18 de fevereiro de 2006

VITORINO REIS PEDREIRAS: MEMÓRIAS DE 1978

Dia 15 de Fevereiro de 1978
NAS VÉSPERAS DO 18 DE FEVEREIRO

Este ano calha ao sábado o aniversário da nossa freguesia. A comissão este ano quer dar-lhe mais brilho e maior significado.
Haverá romagem ao cemitério e sessão solene no cinema. À tarde tocará um Jazz e deitado fogo. Já me pediram para discursar, mas estou com pouca vontade de o fazer

Vitorino Reis Pedreiras
(Extracto do seu diário, um verdadeiro blogue feito antes do tempo, escrito em grossos cadernos de 35 linhas)

Dia 18 de Fevereiro de 1978
CRIAÇÃO DA NOSSA FREGUESIA – 58º ANIVERSÁRIO

Como de costume festejamos a nossa independência da Mamarrosa, sempre lembrando os seus fundadores. Desta vez, porque é sábado, há mais ocasião para que maior número de pessoas possam associar-se às festas. O tempo está muito chuvoso contrariando assim as cerimónias que à tarde se vão realizar.
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Eram 16 horas, chovia, mesmo assim fomos depor no cemitério, na pedra do “descanso”, uma coroa de flores em honra e homenagem aos percursores da criação da freguesia e a todos que de qualquer modo engrandeceram a sua terra. Pouca gente no depositar da coroa e, guardando-se um minuto de silêncio depois do qual ninguém usou da palavra, saímos.

Hilário Costa e Vitorino Reis Pedreiras os oradores da sessão solene

A SESSÃO SOLENE
Eram 18 horas quando se iniciou a sessão. É chamada a presidir à mesa a minha pessoa, logo depois o Presidente da Câmara do Concelho, Presidente da Junta, professores, médico, etc, etc.
Convidado a fazer uso da palavra Hilário Costa. Este lê a história muito completa de Bustos, mesmo buscando factos já muito antigos. Faz uma descrição da vida de Bustos as suas actividades, seus progressos, sua vida em geral. Foi bastante trabalhoso fazer uma história onde nos dá nomes, datas e actividades exercidas. Não está completa, como não podia deixar de ser, mas é uma descrição de valor para o presente e futuro de Bustos.
Sou chamado a falar, eu que tinha ontem escrito a história da independência e criação da freguesia desde a nossa incorporação na freguesia da Mamarrosa.
Dado o conteúdo do manuscrito entendi que este fosse dactilografado para eu o poder mais facilmente ler. Os meus olhos estão cansados e então comecei por dizer que a minha vista já não me permitia a leitura pedindo que fosse o meu filho Mário, ali presente, a substituir-me.
Começou assim:

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