No passado dia 19 de Junho
realizou-se a Assembleia Municipal de Oliveira do Bairro e não há memória
recente de uma sessão tão concorrida e participada. Presentes na sala muitos bustuenses
que ali se apresentaram para defenderem a instalação da Biblioteca de
Bustos/Polo de Leitura no antigo edifício da escola primária.
Coube a Alberto Zenha Martins
entregar um abaixo assinado com 535 assinaturas, manifestação bem clara da
vontade popular. Usaram depois da palavra, em nome dos bustuenses, Paulo
Figueiredo, Óscar Aires dos Santos, Elsa Vilar, Miriam Ferreira, Irene Micaelo,
Narciso Paiva Cardoso e Manuel António Romão.
Foi um enumerar de razões e
explicações a que senhor presidente da Câmara, Mário João Oliveira, prometeu
responder. Pronunciaram-se também os deputados dos vários grupos parlamentares todos
concordando com a posição dos bustuenses, à exceção de Susana Nunes (PSD) que
depois de muito falar concluiu que lhe cumpria obedecer, pelo que apoiava a decisão
camarária.
O chefe da bancada da maioria, João
Paulo Sol, aproveitou para atacar Duarte Novo, presidente da União de Freguesias,
porque este se atreveu a defender as populações que o elegeram. Chamou à denúncia
de Duarte Novo, "propaganda". Fraco argumento para contestar tão sérias e
objetivas questões levantadas pelo autarca da União de Freguesias. Vale a pena
citar as palavras que tanto irritaram a edilidade. Disse Duarte Novo ao Jornal
da Bairrada:
“Pelo que me consta temos duas candidaturas para a construção de dois
centros de saúde com as mesmas verbas atribuídas, um para a União de Freguesias
e outro para a freguesia da Palhaça. A ser assim significa que duas das três
extintas freguesias da União deixarão de ter posto médico.
Não consigo compreender como é que um posto médico para servir 2500
habitantes custa o mesmo do que outro que terá de servir pelo menos 6500.”
O presidente da assembleia
Municipal, Manuel Nunes, também ele subscritor do abaixo assinado, usou da
palavra para apelar ao diálogo alertando para os perigos de um crescente
descontentamento.
Quando chegou ao momento de a
todos responder Mário João Oliveira, o presidente da edilidade, foi igual a si
próprio e não respondeu a ninguém. Ignorou questões e argumentos, passou ao
lado das suas próprias motivações e, demitindo-se da função de liderança para
que foi eleito, comunicou que tinha delegado o assunto nas mãos da vereadora
Elsa Pires. Afirmou que gosta de delegar e calou-se. Assim confrontada Elsa
Pires aproveitou para engolir em seco e foi incapaz de dizer palavra.
Nunca antes se tinha assistido a
uma tão degradante manifestação de incompetência politica e incapacidade para liderar.
NB
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