O Governo da República promete uma grande reforma administrativa. Como entre o discurso político e a realidade há sempre um enorme fosso, prevejo uma reformazita que deixará o nosso concelho inalterado.
Tudo ficará como até aqui, pelo que o melhor será reflectir sobre uma estratégia de futuro para Bustos e para o concelho. Mais importante do que meras medidas administrativas são as medidas politicas que mobilizem as populações e as ajudem a criar riqueza.
O debate político, sem preconceitos ou temores, não faz parte da nossa tradição. Pelo contrário, 48 anos de ditadura criaram uma tradição de subserviência para com o poder político quando não de dependência. Ajudaram a criar uma cultura monocórdica, incapaz de suportar o contraditório, ou aceitar a crítica mais óbvia. Facilmente qualquer debate se transforma num lavar de roupa suja e a emoção tende a dominar qualquer forma de racionalismo.
Continuamos de chapéu na mão e espinha dobrada enquanto o poder político nos estende a mão ou nos aponta o dedo, lá do alto, do etéreo assento onde vive. (Em geral vivem muito bem, que o diga o ministro Miguel Macedo pois mesmo com casa própria em Lisboa, recebe um subsídio de 1150 euros para alojamento, por ser da província!!!)
Apesar dos tempos de crise e de descrédito vale a pena pensar o futuro, ousar o progresso em vez da depressão. Vamos pensar Bustos e o nosso concelho. Vamos fazer críticas, elogios, dar sugestões. Queremos, sobretudo, publicar as suas opiniões. Não se limite a dizer mal, a apontar problemas, pense num caminho, aponte uma direcção, uma ideia. Não estaremos sempre certos, mas é da discussão que nasce a luz.
Vale a pena tentar.
Belino Costa
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