17 de maio de 2014

MÁRIO REIS PEDREIRAS (1923-2014)




Cronologia breve de um bustuense republicano,

 laico e social democrata


1923 (2 Fevereiro) – Nasce no Cabeço de Bustos, filho varão de Vitorino Reis Pedreiras e Arminda Simões dos Reis.

1929-1933 - Frequenta a Escola Primária de Bustos sendo aprovado no exame da 4ª classe.

1944-1945 – Cumpre o serviço militar em Castelo Branco e Tancos.

1949 (1 de Janeiro) – Casa com Maria Isaura Simões da Costa, filha de Manuel Simões Loureiro, de Bustos, ficando a viver e trabalhar no Cabeço.

1959- Na sequência de Partilhas definitivas deixa Bustos, indo viver para Sosa, onde herdou  a Quinta das Maias.
Não devia ficar em Bustos, não porque não goste da terra que me viu nascer, como, aliás, é dever de qualquer filho que se preze, mas tão-somente porque sabia que iria ficar prisioneiro de um punhado de pequenas propriedades dispersas e com pouco valor, coartando-me ainda o meu anseio de conhecer outras formas de vida no país ou fora, e não somente na lavoura onde fui educado. Não sabia, efectivamente, que futuro iria abraçar, mas convicção, entusiasmo e eram factores que não me faltavam nessa altura.”
(…)” Bustos não me podia dar o que eu ansiava, nesse tempo.”

1960 (29 de Maio)Inaugura o Café Zig Zag, (com Augusto Simões da Costa e Bacelar) na Avenida Dr. Lourenço Peixinho, em Aveiro.


1971 – Vende o Zig Zag ”por amor à vida e à saúde, farto de ser fumador passivo”.

1973 – Investe  na indústria cerâmica.

1981 - Faz obras de recuperação na quinta de Sosa. Oferece um terreno para abertura de uma rua a que a Junta de Freguesia decide dar o nome do doador.

1987 – Oferece 250 metros de terreno para ampliação do parque infantil de Sôsa.

1990 - Encontra a foto do brasão do Duque de Lafões que existiu na quinta das Maias mandando-o esculpir em pedra.
“ A retirada do Brasão depois da quinta ter sido vendida foi um furto que se fez a Sosa. O meu pai assim o escreveu nas suas memórias mais tarde, reconhecendo o seu erro em o deixar retirar, conjuntamente com o seu irmão Manuel. Mas em período de expansão republicana, as coisas antigas e ligadas à fidalguia não mereciam grande relevo ou interesse e muito menos estima

1991 (21 de Julho) – Oferece o brasão reconstruído à freguesia de Sôsa, ficando este colocado na frontaria da quinta.

1992-1995 – É presidente da Assembleia-geral do ABC.

1995- Na festa de comemoração dos 75 anos da criação da freguesia de Bustos oferece mil contos (5 mil euros) para a construção do Bairro Social do Cabeço


1997Edita o livroMemórias de Outros Tempos”, escrito pelo pai, Vitorino Reis Pedreiras, e oferece as respectivas receitas à ABC. A obra é lançada, a 15 de Fevereiro de 1997, em sessão de homenagem ao autor, que assinala também o 16º aniversário da ABC.

1997- Passa a custear a renda do Campo de Futebol da União Desportiva de Bustos, através de uma doação feita à Junta de Freguesia.

1999 (18 de Fevereiro) – Oferece 2500 euros para as obras sociais da Igreja e outros 2500 euros para a construção da capela mortuária.

2000- Contribui para a iluminação do campo da UDB.

2000 (5 de Março) – Reúne a família e amigos no Hotel Imperial em Aveiro para festejar  o que designa como valores essenciais, “a amizade e do amor à família”.

2001-2005 - Integra a lista do PSD candidata à Câmara Municipal de Vagos que vence as eleições. Integra o executivo como vereador e vice-presidente.

- Apoia a edição do livroLendas de Sosa”, de João Pedrogam.


2005-2009 - Concorre à Junta de Freguesia de Bustos integrando a lista do PSD. Em Outubro toma posse como Presidente da Assembleia de Freguesia cumprindo o mandato até ao fim.

2014 (17 de maio) - Falece após doença prolongada.

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