2 de dezembro de 2005

TI MARIA - EMBAIXADORA DE BUSTOS

Um ex-libris da freguesia, a Ti Maria, faz hoje, dia 2 de Dezembro, 88 anos de idade. É obra!!! E ainda lê o jornal sem óculos e coordena a cozinha do restaurante do filho, Joaquim Costa Tavares ou, simplesmente, Quim.” - Alexandre Duarte, 2.12.2005 (Bustos – do passado e do presente)

aqui [Nota: o comentário ao 'Parabéns Ti Maria!' esboça um percurso da Ti Maria no mundo da restauração]

Neste dia de parabéns de aniversário, regresso por momentos ao tempo do TIMARIA, localizado junto às Bombas da BP, no Sobreiro.
O restaurante, que espalhou o nome de Bustos por bastante longe, foi um lugar de convívio da tertúlia do União. Era daqui que partia o primeiro apoio ao clube. No final dos treinos ou dos jogos registava-se a passagem pelo TIMARIA.
Maria Emília que já tinha alguns anos de trabalho na restauração (Café Recreio, Pompeu dos Frangos, Piri-Piri), pensou estabelecer-se “a pensar no futuro dos filhos”. Só que faltava o sítio. Bateu a várias portas, até que encontrou a boa vontade do Mário Vieira.
O feliz acaso de Freitas (Pai do Professor) ter deixado vago o espaço onde funcionara a oficina de cantaria, levou o Mário Vieira (de Perrães), que fora amigo do marido, proferir as palavras certas: “Está descansada Maria, tu não ficas descalça, arranjo-te o prédio e, se precisares de ajuda, conta comigo”.
Joaquim Tavares tinha emigrado de São Tiago de Riba Ul para Bustos com destino às obras de pintura do Clube de Ferreira da Silva.
Joaquim Pintor, como era conhecido, foi um dos pioneiros do Futebol em Bustos, tendo alinhado pelos Canecas, onde pontificavam: o oficialmente esquecido mecenas Manuel Sérgio, Mário Vieira (de Perrães), Jorge Micaelo, Neo Pato, entre outros. É do "tempo da bola” que ficou cimentada a Amizade entre Joaquim Pintor e o Mário Vieira.
Os Ferreiras Tavares (Joaquim, Manuel, Jacinto, Fausto, todos pintores), que um dia se “naturalizaram” bustuenses, também merecem ser recordados.
Mário Vieira, um amigo de Bustos e defensor acérrimo da camisola dos Canecas, também tem lugar na foto da fundação do TI MARIA.
Apenas quando enviuvou, a Ti Maria entrou na restauração pela mão do Pompeu (ainda no Café Recreio), mas trouxe algumas especialidades aprendidas na Figueira da Foz, que ainda hoje dão a volta ao mundo: a “chanfana” e o “bacalhau à Ti Maria”, entre outras.
Maria Emília tem o estatuto de embaixadora de Bustos que só tem prestigiado a sua terra de adopção.
Parabéns, Ti Maria
(Sérgio Micaelo Ferreira)

Quantos ledores, tantas as sentenças - Sá de Miranda

4 comentários:

  1. Anónimo15:19

    É notável a quantidade de forasteiros que, um dia chegados a Bustos, aqui lançam raízes. São bem recebidos, o ambiente acolhedor agrada-lhes... e quem quer trabalhar arranja sempre o que fazer! Eis uma característica nossa que é distintiva e merecedora de referência!

    ResponderEliminar
  2. Anónimo17:39

    Amigo "Nesário": até aceitamos que a sua análise sobre os forasteiros esteja certa; mas custa-nos aceitar que a intelectualidade deste blogue tenha o despautério de "excomungar" do seu rincão natal a personalidade que foi Mário Vieira, degredando-o para Perrães, terra onde passou a residir depois de aí ter casado. Nascido em Bustos em 1911 e falecido em 1976, filho de José e Engrácia Vieira, e irmão de Manuel e Maria Santos Vieira, como é possível esta perfeita idiotice?
    Se quem se deu ao trabalho de saber que as palavras proferidas por Mário Vieira à Ti-Maria aquando do arrendamento do local onde começou a laborar o restaurante, foram “Está descansada Maria, tu não ficas descalça, arranjo-te o prédio e, se precisares de ajuda, conta comigo”, não sabia quem era esse benemérito, tinha a obrigação de procurar saber de quem se tratava, antes de evidenciar ao mundo a sua ignorância.
    Quem não sabe, pergunta, não inventa!

    ResponderEliminar
  3. Anónimo17:56

    [Em Bustos - do Passado e do Presente, outubro 12, 2004
    Parque Industrial: Uma História por Fazer está "Cerâmica de Bustos, L.da Há uns preliminares relacionados com o surgimento desta indústria. O Dr. Manuel dos Santos Pato, proprietário de uma extensa jazida de barro vermelho no Barreirão, foi sondado – em separado – por dois grupos que pretendiam adquirir o terreno onde se pretendia instalar as cerâmicas. O primeiro grupo era constituído por Manuel Nunes Ferreira (conhecido por Sr. Ferreira) e Manuel Simões Aires. A outra sociedade estava composta pelos irmãos Vieira (Manuel e Mário) e Mário Caiado. ... ........... ... O Dr. Santos Pato, que não queria desfazer-se deste seu património, ponderou e alvitrou a fusão apenas numa sociedade. E impunha outra condição: entrava como sócio, sendo o valor do terreno o da cota realizada. Esta posição teve vencimento e então surgiu a “Cerâmica de Bustos, L.da”]
    Só não escrevi que Mário Caiado desistiu da sociedade.
    %%% A não referência à naturalidade de Mário dos Santos Vieira e do seu companheiro Joaquim Tavares, foi mesmo intencional. Sou dos que conheci o Mário Vieira. No entanto, um obrigado pela reclamação. Dispenso as provocações e rótulos. A propósito de Mário Vieira (de Perrães) para não confundir com o sobrinho Mário Vieira já é um dos figurantes de uma estorieta a envolver o futebol de outros tempos.

    ResponderEliminar
  4. Anónimo19:51

    A naturalidade omitida é a da TiMaria.

    ResponderEliminar