FILHA EMANCIPADA
Bustos, és filha emancipada
De uma mãe vizinha chamada Mamarrosa,
És solo de terra seca, solo de terra molhada,
Com cheiro a milho, uvas e rosas.
Certo dia quiseste deixar o ninho de tua mãe,
Porque os filhos crescidos querem sozinhos voar,
Pediste-lhe um pouco de terra para teu lar
E um povo destemido que te ajudasse a ser livre,
Lavradores e criados para quem tu eras o bem
Que possuíam, a terra que calcavam com os pés
Desejada, e num 18 de Fevereiro, quem sabe
De madrugada, disseram-te voa sozinha
Filha inconformada, já que grande te vês,
Que te levem as próprias asas, terra sonhada;
E tu lá foste e amadureceste, chão tão íntimo,
Hoje és livre em cada passo, em cada traço,
Terra de meus pais, e casa adoptiva te sinto!
De uma mãe vizinha chamada Mamarrosa,
És solo de terra seca, solo de terra molhada,
Com cheiro a milho, uvas e rosas.
Certo dia quiseste deixar o ninho de tua mãe,
Porque os filhos crescidos querem sozinhos voar,
Pediste-lhe um pouco de terra para teu lar
E um povo destemido que te ajudasse a ser livre,
Lavradores e criados para quem tu eras o bem
Que possuíam, a terra que calcavam com os pés
Desejada, e num 18 de Fevereiro, quem sabe
De madrugada, disseram-te voa sozinha
Filha inconformada, já que grande te vês,
Que te levem as próprias asas, terra sonhada;
E tu lá foste e amadureceste, chão tão íntimo,
Hoje és livre em cada passo, em cada traço,
Terra de meus pais, e casa adoptiva te sinto!
Segunda-feira, 15 de Fevereiro de 2010
Marineide Simões dos Santos
Foto de Oscar Santos
Bonito poema para uma terra.
ResponderEliminarGostei. Soube bem "rever", ainda que em foto, a Marineide, com quem tive o prazer de partilhar durante alguns meses o local de trabalho.
Parabéns vizinhos. Parabés gente de Bustos.