31 de Janeiro de 1891 aconteceu no Porto a primeira tentativa revolucionária com o fim de destronar o regime monárquico. João Chagas comenta o fracasso a revolta:
«Revolução, coisa enorme e nada – Durante todo o dia que durou a revolução de 31 de Janeiro [1891], um caldeireiro trabalhou na sua oficina fazendo sem cessar a pancada do seu martelo e, sem por um momento só, levantar os olhos para o céu, para o ar, para a vida: as revoluções que não conseguem fazer parar um martelo que bate numa caldeira de cobre, não conseguem fazer parar forças sociais de muito mais imperiosa função, porque revolução é uma coisa enorme e afinal não é nada» (a)
O Governo Provisório, após uma semana do “5 de Outubro de 1910”, decreta cinco dias de feriado, todos de orientação republicana, deixando aos municípios a faculdade de escolher o seu.
Apesar de abolido no tempo da ditadura, o “31 de Janeiro” era dia respeitado pelos republicanos, conforme atesta Vitorino Reis Pedreiras:
«Dia 31(Domingo) [de Janeiro, 1943]
Em 1891, um punhado de homens, querendo levantar um povo que um regime carcomido apenas desprestigiava, num grito de revolta fez o 31 de janeiro. Os bravos de então, apenas tinham em vista o prestígio da sua pátria, que um regime iniciado pela camarilha irrealista, não repercutia os altos e nobres destinos de um povo.
Foram vencidos é certo. Não os guiou um critério realista dos factos, mas sim a concepção brilhante da causa que defendiam. A sua causa não morreu. O seu sacrifício não foi em vão. Honra à sua memória e glória aos sobreviventes.» (b)
«Revolução, coisa enorme e nada – Durante todo o dia que durou a revolução de 31 de Janeiro [1891], um caldeireiro trabalhou na sua oficina fazendo sem cessar a pancada do seu martelo e, sem por um momento só, levantar os olhos para o céu, para o ar, para a vida: as revoluções que não conseguem fazer parar um martelo que bate numa caldeira de cobre, não conseguem fazer parar forças sociais de muito mais imperiosa função, porque revolução é uma coisa enorme e afinal não é nada» (a)
O Governo Provisório, após uma semana do “5 de Outubro de 1910”, decreta cinco dias de feriado, todos de orientação republicana, deixando aos municípios a faculdade de escolher o seu.
Entre os feriados da República contava-se o dia “31 de Janeiro – consagrado aos precursores e aos martyres da Republica”.
Apesar de abolido no tempo da ditadura, o “31 de Janeiro” era dia respeitado pelos republicanos, conforme atesta Vitorino Reis Pedreiras:
«Dia 31(Domingo) [de Janeiro, 1943]
Os dias e os anos passam neste avanço contínuo para o futuro. Os homens também, mas a ideia que animou um movimento idealista, ressurge sempre aureolado de essência imorredoura.
Em 1891, um punhado de homens, querendo levantar um povo que um regime carcomido apenas desprestigiava, num grito de revolta fez o 31 de janeiro. Os bravos de então, apenas tinham em vista o prestígio da sua pátria, que um regime iniciado pela camarilha irrealista, não repercutia os altos e nobres destinos de um povo.
Foram vencidos é certo. Não os guiou um critério realista dos factos, mas sim a concepção brilhante da causa que defendiam. A sua causa não morreu. O seu sacrifício não foi em vão. Honra à sua memória e glória aos sobreviventes.» (b)
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(a) Recolhido de
(a) Recolhido de
(b) (b)in Vitorino Reis Pedreiras, Memórias de Outros Tempos, 1995, impressão Março 1996.
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