Os sinais exteriores do abandono da
Biblioteca rejeitada por ser de Bustos, não são de agora.
Nascida (ou anunciada) em dia
histórico de 18 de Fevereiro, nunca na sua vida a Biblioteca foi digna de
receber parabéns ou de receber a visita da tutela, que não raras vezes adornava
o cortejo evocativo da Alma de Bustos Republicano.
Para ajudar a compreender, basta
comparar a publicidade dos Pólos de Leitura do sítio da Câmara Municipal. … aqui.
E agora, que surge a oportunidade
de manter a dignidade do edifício e conservar o carinho pela Escola masculina
do Corgo (urge manter e realçar a toponímia antiga), esperava-se que o desenraizado
poder camarário respeitasse o futuro de Bustos, instalando aí a herdeira da
primeira Biblioteca Fixa (n.º 26) da Fundação Calouste Gulbenkian.
O Presidente da Câmara ao assinar
a guia de marcha para um ghetto, criou uma casa mortuária para a Biblioteca Pública.
Mesmo que sua excelência gaste uma verba avultada na promoção e vitalidade da nova
casa, o futuro dessa antiga Biblioteca será transformada numa Biblioteca
Escolar (que qualquer escola tem direito a tê-la e ser dinamizada pela
biblioteca municipal).
Apelo às forças moderadas do
colégio da Câmara que proponham e aprovem a inventariação da Biblioteca agora
feita prisioneira de um apetite governativo e que o espólio seja conservado até
que chegue o dia da ressurreição.
Infelizmente não irá para o espaço que agora
merecia ir, por direito histórico.
Nota 1): A
Biblioteca de Bustos está aberta a meio tempo. Presumo que a Vereadora da
cultura, que por acaso é de Bustos, deve ter apresentado várias propostas no
sentido de manter aberto este Serviço
.
Nota 2) Em agosto a Biblioteca deveria estar aberta para atender à procura local e da emigração ou visitantes. Mas isso será deveras complicado de entender.
sérgio micaelo ferreira
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