A actual U.D.B. tem uma participação desportiva em vários escalões etários que causa admiração dentro e fora de portas. É tal o número de equipas jovens que algumas tiveram de treinar no terrado da Feira do Sobreiro, por acaso ao sítio do antigo campo d’Os Gavetas.
A seguir à fundação da U.D.B. (a Iª) em 2/10/1948 (o dia oficial dependente dos conformes), a direcção olhava para o além da amanhã, aposta na juventude e cria uma equipa de Juniores.
Ainda que a proposta de lançamento do escalão jovem tenha tido alguma oposição, na direcção de então, eis que Mário Vitorino (Reis Pedreiras) decide apoiar a proposta do Dr. Assis Rei. [seria oportuno que os dois protagonistas rebuscassem na memória possível, este episódio futurista].
O famoso Peão, grande amigo do Minguitos, trazido do Beira-Mar por mão amiga, reunia qualidades de um desportista de fina água, um virtuoso no toque de bola e um psicólogo de fino trato, pelo que aceitou ser o encarregado de orientar a equipa de Juniores.
Ao entrarem em campo, os jovens atletas mais pareciam jogadores profissionais: cabelo penteado, roupa brunida e chuteiras engraxadas. Um luxo ao tempo do «pé descalço».
O transporte dos que viviam fora de Bustos era assegurado por Manuel Joaquim dos Santos, «Ferrador», com a sua mota alemã, TWN.
Em consequência de mais uma interdição do campo Dr. Manuel Santos Pato, a partida inaugural foi disputada no campo do “Vista Alegre”, (clube com quem a U.D.B. mantinha relações amistosas) contra a Oliveirense (Oliveira de Azeméis) (?). [a confirmar].
A seguir à fundação da U.D.B. (a Iª) em 2/10/1948 (o dia oficial dependente dos conformes), a direcção olhava para o além da amanhã, aposta na juventude e cria uma equipa de Juniores.
Ainda que a proposta de lançamento do escalão jovem tenha tido alguma oposição, na direcção de então, eis que Mário Vitorino (Reis Pedreiras) decide apoiar a proposta do Dr. Assis Rei. [seria oportuno que os dois protagonistas rebuscassem na memória possível, este episódio futurista].
O famoso Peão, grande amigo do Minguitos, trazido do Beira-Mar por mão amiga, reunia qualidades de um desportista de fina água, um virtuoso no toque de bola e um psicólogo de fino trato, pelo que aceitou ser o encarregado de orientar a equipa de Juniores.
Ao entrarem em campo, os jovens atletas mais pareciam jogadores profissionais: cabelo penteado, roupa brunida e chuteiras engraxadas. Um luxo ao tempo do «pé descalço».
O transporte dos que viviam fora de Bustos era assegurado por Manuel Joaquim dos Santos, «Ferrador», com a sua mota alemã, TWN.
Em consequência de mais uma interdição do campo Dr. Manuel Santos Pato, a partida inaugural foi disputada no campo do “Vista Alegre”, (clube com quem a U.D.B. mantinha relações amistosas) contra a Oliveirense (Oliveira de Azeméis) (?). [a confirmar].
Farta assistência desloca-se de Bustos a apoiar os “miúdos”., j+a graúdos.
Os juniores exibiam um fio de jogo “à Mestre Cândido de Oliveira” que deliciava a assistência. A U.D.B. não marcava mas também não sofria golos. Na baliza estava o Camilo da Palhaça que mantinha a baliza encerrada a sete chaves, com os seus saltos felinos.
A alegria do jogo contagiava a nossa claque. O keeper segura a bola disparada com um remate traiçoeiro. Aplausos da assistência dava-lhe segurança. Entretanto o Camilo quer despachar a bola. O avançado, que era mais alto, faz pressão. A bola escaldava as mãos do Camilo. Tinha de a soltar, mas não queria perdê-la para o adversário E, enquanto o keeper pensa em desfazer o nó, recebe o apoio de um dos inúmeros treinadores da claque do «Bustos» através de um estridente berro salvador: “dá-lhe ... um pon..ta..pé…!!!”.
No momento errado, o Camilo desfere um pontapé numa das pernas. Se não deu, ficou o desassombrado gesto visto pela claque de apoio. Um estridente assobio anunciou a marcação do penalty. Uma bátega gelada de silêncio desabou sobre a assistência da U.D.B. Penalidade marcada, golo sofrido. O único do jogo.
O juiz de campo, de apelido Mota, proprietário da casa Oculista Mota – Aveiro, não expulsou o nosso Camilo. Talvez tenha pensado que o “tal treinador de bancada” é que merecesse ser castigado.
...
Em outra jornada, o ‘Bustos Júnior' desloca-se a Espinho. O jogo é dirigido pelo mesmo árbitro, que recorda a cena de Vista Alegre e recomenda “Não tornes a fazer o mesmo!”. O António Camilo com um sorriso, respondeu mais ou menos assim: “Oh Sr. árbitro, aqui o Keeper Gato não torna mais a fazer!”.
Já caíram muitos calendários, mas ainda há reminiscências do cortejo de oferendas – em carros de bois – para apoiar a lendária equipa de juniores dos finais de 40. Bustos em peso apoiava a União Desportiva de Bustos. Outros tempos.
O António Camilo, da Palhaça, ainda hoje é o nosso «Keeper Gato». Alguns já partiram. Falta reconstituir a equipa e prestar-lhe a homenagem colectiva.
[NB pretende divulgar a constituição da primeira equipa de júniores. o endereço bustos@sapo.pt está ao dispor do(a) leitor(a)]
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sérgio micaelo ferreira
sérgio micaelo ferreira
Nota:
O «Alba» esteve no Campo Dr. Manuel dos Santos Pato. Nos primeiros jogos, do ' 1º U.B.D.' havia relações amistosas desenvolvidas pela direcção e por Manuel Simões dos Santos (Barroca), através dos interesses industriais das duas fundições (ALBA e INF). Conta o Chico (Humberto Reis Pedreiras) que ‘O Bustos’ chegou a tomar a sua refeição no refeitório daquela empresa de Albergaria-a-Velha.
Hoje, as relações de boa vizinhança são mais fáceis de manter e estão para além dos resultados dos jogos.
srg
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1 Comment -Show Original Post
ResponderEliminarfranklin Pinto said...
O sr Peao, alem de ser treinador do Bustos, foi tambem meu treinador durante os dois anos que joguei nos Juvenis e Juniors do Beira Mar, ja nos anos 1965 e 1966. Lembrou se sempre das equipas do Bustos e dos bons jogadores que por la passaram.
18:17