in, jb temático "O futuro (seguro) dos Barreiros", Jornal da Bairrada, 30.11.2000, pg 6
- ENTREVISTA -
Fernando Silva, engenheiro nuclear; esteve desde a primeira hora na linha da frente, quando o governo pretendia trazer a deposição dos resíduos tóxicos para a Azurveira e para o Cardal.
Como no momento correm rumores de que tudo pode estar em aberto relativamente aos barreiros da Azurveira e Cardal nada mais a propósito do que ouvi-lo sobre o problema.
- O fantasma da possibilidade de serem colocados resíduos tóxicos está finalmente posto de parte? Ou será que esta empresa é uma porta aberta para escaparem alguns resíduos?
A possibilidade de virem a ser colocados resíduos tóxicos naquelas crateras está sempre presente até ao momento em que se dê um destino adequado ao local. Este plano de ordenamento não é mais do que a resposta esperada.
Quanto à possibilidade da ECO. VALOR ser uma porta aberta, não acredito nisso, a não ser que nós próprios assim o queiramos.
Isto é, e já o disse, a ECO.VALOR tem de ser gerida por nós e assim será o garante de que aquilo que lá entra não é tóxico, e que é da indústria cerâmica.
Fala-se que o governo irá apresentar mais uma vez e já em Janeiro, a lista dos locais para a deposição de resíduos tóxicos. Tenho também informação, primeira mão, e de mais do que uma fonte que os Barreiros de Bustos e da Palhaça estão nessa lista. Também sabemos como o nosso Ministro do Ambiente tem agido nestas questões de selecção e de localização de aterros. Não me espantaria nada que nos tenhamos que unir mais uma vez para demonstrar ao Ministro a nossa vontade neste assunto. Estamos a ser responsáveis na questão da correcta valorização dos resíduos que introduzimos na nossa zona. O Ministro não nos pode exigir mais do que isso. Daquilo que conheço do Ministro, e foi ele próprio que o disse, que nunca colocaria resíduos tóxicos num local contra a vontade das populações.
Como sabemos que o Ministro não mente, não temos que ter medo destes barreiros serem relacionados, pois a população já demonstrou várias vezes que não os quer.
– A população da freguesia de Bustos e do concelho estão suficientemente elucidadas para esta situação?
O projecto, primeiro, teria que ir ao executivo para aprovação. Irá, agora, ser iniciado pela câmara, pelas juntas de freguesia, pelo Chão Verde e pela Universidade de Aveiro, que irão perante as populações explicar-lhes aquilo que está a ser proposto.
Está também a ser preparada literatura sobre o assunto.
Devo realçar que não é só a população de Bustos que tem que estar esclarecida, mas todos os cidadãos da Palhaça e todo o concelho.
O projecto só irá para a frente se as populações assim o quiserem.
– Qual foi a posição das Juntas de freguesia?
As juntas de Bustos e da Palhaça participaram nas reuniões da Comissão Instaladora do projecto ECO. VALOR, pois eram membros da Comissão.
Os seus comentários e preocupações estão documentados e foram, sempre que possível, incluídos e tidos como base para alterações no projecto.
Essas juntas, tal como a câmara municipal, sempre fizeram questão de fazer ponto de honra que a gestão da estação tem que ser controlada por nós autarcas e cidadãos locais.
Isso está assegurado no projecto. A questão das vias de acesso alternativas é também ponto de honra.
in“Temos que nos unir mais uma vez”, jb temático, pg 6, Jornal da Bairrada, 30.11.2000
- ENTREVISTA -
Fernando Silva, engenheiro nuclear; esteve desde a primeira hora na linha da frente, quando o governo pretendia trazer a deposição dos resíduos tóxicos para a Azurveira e para o Cardal.
Como no momento correm rumores de que tudo pode estar em aberto relativamente aos barreiros da Azurveira e Cardal nada mais a propósito do que ouvi-lo sobre o problema.
- O fantasma da possibilidade de serem colocados resíduos tóxicos está finalmente posto de parte? Ou será que esta empresa é uma porta aberta para escaparem alguns resíduos?
A possibilidade de virem a ser colocados resíduos tóxicos naquelas crateras está sempre presente até ao momento em que se dê um destino adequado ao local. Este plano de ordenamento não é mais do que a resposta esperada.
Quanto à possibilidade da ECO. VALOR ser uma porta aberta, não acredito nisso, a não ser que nós próprios assim o queiramos.
Isto é, e já o disse, a ECO.VALOR tem de ser gerida por nós e assim será o garante de que aquilo que lá entra não é tóxico, e que é da indústria cerâmica.
Fala-se que o governo irá apresentar mais uma vez e já em Janeiro, a lista dos locais para a deposição de resíduos tóxicos. Tenho também informação, primeira mão, e de mais do que uma fonte que os Barreiros de Bustos e da Palhaça estão nessa lista. Também sabemos como o nosso Ministro do Ambiente tem agido nestas questões de selecção e de localização de aterros. Não me espantaria nada que nos tenhamos que unir mais uma vez para demonstrar ao Ministro a nossa vontade neste assunto. Estamos a ser responsáveis na questão da correcta valorização dos resíduos que introduzimos na nossa zona. O Ministro não nos pode exigir mais do que isso. Daquilo que conheço do Ministro, e foi ele próprio que o disse, que nunca colocaria resíduos tóxicos num local contra a vontade das populações.
Como sabemos que o Ministro não mente, não temos que ter medo destes barreiros serem relacionados, pois a população já demonstrou várias vezes que não os quer.
– A população da freguesia de Bustos e do concelho estão suficientemente elucidadas para esta situação?
O projecto, primeiro, teria que ir ao executivo para aprovação. Irá, agora, ser iniciado pela câmara, pelas juntas de freguesia, pelo Chão Verde e pela Universidade de Aveiro, que irão perante as populações explicar-lhes aquilo que está a ser proposto.
Está também a ser preparada literatura sobre o assunto.
Devo realçar que não é só a população de Bustos que tem que estar esclarecida, mas todos os cidadãos da Palhaça e todo o concelho.
O projecto só irá para a frente se as populações assim o quiserem.
– Qual foi a posição das Juntas de freguesia?
As juntas de Bustos e da Palhaça participaram nas reuniões da Comissão Instaladora do projecto ECO. VALOR, pois eram membros da Comissão.
Os seus comentários e preocupações estão documentados e foram, sempre que possível, incluídos e tidos como base para alterações no projecto.
Essas juntas, tal como a câmara municipal, sempre fizeram questão de fazer ponto de honra que a gestão da estação tem que ser controlada por nós autarcas e cidadãos locais.
Isso está assegurado no projecto. A questão das vias de acesso alternativas é também ponto de honra.
in“Temos que nos unir mais uma vez”, jb temático, pg 6, Jornal da Bairrada, 30.11.2000
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