6 de outubro de 2009

PS QUER “ROUBAR” UM VEREADOR AO CDS


Decorreu no passado sábado, na Escola Primária, a sessão de esclarecimento da candidatura afecta ao Partido Socialista. De assinalar a presença de quase trinta pessoas (nem faltou o “bruxo” da Póvoa) e um ambiente descontraído, sem sombra de crispação.
Maria de Lurdes, a primeira candidata da lista, saudou os presentes e apresentou os restantes candidatos (alguns só presentes em fotografia). Depois passou o testemunho a João Pedreiras que falou das propostas para o futuro.

Com algum atraso chegaram os cabeças de cartaz, Armando Humberto e Henrique Tomás. Armando Humberto repetiu a convicção de que em breve o PS será a segunda força do concelho, ultrapassando o CDS, a quem o PS pretende, já no próximo domingo, “roubar” um ou dois vereadores. Deseja o Partido Socialista transformar-se numa força política de charneira, acabando com a bipolarização que não tem ajudado ao progresso do concelho. As palavras e a análise de Armando Humberto (na foto):

“As recentes eleições legislativas permitiram eleger um novo parlamento, que irá suportar um novo governo. Não creio, que os resultados tenham constituído grande surpresa. O PS ganhou, perdendo a maioria absoluta. O PSD não se conseguiu assumir como alternativa e o CDS, BE e PCP mantiveram e reforçaram as suas posições.Em relação ao Concelho de Oliveira do Bairro, os 5583 votos obtidos pelo PSD, demonstram bem a forte matriz social-democrata do Concelho. Este é um eleitorado de centro-direita, que em condições “extremas”, se pode deixar seduzir pelo CDS, mas que no fundo continua a ser eleitorado PSD. Não creio que, para o próximo dia 11 de Outubro, estejam reunidas essas condições “extremas” e por isso não creio que o CDS possa descolar muito daquilo que foram os 2531 votos que obteve para as legislativas. E o PS? Bem o PS obteve 1942 votos, o que foi a maior votação de sempre do PS no Concelho. A repetição dos 1942 votos que o PS obteve nestas legislativas permitiriam ao PS, nas próximas eleições autárquicas, eleger um vereador. De facto, no Concelho de Oliveira do Bairro um vereador é eleito com qualquer coisa como 1300 votos. No entanto, se olharmos para os 665 votos que o BE obteve no Concelho, verificamos que a esquerda não comunista obteve no Concelho 2607 votos. Este universo eleitoral consegue eleger não um mas dois vereadores. No entanto, o que temos visto, em anteriores eleições autárquicas, é que o PS não tem conseguido eleger o seu vereador. Este é talvez o desafio mais interessante destas eleições autárquicas, é perceber se o PS consegue falar a este eleitorado de esquerda, se lhe consegue mostrar que é preferível ter um vereador à esquerda em vez de eleger o terceiro vereador do CDS. Para eleger um vereador à esquerda, o PS não precisa dos votos do centro-direita, precisa apenas dos votos dos homens e das mulheres que se consideram de esquerda. De uma esquerda democrática, moderna, solidária, tolerante e Europeísta, que se pode e deve orgulhar de ter contribuído de forma decisiva para construir o Portugal moderno, que temos hoje. Mas para que esse vereador à esquerda seja uma realidade é necessário que ninguém, destes homens e mulheres, se deixe embalar pela “cantiga do bandido”. E isto não é tarefa fácil!"

1 comentário:

  1. Paulo Figueiredo10:08

    Não me cabe a mim julgar as estratégias eleitorais dos partidos mas penso que o PS comete um erro e perdeu uma oportunidade de ouro de saltar muitos degraus na afirmação concelhia. Ainda assim, a meu ver, a eleição de um vereador é perfeitamente admissivel. Julgo que a próxima vereação irá jogar, como poderia dizer o Prof. Henrique Tomás, num 3-3-1.

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