Será hoje, sexta feira, pelas 20 horas, que os bustuenses
irão apresentar à Assembleia Municipal o abaixo-assinado que contesta a
passagem da Biblioteca/Polo de Leitura para as instalações da Polo Escolar (Escola
Básica), no Sobreiro. Apela-se à presença de todos e quem o desejar poderá usar
da palavra no período antes da ordem do dia.
Este será, sem dúvida, um momento relevante da vida política
do nosso concelho e um verdadeiro teste à qualidade da democracia local. Não há
uma verdadeira democracia sem diálogo, sem negociação e sem concertação de
posições. Um presidente da Câmara que impõe a sua vontade com o argumento de
que foi eleito não é um bom gestor político, nem sequer é um democrata, tal qual
o entendemos nesta Europa ocidental.
Infelizmente, e para mal do nosso futuro, Mário João
Oliveira, provavelmente por insegurança e falta de pensamento político, prefere
assumir-se como um “pequeno ditador” sempre comprometido com o aparelho e o
partido, ignorando sem
pudor a vontade popular. Deixou isso bem claro no decorrer do processo da
reforma administrativa das freguesias. E deverá repetir a dose, ainda
que desta vez tenha contra si o PSD de Bustos. Mas no que diz respeita ao partido
Mário João Oliveira sabe que lhe basta ter “controlado” o chefe concelhio, o
vereador António Augusto Marque Mota. Este que, entre outras benesses, acabou
de ver a Câmara Municipal investir 2 milhões de euros na nova feira da Palhaça
só tem motivos para estar satisfeito e não se incomodar com os problemas de
Bustos.
Mário João Oliveira e António Mota. O mesmo gosto quanto a gravatas...
A
vereadora da cultura, Elsa Pires, deverá continuar calada como cumpre a quem
chegou ao cargo sem qualquer experiência, conhecimento ou curriculum elementar.
É coerente, até porque faz parte do “job” obedecer.
E
a oposição?! Ora aí está algo que não encontro na vida política concelhia. Por
onde anda o CDS/PP, como é que o PS se manifesta? Procuro, procuro e não
encontro. Parece que as funções da oposição começam e acabam com as Assembleias
Municipais.
Até
posso compreender que o PS só exista no nosso concelho por osmose com o todo
nacional. De outra forma, sem uma real organização, militância e intervenção
local já estaria extinto. Mas o que dizer da ausência do CDS, o segundo partido,
o partido da alternância concelhia? Sem uma verdadeira liderança concelhia, sem
coordenação, sem estratégia, sem tomadas de posição, o CDS não se comporta como
um partido vivo, dinâmico e próximo das populações. É um zombie que só ganha
vida em tempo de votos.
Neste
ano de 2015 é com tristeza que declaro:
-
A democracia concelhia não é um pântano porque se transformou num deserto. A Mário
João Oliveira devemos a glória de ter transformado a presidência num eucalipto.
Tudo seca em seu redor.
Belino Costa
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