«Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?” foi a pergunta referendada em 11.02.2007.
Os resultados obtidos no País e em Bustos constam dos quadros seguintes.
No País, o “SIM” juntou mais de dois milhões de votos (excede ligeiramente um quarto dos eleitores inscritos) e o “NÃO” quedou-se pela franja do milhão e meio, representado um pouco mais de um sexto do eleitorado.
Em Bustos, o ‘SIM’ foi a opção de cerca de um sétimo dos inscritos, (313 votos) e o “NÃO” vai pouco além de um quinto do eleitorado local, atingindo 467 votos entre 2.161 eleitores inscritos.
Os ‘votos em branco’ alcançaram no País, 0,55% dos inscritos (que corresponde a 48.185 eleitores) e em Bustos 0,60%, (13 ). Bustos tem uma perccentagem ligeiramente superior (em 0,05%) à do País;
“Votos nulos”
. o País, com 0,30% do eleitorado (26.297 votos) ultrapassa metade dos “votos em branco”;
. e em Bustos, 0,14%, ( 3 votos) representa pouco menos do que a quarta parte dos ‘votos em branco’.
Conforme está confirmado pelos sucessivos resultados eleitorais, Bustos é uma fortaleza inexpugnável da direita e do centro-direita. Apesar do “Não” ter agregado 467 votos contra 313 do “Sim”, observando a repartição de votos nas duas Mesas, constata-se, com surpresa, que na «Urna 2» venceu a opção do ‘SIM’.
Por certo que este caso irá merecer alguma apreciação da parte das máquinas partidárias.
Ainda que esta "anomalia" não acarrete a mais pequena convulsão nas máquiansa partidárias do CDS ou do PSD.
Gráfico 1 (Urna 1)
Da leitura do gráfico 1, extrai-se: a opção do “Não” alcançou a vantagem de 16% dos respectivos votantes do “sim” e a soma das percentagens do “Sim” e do “Não” alcançam 37% dos votantes.
Gráfico 2 (Urna 2)
Do gráfico 2 extrai-se que a abstenção anda próxima dos dois terços do eleitorado (63,9%) e que as opções do “Não” e do Sim” atingem percentagens muito próximas, recolhendo o ‘Sim’ 18,7% (opção vencedora por estreita margem) e o ‘Não’ 16,5%.
A vitória da opção do ‘SIM’ na Mesa 2 foi a grande sensação dos resultados do referendo em Bustos, (como já está assinalado)
O “Não” foi a opção de 21,6 % do eleitorado e o “Sim” alcançou 14,5% do eleitorado inscrito.
Os gráficos 4 e 5 permitem comparar a distribuição da percentagem dos votos expressos pelas quatro opções (“SIM”, “NÃO”, “Votos em Branco” e “Votos Nulos”) em cada uma das urnas da freguesia de Bustos.
Urna 1
O gráfico 4 mostra a maioria significativa alcançada pelo “NÃO” com 70,7% dos votos expressos contra 27,8% amealhados pelo “SIM”.
Urna 2
O gráfico 5 regista percentagem muito próxima entre asduas opções, com vantagem para o «SIM» : 45,7% dos votos expressos são a favor do “NÃO” contra 51,7% do “SIM”.
Do gráfico 6, pode-se extrair que cerca de dois terços dos votantes da freguesia de Bustos optaram pelo “NÃO”.
...
COMENTÁRIO DO FECHO:
A vitória do ‘SIM’ vem colocar na agenda política a problemática que envolve as condições sociais e pessoais relacinadas com a conservação da espécie através do tempo futuro e as sequelas adstritas à educação sexual, planeamento familiar, saúde, direitos, …
Mesmo que o “SIM” tivesse reunido uma expressiva votação, a elaboração do corpo jurídico terá de ser muito ponderada e não pode ser tratada em contra-relógio. O legislador tem de ter presente que a fronteira dos vencedores de hoje e os vencedores de ontem é muito difusa e, que a lei do estado tem de ser articulada na defesa da vida e proporcionando condições dentro da dignidade humana.
Votei na opção «SIM» por vários motivos e um deles foi o de não aceitar a hipocrisia do "estado de direito" que se permite (permitia) devassar a vida da mulher para depois vir a ser despenalizada.
Despenalização da interrupção voluntária da gravidez referendada,
SIM, MAS ...
sérgio micaelo ferreira (“Escrevam e anotem !”)
(nota; para editar o comentário é necessário clicar em # colocado antes de 'posted')
Da leitura do gráfico 1, extrai-se: a opção do “Não” alcançou a vantagem de 16% dos respectivos votantes do “sim” e a soma das percentagens do “Sim” e do “Não” alcançam 37% dos votantes.
Gráfico 2 (Urna 2)
Do gráfico 2 extrai-se que a abstenção anda próxima dos dois terços do eleitorado (63,9%) e que as opções do “Não” e do Sim” atingem percentagens muito próximas, recolhendo o ‘Sim’ 18,7% (opção vencedora por estreita margem) e o ‘Não’ 16,5%.
A vitória da opção do ‘SIM’ na Mesa 2 foi a grande sensação dos resultados do referendo em Bustos, (como já está assinalado)
Gráfico 3 – Resultados das duas Mesas de voto de Bustos (em percentagem):
Em Bustos, a abstenção atinge uns expressivos 62,5% do seu eleitorado. [O peso deste absentismo deve provocar alguma preocupação à ‘classe política’ que quase tudo tem feito para afastar o cidadão de se preocupar com a ‘res publica’.]
Em Bustos, a abstenção atinge uns expressivos 62,5% do seu eleitorado. [O peso deste absentismo deve provocar alguma preocupação à ‘classe política’ que quase tudo tem feito para afastar o cidadão de se preocupar com a ‘res publica’.]
O “Não” foi a opção de 21,6 % do eleitorado e o “Sim” alcançou 14,5% do eleitorado inscrito.
Urna 1
O gráfico 4 mostra a maioria significativa alcançada pelo “NÃO” com 70,7% dos votos expressos contra 27,8% amealhados pelo “SIM”.
Urna 2
O gráfico 5 regista percentagem muito próxima entre asduas opções, com vantagem para o «SIM» : 45,7% dos votos expressos são a favor do “NÃO” contra 51,7% do “SIM”.
Do gráfico 6, pode-se extrair que cerca de dois terços dos votantes da freguesia de Bustos optaram pelo “NÃO”.
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COMENTÁRIO DO FECHO:
A vitória do ‘SIM’ vem colocar na agenda política a problemática que envolve as condições sociais e pessoais relacinadas com a conservação da espécie através do tempo futuro e as sequelas adstritas à educação sexual, planeamento familiar, saúde, direitos, …
Mesmo que o “SIM” tivesse reunido uma expressiva votação, a elaboração do corpo jurídico terá de ser muito ponderada e não pode ser tratada em contra-relógio. O legislador tem de ter presente que a fronteira dos vencedores de hoje e os vencedores de ontem é muito difusa e, que a lei do estado tem de ser articulada na defesa da vida e proporcionando condições dentro da dignidade humana.
Votei na opção «SIM» por vários motivos e um deles foi o de não aceitar a hipocrisia do "estado de direito" que se permite (permitia) devassar a vida da mulher para depois vir a ser despenalizada.
Despenalização da interrupção voluntária da gravidez referendada,
SIM, MAS ...
sérgio micaelo ferreira (“Escrevam e anotem !”)
(nota; para editar o comentário é necessário clicar em # colocado antes de 'posted')
É de salientar que na mesa 2, onde votam os mais novos o SIM ganhou a votação. É de salientar que a votação no SIm foi em Bustos superior a todas as outras vilas, só não batendo a cidade de Oliveira do Bairro.
ResponderEliminarQuer isto dizer que há em Bustos uma nova geração em crescimento, uma geração mais aberta e evoluida.Bustoa está a mudar!
OS RATOS DE SACRISTIA PAPAM HÓSTIAS, COM O PODER A FUGIR PARA A LAICIDADE
ResponderEliminarEstive na mesa 2, onde foi notória a diferença do sentido de voto.
ResponderEliminarAconteceu ali um episódio engraçado: um votante na casa dos 60, (com cartão de eleitor recente, por ter vindo de fora), disse que nao sabia ler, ao que eu lhe apontei onde estava o quadradinho do "sim" e o do "não". Resposta dele, para quem quiz ouvir: vou pôr no "sim", que tenho filhas e netas e nunca se sabe quando é que elas podem precisar!
Entretanto, na mesa 1 a minha mãe (84 anos) deve ter sido das excepçõs à regra das (e dos) mais idosos: votou sim. Foi coerente, apesar do problema já não lhe tocar. Como tantas e tantas mulheres daquela geração, as nossas mães fizeram abortos atrás de abortos, que já tinham os filhos que a sua condição lhes permitia.
ResponderEliminarO aborto clandestino foi uma verdadeira instituição em Bustos, como noutras aldeias. Os e as abortadeiras proliferavam em Bustos e nas terras circunvizinhas e não foram poucas as mulheres que tiveram de ser hospitalizadas com septicémias e outras infecções graves (sei de vários casos).
A Igreja quiz ignorar essa realidade nua e crua, por muito respeito que me mereça o direito à vida e a defesa da maternidade.
*
A propósito: sabiam que na Igreja de Bustos teve lugar uma espécie de referendo aos praticantes?
cagãum
ResponderEliminarxD
burros