22 de julho de 2008

JORGE MICAELO (Dr.) NA PRIMEIRA PESSOA -2

3-Futebol



Nos meus tempos de estudante, era eu, o Neo Pato, o irmão, o Sérgio e outros, o pessoal de bustos… e queríamos, nas férias, jogar futebol

Era director o Manuel Tavares da Silva, então um rapaz novo, quando fundámos os Azuis de Bustos, que se inscreveram logo nos campeonatos oficiais e ajudaram Bustos a desenvolver-se no campo desportivo. Quando me formei entendi que era chegada a altura de fundar a União Desportiva de Bustos, porque sempre me preocupou a união do povo da minha terra.”

4-Associação de Beneficência e Cultura (ABC)



Todos os anos se faziam as comemorações do 18 de Fevereiro e havia duas comemorações, a oficial e a popular. Agora há a oficial. Este ano, por exemplo, não houve sequer um jantar. Entristeceu-me muito e vou dizer porquê: É que em 1978 houve um jantar do 18 de Fevereiro esteve o vice-presidente da Câmara, o Dr. Alberto da Palhaça que no final fez um discurso onde nos disse reparem nos votos do povo de Bustos, eles votam em todos os Partidos. Eu senti aquelas palavras como um sinal de desunião e foi que comecei a pensar em fazer qualquer que fosse a favor da união de todo o povo. A ideia de criar o ABC começou com as palavras do Dr. Alberto…

Andei a pensar em fazer uma reunião e em quem é que deveria convidar para essa reunião. havia um dia em que ninguém iria negar vir a minha casa, era o 1 de Novembro, o dia de ir ao cemitério. Convidei o Rodolfo, o falecido Tenente José Coelho, o Miguel Barbosa, o Manuel Pernagorda, o Fernando Luzio, o José Luís, o Alcino Caetano da Rosa, o Hilário Costa, o Padre Teixeira, o Liberal e todos vieram.
Eu comecei assim: Tenho muita pena meus senhores mas em Bustos nós temos dinheiro, não temos mais nada! Vocês fizeram alguma coisa por Bustos pelo desenvolvimento de Bustos, pela união do povo de Bustos? Disse isto para os espicaçar. E fomos reunindo em segredo, avançando a ideia de comprarmos o Palacete do Visconde.

Eu conhecia a família do Cura Mariano e fui com uma comissão, foi num domingo de Páscoa e a família estava reunida em Águeda. Antes tínhamos feito uma reunião em minha casa e tínhamos chegado à conclusão que conseguíamos reunir seis mil contos. Comecei por perguntar se estavam dispostos a vender. Vendemos sim senhor, disseram, e eu apresentei a proposta dos seis mil contos, que foi aceite. não falámos nas condições de pagamento. Mas na segunda-feira de Páscoa telefonei a perguntar se tinham mudado de opinião. Disseram que não e eu respondi que também nós mantínhamos a intenção, mas que não tínhamos falado nas condições de pagamento. Pagam isso em 3 anos, dois mil contos por ano… e nós, sim senhor, aceitámos.”

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