Aparentemente não na vertical, talvez em diagonal, mas não é claro.
As lendas são à prova de imbecis. E até os sábios ficam perplexos."
[Humberto Eco, no prefácio ao livro de BD de Huggo Pratt: Saint-Exupéry - O Último Voo]
Fiquei escandalizado, zangado e desgostoso ao saber da iminente demolição da casa, em Lisboa, onde viveu e morreu o grande escritor Almeida Garrett. Este edifício foi declarado imóvel de interesse municipal pelo executivo de Santana Lopes, mas agora o novo presidente diz não ter dinheiro para restaurar e manter o prédio. O dono do imóvel é o actual Ministro da Economia (de quem, felizmente, nem sei o nome) que quer construir um novo. Ganhar dinheiro!
A demolição virou palavra de ordem, mas no resto da Europa não é assim, há países onde o património é respeitado. Numa terra Inglesa (Salisbury) os edifícios construídos no século XIV são olhados como locais sagrados e ninguém pensa em demoli-los, em várias cidades italianas vi edifícios centenários que nunca serão demolidos, porque são amados pelas pessoas que lá vivem. Já estive num hotel na Alemanha que foi construido no século XVI , não é muito confortável mas pertence ao património de um povo. Nessa cidade, Marburg, há uma igreja dedicada a Santa Isabel, a verdadeira santa do Milagre das Rosas, tia da santa portuguesa, que era uma boa mulher, mas a quem não podemos atribuir o tal milagre. Menciono isto porque me parece revelador já que somos capazes de copiar “milagres” mas não seguimos a atitude cultural e cívica dos outros. Somos copiadores incompletos!
Um país que permite que o bonito edifício onde viveu e morreu Almeida Garrett seja demolido é um país sem respeito pelo seu património, pela sua História. É uma bosta!
Também no nosso concelho se anunciam crimes graves. Crimes bárbaros! Diz-se que o actual executivo da Câmara Municipal planeia demolir o antigo edifício sede depois transformado em cadeia.
Tal não pode nem deve acontecer, pelo que daqui lanço o meu apelo: Por favor, respeitem o nosso património, a nossa História!
É preciso ter coragem, é preciso ter a honra e o orgulho de conservar a nossa herança comum, conservar o património edificado, parte integrante da nossa memória.
Por favor, respeitem o passado. Ainda que os nossos antepassados não votem, não podendo assim ajudar a vencer a próxima eleição.
Milton Costa
Esta noite vais cear tarde e acabar à mesa a desoras, de rabo dorido e papo cheio do que já te arrependes de ter engolido.
Ainda assim, a mesa continua cheia de doces, fritos, bolos-rei de tamanhos diversos mal encetados, rectângulos de aletria espalhados pelas travessas, comestíveis ao monte, garrafas por abrir - a ritual farturinha.
E amanhã será obrigatoriamente servida ao almoço a «roupa velha».
Vais dar, não tarda, as prendinhas que te puseram a cabeça em dor e os euros em baixa, para alívio da loja do chinês e do comércio em geral.
E vais descobrir de novo que nunca consegues oferecer uma bugiganga que aos destinatários agrade ou sirva num qualquer sentido.
E vais receber em troca outras bugigangas que também não esperas, que não te agradam nem te servem para nada, mas que terás de conservar à vista em sinal de gratidão.
E o serão, desta vez, nem conseguiu já reunir a família toda, consumou-se a dispersão e os lutos nas frondes da árvore genealógica… e resta-te o cachecol da saudade, com a respectiva melancolia, para te envolver o pescoço.
Consola-te, porém, a ideia de que estás a festejar o solstício de Inverno, costume antiquíssimo dos povos ancestrais que amavam a luz e o Sol criador e que, séculos depois, a Igreja (em aliança com o imperador romano) usurpou para o transformar no mito do Cristo com toda a dramatização elaborada que sabemos.
[Os Antigos pensavam que o soltício ocorria dia 25, depois a ciência, mais exacta, atinou no dia 22 de Dezembro, mas o costume permaneceu.]
A consoar na noite de Natal com os parentes mais chegados, ficas com a certeza de que os teus dias já começam a aumentar, minuto a minuto, e que a luz, mais luz, está a chegar porque o Sol, agora distanciado, baixo, se eleva e aproxima. – A. M.
Amanhã é oficialmente assinalado o dia do nascimento de Jesus. E quem era esse ser humano, feito da mesma matéria e à nossa imagem e semelhança?
Alegadamente “ o Criador do homem fez-se homem” (Liturgia das Horas), nasceu em Belém no dia 25 de Dezembro vindo da barriga de uma tal Maria que engravidou sem ter sabido como. (E nisso acredito piamente porque também aconteceu com uma rapariga minha conhecida.)
O nascimento de Jesus foi tão comum quanto a sua frágil existência. A exemplo de tantos outros pregadores usou a palavra em busca da luz, como outros pensadores procurou a resposta para a eterna dúvida: Existimos para além da morte? Nós que inevitavelmente “vimos da terra e a ela regressamos”.
O grande problema, a questão maior – tão filosófica quanto política –, surgiu em consequência da morte de Jesus, melhor dizendo, do seu assassinato na cruz.
Está tudo escrito de forma muito humana, muito reveladora da essência política das escrituras. O Evangelho de S. João é um verdadeiro manifesto acusando os Judeus pela morte de Jesus. Palavras, palavras, palavras.
Palavras – “No princípio existia o Verbo” –, que justificaram dois mil anos de perseguições e uma grande variedade de crimes hediondos. Tudo muito terreno e muito humano. “ E O Verbo fez-se homem/ e veio habitar connosco”.
A perseguição aos judeus foi mais do que uma demonstração de intolerância, foi uma prova de estupidez. Ao fazerem-no os cristãos esqueceram o essencial, que a morte era necessária e fundamental para que Jesus fosse Cristo. Sem a sua morte não existiria a ressurreição abrindo para todos os crentes as portas do reino dos céus.
Faltou clarividência aos cristãos que perseguiram e condenaram os judeus quando deveriam ter agradecido delicadamente. De outra forma Jesus teria morrido velho ou de alguma doença, e não sendo uma vítima e um mártir quem iria falar dele, divulgar-lhe a palavra?
A cristandade deu-nos catedrais belíssimas, inúmeras obras de arte e uma Igreja organizada e poderosa que tem cometido múltiplas atrocidades e praticado muita caridade. Mas o poder e a influência da cristandade está em declínio, hoje em seu redor já não gira o universo… E ao invés do que dizem as escrituras este não pára de crescer, de se afastar...
Nesta era de Globalização Planetária não se diz Antes de Cristo ou Depois de Cristo, já não é assim que se datam os acontecimentos históricos. Agora é necessário integrar judeus, muçulmanos, budistas, hindus, demais confrarias igrejas e religiões, pelo que se escreve Antes da Era Comum e Depois da Era Comum.
Foi a segunda morte de Jesus.
Tudo mudou, tudo está diferente. Agora o Natal que não é mais uma festa religiosa, nem celebra qualquer nascimento.
Vivemos na Era Comum. Agora festeja-se a existência de um velho chamado Pai Natal que veste de vermelho e anda por aí aos milhares, escalando varandas, janelas e paredes dos prédios e casas de Portugal inteiro. Tudo se resume a um boneco fabricado na China.
Belino Costa
PS: Texto inspirado num comentário de Milton Costa. (BC)
A Assembleia de Freguesia de Bustos reúne no próximo dia 27 do mês corrente, pelas 20 horas no salão da Casa da Freguesia, Rua Jacinto dos Louros, nº 6; 3770 – 018 BUSTOS.
O itinerário da Ordem de Trabalhos (OT) proposto pelo presidente da Assembleia de Freguesia, Mário Reis Pedreiras, consta da convocatória datada de 13 de Dezembro.
A) Período “Antes da Ordem do Dia”:
1 – Actividades da Junta de Freguesia;
2 – Outros assuntos de interesse para a Freguesia.
B) Ordem do Dia:
Ponto 1 – Apresentação do Plano Plurianual de Actividades e Orçamento para o ano económico 2006, para a provação.
Ponto 2 – Pedido de competências (Bairro Económico).
C) Período de Intervenção Aberto ao Público.
...
O período das vacas magras irá atingir a actividade da Junta de Freguesia para o ano 2006 conforme se deduz da Introdução do “Plano Orçamental Para o ano 2006”, … ‘só podemos concluir que o plano e Orçamento apresentado, terá que ser inferior ao nosso desejo, no entanto o nosso objectivo é trabalharmos nas prioridades que definimos e nas acções apresentadas’, mas ressalva "a política salarial desta Junta de Freguesia" que "vai ao encontro do poder de compra dos nossos trabalhadores".
O orçamento proposto atinge o montante global de 171.574,00 €[1] (cerca de trinta e quatro mil e quatrocentos contos).
O “Pedido de Competências (Bairro Económico)” será tratado ulteriormente.
Augura-se bom e profícuo trabalho dos novos eleitos.
A primeira sessão da Assembleia deverá contar com alguma assistência a denotar interesse pela coisa pública ou mera curiosidade.
...
A sessão da assembleia do dia 27 trará surpresas? Finalmente será exposta a foto de Jacinto dos Louros? Surgirá a justa proposta e da devida homenagem a Manuel Simões Luzio Júnior?
[1] 34.397.499$00
(srg)
Há dias visitei o Google Earth (http://earth.google.com/) onde podemos ver o planeta através de imagens de satélite. Dirigi-me para Portugal e fui à procura de Bustos. Ampliei a imagem e encontrei o nome de Aveiro e depois Oliveira do Bairro, Vagos, Sangalhos, Oiã. Não vi o nome de Bustos aparecer na imagem, nem o nome da Palhaça, nem o da Mamarrosa ou do Troviscal. Mas não desisti, segui a estrada de Oliveira do Bairro para Bustos, passei pela Póvoa do Forno, o Porto Clérigo (ou Crelgo ou Crelbo), Feiteira e vi aparecer a rotunda da Ti Maria, no Sobreiro.
Já estava em território conhecido e segui para o centro de Bustos. Um pouco adiante parei, entusiasmado com o que via e não me refiro ao “Submundo”. Ali, no cruzamento da Rua Jacinto dos Louros com a Rua do S. João via o edifício onde, de acordo com alguns, funciona o Centro Social do Sobreiro ou, segundo o falecido Sr. Manuel dos Santos (da Barroca), uma das “sedes” da Junta de Freguesia.
Como já se aperceberam estou a falar do famoso restaurante e snack-bar “Barrilito” que pertence ao amigo Agostinho Pires. É ali que se juntam “as pessoas mais distintas de Bustos” como eu próprio, o Amândio (Menino Jesus) Ferreira, o Mário Justiniano, o Humberto (Chico) Reis Pedreiras, o Mário Canão, os irmãos Mário e Carlos Canão, o Mário Grangeia (Chico da Carne), o Belino Costa, o Oscar Santos, o Sérgio Ferreira, o Virgilio e Diamantino Ribeiro, o António Sá, o António Romão (da Póvoa), o António Romão (da Azurveira), o Gil (da Cluna, aliás Coluna), o Ferreira, o Manuel Fabiano, o Mário Graça, o Jó Duarte, o Adélio e Mário Santos (da Barroca), o Mário Pires, o Alberto (Caçalho) entre muitos outros.
É no Barrilito que, ao fim da tarde, podemos falar um pouco com os amigos, comer um petisco e beber um copo de vinho tendo a simpática supervisão do Agostinho. Notem que só mencionei nomes de homens porque, na verdade, raras mulheres vi por lá. Lembrei-me disso quando recentemente estive em Jerusalém para participar numa reunião da Federação Europeia de Microbiologia (que inclui Israel). Em dado momento fui a um café na cidade velha frequentado por palestinianos. Estava acompanhado pela Presidente da Federação que me perguntou se não notava alguma coisa estranha.
Olhei em redor com toda a atenção. Os homens, alguns deles com roupas tradicionais, fumavam cachimbos de água e bebiam café turco ou chá, enfim nada de especial tendo em conta o local. Respondi que não via nada de estranho e ela espantou-se dizendo: “ Então não vês que tirando eu só há homens. É a tradição muçulmana, os cafés palestinianos são só frequentados por homens porque as mulheres ficam em casa.”
Confesso, fiquei um pouco envergonhado por não ter notado a ausência de mulheres no café, mas nada disse. E ainda menos referi a “tradição muçulmana” de Bustos, lembrando-me que alguns cafés da minha terra são quase exclusivamente frequentados por homens, pensando no Barrilito onde muito raramente entram mulheres, e quando entra uma logo alguém dá o alerta avisando os amigos para não dizerem palavrões.
Mas voltemos à nossa viagem vista do céu. Em volta do Barrilito descobri, por exemplo, a carrinha do Chico da Carne parada em frente da casa e descobri, estacionado ao lado do snack-bar, um automóvel branco. Parei ali, estava perante uma visão capaz de provocar o meu espanto. O carro branco só podia ser o Renault do Chico Pedreiras, o satélite espião tinha apanhado o Chico com a boca na botija…
Segui em frente pela Rua Jacinto dos Loiros e concluí que a imagem de satélite não era recente, o Largo da Igreja aínda não tinha sido transformado em Praça Vermelha. A foto deve ter sido tirada por volta do meio-dia, provavelmete no Verão porque as árvores têm folhas muito verdes. Não vi o carro vermelho do Sr. Manuel Luzio (que tratava constantemente de todos os assuntos da freguesia) estacionado ao lado da Junta, presumo que teria ido a casa almoçar, e não estava à espera de ver os automóveis dos outros membros da Junta que pouco lá vão. É também possível que a imagem tenha sido tirada a um sábado mas, seguramente, nunca ao domingo, pois o Barrilito está fechado ao domingo e assim o carro do Chico não teria sido fotografado.
É impressionante o que se pode ver nas imagens de satélite no Google Earth, é fantástico como podemos viajar pelos locais mais próximos ou mais recônditos do mundo. O que me deixou a pensar nas imagens dos satélites militares dos Estados Unidos. Esses observam tudo tão pormenorizadamente que até são capazes de dizer: “Coisa estranha, o Chico hoje não fez a barba!”
Milton Costa
(Pelo menos) Faltam duas placas a sinalizar a A17 junto à bifurcação da Rua 18 de Fevereiro com a Jacinto dos Louros.
Persiste a circulação viária pelo centro centrão de Bustos-lugar e o seu maior afluxo de trânsito no sentido Sobreiro-Barreirão (Zona das Indústrias). À medida que avança a intervenção pra a urbanização local, é desejável que se crie uma via estruturante a libertar o povoado da pressão das viaturas pesadas.
A comodidade da circulação rodoviária pressupõe (também) a existência de sinalização. Quem deixe a A17 no Fontão e se dirija ao Barreirão, à saída não encontra qualquer placa a indicar Bustos. A sinalética apenas vai surgir junto à estrada Ouca-Bustos. È pouco.
A mesma falta de duas placas a sinalizar a A17 se constata no centro de Bustos, pelo menos.
Havendo dificuldade em colocar o material imposto pelas normas em vigor, sugiro que se coloquem placas de madeira, mesmo toscamente pintadas (a exemplo da actual sinalética para o Cabeço de Bustos, que cumpre a sua função).
(Sérgio Micaelo Ferreira)
Nota.
A banda sul da Rua Jacinto dos Louros está lantejoulada para a festividade da transição do calendário. Fica bem à vista. Merece Postal Ilustrado. Sinal mais. srg
UNIÃO DESPORTIVA DE BUSTOS ESCAPA A PESADA MULTA
O último jogo do campeonato das “Escolas” disputado entre o ‘UDBustos’ e o Oliveira do Bairro (0 – 11) durou apenas meio-tempo e mereceu do "comentarista-repórter" uma coluna a desancar nos responsáveis do clube visitado encabeçada pelo expressivo e contundente título “Uma vergonha” publicado no Jornal da Bairrada de 30.11.2005.
Confrontada com a afirmação “de falta de respeito” pelo clube da sede do concelho, a Direcção do ‘Bustos’ diz não aceitar e é a primeira a lamentar que os seus atletas e a equipa técnica não tenham comparecido a tempo de iniciar o jogo à hora estabelecida pelo calendário de jogos.
Vamos aos antecedentes:
1) Na sexta-feira anterior ao jogo, o responsável pela equipa teve problemas do foro particular e não teve possibilidade de comunicar à Direcção a sua ausência, daí o desconhecimento do elenco directivo do que se estava a passar com a equipa dos «escolas».
2) Há a acrescentar a realização de “uma festividade desportiva no Colégio de Bustos”, que retirou alguns jogadores do universo dos convocáveis.
3) Havia quatro “atletas” constipados, segundo o Dr. Fernando Vieira.
Enfim, foi mesmo dia aziago.
No intervalo, o delegado do Bustos contactou os responsáveis do Oliveira do Bairro no balneário do visitantes a expor a hipótese de não haver segunda parte. Que foi prontamente aceite.
O "comentarista-repórter" autor de “Uma vergonha”, ao escrever “mas era bem melhor para os miúdos não terem jogado”, não percebeu que os preliminares do jogo tinham o objectivo de o ‘União Desportiva de Bustos’ escapar à pesada multa de 150,00€ (no caso de haver falta de comparência) … e os dinheiros não abundam pelas bandas do clube da ultra-periferia da sede do concelho.
Sou dos que pensa que o incidente ampliado pelas janelas da informação não irá prejudicar as relações entre os dois clubes.
Os «benjamins» do ‘UDB’ bem podem ser considerados os heróis do dia, pois ao entrarem em campo fugiram ao camartelo da multa e os seus nomes estão aqui, em primeira mão:
Luís Filipe Almeida,
Tiago Ferreira,
Gonçalo Mota,
Miguel Oliveira,
Gabriel Coelho,
Ruben Pato.
Do relatório do jogo, o senhor árbitro escreveu: “O jogo terminou ao intervalo devido à equipa do Bustos ficar com dois jogadores lesionados, ficando assim com quatro jogadores não podendo prosseguir o jogo segundo as leis do jogo”.
Que fica para a outra história do jogo.
E parabéns justos e desportivos aos «benjamins» do OBSC.
(Se o argumentista invertesse os papéis dos figurantes, os repórteres do desporto de Bustos não amachucariam a equipa adversária)
(Sérgio Micaelo Ferreira, adepto da União Desportiva de Bustos e da formação desportiva)
aqui – [Nota: o comentário ao 'Parabéns Ti Maria!' esboça um percurso da Ti Maria no mundo da restauração]
Neste dia de parabéns de aniversário, regresso por momentos ao tempo do TIMARIA, localizado junto às Bombas da BP, no Sobreiro.
O restaurante, que espalhou o nome de Bustos por bastante longe, foi um lugar de convívio da tertúlia do União. Era daqui que partia o primeiro apoio ao clube. No final dos treinos ou dos jogos registava-se a passagem pelo TIMARIA.
Maria Emília que já tinha alguns anos de trabalho na restauração (Café Recreio, Pompeu dos Frangos, Piri-Piri), pensou estabelecer-se “a pensar no futuro dos filhos”. Só que faltava o sítio. Bateu a várias portas, até que encontrou a boa vontade do Mário Vieira.
O feliz acaso de Freitas (Pai do Professor) ter deixado vago o espaço onde funcionara a oficina de cantaria, levou o Mário Vieira (de Perrães), que fora amigo do marido, proferir as palavras certas: “Está descansada Maria, tu não ficas descalça, arranjo-te o prédio e, se precisares de ajuda, conta comigo”.
Joaquim Tavares tinha emigrado de São Tiago de Riba Ul para Bustos com destino às obras de pintura do Clube de Ferreira da Silva.
Joaquim Pintor, como era conhecido, foi um dos pioneiros do Futebol em Bustos, tendo alinhado pelos Canecas, onde pontificavam: o oficialmente esquecido mecenas Manuel Sérgio, Mário Vieira (de Perrães), Jorge Micaelo, Neo Pato, entre outros. É do "tempo da bola” que ficou cimentada a Amizade entre Joaquim Pintor e o Mário Vieira.
Os Ferreiras Tavares (Joaquim, Manuel, Jacinto, Fausto, todos pintores), que um dia se “naturalizaram” bustuenses, também merecem ser recordados.
Mário Vieira, um amigo de Bustos e defensor acérrimo da camisola dos Canecas, também tem lugar na foto da fundação do TI MARIA.
Apenas quando enviuvou, a Ti Maria entrou na restauração pela mão do Pompeu (ainda no Café Recreio), mas trouxe algumas especialidades aprendidas na Figueira da Foz, que ainda hoje dão a volta ao mundo: a “chanfana” e o “bacalhau à Ti Maria”, entre outras.
Maria Emília tem o estatuto de embaixadora de Bustos que só tem prestigiado a sua terra de adopção.
Parabéns, Ti Maria
(Sérgio Micaelo Ferreira)
Quantos ledores, tantas as sentenças - Sá de Miranda
Regina, do Montouro (voz e percussão), Jucelina, do Sobreiro (voz e percussão), Dany, do Troviscal (viola baixo e voz), André, da Póvoa (flauta e voz), Rafael, de Oiã (viola e voz), Cecília, do Troviscal (voz, percussão e bombo), Elmano, de Bustos (cavaquinho e voz), Aníbal, do Passadouro (acordeão).
André Granjo preserva o brilho da batuta do seu bisavô José Oliveira.
É também o momento de recordar o ‘4 de Fevereiro de 1911’, dia da primeira apresentação da Banda Escolar do Troviscal.
Sérgio Micaelo Ferreira
(O Concerto realizou-se no dia 23 de Novembro aqui
Consultar neste Blogue:
25.11.05 - ANDRÉ GRANJO PRESTA PROVAS, por Milton Costa)
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apostila inserida às 14H14:
André Granjo é um dos talhadores da ideia “Escola das Artes da BAIRRADA”, conforme está em texto vindo a lume:
“Abílio Manuel Morgado, secretário de Estado da Administração Educativa, Maria de Lurdes Cró, directora-regional Educação do Centro e o autarca Acílio Gala presidiram, no último sábado, à inauguração oficial da Escola de Artes da Bairrada que entrou em funcionamento, no passado mês de Novembro.Uma obra que ultrapassou os 650 mil euros e que segundo António Dias Cardoso “se deve à iniciativa da União Filarmónica do Troviscal, que pretendeu criar um ensino de música com a qualidade que o seu maestro André Granjo sonhou”. aqui
extraído de ‘Um belo exemplo!’ editado no blogue Bustos – do passado e do presente, maio 19, 2004
Sara Reis da Silva:
«E se, como muitos preconizam, a literatura de qualidadepreferencialmente vocacionada para os mais novos é aquela que é também lida de modo aprazível pelos adultos (…), julgamos que o brevíssimo olhar que, nesta abordagem, lançámos sobre alguns textos de Arsénio Mota acaba inevitavelmente por testemunhar alguns desses “doces sabores” que provámos na leitura das suas palavras.»
Carlos Braga:
«Quer falemos em jornalismo quer falemos em literatura, temos que lhe agradecer uma escrita limpa, enxuta e sóbria em adjectivos, despida de superficialismos, que faz dele uma espécie de operário das palavras, que as trabalha arduamente até se transformarem em “pequenas maravilhas de dizer expurgado [e] de concisão, que na aparente simplicidade da palavra nua captam os ritmos dominantes da vida”. A escrita de AM é um rio de muitos conhecimentos, cujo caudal engrossa à custa dos afluentes culturais mais variados.»
Serafim Ferreira:
Arsénio Mota – 50 anos de escrita «é acima de tudo o enaltecimento por uma vida dedicada à literatura (…) E isso basta para justificar este livro: uma espécie de “memória descritiva” de um itinerário intelectual tão singular e coerente.»
"ESCREVE MAIS, PÁ, SEMPRE!"
[Pires Laranjeira, 5.03.2002] (1)
Serafim Ferreira, o coordenador do livro “ Arsénio Mota 50 Anos de Escrita,” também irá estar presente na apresentação desta obra que terá lugar na sequência do almoço-homenagem que se realiza no próximo sábado na A.P.A.L.B (Associação de Produtores e Assadores do Leitão da Bairrada), Quinta da Queimada, em Bustos. Também ele não quer deixar de estar presente até porque muito bem entende o simbolismo da ocasião. Como escreve no prefácio do livro o escritor Arsénio Mota vive no Porto,“mas sempre de malas feitas e os olhos postos na sua vila de Bustos, espécie de “ Iasnaia Poliana” a que regressa como se de lá nunca tivesse saído.”
Recorda-se que as inscrições encerram quinta-feira, dia 17.
Porque a homenagem do próximo sábado tem merecido a atenção da comunicação social aqui ficam as ligações para algumas notícias no Moliceiro, Região Bairradina e Jornal da Bairrada, .