Recebemos de um leitor, devidamente identificado, uma opinião relativa à última Assembleia do ABC. Lamentando que questões de ordem laboral tenham vindo a público numa Assembleia Geral, quando tais discussões deveriam ser tratadas nos órgãos próprios, o leitor dá a conhecer a sua opinião, que aqui transcrevemos parcelarmente, já que este é um debate que não se deve continuar a adiar:
“O “Notícias de Bustos” referiu que o Sr. presidente do ABC, Eng.º João Oliveira, deu a opinião de que o ABC tem necessidade de um gestor para além da direcção Técnica, e que o Sr. Milton, não concordou com tal facto. Bem, ele deve ganhar bem para poder deslocar-se à Holanda nas suas funções de dirigente, pois bem, eu não ganho assim tanto, e os outros terão as suas prioridades. O importante é saber que valores e interesses movimenta o ABC, para além da política, tão presente no seu relato. O ABC possui uma estrutura financeira muito forte, por envolver a gestão de muitos recursos, e valências, que só não crescem por não ter espaço para tal. O gestor é na minha opinião pessoal uma necessidade, até que os dirigentes tem a sua vida profissional, e não podem estar presentes na instituição. No momento em que é preciso tomar posição e mão firme, o dirigente recebe já o resíduo da situação, com uma ou duas versões, mais a versão de rua, e com frieza tem que decidir, e o tempo muitas das vezes para essa decisão é limitado.
“O “Notícias de Bustos” referiu que o Sr. presidente do ABC, Eng.º João Oliveira, deu a opinião de que o ABC tem necessidade de um gestor para além da direcção Técnica, e que o Sr. Milton, não concordou com tal facto. Bem, ele deve ganhar bem para poder deslocar-se à Holanda nas suas funções de dirigente, pois bem, eu não ganho assim tanto, e os outros terão as suas prioridades. O importante é saber que valores e interesses movimenta o ABC, para além da política, tão presente no seu relato. O ABC possui uma estrutura financeira muito forte, por envolver a gestão de muitos recursos, e valências, que só não crescem por não ter espaço para tal. O gestor é na minha opinião pessoal uma necessidade, até que os dirigentes tem a sua vida profissional, e não podem estar presentes na instituição. No momento em que é preciso tomar posição e mão firme, o dirigente recebe já o resíduo da situação, com uma ou duas versões, mais a versão de rua, e com frieza tem que decidir, e o tempo muitas das vezes para essa decisão é limitado.
O ABC obriga a uma direcção presente em horário normal, pelos muitos aspectos directivos que implica. Outra solução, e que muitos já sabem qual, incluindo os membros da Assembleia Geral, passaria pela substituição da Direcção Técnica da Associação por uma pessoa com outros objectivos, que tivesse mão e controle sobre os diversos aspectos de gestão; logística, pessoal, educação, apoio domiciliário, e todos os outros que muitas das vezes podiam ser resolvidos na hora mas ficam para passados uns dias, quando chegarem aos ouvidos da direcção. Penso que assim resolveria muita coisa, mas é só uma opinião pessoal, e talvez assim se poupasse na necessidade de um gestor.”
Leitor devidamente identificado
Li atentamente este texto em que a certa altura alguém diz "João Oliveira, deu a opinião de que o ABC tem necessidade de um gestor para além da direcção Técnica, e que o Sr. Milton, não concordou com tal facto. Bem, ele deve ganhar bem para poder deslocar-se à Holanda nas suas funções de dirigente, pois bem, eu não ganho assim tanto, e os outros terão as suas prioridades."
ResponderEliminarEsta afirmação está errada e é maliciosa.
1. O que João de Oliveira disse é que "membro(s) da Direcção devia ou deviam ser pagos...". Eu discordei porque os membros eleitos duma associação como esta nunca podem ser pagos. O João de Oliveira só depois é que clarificou a afirmação e disse que o ABC tinha necessiade de um gestor e eu concordei. Isto deve estar escrito em acta.
2. Eu não ganho nada por ir à Holanda vezes demais para tratar de assuntos relacionados com a Federation of European Microbiological Societies (FEMS)(ver site) porque sou membro eleito de uma federação sem fins lucrativos. Nenhum membro da Direcção da FEMS ganha nada. Tenho de pagar as viagens, estadia e refeições e sou reembolsado mediante apresentação de recibos das despesas. Este reembolsos demoram até 3-5 meses, porque eu às vezes só envio os recibos muito tempo depois. Fica a saber o leitor "devidamente identificado" que não é identificado que a FEMS tem um gestor que trata das tarefas do secretariado e que é pago (e bem pago para isso), mas esta pessoa não é um membro eleito da Direcção; é um funcionário. Eu tento nunca falar, em Bustos, nas minhas funções em Portugal ou no estrangeiro por uma questão de pudor ou de humildade. Mesmo que o Sr. Milton ganhasse muito para ir à Holanda, porque tinha lá uma empresa, ninguem teria nada a ver com isso.
Sou obrigado a criticar o "Notícias de Bustos" por não me ter contactado para saber o que eu ganho na FEMS e por ter acreditado numa pessoa que deturpou aquilo que aconteceu nessa Assembleia. Eu pensava que um jornalista devia confirmar todos os factos antes de os publicar, mas estava enganado.
Queria também saber se tenho direito a uma resposta formal ou se só posso explicar o que faço na Holanda nestes comentários.
Quero também saber porque é que o "leitor devidamente identificado" não se identifica? Penso que o Belino Costa devia ter mais cuidado, porque ele sabe exactamente o que faço na Holanda e que não sou pago para o fazer. E se não soubesse devia ter perguntado.
Milton Costa (identificado)
sérgio micaelo ferreira said...
ResponderEliminareste comentário substitui o anterior por ter sido editado um texto não corrigido
As diferentes opiniões são sempre bem-vindas à janela do NB.
Na peça do leitor devidamente identificado está “O “Notícias de Bustos” referiu que o Sr. presidente do ABC, Eng.º João Oliveira, deu a opinião de que o ABC tem necessidade de um gestor para além da direcção Técnica, e que o Sr. Milton, não concordou com tal facto. “Bem, ele [Milton Costa] deve ganhar bem para poder deslocar-se à Holanda nas suas funções de dirigente, pois bem, eu não ganho assim tanto, e os outros terão as suas prioridades.”
Cabe-me dizer que a «proposta» de João Oliveira, tem os seus defensores. De igual modo a “ Outra solução, e que muitos já sabem qual, incluindo os membros da Assembleia Geral, passaria pela substituição da Direcção Técnica da Associação por uma pessoa com outros objectivos,...” [cito a autor identificado] também irá ter os seus apoiantes. Porventura estas sugestões e/ou outras poderão ser objectos de apreciação.
É do conhecimento geral que há instituições que funcionam bem ou mal com estes ou com outros modelos de gestão. O regular e bom funcionamento está para além do organigrama.
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O«leitor devidamente identificado» escreveu: “Bem, ele [Milton Costa] deve ganhar bem para poder deslocar-se à Holanda nas suas funções de dirigente, pois bem, eu não ganho assim tanto, ...”
Milton Costa vem na minha crónica porque entendo ser uma das referências de dedicação em prol do serviço colectivo. As viagens à Holanda são pagas pela instituição, e as suas reuniões de trabalho habitualmente têm lugar no fim de semana, para poupar o dinheiro à instituição. Além disso, permite-lhe estar ao serviço na segunda-feira. Aliás o princípio de poupança aplica-o também em Portugal nas frequentes deslocações ao ministério da ciência e tecnologia (Lisboa). Entendo a sociedade como um albergue mesclado pela diversidade. A afirmação e procedimento do Milton Costa não se faz através do pecúlio (da riqueza), mas através da reciprocidade no respeito e consideração pelo próximo. Claro está, também não aceita que as novas economias multipliquem os exércitos da pobreza.
Entre vários problemas que estão sobre a mesa, em Portugal ainda não se generalizou a prática da prestação de serviço à comunidade, mas Milton Costa aprendeu desde muito novo a ser voluntário em actividades comunitárias. É essa a diferença de comportamento cívico. A despropósito ou não, hoje nos EUA, é mais apreciado o ranking das empresas que canalizam mais apoios à filantropia do que o ranking das empresas mais ricas.
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Diz o leitor devidamente identificado: «O importante é saber que valores e interesses movimenta o ABC, para além da política, tão presente no seu relato». Uma questão prévia, a minha crónica de modo algum pretende substituir a acta. E será interessante conhecer o conteúdo da acta, pois ela tem por fim retratar o que se passa na sessão, uma vez que não foi aprovada que apenas ficasse registasdo as minutas.
Em todo caso, recordo que a 8.12.2006 em “BUSTOS EM MARÉ-CHEIA (II – ABC E SOBUSTOS. SOS - MAIS SÓCIOS”, fiz uma leve referência a receitas das duas instituições. Sabe a pouco, mas foi uma opção.
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Hoje é preocupante, a conservação e manutenção do Palacete. Recentemente, alguém que já foi membro da direcção sugeriu que o palacete deveria ser demolido e reconstruído, mantendo a traça exterior. Disse que ficaria mais barato e teria melhor aproveitamento interior. Aqui está mais um tema para discussão.
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Entretanto aproxima-se o dia de eleições. É desejável que a ABC com a nova direcção regresse ao bairrismo do tempo da compra do Palacete.
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Um obrigado ao leitor identificado por ter oportunidade de trazer o ‘ABC’ à janela do NB.
E volte sempre.
sérgio micaelo ferreira
17:53
Recebi o e-mail de um leitor que se identificou onde comentava o texto do Sérgio sobre a Assembleia da ABC. Depois de contar uma situação pessoal envolvendo a Associação, pedindo expressamente para não ser publicada, o leitor opinava sobre a questão de se ter uma gestão mais profissionalizada da Associação. Considerei que esta parte da carta merecia ser divulgada, já que a discussão do tema se impõe. Tive, como devia, o cuidado de manter o anonimato do autor.
ResponderEliminarA referência que este faz ao Milton compreende-se no contexto da notícia do Sérgio.E decorre daí. A reacção do MIlton é um pouco a quente, e quanto a mim um pouco exagerada.
Afinal tanto o autor da carta como o Milton estão de acordo, ou seja, o ABC deve ter um gestor que responda perante a direcção. Isso é que é essencial, o resto, saber se o Milton é sócio desta ou daquela sociedade, se oferece ou não o seu tempo é questão que para o caso presente nada interessa.
Ganhando muito ou pouco, todo aquele que desejar oferecer o seu tempo, ou até o seu dinheiro a uma determinada Associação pois que o faça. Isso não pode, não deve é ser utilizado como argumento para combater a profissionalização da gestão de uma Associação que, no caso da ABC, movimenta muito dinheiro e envolve muitas vidas.
Num concelho onde domina o silêncio, onde o debate parece ser um pecado, o importante é promover a discussão. E tentar que ela se faça com menos coração e mais razão.
Quanto ao resto, amigo Milton, o "Notícias de Bustos" sempre esteve aberto, e continua, a publicar as tuas opiniões, ou, caso o desejes, o diário das tuas viagens à Holanda. Mas a publicar também a opinião de outros,ainda que sem identificação, porque prefiro errar a fazer censura.Tudo é melhor do que o silêncio bacoco e mediocre que impera na nossa terra.
O João de Oliveira disse inicialmente, que um ou mais membros da Direcção (e foi isto que eu percebi) deviam ser pagos. Foi muito possivelmente um lapso que depois corrigiu para a contatação de um gestor. O problema é que eu nunca discordei da contratação de um gestor; discordei sim da sugestão de um membro (ou mais) da Direcção ser(em) remunerado(s). Foi nessa altura que disse que nenhuns dos membros eleitos da Direcção deve ser pago.
ResponderEliminarIsto aconteceu à algum tempo na FEMS quando um membro da Direcção(que tem de facto muito trabalho) pediu um salário. O pedido foi recusado mas ele continua na Direcção (aínda bem). Mais recentemente, aconteceu quando outro membro recém-eleito pediu um cartão de crédito para pagar as despezas de viagens. Consegui manter a calma, mas custou bastante, porque nesta organização só o Tesoureiro e o Gestor do Secretariado podem ter cartões de crédito.
As pessoas que assumem cargos de Direcção deste tipo de organizações, como o ABC ou o Sóbustos, conhecem as regras. Penso que nem os estatutos permitem remuneração dos membros da Direcção.
Acho bem que se contrate um gestor porque a instituição cresceu muito e um gestor contratado é bem necessário para manter o funcionamento adequado do ABC.
Milton Costa
Quer dizer, pagam uma miséria às funcionárias a seguir pedem-lhes horas para esperarem por pais que se atrasam constantemente, para fazerem as festas para as crianças , não pagam essas horas com a justificação de que é trabalho para a comunidade e seguir vão contratar um gestor...com que dinheiro? É preciso ter lata!!
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