Apagou-se uma das 3 grandes sobreviventes deste friso de jovens bustuenses da Revista “Bustos em Cuecas” (1937).
Ainda de pé, agarradas ao chão da terra/mãe, restam a Clarinda, que vive em Fermentelos, terra do marido e a Lavínia, que vive perto do Barrilito, na Rua de S. João.
A Família estava à espera (e como custa esperar...) e é hoje que vai a enterrar, pelas 19 horas, Maria Rosa Simões Pedreiras - a Maria Rosa do Tarrafo, mulher do Ti Mário da Barroca e mãe da Dorinda Capão, gente boa da Póvoa.
Sou do tempo em que os meus Pais, o meu tio Figueiredo e a minha Avó, traziam à lembrança na lareira grande os tempos que marcaram Bustos e fizeram dele a Terra que ninguém nos roubará. Imagens e usanças que nos moldaram os corpos, as almas e as inquebráveis RAÍZES.
Um abraçado beijo à Dorinda, mulher de armas, de luta pelas festas de Bustos e pelo associativismo local, solidária até dizer chega, guerrilheira mor da Guerra que o Povo moveu contra o aterro de resíduos tóxicos, em 1994, que aquilo doía mais às mães, era vê-las a cuspir na Ministra do Governo da Nação, que o resto não digo e o momento é de recato e luto.
Este blogue, pela mão do que o antecedeu http://bustos.blogs.sapo.pt, já lembrou o Ti Mário da Barroca (29/12/2004) e a indelével revista (29/4/2005 e 11/12/2004).
Ainda me ardem os olhos do fogo vivo que o fole de ferreiro do Ti Mário jorrava no carvão.
Quem os lembra bem, aos costumes e pilares, é o Arsénio de Bustos, em obra farta.
*
E as mães
onde estão elas?
As mães rezam as mães
cosem farrapos de dor
as mães gritam
choram
uivam
no espesso rio de um sono
já quase só animal
(Alexandre O'Neill, que foi casado com a sofredora ministra)
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Oscar de Bustos
OsKar. Entrada oportuna e homenageante. Pf corrige uma imprecisã. Mário (Da Barroca)ainda é vivo. srg
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