. O exemplo do monumento aos antigos Combatentes das ex-Colónias, a bem do qual eu e outros combatentes/deputados tanta luta travámos, foi manipulado pelo Dr. Gala e só faltou dizer que nem à inauguração fomos. Para os devidos e públicos efeitos, a obra é dele e da Câmara, ponto final.
Também eu, Silas O Granjo, pus cá dentro a minha faixa preta no Monumento aos Combatentes.
O Jornal da Bairrada deu um tiro no pé. Pela notícia apoiada na fotografia, sabe-se que o ainda Presidente Absoluto de um órgão colegial (Câmara) foi tocado no seu calcanhar de Aquiles.
ResponderEliminarJosé Oliveira, não sendo natural do Troviscal, é um ícone que mantém viva a alma da terra.
Acílio Gala esqueceu-se do episódio histórico da estátua de Camões ter sido coberta de crepes na sequência do ultimato?
Acílio Gala não aceita a contestação? Terá “recebido influência” do tão promovido Presidente da Junta de Freguesia de Bustos, Manuel da Conceição Pereira?
Acílio Gala esqueceu-se que enxovalhou a memória dos militares que deram a vida na última guerra colonial, quando alienaou, teimosamente, uma curta fatia do espaço para homenagear os “colonos”. Mesmo que essa fatia esteja nas traseiras do monumento.
Se bem compreendi a Camara Municipal exigiu a um seu estagiário o abandono da direcção da banda da sua terra para poder continuar o seu estágio.E isto baseado em quê? Com que legitimidade? Há algum princípio de exclusividade musical que ainda não foi tornado publico? Enfim exigem-se explicações ou então fica provada a acusação de compadrio e nepotismo.
ResponderEliminarIsto que aqui é dito sobre admissão pouco transparente de funcionários na Câmara de Oliveira do Bairro é só uma pontinha muito ínfima do iceberg. Vejam quem é o novo funcionário da Câmara na área da Psicologia. Vejam quem é o pai dele. Vejam se por acaso não é o inspector que andou a fiscalizar a Câmara e saiu de mansinho e depois meteu o filho dele na Câmara, para estupefacção dos funcionários, que ficaram pasmados com o desplante...
ResponderEliminarMas há mais: Vejam se descobrem como é que entrou um funcionário para a área de sistemas de informação geográfica.
Abriram um concurso e antes do concurso terminar já sabiam quem era o vencedor. Uma vergonha. Uma vergonha. Estes senhores estão todos enterrados em lama. Todos. Só tenho vergonha do meu partido ter gente deste calibre à sua frente. Até me dão vómitos...
Já que aqui se denunciam casos do dr. Acílio Gala e da «sua» Câmara, deixem-me também dar o meu contributo para desmascarar esse senhor, que de homem de palavra não tem nada.
ResponderEliminarAlguém alguma vez soube porque é que a Rádio Emissora da Bairrada fechou as portas? Não sabem quem foi o culpado? Adivinhem quem é que fez tudo para a emissora fechar as portas? E porquê?
Isso mesmo. Foi essa pessoas que estão a pensar.
Um dia isso tem de ser desmascarado em praça pública. O povo de Oliveira do Bairro tem de saber a verdade toda. Tem de perceber quem é que governa o concelho e porque é que amoredaçaram a rádio e calaram aquela voz livre.
Peçam ao engº Álvaro Reis, ao dr. Alípio Sol, ao dr. Miguel Gonçalves, ao sr. Carlos Palavra, ao sr. Alcides Barros, ao sr. Toni que digam quem é que prometeu mundos e fundos e quem é que fez da cara cu, roeu a corda e deixou toda a gente «agarrada».
Sabem porquê? Porque esse alguém pensava que controlava a informação da Rádio e quando percebeu que as pessoas que estavam á frente da Rádio não faziam o jogo de nenhum partido, eram livres e independentes, esse senhor roeu a corda e o apoio vital que prometeu aos dirigentes da rádio, acabou por o não dar, forçando o encerramento da emissora voz da bairrada.
Mas há mais. perguntem aos directores da cooperativa da rádio.
isto é um escândalo.
Estou espantado com aquilo que vem acontecendo em Oliveira do Bairro. Eu já sabia que havia muita coisa podre neste reino, mas não sabia que tudo isto estava a acontecer. Espero que as pessoas com dignidade. encontrem no próximo período eleitoral, a altura certa para desmacarar a "kamarilla" do Gala, que certamente perdeu a cabeça. Nãp se pense que a Leontina significa mudança. Neste momento acho que fará sempre o jogo do Gala e que acatará as suas ideais sobre o que vai fazer. Não acredito em milagres; o sistema está podre demais para poder recuperar.
ResponderEliminarHá gente honesta em todos os partidos políticos, mas os candidatos devem ter sido escolhidos por serem acólitos do Gala que sai por uma porta e entra por outra para continuar a dar ordens. A Candidata Leontina que começe JÁ a manifestar o seu repúdio pelos erros crassos do Acílio Gala. Mostre que é capaz de ser independente deste Sr. Tenha coragem.
Milton Costa
Ou muito me engano ou o Sr. Silas Granjo também andou de braço dado com o poder centrista, à semelhança do Dr. Fernando Vieira na UDB, e agora vêm os dois fazerem-se de viúvas ofendidas.Só tiveram aquilo que mereceram e nada mais.
ResponderEliminarDurante o lauto lanche servido na tarde de domingo na Feira do Sobreiro, aos putos do Torneio, o dótô Fernando Vieira disse-me que se o Dr. Acílio Gala desse 500.000 euros à UDB voltava a vender a alma ao Diabo. A tanto o leva a sua saga pelo novo complexo desportivo. Compreendo-o, mas sugeri-lhe que outorgasse contrato escrito para o efeito, na presença de Advogado e que este fosse eu.
ResponderEliminarA bem dizer, seria mais uma das muitas borlas que nunca escusaria.
só acho estranho que o escrevinhador não tenha acrescentado o prefixo com que se costuma apresentar, mesmo a crianças que não sabem o que é uma licenciatura:Dr. Devidamente actualizado seria Exmo. Senhor Professor Doutor. É que de contrário parece que lhe caem os parentes na lama...
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