As lagoas vistas do céu
Diversas vezes e vozes têm abordado a questão do destino a dar aos barreiros, aquelas crateras «lunares» que ficaram abertas depois da extracção do barro. O destino a dar-lhes aponta, bem entendido, para o tratamento possível dos buracos estanques que as chuvas enchem de água. Mas isso é questão bastante complexa e por isso ninguém avança a apontar um caminho, uma solução.
O único exemplo de um caso semelhante já foi por mim aqui citado. Poderia, julguei eu, servir de paradigma. Vinha da Inglaterra (dos arredores da Grande Londres se bem me lembro), exactamente de um ponto que sofrera também a extracção de argilas a céu aberto e que por fim servia para instalar nas suas crateras uma zona de lazer com três espécies de jardins: tropical (coberto com vidraças), semi-tropical e ao ar livre.
O caso, registado há poucos anos, indicava de facto um caminho, uma solução.
Mas recentemente surgiu outro caso análogo e desta vez em Portugal. No distrito de Braga, concelho de Vila Verde, onde se fizera idêntica extracção a céu aberto para abastecer as cerâmicas próximas, ia proceder-se à conveniente «reparação» das crateras. Como? Com a colaboração da Câmara local e com fundos provenientes da União Europeia, o projecto vai agora transformar aquela zona vandalizada por desenfreada predação (porque não tem em conta o custo do tratamento final) num espaço de lazer. Quer dizer, segue-se ali o modelo da solução praticada pelos ingleses.
Quem reparou em Bustos na notícia que divulgou o caso de Vila Verde? Quem se interessa a valer pelo assunto? Não seria bom acordar a associação Chão Verde para ele? Para o erguer como bandeira de uma luta necessária, longa, indispensável?
Bustuenses, tomem a palavra!
Arsénio Mota
A melhor solução, é sem dúvida alguma, a requalificação da zona, transformando-a numa área de Lazer, ao exemplo do que já aconteceu noutros lugares internacionalmente. Seria sem dúvida alguma uma aposta ganha se algum empreemdimento turístico estiver interessado.
ResponderEliminarSem dúvida, a implementação de Hotel, requalificando a zona, uma aposta ganha.
Não devem faltar incentivos da União Europeia,o que é necessário é que a nossa Câmara M. apresente projectos.
A Chão Verde surgiu para fazer guerra à pretenção de instalação de um aterro; não tem vocação para levar a bandeira da recuperação.
ResponderEliminarDesculpe o Sr. Milton Fontes. Então a Chão Verde não é, para todos os efeitos, uma associação ecologista e ambientalista? E do que estamos aqui a tratar? Vamos lá a entender-nos, está bem?!
ResponderEliminar