Coimbra, 26 de Janeiro de 1993
"Cyrano de Bergerac no cinema. Uma das mais belas homenagens prestadas ao poder da palavra. A demonstração eloquente de que só ela é capaz de dar evidência aos sentimentos e de nos afirmar e confirmar. Somos a voz que temos. Quem é sujo, suja o que diz. E, sem poder dizer, nada podemos. Áfono, nem o amor tem aceitação e reciprocidade. Quem não sabe falar, não sabe convencer, nem seduzir. As declarações apaixonadas dos namorados de antanho propiciavam, justificavam e sublimavam de antemão os beijos e as ternuras que se lhes seguiam. Sem palavras não há comunhão de corpos e almas. Há tropeções do instinto."
in Torga, Miguel, Diário XVI. Coimbra, 1993, (p.59-60)
(comparticipação de i-zp)
"Cyrano de Bergerac no cinema. Uma das mais belas homenagens prestadas ao poder da palavra. A demonstração eloquente de que só ela é capaz de dar evidência aos sentimentos e de nos afirmar e confirmar. Somos a voz que temos. Quem é sujo, suja o que diz. E, sem poder dizer, nada podemos. Áfono, nem o amor tem aceitação e reciprocidade. Quem não sabe falar, não sabe convencer, nem seduzir. As declarações apaixonadas dos namorados de antanho propiciavam, justificavam e sublimavam de antemão os beijos e as ternuras que se lhes seguiam. Sem palavras não há comunhão de corpos e almas. Há tropeções do instinto."
in Torga, Miguel, Diário XVI. Coimbra, 1993, (p.59-60)
(comparticipação de i-zp)
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