31 de janeiro de 2009

31 DE JANEIRO [1891]

31 de Janeiro de 1891 aconteceu no Porto a primeira tentativa revolucionária com o fim de destronar o regime monárquico. João Chagas comenta o fracasso a revolta:

«Revolução, coisa enorme e nada – Durante todo o dia que durou a revolução de 31 de Janeiro [1891], um caldeireiro trabalhou na sua oficina fazendo sem cessar a pancada do seu martelo e, sem por um momento só, levantar os olhos para o céu, para o ar, para a vida: as revoluções que não conseguem fazer parar um martelo que bate numa caldeira de cobre, não conseguem fazer parar forças sociais de muito mais imperiosa função, porque revolução é uma coisa enorme e afinal não é nada» (a)

O Governo Provisório, após uma semana do “5 de Outubro de 1910”, decreta cinco dias de feriado, todos de orientação republicana, deixando aos municípios a faculdade de escolher o seu.

Entre os feriados da República contava-se o dia “31 de Janeiro – consagrado aos precursores e aos martyres da Republica”.

Apesar de abolido no tempo da ditadura, o “31 de Janeiro” era dia respeitado pelos republicanos, conforme atesta Vitorino Reis Pedreiras:

«Dia 31(Domingo) [de Janeiro, 1943]
Os dias e os anos passam neste avanço contínuo para o futu­ro. Os homens também, mas a ideia que animou um movimento idealista, ressurge sempre aureolado de essência imorredoura.

Em 1891, um punhado de homens, querendo levantar um povo que um regime carcomido apenas desprestigiava, num grito de revolta fez o 31 de janeiro. Os bravos de então, apenas tinham em vista o prestígio da sua pátria, que um regime iniciado pela camarilha irrealista, não repercutia os altos e nobres destinos de um povo.

Foram vencidos é certo. Não os guiou um critério realista dos factos, mas sim a concepção brilhante da causa que defendiam. A sua causa não morreu. O seu sacrifício não foi em vão. Honra à sua memória e glória aos sobreviventes.» (b)
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(a) Recolhido de
(b) (b)in Vitorino Reis Pedreiras, Memórias de Outros Tempos, 1995, impressão Março 1996.

29 de janeiro de 2009

RUA DO CEMITÉRIO DE BUSTOS - COM SENTIDO NA MULTA

A Rua do Cemitério foi alvo de intervenção de condicionamento de trânsito. Uma placa de proibição do sentido de trânsito, colocado na margem esquerda da rua, junto ao largo da porta de entrada dos funerais, é frequentemente desrespeitada. Acontece que os condutores, pretendendo encurtar distâncias, circulam pelo sentido proibido e, ao entrar na Rua 18 de Fevereiro, deparamos agentes da GNR. Lá vem a multa. Bem desnecessária neste tempo de crise.

Tendo como certo que os sinais aplicados foram aprovados pela Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, que a respectiva Postura Municipal foi afixada nos lugares de estilo da freguesia de Bustos, talvez a divulgação através de um aviso profusamente espalhado, à semelhança dos «Convites» para determinadas celebrações, teria contribuído para consciencializar o condutor mais ousado.

Um alerta.

[O Mirandês] - La lhéngua mirandesa - 2ª língua do país há 10 anos

A partir de 29 de Janeiro’99, "La lhéngua mirandesa" é oficialmente reconhecida segunda língua de Portugal, com a publicação da lei nº 7/99, aprovada pela Assembleia da República em 19 de Novembro’98.

No 1º artigo, o diploma decreta o seu objectivo geral: “reconhecer e promover a língua mirandesa”.

A 5 de Julho, o Despacho Normativo nº 35/99 do Ministério da Educação, toma medidas para permitir o acesso dos alunos à aprendizagem do mirandês nas escolas do concelho de Miranda do Douro.

Ao cair a década do reconhecimento oficial da “segunda lhéngua ne l nuosso paíç” (a), obreiros, estudiosos e promotores da expansão do mirandês reclamam dos altos poderes de Lisboa mais e melhor atenção para impedir que os ‘efeitos nefastos da globalização’ a venham extinguir.
Por exemplo, já será tempo de “La lhéngua mirandesa” ocupar uns minutos no canal das minorias da RTP.

Consultar Mirandês: A ameaça é a globalização - JN; Jornal de Notícias, 29.01.2008
_________
(a) "segunda língua no nosso país"
*
uma estória bilingue

NB edita uma estória bilingue, extraída de «L miu purmeiro lhibro an Mirandés». «O meu primeiro livro em Mirandês», Texto de Carlos Ferreira e fotografia de Paulo Magalhães, Edição Planeta Vivo, Porto, 1ª Edição 2005:

L tembraduro de tiu Scarabanada

— Mira qu'essa de tiu Peçpierno ye buona, mas la de tiu Scarabanada, tamien nun ye pior. Esse tiu era l que iba cul palo a ber se habie auga quando se querie fazer un poço. Diç que a las bezes iba por un camino alantre an riba de la burra i, quando passava po riba dun beneiro d'auga, ampeçaba-le l cuorpo todo a tembrar, mas un tembraduro que nin baras berdes! Diç que de star an riba la burra, até la burra tembraba toda. Adebinában ls dous auga. Tal burra tal duonho.

A tremedeira do tio Escarabanada

— Olha que essa do tio Peçpierno é das boas, mas a do tio Escarabanada, também não é pior. Esse tio era o que ia com o pau para verificar se havia água quando se que­ria fazer um poço. Diz que ás vezes ia por um caminho adiante subido na burra e, quando passava por cima dum filão de água, começava-lhe o corpo todo a tremer, mas uma tremedeira que nem varas verdes! Diz que de ir em cima da burra, até a burra tremia toda. Adivinhavam, os dois, água. Tal burra tal dono.

26 de janeiro de 2009

NA LINHA DA FRENTE - (1) ORFEÃO DE BUSTOS


Tempos houve que a composição dos órgãos sociais de Instituições incluía no lote de trabalhadores dedicados, Figuras para serem vistos em lupa de campanha eleitoral, outros davam o nome, porque ficava bem ou por garantir a mecenatura. Compreende-se,… não é com vinagre que se apanham…

Bustos, fragilizado com a situação geográfica e com a falta de dinâmica associativa, tem quatro instituições de referência com trabalho dedicado à população em geral.

São
a União Desportiva de Bustos ;
a Associação de Beneficência e Cultura de Bustos;
a SOBUSTOS;
o Orfeão de Bustos.

Outros agrupamentos há que labutam durante todo o ano para proporcionar um palco de convívio anual das vizinhanças: são as comissões de festas religioso-pagãs em «honra dos santos».

[Merecem tb. destaque especial os cidadãos que apoiam, pela calada do silêncio, os desprotegidos da vida ou da saúde.]

O Orfeão de Bustos, que no seu acanhado canto do território do Palacete do Visconde vai mourejando a sua leira, viu reconhecida a actividade de 2008 durante o decorrer da última sessão da Assembleia-Geral, realizada em 9, (sexta-feira) de Janeiro de 2009.
Repescando nas águas pintadas por Óscar Santos, está o resumo da História e impacto social do Orfeão: “Como disse um seu antigo regente, não existia então no concelho nenhum orfeão activo. Se somarmos a esse passado inovador o trabalho que o Orfeão vem desenvolvendo no presente (ver texto abaixo, do passado dia 14), bem podemos todos dizer que o nosso Orfeão é uma instituição de verdadeira referência que ultrapassa em muito as estremas do concelho. (…) bem podemos todos dizer que o nosso Orfeão [de Bustos] é uma instituição de verdadeira referência que ultrapassa em muito as estremas do concelho” (a).
...

Para que conste fica o registo dos voluntários e reconhecimento da dedicação posta ao serviço comunitário, aqui ficam os membros dos Órgãos Sociais da Associação Cultural, Artística, Recreativa e de Solidariedade Social Orfeão de Bustos:


ASSEMBLEIA GERAL
Presidente – Manuel Nunes Simões dos Santos
1º Secretário – Jacinto Mestre Jorge
2º Secretário – Olegário Almeida da Silva

CONSELHO FISCAL
Presidente – Jorge da Costa Grangeia
Vogal – Luíz Ferreira Gala
Vogal ­– Paulo Sérgio Rei Pardal Figueiredo

DIRECÇÃO
Presidente – Duarte dos Santos Almeida Novo
Vice-Presidente – Manuel Ferreira Gomes
Secretário – Sérgio Pato
Tesoureiro – Maria de Fátima Crespo da Cruz

VOGAIS DA DIRECÇÃO
1º - Milia Maria Rei Pardal Figueiredo
2º - Manuel Tavares Romão
3º - David de Jesus Simões Arroz
4º - Felicidade da Conceição Silva Jorge
5º - Nelson Simões Figueiredo
6º - Maria Zaida Andrade da Silva
7º - Mário Capão

"É de gente desta que Bustos precisa" conforme prescreveu oscardebustos.
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25 de janeiro de 2009

'REGRESSO A CASA', (Irene Micaelo)

Ílhavo, 18 de Janeiro de 2009


Toquei levemente à campainha e a porta abriu-se quase de imediato.

- Boa tarde! Como vai a senhora? – perguntou, sorridente, a Fatinha, na nossa preparada cumplicidade.

Na sala, propositadamente semiobscura, um elegante candeeiro de pé alto esforçava-se por estender aos nossos olhos a sua luz difusa.







Para mim era fácil reconhecer-te, professora! Estavas ladeada de afectos e a lareira acesa iluminava o teu rosto, interrogativo.

- Conhece esta senhora? – perguntou a tua “menina”, mãe de dois netos que te completam a vida.


- Não, não conheço!



Não desarmei. Avancei na tua direcção e as luzes acenderam-se transbordando claridade.

- Olhe bem para mim e não diga que não me conhece! – insisti, confiante.


Logo ali te levantaste e abriste os braços:
- És a Irene!!! Tens a mesma voz, o mesmo rosto… até a mesma cor do cabelo e… és tão linda!

(Lembras-te, Milita? Foi em tua casa que me mostraste a fotografia. Quanto nos rimos ao recordar cada rosto que se ia tornando, a pouco e pouco, mais familiar. «Milita, tu és uma princesa! Ao pé de ti, sou o patinho feio e ainda por cima não se vê o laço… porque eu sei que tenho um laço branco na cabeça, Milita!». « És agora feia! Eu não acho nada! – tentava consolar-me a minha prima Anabell e, logo depois, a minha irmã»)

O que importa é que tu estás aqui, professora - tu que adoras viajar, fazer os outros felizes e nos chamas «filhas» - e eu vim ainda a tempo de te abraçar, de te olhar nos olhos e dizer “Obrigada!”, os nossos corações plenos de ausência…

Obrigada também a toda a tua família, à tua (e minha) Fatinha: “nunca me cansarei de fazer tudo o que estiver ao meu alcance para dar alegria às pessoas, e uma alegria para a minha madrinha é, para mim, uma alegria a triplicar!” – segredava-me ela, feliz!


Será que há mais para dizer?...

«… como está o Carlitos?... o Carlitos que me vinha sempre visitar quando estava de férias?» Via, agora, na Internet ("Recordação da Escola" da Quinta Nova - uma relíquia), ocupando todo o ecran, a fotografia de grupo «.. e a Milita Aires?... e a Gisela?...e a Vitália? …no Brasil?! E eu que fui tantas vezes ao Brasil! …a Julita vejo eu …uma querida… Amanhã vou telefonar-lhe… A Dorinda encontrei-a um dia em Aveiro…»

E foram tantos, tantos os nomes, eu acho que foram todos, ela sabia tudo, a todas conhecia, … fazia-me perguntas e eu… quase nada sabia… perdi no tempo as minhas colegas, as minhas amigas, a minha querida Candita, com quem tantas vezes brinquei e lanchei na casa dos seus pais…, a Vitalina, tão alta e tão alegre que ainda ouço as suas gargalhadas entoando pelo recreio e pela estrada, a caminho de casa… « …se pagavam quando preparávamos as alunas para o exame de admissão?…não, filha, que ideia!... recebi algumas lembranças que ainda hoje conservo… olha, davam-me um galo, na Festa do Galo! (E ria, ria…na memória das saborosas aves de capoeira, de crista vermelha e penas brilhantes reforçadas por serpentinas coloridas que, de repente, lhe povoavam a sala pelo Carnaval ) E …que é feito do senhor Augusto Serafim? Ainda tenho na minha cama um cobertor que ele me deu… e já foi da Fatinha!... lembras-te do senhor Hilário Costa?... comprava os tremoços, os amendoins, os rebuçados…e nós fazíamos uma grande festa! Um dia até tive de fazer um discurso…

… quis vir despedir-se à porta de casa.

- Não, professora, está muito frio! Até breve!...

… porque nós estamos todas (mesmo as que partiram tão cedo!) à espera, na Escola dos seus vinte anos, a recuperar sonhos da infância e, sobretudo, a entrelaçar e a tecer novamente os elos que se foram partindo nesta caminhada de meio século…

Até breve, queridas colegas!
Irene Micaelo
__________________
post scriptum –[(...) eis um recorte do] regresso à «casa» primeira que os meus olhos procuram, quando chego pela estrada que liga Mamarrosa a Bustos – a minha Escola Primária! [IM]

24 de janeiro de 2009

ANTÓNIO SÉRGIO, PENSADOR

*
António Sérgio de Sousa
(Damão, 3 Setembro'1883 - Lisboa, 24 Janeiro'1969)

Interpretação não romântica do sebastianismo

Em resumo, a hipótese que vos proponho é a seguinte: o messianismo português (de que o sebastianismo é uma fase) originou-se, não de uma psicologia de raça (segundo se afirma unanimemente desde Teófilo e Oliveira Martins) mas sim de condições sociais semelhantes às dos Judeus, reforçadas pelas ideias do messianismo dos Judeus e pela mentalidade de eclesiásticos barrocos educados na leitura dos profetas da Bíblia e na interpretação profética e tipológica dos trechos da mesma Bíblia; essas condições vêm a resumir-se para vos falar como teólogos, numa consciência de «queda», acompanhada da falta de verdadeira independência; com a continuidade de tais condições vemos seguir paralelamente a da tradição do bandarrismo. A esperança num Messias, num Desejado, num Redentor, é comum a tidasa as raças; «c’était une maxime chez les Indiens et les Chinois» - notava Voltaire - «qu’il viendrait de l’Occident; l’Europe, au contraire, disait qu’il viendrait de l’Orient»: mas a situação social e mental dos Judeus e dos Portugueses intensificava nestes dois povos a tendência comum a todos.
(…)
(…) Em Portugal o messianismo terá vida (ou poderá tê-la) enquanto se impuser a este povo, a contrapor à sua fictícia e tão efémera grandeza, o espectáculo persistente da sua lúgubre decadência, acrescido à falta de uma boa élite – que lhe dê ensino de racionalismo de método, de clareza mental. E creio que na reforma da mentalidade, indispensável neste momento, em salvadora reacção contra os fumos do romantismo, um dos nossos lemas deverá ser este: não, senhores, não nascemos sebastianistas – e não queremos, positivamente não queremos, viver como se o fôssemos!


(António Sérgio, Ensaios ... )

ATÉ JÁ, PROFESSORA…ATÉ JÁ INFÂNCIA!


Coimbra, 17 de Janeiro de 2009

«É já amanhã, dia 18, véspera de mais um aniversário da morte do meu pai…

… vejo-a de preto, os olhos tristes, apesar do sorriso que lhe entreabria os lábios sempre que nos via e corríamos para ela para lhe dar um beijo. Estava de luto, uma mantilha de seda na cabeça, presa por um pequeno alfinete, e que lhe caía suavemente pelos ombros…

… vou sair ao teu encontro, professora! Deixo-te aqui, à entrada da Escola, curvando-te para receberes os abraços que se levantam na ponta dos pés para te chegar ao pescoço. O teu sorriso é agora maior e afagas-nos com as tuas mãos brancas e delicadas quando os nossos beijos te tocam a face. Somos muitas, mas o tempo pode esperar, porque os dias são longos, ainda que a sala chame por nós, a cada momento, intensamente …

Até já, professora… até já, infância!»

Irene Micaelo
___________________
(continua)

23 de janeiro de 2009

FUI HOJE ENCOMENDAR AS ROSAS…


Coimbra, 15 de Janeiro de 2009
«Fui hoje encomendar as rosas para a minha professora.

O apelo surgiu no último Fórum de Bustos quando a Julita me contou que a encontrava muitas vezes e que ela perguntava sempre por mim.

Por que razão se lembraria de mim, a minha professora primária?!
Não, nem era preciso pensar muito: eu sabia bem a(s) resposta(s). Só não compreendia o facto de nunca a ter procurado antes, pois tinha para com ela uma dívida de gratidão.

Acreditas, primo, que mal posso esperar, que a minha emoção não tem limites?
Pois é verdade! Sinto um desejo imenso de a reencontrar, não consigo vê-la apenas como professora, nem consigo imaginar uma conversa formal entre nós duas. Acho que ela vai olhar para mim e o tempo vai parar e é o mesmo sorriso de outrora que ali deixei na sala silenciosa e atenta, no ruído cantante do recreio, na sonolência trazida pela tarde no rodar alto do “chafariz”...
Sim, é a mesma cumplicidade, a mesma ternura, o mesmo orgulho, a mesma inquietação:
"diz aos teus pais que venham cá!".
Ainda ouço claramente a sua voz doce, persuasiva, agora quase zangada, cada vez mais insistente, progressivamente imperativa, recusando-se a aceitar as difíceis e inabaláveis resistências familiares:
"Qual não vai estudar?! Vai sim, ora essa!" (...)

"Não quero saber, vejam a melhor maneira, se o irmão está em Coimbra, esta também vai!"


Minha querida professora!

Não, não foi logo à primeira que ela conseguiu derrubar as barreiras. (Havia muitas dificuldades, como sabes.)


A resposta final só foi dada em Aveiro, após o exame de admissão: "Então, e agora, vai ou não vai?"

- Vai! - respondeu o teu tio... E houve risos...abraços... e beijos.

E eu, tudo observava, na mesma determinação que me havia levado a ficar na escola, por minha iniciativa, quando a professora mandara sair os que não iam continuar os estudos "Não, eu quero aprender mais. Se as minhas amigas cá estão - a Julita, a Candita...

(Meu Deus, que saudade!), porque é que eu hei-de sair?

E fiquei! » (...)

Irene Micaelo


___________________
(continua )

"– Ainda aí estás, …?" Pergunta Irene Micaelo

O ciclo das estações é a nossa primeira imagem do tempo.
Que é que num homem não é senão um retorno? (1)


Quis a Fortuna que em momentos diferentes
a Milita Aires, a Irene Micaelo (Borges)
refrescassem o carinho
que nutrem pela professora. (2)

Aconteceu o desejado (re)encontro da Professora Maria Leonor Branco Marques Aleluia, conforme foi enigmaticamente noticiado na janela do dia 17.1.09, ”Até já professora … até já infância”, título poético de (IMB) , sigla de Irene Micaelo Borges.

Os regressos da Professora Leonor e da aluna aos tempos da Escola da Quinta Nova estão traçados em telas impressionistas, onde a Irene Micaelo, vestindo a manta de escolar, traduziu a afectividade que se respirou na atmosfera do ansiado convívio.

Impõe-se a edição dos testemunhos da Irene Micaelo.
[uma provocação: Irene mostra-nos algumas peças do teu tesouro escondido na gaveta]
_______________

(1) in Vergílio Ferreira, conta-corrente 3, 6-Setembro (sábado) [1980], Livraria Bertrand, Abril 1983.

(2) “Recordação da Escola” da Quinta Nova – uma relíquia, NB, 30.12.08.

22 de janeiro de 2009

A Arbitrariedade e o Árbitro

“(...) Possuem os árbitros duas missões distintas: a técnica e a moral, pois sendo um julgador, e os juízos de valor er­rados podem decepcionar profundamente os homens, neles gerando os complexos mais desanimadores, o árbitro tem de integrar-se nos princípios do desportivismo ideal, que os doutrinadores e técnicos preconizam.”

Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura N.º 2, Lisboa, Verbo, [s/d], pp. 971/972

Detentor de uma técnica notável de manter os jogadores do Bustos dentro da sua área, provavelmente temeroso que estes fossem apanhados pelo punível fora-de-jogo, o árbitro teve a oportunidade soberana de decepcionar profundamente os jogadores, técnicos e assistente, pois soube como ninguém desintegrar-se dos princípios do desportivismo ideal, visto a sua missão ter esquecido o princípio da imparcialidade.

Resultado, no final do jogo, não foi só a União Desportiva de Bustos que foi estrangulada pela acção arbitrária do juiz do jogo, mas também o chamado “desporto-rei” – o futebol ou a bola, como preferirem - e o ideal do desportivismo, o qual é, por muitos preconizado e desejado, mas por poucos praticado.

C. Bolandas

21 de janeiro de 2009

G D CALVÃO, 1 – UNIÃO DESPORTIVA DE BUSTOS, 1. (Seniores)

" Bustos estrangulado pela corda parcial do árbitro" (1)
“A jogar contra o 1º classificado, a UDB foi sempre superior.
Só não ganhámos o jogo, porque «encontrámos uma péssima arbitragem».


Pião marcou aos 30’, mas houve mais situações de golo que não foram concretizadas.
Na sequência de acumulação de amarelos, aos 77’, ‘o Bustos’ ficou reduzido a 9 jogadores e viu-se obrigado a jogar «contra 11 do Calvão mais o trio de arbitragem»
O ‘Calvão’ marcou o golo ao cair do pano aos 90’.
Para a história do encontro fica a táctica do árbitro que sistematicamente apitou para remeter a equipa da UDB para a sua grande área…”

Em consequência deste desafio, a UDB tem dois jogadores no estaleiro afectados com queimaduras na pele. [Será caso para a Associação de Futebol de Aveiro averiguar qual a origem das queimaduras? ou assobia para o lado?].


Analista

NB – Mister JoaQUIM Tavares endereça os parabéns aos seus jogadores.
___________
(1) título emprestado por C. Bolandas
* * * * *
FICHA (quase) TÉCNICA
GD CALVÃO, 1 - UNIÃO DESPORTIVA DE BUSTOS, 1
PIÃO marcou aos 30 minutos

Equipa inicial da U. D. Bustos:
Ivan (guarda-redes, capitão);
Samagaio, Pedro Resina (sub-capitão), Henrique, Fábio, Baptista;
Hélder (Guedes, 78’), Patric, Paulito, Pião (Luís Miguel, 88’), Pedro Fiães (Marco, 70’).

Condomínio do banco:

Jogadores:
Filipe;
Milton, Licas, Luís Miguel, Bem Haja, Guedes; Marco.

Treinador – Mister (Joa)QUIM TAVARES.
Massagista – Carlos Pascoal

Embaixador da UDB – José Luís Santos

Admoestações
Cartão amarelo
Samagaio, 25’.
Pedro Resina*, sub-capitão (60’, 70’)
Baptista* (60’, 77’)

*Cartão vermelho, por acumulação de amarelos
E siga a rusga
srg

UNIÃO DESPORTIVA DE BUSTOS "EMPATA" EM CALVÃO

UD BUSTOS - FUTEBOL DE 11 (JORNAS DE 17 e 18 de Janeiro'09)



20 de janeiro de 2009

UNIÃO DESPORTIVA DE BUSTOS - as jornas de 17 de Janeiro'09. (Futebol de 7)

OBAMA - 44º Presidente dos USA

We the People of the United States, in Order to form a more perfect Union, establish Justice, insure domestic Tranquility, provide for the common defense, promote the general Welfare, and secure the Blessings of Liberty to ourselves and our Posterity, do ordain and establish this Constitution for the United States of America.

(Do preâmbulo da Constituição dos EUA)

19 de janeiro de 2009

Eugénio de Andrade (19 Janeiro'1923)

Eugénio de Andrade
(pseudónimo de José Fontinhas Rato)

Fundão, 19 de Janeiro’1923
Porto, 13 de Junho’2005

As palavras

São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.

...

UNIÃO DESPORTIVA – UNIÃO DIRECTIVA

A União Desportiva de Bustos mantém em actividade equipas, em todos os escalões: desde as Pré-escolas ou escolinhas aos seniores, dando assim continuidade à obra sonhada e realizada pelo Dr. Fernando Vieira e apoiado por uma boa dúzia de persistentes carolas. A dirigir a pesada e complexa nau está uma Comissão Administrativa que segundo a sua Presidente, Beatriz Costa, «as decisões são tomadas colegialmente» em reunião semanal – às 3ªs feiras. E quando intempestivamente surge algum problema que requeira solução imediata, o contacto telefónico com os membros da comissão acerta a decisão a tomar.

A Comissão, preocupada em oferecer melhor qualidade no exercício da Formação, incentivou alguns membros das equipas técnicas a frequentar o Curso de Treinadores da Associação de Futebol de Aveiro. E que já estão a fazê-lo.
Um aplauso...

17 de janeiro de 2009

“Até já, professora… até já infância!” (IMB)


A máquina de transmutar o tempo recua meio século e regressa à "escola da quinta nova". Os holofotes estão prontos iluminar o almejado encontro da Professora com a Aluna.
O carinho com que vais oferecer as rosas é o preito de homenagem a alguém que traçou o rumo da tua vida ao proferir a sentença “Qual não vai estudar!? Vai sim, ora essa!" e que os teus acataram.
IMB, que coincidência feliz revisitar os tempos da escola com a tua Professora. A tua Mãe ficará anisiosa por saber os pormenores do encontro. A memória do teu Pai também estará presente.

Cinquentanos passaram. Parece que foi anteontem.

A circulação da seiva do querer saber continua pujante. A bomba de tirar água é o sinal.

16 de janeiro de 2009

Morreu fundador do Museu de São Pedro da Palhaça


"Adelino Baptista, não deixará de estar entre nós. A memória saberá preservar a obra e as suas virtudes, fazer viver a obra, é fazer viver o Homem, viva o Homem e com ele todas as suas virtudes.Enfermeiro de corpo e alma,com a história a correr-lhe nas veias, Adelino Baptista será sempre recordado por uma vida entregue aos outros, pela energia, pela sabedoria e pela simplicidade."(1)
Por mais que se escreva, fica sempre algo por dizer, sobretudo quando se fala de Homens como Adelino Baptista, um verdadeiro exemplo para a sociedade, e porque nunca é tarde decidi partilhar um breve testemunho sobre Adelino Baptista.
O dia em que conheci Adelino Baptista
Acompanhado de Belino Costa, no dia 17 de Fevereiro de 2007, o gosto pela reconstrucção do passado, levou-nos até ao Museu de São Pedro da Palhaça à procura de informações sobre O Alma Popular e o Farol da Liberdade, foi o dia em que conheci o Homem.
Não mais me esqueci de Adelino Baptista, antes de qualquer palavra acolheu-nos com um sorriso característico e encaminhou-nos para um pequeno escritório onde mostrou algumas relíquias, velhos livros com algumas centenas de anos. Palavra após palavra, Baptista, nome pelo qual o conheci e assinava, desvendava uma sabedoria oriunda de muito trabalho e dedicação.
Impressionado com o trabalho desenvolvido por Adelino Baptista, no dia 7 de Março de 2007 escrevi:
"Em primeiro lugar gostaria de louvar o trabalho que tem vindo a desenvolver o Museu de São Pedro da Palhaça, bem como as pessoas que nele trabalham, e lhe dedicam pelo que me pareceu quando ai estive, um grande empenho pessoal.Foi de facto uma mais bem valia pois acaba por recolher material de grande valor, que se perderia se não fosse a crescente actividade deste Museu. Possui um papel fulcral a nível cultural, que veio a preencher uma lacuna no Concelho de Oliveira do Bairro." (2)
A resposta, não podia ser outra, tão simples e humilde como a de Baptista que ainda hoje conservo:
"Caro amigo
Agradeço os elogios que nos dá. Mas sentimos que além do mais é uma obrigação nossa e ficamos muito felizes quando encontramos alguém também preocupado com estas áreas.
Quero felicitá-lo pela apresentação deste trabalho, pois é um precioso contributo para o nosso concelho, ao mesmo tempo agradeço a trancrição que nos enviou. A nós apraz-nos colocar os nossos humildes préstimos ao seu dispor. Sempre que for preciso, tenha a liberdade de nos contactar, estaremos sempre disponíveis. Para nos contactar pode utilizar quer este email ou mesmo o meu telefone pessoal. Fazemos votos que continue a investigar, pois é um acto muito nobre.Um abraço, Baptista."
Apresentação da Lenda de São Lourenço de Bustos
No dia 6 de Junho de 2007, na Feira Medieval que decorreu em Bustos, Baptista com a colaboração de Paulo Lourenço e alguns jovens, recriaram a Lenda de São Lourenço de Bustos. Desconhecida por grande parte dos Bustuenses, permitiu-nos esta lenda entender as origens da Capela de São Lourenço em Bustos. Depois de uma exibição fantástica, à mesa convidado por Baptista e com os restantes frades, saboreei a importância que a castanha ocupou na alimentação em tempos idos.
"Caro amigo O prometido aqui vai. A lenda de S. Lourenço de Bustos.Vai em formato word e em formato de imagem, igual ao que foi dado aos jovens de Bustos que integraram o nosso trabalho um abraço amigo Baptista" [8 de Junho de 2007]
"Em finais do séc. XV, no lugar de Busto, um humilde jovem agricultor, arrendatário de um conjunto de terras, casado e com vários filhos, adoeceu e ficou praticamente sem poder andar. Aflito com a sua situação de saúde que o impedia de trabalhar no cultivo das terras de onde tirava o sustento da família e algo mais para pagar as rendas, no seu desespero e pela fé que nutria por S. Lourenço, prometeu-lhe que se ficasse bom da maleita que tinha, lhe construiria para sua memória e culto uma capela.Passados uns dias acorda cheio de energias e, apercebe-se que está curado. O milagre tão desejado tinha-se realizado, tinha agora de cumprir a promessa.Como não possuía disponibilidades financeiras, para comprar os materiais destinados à construção da capela, foi aos poucos fazendo adobos de barro e levantando as paredes, tendo esta ficado aproximadamente com 6 pés de largura, por 6 de comprimento e 6 de altura, com uma abertura para a entrada.[...]" (3)
Recuperação de fotografias para o Bustos d´Outrora
O contributo de Baptista e também de Paulo Lourenço em prol de Bustos, contudo, não ficou pela Lenda de São Lourenço, também o Bustos d` Outrora, uma apresentação de imagens antigas de Bustos só foi possível com a colaboração, no tratamento das imagens, de Baptista e Paulo Lourenço, um trabalho meticuloso e moroso desempenhado com grande empenho e no termo a resposta de Baptista não tardou em chegar:
"Caro amigo Por lápso da minha parte no final da passada semana esquecime de te dizer que já tinhamos tudo digitalizado, pelo que o material está à tua disposição. Faço votos que esteja tudo bem contigo. Um abraço Baptista." (4)
Um abraço Baptista e até sempre.
A última vez que falei pessoalmente com Baptista, tive o prazer de ter a sua companhia no tranporte público, foi no passado mês de Dezembro, trocámos impressões sobre a igreja de Bustos e uma vez mais e para benefício dos bustuenses, disponibilizou-se a digitalizar documentação sobre a União Desportiva de Bustos.
Prometi passar por lá, ali mesmo ao pé, mas não tive tempo de cumprir a promessa.
Um abraço Baptista e até sempre.
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(1) Alberto Martins on Janeiro 15th, 2009 8:08 pm, Bairrada Digital , em Comentário à notícia
(2) Alberto Martins
(3)Lenda de São Lourenço de Bustos, consulte aqui
(4) Bustos d`Outrora, consulte aqui

EXPOSIÇÃO INDIVIDUAL DE CARLOS CEZANNE

Carlos Cezanne, irá apresentar ao público uma exposição de fotografia intitulada “…up and down….", no próximo dia 16 de Janeiro - hoje - pelas 21h30, na Olga Santos Galeria

Esta mostra estará patente ao público até ao próximo dia 28 de Fevereiro e reunirá um conjunto de 7 trabalhos do artista.
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“…up and down…”

No panorama da fotografia contemporânea, Carlos Cezanne é um conceituado fotógrafo/artista português que aceitou o convite/desafio de expor um trabalho ímpar. Este incide sobre determinado espaço, as escadas, em que a luz tem um papel primordial. Após cinco de anos de investigação e de pesquisa, este fotógrafo e director da revista “Attitude” apresenta o resultado da sua paixão, utilizando a fotografia como uma técnica criativa de investigação formal.

Fotografar é “ver”, saber olhar o outro, e os outros. A fotografia intitulada “Porto” (2006) poderá evocar a obra, datada de 1928, do artista belga René Magritte denominada “O falso espelho” ou, mesmo, o trabalho do artista simbolista Odilon Redon “O olho como um estranho balão” (1878).

As imagens apresentadas mostram ao público uma escolha do local e da hora em que estas foram capturadas, do seu enquadramento e do que se decidiu privilegiar: a luz. Simultaneamente, somos desafiados a descodificar todos os elementos que a compõem.

O autor convida-nos a um possível reencontro com uma escadaria familiar, ou espaço familiar…será?

José Rosinhas
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Carlos Cezanne

Carlos Cezanne nasceu em 1959 no Porto, onde vive e trabalha.

Licenciado em fotografia e design pela Universidade de Comunicação e Design de Wiesbaden, Alemanha. Publica fotografias desde 2005 na revista attitude.

Desde Dezembro de 2008 é um dos artistas/fotógrafos do LAB65.
Autor do Livro - Porto Ambientes, 1996,1997 e 1999 - Editora Porto Editora

Exposições Individuais
2009 – “…up and down…”, Olga Santos Galeria, Porto
2001 – Exposição de fotografia, actual showroom “Oito em Ponto”, Porto
2000 – Exposição de Pintura, Ipanema Park Hotel, Porto
1999 - Exposição de Pintura, Ipanema Hotel, Porto
1995 – Exposição de Pintura, Galeria Península, Porto
1993 - Exposição de Pintura, Ipanema Park Hotel, Porto
1990 - Exposição de Pintura, Hotel Le Meridien, Porto
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Ficha técnica :

Programação:
José Rosinhas
jrosinhas.olgasantosgaleria@gmail.com

Contacto:
Olga Santos
917 014 763

praça da república_168_1º frente_4050-498_porto
tlf+fx_222010889_tlm_917014763
osantos.olgasantosgaleria@gmail.com

HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO:
Seg. a Sex. – 11h00 às 14h00 e das 15h00 às 19h00
Sáb. - 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 19h00.

15 de janeiro de 2009

FALECEU "O ENFERMEIRO BAPTISTA". FUNERAL ÀS 14H00, DE AMANHÃ - DIA 16

O tom de voz do outro lado do telefone pressagiava mais um infausto
“Faleceu o 'Enfermeiro Baptista'!..." "Perdi um Amigo"... "Não distinguia pobres ou ricos". ..."Era da Palhaça e de todo o mundo".

"Andava pelo Fórum – talvez para fazer mais uma das inúmeras visitas à Bertrand – e caiu". [Rectificação - O 'Enfermeiro Baptista' estava na paragem do autocarro próximo do Oita]

A grandeza do seu currículo irá impedir que o Adelino Baptista e Silva atravesse o umbral do esquecimento.

A sua postura cordata e sempre civilizada das relações humanas. O saber e a dedicação profissional reconhecidos. O Museu de S. Pedro da Palhaça. E mais...

testemunham as qualidades e dedicação do cidadão - Medalha de Ouro do Município.

A sociedade perdeu permaturamente uma das suas pedras de água fina.

É momento de todos os silêncios.

Condolências para a Família e para as instituições onde prestava serviço.

sérgio micaelo ferreira - [infelizmente deixei passar a oportunidade de mostrar ao 'Enf. Baptista' o meu reconhecimento pelo apoio prestado quando passei pelo Hospital de Aveiro. ]

*
Tinha um sorriso de festa ... (Odete Ferreira) O Enfermeiro Batista ou aqui
.
Nesta hora negra ... (Paulo Carvalho) Hora negra ou aqui

É tempo de balanço

Até ao 25 de Abril, Bustos foi a terra mais progressiva do concelho, deixando a anos-luz as outras 5 freguesias do município.
Fosse por iniciativa individual (de que foram exemplos maiores Jacinto dos Louros, dr. Manuel dos Santos Pato e Ferreira da Silva), fosse pela via da
Comissão de Melhoramentos de 1960, Bustos cresceu e desenvolveu-se a um ritmo ímpar.
Ainda a Revolução de Abril dava os primeiros passos e eis que emerge um novo movimento cívico, inicialmente apelidado de “comissão de moradores”: a esta se deve a compra do palacete do Visconde e o arranque da Associação de Beneficência e Cultura de Bustos, a 1ª instituição particular de solidariedade social do concelho se exceptuarmos a Santa Casa da Misericórdia de Oliveira do Bairro.
A comissão criada em 1960 pela mão de Arsénio Mota, dr. Assis Rei, eng.º Néo Pato e uns quantos outros ensinou-nos que o futuro estava no colectivo. Foi o mesmo espírito de união que fez o dr. Jorge avançar com aquilo que acabámos por baptizar de ABC; por arrastamento, esta criou espaço para a SÓBUSTOS, também fruto do espírito colectivo dos bustuenses.
A democracia não vive sem partidos, todos o reconhecemos; mas tem o grande defeito de, as mais das vezes, dividir em vez de unir. O resultado está à vista: enquanto nós começámos a marcar passo, as terras cujos líderes partidários souberam ultrapassar divergências deram o grande salto. Extremadas as posições partidárias, faltou-nos a todos visão e sentido de grandeza e de humildade. Não vale a pena ir à procura dos culpados: fomos todos e cada um de nós.
O percurso do campo de futebol e do terreno da feira são a prova mais acabada dessa falta de visão e de sentido colectivo. As iniciativas para encontrar alternativas – fosse pela aquisição dum novo espaço para a prática do futebol, fosse pela compra do terreno da feira – acabaram por morrer à nascença muito por culpa dos interesses ou opções partidárias dos líderes locais ou concelhios.
Faltou-nos um movimento cívico que, de mãos dadas com os autarcas eleitos, alavancasse o desenvolvimento de Bustos e sacudisse o peso dos interesses e jogos de bastidores que infelizmente dominam a política.
Lá mais para o final do ano haverá nova corrida eleitoral no concelho.
A ver se desta não nos ficamos pela cruzinha no partido ou candidato das nossas preferências. Olhando para trás, é fácil concluir que os movimentos de cidadãos só enriquecem a democracia partidária. E se não devem substituir-se aos partidos nos actos eleitorais, são a melhor polícia de costumes que conheço.
___
Já agora, dêem um saltinho ao bloguedooscar e “
chamem a polícia
*
oscardebustos

UNIÃO DESPORTIVA DE BUSTOS (2ª EDIÇÃO) - um registo

(Se pretender ampliar... clique sobre aimagem)
(um agradecimento especial a Rafael Tavares pelo empréstimo da foto. Pela melhor nitidez, optou-se pela publicação da reprodução inserta no livro de Arsénio Mota)

Legenda: 1 – Franklim; 2- Norberto Rei (Beto); 3 – Castanhas; 4 – Quim Tavares; 5 – Pinho; 6 – Carvalho; 7 – Nunes; 8 – João Nunes Ferreira [O João Novo](Presidente); 9 – Jó Duarte; 10 – Paulo II; 11 – Simões (de Vagos); 12 – Paulo I (guarda-redes); 13 – José Maria; 14 – Irmão do Paulo I; 15 – Jorge; 16 – Mário Justiniano; 17 – Telmo Pato; 18 – Rafael Tavares; 19 – Filinto Briosa (treinador).
Um agradecimento ao Mister Quim Tavares e a Jó Duarte por terem descortinado os nomes da "Selecção do Bustos", do tempo da Refundação.
A foto presente marca um momento histórico da 2ª edição da UDB. A bandeira da foto foi oferecida pelo Rafael Tavares (1).
Dos inúmeros Bandeirantes da época, alguns já referenciados no NB, também merece destaque pela dedicação, disponibilidade e carteira 'O Menino Jesus do S. João', Amândio Ferreira.
sérgio micaelo ferreira
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14 de janeiro de 2009

O ADVERSÁRIO … “DIFICULTOU-NOS BASTANTE” (Mister QUIM TAVARES)


UNIÃO DESPORTIVA DE BUSTOS [2 – 1] F C BOM SUCESSO


Entrámos mal no jogo
Marcámos…
Melhorámos.
Tivemos um adversário que necessitava de pontos
e dificultou-nos bastante.
Não fizemos um bom jogo,
mas foram três pontos importantes
para continuarmos nos lugares cimeiros da classificação.

(Mister Quim Tavares)



«A actuação da equipa de arbitragem não teve influência no resultado do jogo», já o mesmo não se pode dizer do Sol que encadeou de tal modo a visão do excelente Mestre Peão, causando a marcação do golo 'do F C Bom Sucesso'.
Passavam 80’ no cronómetro do Mister.

Marcaram pelo ‘Bustos’:
Pião, 33’
Pedro Fiães, 40’.

A U. D. Bustos entrou em campo com:
Ivan (guarda-redes; capitão);
Samagaio, Pedro Fiães, Pedro Resina (sub-capitão), Fábio, Baptista;
Hélder (Marco, 84’), Guedes (Luís Miguel, 90’), Patric, Pião e Lima (Licas, 82’).

Condomínio do banco:

Jogadores:
Filipe;
Milton, Licas, Henrique, Luís Miguel, Bem Haja, Marco.

Treinador – Mister (Joa)QUIM TAVARES.
Massagista – Carlos Pascoal
Embaixador da UDB – José Luís Santos

Admoestações
Cartão amarelo exibido a Baptista (40’)

Nota:
O grupo de Trabalho e Fãs dos JUVENIS da UDBUSTOS estão de parabéns por alcançarem o 2º lugar da sua Série no Campeonato Distrital, que os qualifica para a disputa na «Série dos Primeiros».
Bons êxitos, desportivos.
E siga a rusga, srg

13ª JORNADA. UNIÃO DESPORTIVA DE BUSTOS AMEALHOU «3 pontos importantes»


12 de janeiro de 2009

HUMBERTO DELGADO - PEDE ASILO NO CONSULADO BRASILEIRO


Humberto Delgado 15.05.1906 – 13.02.1965 (assassinado)


12.01.2009. Estão descontados 50 anos que o então ex-General Humberto Delgado pedia asilo político ao Brasil.

Vencedor ludibriado da eleição’1958 para Presidente da República, o General Humberto Delgado foi sujeito à perseguição das máquinas do sistema repressivo montado por Salazar. O «obviamente demito-o» declarado perante o jornalista Lindorfe Pinto Basto haveria de trazer engulhos que confluiriam no seu assassinato em Villanueva del Fresno (em território de Franco).

Em consequência de perseguição montada pela “justiça” militar, o General Humberto Delgado é destituido do posto de general, perde a qualidade de militar para ficar na alçada do braço civil.


Em 7 de Janeiro.1959, o Serviço Nacional de Informação faz publicar em três línguas uma nota oficiosa onde o Governo fez passar a mensagem que “estava sendo benevolente na sua sanção, tão benevolente que até atribuía a Humberto Delgado o vencimento máximo permitido por lei em caso de separação de serviço”.


«Hipocritamente, mentindo, o ex-seminarista Salazar fez constar pelo mundo que fora generoso!!», comentou de Humberto Delgado.

A 12 de Janeiro de 1959, para escapar ao cerco que a PIDE estava montar, Humberto Delgado pedia asilo político no Consulado do Brasil. Para a tomada desta decisão teve particular influência a atitude de Maria Iva Delgado que intempestivamente irrompeu na sala onde António Sérgio, Rodrigo de Abreu e Plácido Barbosa discutiam qual o destino a dar a Humberto Delgado e sentenciou:

« - (….) como mulher e como mãe também tenho voto na matéria. Em minha opinião, o meu marido deve efectivamente pedir hoje mesmo asilo na Embaixada, pois é muito claro o perigo que corre.».


A aceitação portuguesa do pedido de asilo provocou longas conversações e promessas da nossa chancelaria e naturais desconfianças do Embaixador Brasileiro Álvaro Lins.

Humberto Delgado sairia de Portugal escoltado por um diplomata brasileiro. Chegou ao Rio de Janeiro em 21 de Abril.

“Naquela tarde de 12 de Janeiro de 1959, sem o saber, Humberto Delgado saiu de sua casa pela última vez.”, escreveu Frederico Delgado Rosa.
_____________
Um especial agradecimento a Frederico Delgado Rosa, autor de “Humberto Delgado – Biografia do General sem Medo, a esfera dos livros, 1ª edição Abril de 2008.”, de onde se extraiu material para a feitura desata peça.
Segundo informação recente, este livro faz parte do acervo da ex-Biblioteca Fixa nº 26 da FCG de Bustos.

sérgio micaelo ferreira

11 de janeiro de 2009

ELEIÇÕES NA CALCOB ... E AFONSO LIBÓRIO ENTRA NO PENTA MANDATO

Porto Crelvo; Porto Crelgo - Porto Clérigo para os dicionaristas - 10 de Janeiro. Dia de Eleições.
A CALCOB recebe.
Carros. Mais carros. Mais carros. Fila que não esgota. Sol a fugir da sombra. Espera de votar. Agora Sol. Passo adiante. Agora Sombra. Cruz simpática de recenseamento; aperto de mão solene. Cruz de Opção. Espera da bica. O subsídio do gasóleo está atrasado. Espera do pastel de “Belém”. Chegam os resultados dos 'urbanos'. Ganhou a lista A. A calmaria não mexe uma palha. Espera do almoço. Afinal ganhou a lista B. A calmaria continua a dormir. Espera do resultado. O cartaz mostra as variedades da batata. O Prof. Honorato, cansado ou não, mal se faz ouvir. Ganhou a Lista A, por 6 votos. A calmaria manteve-se calma.
Afonso Libório & cooperantes eleitos têm o visto para o pentamandato.
Bom e profícuo trabalho.
É isso manelzito!
sérgio micaelo ferreira

O gráfico 1 mostra a participação e a abstenção havida no acto eleitoral, em número e em percentagem.

Sobre o gráfico 1
Dos 4.348 potenciais eleitores, entraram nas urnas 562 votos, que correspondema 13% do universo eleitoral da CALCOB. É de salientar que cooperantes já falecidos ainda constam do caderno de recenseamento. Comprende-se a dificuldade técnico-estatutária em eliminar os sócios falecidos


Os resultados da eleição estão distribuídos na tabela seguinte:

Na urna de Oliveira do Bairro não entrou nenhum voto 'em Branco' ou Nulo.A Lista A registou 49 votos e a B alcançou 69.

Em Porto Clérigo, houve 3 votos 'em Branco'. Na Lista A foram contados 231 votos enquanto que a ListaB ficou-se pelos 205.

O gráfico 2 distribui o nº de votos por cada Mesa Eleitoral.

Grafico 2 - Comentário: A Lista A perde na secção de Oliveira do Bairro e vence em Porto Clérigo.


O gráfico 3 - Mostraos resultados totais dos votos entrados nas urnas.

A Lista A vence as eleições, por escassa margem de 6 votos.

Afonso Libório adquire estatuto de "Dinossáurio".

*
A imagem seguinte indica a composição das listas A e B concorrentes à eleição dos Corpos Sociais da CALCOB.


(se pretender ampliar ... clique sobre a imagem)

PROPOSTA APRESENTADA PELA LISTA A:

INVESTIMENTO:
Formação" modernização, aceleração da conclusão do processo de alienação do terreno da Zona Industrial de Vila Verde, conclusão da remodelação da loja, desenvolvimento de projectos de parceria que solidifiquem a já alcançada estabilidade;

SECÇÃO LEITEIRA:

Apoio e auxílio no licenciamento das explorações leiteiras;

OPP (SERVIÇOS MÉDICO/VETERINÁRIOS):
[E]rradicação de doenças em grandes e pequenos ruminantes; desparasitação dos bovinos de engorda; identificação e registo de bovinos à nascença; ajuda no preenchimento e controle dos livros e deslocações de bovinos/ovinos/caprinos, divulgação de toda a legislação respeitante à sua actividade;

FORMAÇÃO:
Aposta contínua na informação e qualificação dos produtores, aumentando a qualidade dos produtos, traduzindo-se num incremento da satisfação dos clientes.
*
Continuidade dos apoios prestados nas diversas áreas, nomeadamente contabilidade; hortícolas, produtos e serviços. Para mais informações, consultar o plano de actividades, aprovado em Assembleia Geral. de 21 de Dezembro de 2008.

(extraído do Boletim Informativo, nº 11 de Janeiro'2009, da CALBOB)

10 de janeiro de 2009

A (à) Sombra do Futebol *

Não tinha compromissos, mas faltei,
Não prestei juramento, mas traí,
Sentir-se alguém culpado, não depende
Do juízo dos outros, mas de si.
(...)
José Saramago, “História Antiga” in
Os Poemas Possíveis, Lx., Caminho, 1985



Jogadores e fãs sabem que, no futebol e na vida, o eterno ciclo de vitórias, empates e derrotas é a imagem das coisas fugidias e irreais. Contudo, continuam a assombrar-se com os resultados alcançados pela equipa.

Ora muito bem, para os fãs de futebol que, se projectamos no clube da sua predilecção, os jogadores são astros, quando os contemplam com uma vitória, satélites, se os embaraçam com um empate e sombras, quando os defraudam com uma derrota.

Para os jogadores, que vivem as agruras do jogo, os fãs vivem à sombra do futebol. Sabem que cada jogo impõe as suas regras e que, não raras vezes, estar em campo é um castigo, mais para eles do que para quem vê. Sentem e sabem que falharam, que traíram as expectativas próprias e alheias, mas exigem consideração pelos seus desaires.

A comunidade futebolística, formada pela equipa (incluindo a equipa técnica) e os adeptos, não deve esquecer que o sentir-se culpado, não depende dos juízos dos outros, simplesmente do juízo próprio.

C. Bolandas
___________
* crónica do rescaldo do jogo ARC OLIVEIRINHA - U D BUSTOS

ADASMA - DAR SANGUE É DAR VIDA (Janeiro - Recolhas de sangue)

A recolha de sangue do Instituto Português de Sangue/Centro Regional de Sangue de Coimbra estão mapeadas para divulgação no calendário'09 da ADASMA (Associação de Dadores de Sangue da Mamarrosa).

Para o mês em curso estão marcadas recolhas de sangue:
Dia 11 (domingo) - Fermentelos; Palhaça e S. Bernardo (Aveiro).
Dia 18 (domingo) - Ancas; Aradas; Febres e Ponte de Vagos.

Dê sangue, para que nunca falte
apela a ADASMA

ELEIÇÕES NA CALCOB - AFONSO LIBÓRIO REPETE- SE ...

A Lista A (Honorato Ribeiro, Presidente da Mesa da Assembleia-Geral; Mário Vieira dos Louros; Presidente do Conselho Fiscal e Afonso Libório; Presidente da Direcção)ultrapassou em 6 votos a Lista B (pela mesma sequência: Alberto Nunes Cardoso; António Reis Cardoso e Virgílio Martins) e venceu as eleições - ocorridas hoje - dos órgãos sociais da Cooperativa Agrícola dos Lavradores do Concelho de Oliveira do Bairro [CALCOB] por mais três anos.
Num universo eleitoral de 4348, a Lista A alcançou 280 votos e a B ficou-se nos 274.
O acto decorreu de uma maneira muito civilizada, conforme foi reconhecido por membros concorrentes.
Parabéns aos vencedores e honra aos vencidos e será oportuno destacar o pensamento que abre a Mensagem de Ano Novo do Boletim Informativo da CALCOB:
"A melhor maneira de prever o futuro ... é criá-lo" (de Peter Drucker).
(Fica em carteira mais informação a aguardar publicação)
e siga a rusga
sérgio micaelo ferreira

8 de janeiro de 2009

HERODES DE ONTEM, HERODES DE AGORA

Há imagens, há sons, há cheiros do tempo em que era criança que resistiram ao passar dos anos. Alojaram-se de forma poderosa na minha memória, como marcos de um tempo, como marcas de uma descoberta, de uma iniciação.

Vem isto a propósito do Cortejo dos Reis Magos a que tive o prazer de assistir, no Largo da Feira, no passado domingo. Confesso que o Cortejo dos Reis Magos e todo a sua teatralidade foi coisa que marcou a minha meninice. Os anos foram passando e o cortejo deixou de se realizar até que, em boa hora, foi recuperado pela actual Comissão Fabriqueira onde, que me perdoem os restantes, é justo destacar a figura do ensaiador Carlos Alves.
Dos cortejos de reis do século passado ficou-me uma imagem marcante. A recordação de uma menina vestida de anjo, que aparecia entre verdura no alto de um carro de bois cantando em tom que só podia ser angelical. Foi uma imagem fulminante! Especialmente quando descobri que afinal o anjo era a Airinda, a filha do Manuel da Barroca. À surpresa inicial sucedeu-se o espanto e depois o fascínio que prolongou a magia da encenação. Não tanto pela voz fina e afinada, que recebeu louvores e elogios, mas porque no fantástico emaranhado do infantil pensamento ter a viver tão perto de casa um anjo era coisa extraordinária! Podia não ser um anjo “a sério”, mas era artista, tinha asas, flutuava nas alturas e cantava que nem um rouxinol.



Também a célebre frase “Ó Herodes, Herodes” ficou como marca desse tempo dando origem a múltiplas e variadas brincadeiras, criando a oportunidade para entoar uma óbvia rima, entre lutas verdadeiras com espadas fictícias. Bem me lembro de ver esse tal Herodes, rei altivo e poderoso, olhando os cavaleiros do alto da varanda do emblemático edifício onde, na entrada da feira, funcionava a Junta de Freguesia.
É curioso, porque apesar de toda a encenação, do equipamento de som sofisticado, da beleza dos animais, das aprumadas roupas dos figurantes senti que o local do rei Herodes não podia ser aquele atrelado a fingir de castelo. Faltava ali, ainda que em adobo, o símbolo real do poder, a varanda autêntica, o edifício concreto. Faltava ali o emblema da luta do povo de Bustos pela sua independência política, faltava ali o edifício fundador.
Movido pelo sentimento de perca fui espreitar o local onde agora se ergue um pequeno azulejo com a reprodução do antigo edifício. Sentado numa reentrância do grosseiro “monumento” descansava um romeiro, provavelmente um pastor, de cajado na mão, cobertor ao ombro e cabaça à cintura. A barba castanha e falsa ajudava a esconder-lhe o rosto, mas não a expressão distante, o olhar perdido. E por debaixo do disfarce os cabelos brancos, verdadeiros. Segurando o cajado umas mãos autênticas.
Fitando-o percebi que tal como aquele homem somos todos figurantes, mas nem por isso menos verdadeiros. Cada um de nós é realidade e ficção ao mesmo tempo. Todos somos actores, todos somos anjos. E todos, do poderoso Herodes ao simples pastor, acabamos de cabelos brancos. É perante tal inevitabilidade, a transitoriedade da vida humana, que os edifícios ganham especial importância.
Somos arquitectos, somos construtores do mundo e as pedras são um grande legado, uma decisiva herança. E quando as pedras representam o espírito, a luta de gerações a elas, como ao nosso semelhante, devemos consideração e respeito. É por isso que a demolição do antigo edifício da Junta me continua a incomodar, provoca em mim uma profunda tristeza. Na lenda de outrora como na realidade presente o Herodes permitiu o crime, ordenou a barbárie. Canalha!

Belino Costa

CORTEJO DE REIS - FOTOS



Clique sobre a imagem para ampliar as fotografias.

7 de janeiro de 2009

U D BUSTOS ESFORÇOU-SE ... MAS A OLIVEIRINHA ARRECADOU os 3 pontos

(se pretender ampliar.... clique sobre a imagem)
JOGO EMOTIVO … A Vitória Sorriu ao OLIVEIRINHA (Mister QUIM)

«Jogo emotivo.
Duas equipas com a mesma classificação.
Fomos melhor na primeira parte
(o Bustos teve duas ou três situações de golo que não foram concretizadas).
O adversário marcou aos 57’.
Empatámos aos 70’ e num lance infeliz.
Aos 88’ sofremos o 2 -1.
Lutámos até ao fim."

Mister Quim Tavares considera que o resultado certo seria o empate ,
“mas a vitória sorriu ao Oliveirinha”.
(Recolha de C. Bolandas )

Pião eficaz empatou aos 70’.Com um desafio supervisionado por uma arbitragem impecável, defenderam a camisola da
U. D. Bustos:
Ivan (guarda-redes; capitão);
Samagaio, Pedro Fiães, Pedro Resina (sub-capitão), Fávio, Baptista (Marco, 62’);
Hélder (Milton, 85’), Guedes, Patric, Pião e Lima (Licas, 69’).

Condomínio do banco:
Jogadores:
Filipe;
Milton, Licas, Henrique, Luís Miguel, Bem Haja, Marco. Fávio, Bem Haja, Guedes, Marco.
Treinador – Mister (Joa)QUIM TAVARES.
Massagista – Carlos Pascoal
Embaixador – José Luís Santos

Admoestações
Cartão amarelo
exibido a Baptista, Pedro Fiães e Lima
E siga a rusga
srg

Reis Magos regressaram a Bustos


O Cortejo dos Reis Magos regressou a Bustos, no passado dia 4 de Janeiro, dinamizado pelo segundo ano consecutivo pela actual Comissão Fabriqueira da Igreja de Bustos. Após um ano de grande actividade, que permitiu com grande sucesso devolver a dignidade à Igreja de Bustos, a actual comissão demonstrou que a tradição veio para ficar e até São Pedro, pelo empenho, premiou o regresso dos Reis Magos a Bustos com bom tempo.


O encontro dos três Reis, decorreu às 12 horas na Capela de São João, onde se concentraram as viaturas contendo as ofertas dos diversos lugares, decoradas com produtos tradicionais, confeccionados e ofertados pela terra, e temáticas com interesse das quais destaco a viatura da " Aldeia da Roupa branca" do centro da Vila de Bustos, onde não faltou a representação da lavagem de roupa à mão com o tradicional sabão azul acompanhada da tradicional música que a seguir transcrevo:

Água fria, da ribeira
Água fria que o sol aqueceu
Ver a aldeia, tráz à ideia
Roupa branca que a gente estendeu
Três corpetes, um avental,
sete fronhas e um lençol
três camisas do enxoval,
que a freguesa deu ao rol

Ai rio não te queixes,
ai o sabão não mata!
Ai até lava os peixes,
Ai põe-os côr de prata
Um lençol de pano cru:
vê lá bem tão lavadinho
Dormimos nele eu e tu,
vê lá bem ficou de linho!

Os Reis, de Bustos, seguiram em cortejo para a cabana do pastor, no Jardim da Feira, de seguida encontraram-se com o rei Herodes, rodeados de uma grande assistência que acompanhava com grande satisfação a recriação que decorria. No final do percurso, a oferta dos presentes teve lugar no Largo da Igreja num estábulo erguido para o efeito com jumentos para aquecer o menino.

No termo da recriação, a Comissão Fabriqueira promoveu o leilão das ofertas dos diversos lugares da freguesia, com a presença de muitos conterrâneos que assistiam e adquiriam, pela voz de Carlos Alves, produtos da terra e ofertas diversas.

Alberto Martins