23 de julho de 2005

PEQUENO CONTRIBUTO PARA A POLÍTICA DE ORDENAMENTO DO CONCELHO

Nota introdutória:
Ele parece que adivinhava: desde ontem, creio, que o site da Câmara apareceu de cara lavada (era um nojo, como alertou um jovem - e por isso transitório - membro da maioria na Assembleia Municipal). Site esse que até remete para este outro, elaborado pelo próprio Departamento de Planeamento, Sistemas de Informação Geográfica, Topografia e Desenho – GPSIG e que agora é objecto deste meu 1º contributo.
De facto e após demasiados anos a fechar os olhos às novas tecnologias, o Sr. Presidente lá concedeu, há uns escassos meses, em desbloquear e apoiar o início da lenta fuga à péssima qualidade dos sites das câmaras municipais do país. Ainda assim, o site da nossa CM está longe dos “10,7% dos municípios que permitem o preenchimento de formulários on line ou a consulta de processos por esta via” (1).

Mas vamos ao que interessa, dando algum cumprimento à Lei de Bases da Política de Ordenamento do Território e do Urbanismo, estabelecida pela Lei n.º 48/98, de 11 de Agosto, de que ressalto a necessidade de reforço da coesão nacional, de forma a assegurar o aproveitamento racional dos recursos naturais, a preservação do equilíbrio ambiental, a humanização das cidades e a funcionalidade dos espaços edificados (como é bom exemplo o edifício dos Paços do Concelho, obra que defendi com unhas e dentes na AM e naquele sítio).

O que é e quem é o GPSIG:
A nossa CM dispõe dos seguintes serviços: A) de apoio (ao Presidente, jurídico, de emergência e protecção civil e de relações pública); B) administrativos e financeiros; C) técnicos de águas, saneamento e ambiente; D) técnicos de obras e urbanismo; E) para o desenvolvimento económico, social e cultural.
Compete ao GPSIG, entre outras funções e a crer no "Regulamento Interno dos Serviços, Quadro da Estrutura Orgânica e Organigrama da CM de Oliveira do Bairro" (2): apoiar as divisões e os departamentos e demais serviços na especialidade de planeamento, informação geográfica, topografia e desenho, de acordo com os múltiplos planos e prioridades do Presidente; sim, dele e só dele, ou que pensam?
Coisa de pouca monta.

O GPSIG não passa dum “gabinete” dependente, quer do departamento de águas, saneamento e ambiente, quer do departamento de obras e urbanismo, e a ele estão adstritos, a bem dizer por um imprevisível fio:
- uma técnica superior licenciada em planeamento regional e urbano, a afável, mas temente “adeus” dra. Joana Almeida, única funcionária do quadro do gabinete, competente e, na verdadeira acepção da palavra, muito prestável (além de motoqueira e adepta ferrenha do simpático Vilaverdense), a qual vem sendo assessorada pelos seguintes periclitantes colaboradores:
- um geógrafo, o eng.º João Pinto (em estágio probatório de 1 ano, sujeito a avaliação por 1 júri e para cuja função existe vaga);
- outra licenciada em planeamento, a dra. Teresa Coutinho, que está de esperanças no estágio profissional de 9 meses, na condição de contratada pelo Centro de Emprego e para a qual não existe vaga, salvo se for colocada como “Técnico não Adjectivado”, que é aquele baldezão onde cabe tudo e mais alguma coisa;
- um técnico profissional de SIG (sistemas de informação geográfica), Rui Simão e o meu “colega” e
- técnico de programação, Jhony Martins, afecto à área de informática e desenho da Câmara e que vem emprestando as mãos e o mouse ao departamento.
Se a Joana Almeida e a sua equipa concorressem para as autarquicas2005, mesmo sem tk, votava neles de certeza.

Trata-se duma equipa jovem e por isso mesmo excelente, coesa e empenhada, apesar de vir travando uma luta que já julgariam perdida, não se desse o caso das eleições estarem à porta e o actual todo poderoso líder estar de abalada que se faz tarde. Isto sou eu que o digo, à minha responsabilidade e da minha alta recreação, que há anos entro portas adentro depois de pedir licença e me instalar para vasculhar tudo o que é papel, escrito ou em peça desenhada e bem sinto no ar um subliminar temor reverencial à “Comissão das Altas Instâncias” (3).

Já sei que 2ª feira, a horas que ainda não sei, o meu amigo Dr. Gala me vai querer puxar as orelhas, em vão, que muito vai ter de me ouvir até ao momento final, que é o (vamos a ver…) do cachimbo da paz que eu trouxe da puta da guerra, cujos valores ele recentemente reciclou nas minhas barbas e nas de muitos camaradas/combatentes, ainda por cima em frio ferro como o das armas sem cravos vermelhos e das viaturas retorcidas pelas infames minas e acidentes.
Seja.

Com o neófito agreement e oportuno apoio do meu Amigo, a rapaziada atirou-se de corpo e alma (terão mesmo acontecido alturas em que o apoio técnico às divisões e demais departamentos ficou à espera de melhores dias…) à construção do site concedido à Câmara no SIG, sempre com a boa ajuda dos meios tecnológicos disponibilizados essencialmente pelo SIGRIA (sistema de informação geográfica da ria de Aveiro) e no âmbito da AMRIA (associação dos municípios da ria de Aveiro), tudo organismos da invenção do demo e duns quantos esquerdistas da CDU, do PS e do PSD.
O site, esse, foi nado e criado pela equipa do GPSIG e ponto final!

Acorrei a ele em
http://www.sig.cm-ob.pt/ e agradeçam à equipa que vos dei a conhecer – e só a ela – é este o meu conselho de Amigo de vocês todos.

À laia de “comments” que irão chegando, explicarei como usufruir de tão excelente instrumento de consulta e trabalho: ele é o PDM (cá fora, à espera da 2ª revisão), ele são as várias plantas, ele é a toponímia, ele é muito mais, que os técnicos até no terreno trabalharam: a fazer o levantamento das cérceas, do estado, ocupação e uso das construções (com o seu reporte ao n.º dos respectivos processos quando havia placas identificadoras no local da obra em curso), vias, n.ºs de polícia, localização dos eco pontos, bocas de incêndio e PT’s.
O link da toponímia até tem ortofotos á escala 1:2000 e vai-se lá por dois caminhos.
Só falta lá meter as categorias das classes correspondentes aos espaços urbano, industrial, florestal e agrícola, que estes estão acessíveis. O trabalho de casa está feito, falta o sim da SIGRIA.

Ó Alcides Freitas, isto até parece a América do actor/governador do teu estado, cujos gabinetes técnicos tão bem conheces!

E Boa Viagem, ó injustiçados bloguistas deste blogue e do
http://www.autarquicas2005.tk/,

Que eu vou com as aves.

*
(1) Ler “Câmaras na internet deixam muito a desejar”, revista Mega Ideia, n.º 14, de Julho de 2005, pág. 8.
(2) Diário da República, apêndice n.º 100 da II, n.º 181 do dito DR, a págs. 49 e segs.
(3) citado de “A Febre de Urbicanda”, de Schuiten e Peeters, edições 70, obra adquirida por este escriba em Aveiro, aos 8/11/90, já o Sr. PC dominava.
*
Oscar de Bustos (21 e 23-7-2005, tendência TK)

4 comentários:

  1. Anónimo20:29

    Os limites da freguesia já estão definidos?

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  2. Os existentes são os do actual PDM (1ª revisão). Acredito que a 2ª revisão, em apreciação e já com reuniões feitas nas freguesias, nada irá adiantar.
    As divergências que identifico (na área da APALB e Sobreiro/Tojeira) terão de ser resolvidas com a nossa CM e a de Vagos e entre as Juntas de Bustos e Palhaça.
    Sobre esta última tenho interessantes documentos do tempo em que o m/ Pai foi membro da Junta.
    A curiosa questão do Cavadão ou Queimada, onde está a APALB, não me parece fazer sentido, porque se situa a nascente do ribeiro do Tabuaço e a sul do Vale de Canas ou Ribeira do Fontão e nunca houve dúvidas para as pessoas àcerca dos limites físicos, ainda que uma carta militar que possuo o pareça contrariar: creio que a nossa CM a excluiu do PDM por estar nos limites do PDM de Vagos e não desejar diferendos.
    É assunto a explorar, que o do Sobreiro - Tojeira deve ser debatido com frontalidade e dignidade entre as 2 Juntas. Era o que o m/ Pai e o do Fernando Silva, membros de cada uma das Juntas nos anos 60, se preparavam para fazer, mas vicisssitudes impediram.

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  3. ACHEGAS para a consulta no site do SIG/Câmara:
    1) com toda a planta do PDM à vista (que reproduzi na foto do texto, ir a "Temas" à direita e escolher, por exemplo, "Toponímia/Vias" para realçar os arruamentos que se pretendem consultar.
    2) ir ao quadro da esq.ª e clicar nos "binóculos" (=encontrar);
    3) digitar em baixo à esq.ª no espaço em branco destinado ao texto e escrever, por exemplo "Rua 18 de Fevereiro";
    4)clicar à direita em "Pesquisar" e aparece no canto inferior esq.º "Rec";
    5) por baixo de "Rec" aparece um n.º, onde clicar.
    A rua em causa aparece em realce, a cor azul.

    O programa ainda aparenta ter falhas, mas se clicarmos em "Actualizar" as coisas acabam por ir ao sitio.

    As ortofotos à escala 1:2000 são úteis (clicar em "Temas/Orto2K:Edição 2002") e levam-nos aos resultados pretendidos.
    Se o pequeno mapa de enquadramento, no lado superior esq.º estiver reduzido a uma pequena área poderemos não acertar na rua.
    Mas nestas coisas não há como aprender de tarimba, coisa que nunca fez mal a ninguém, a não ser a muitos drs., eng.ºs e outros artistas, que acham que sabem tudo, quiçá por terem nascido ensinados.

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  4. Anónimo00:07

    OSK, No sítio da Câmara, consulta "o que visitar" em 'Bustos' ... Vais ficar (des)conhecer melhor a tua terra ...
    Srg

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