Afectos é aquilo que se guarda em arcas encoiradas, como a dos brasileiros de torna-viagem, onde um xaile florido vale tanto como o manto de Nossa Senhora.
É a casa da infância e o tempo que a envolve, mais o do jogo, que é quase todo.
É a adolescência com o seu olhar indiscreto sobre si próprio e sobre o mundo, como o primeiro amor soltando-se.
Depois, nos passos todos da vida, constroem-se outras memórias, algumas ficam no coração e guardam-se, guardam-se, porque outras gerações haverão de chegar. Ecos do tempo dourado. Património.
(…)
Alberto Correia(?), António Augusto Fernandes(?); “Viajar com … Aquilino”, Caderno V. Editado pela Delegação Regional da Cultura do Norte, 2003.
Os «Perús» e o «Central» ‘estavam’ a tocar no Museu de Etnomúsica da Bairrada. O regresso a ontens acontecia nas Jornadas Europeias de 50 países dedicadas ao Património. Foi uma rara oportunidade para mostrar, por dentro, o itinerário que uma peça, instrumento, utensílio, partitura, postal, fotografia, livro, grafonola, fita gravada, rádio, traje, farda, rádio, etc., têm de perseguir desde a sua identificação primária passando por diferentes estádios em oficinas especializadas. até à apresentação pública, ou ao seu arquivamento, Um trabalho invisível para o visitador do museu.
Uma visita de aprendiz a uma instituição que zela com rigor, cautela e paciência os testemunhos de um passado, que por certo serão transmitidos a gerações futuras em boas condições, como se induziu da escorreita e clara apresentação do Dr. Sérgio Dias. O tempo da visita foi largamente ultrapassado, o relógio esqueceu-se de avisar.
Fonte: aqui
Doações, empréstimos ou ofertas de «peças», para um jovem museu, já atingem um número apreciável. E é facto, que o afluxo de visitantes tem engrossado de ano para ano, apesar de alguma Bairrada persiste em desconhecer o caminho para o Troviscal.
[Dê-se a volta que se quiser, a capital da Música na Bairrada é no Troviscal da Banda Escolar do Prof. José Oliveira].
Sem comentários:
Enviar um comentário