Lição por Lição
… E assim, lição por lição
Que a pouco e pouco aprendemos
De outros – a outros daremos,
Que a muitos outros darão!
António Aleixo – este livro que vos deixo … (vol.2), Notícias editorial, 10ª edição. Lisboa, 1999
O Fórum bustuense já pertence ao calendário anual da diáspora de Bustos.
A sua origem pode ser entroncada nos convívios de participação muito restrita de bustuenses, conforme a matriz delineada por Arsénio Mota., entretanto em
O apartheid do sexo desmoronou com o anúncio do “Fórum” 2005, uma “iniciativa aberta a toda a gente” [1].
Despido de preconceitos, os convívios proporcionam uma revisita às raízes de vários ontens de Bustos e permite uma espreitadela ao Futuro, visto através do telescópio do imaginário.
PAINÉIS DA ESCOLA – apelam à escolaridade obrigatória
O Fórum Bustos’2008 traz à montra principal duas personalidades pintadas nos azulejos decorativos da escola velha (Célia Simões Ferreira e Mário Simões Aires 28.06.1925 * 5.09.1950 [A] - este, falecido prematuramente)
Para além da arquitectura do edifício e da arte da azulejaria, os painéis, onde os alunos se mostram cuidadosamente vestidos, equipados de sacola recheada, e de semblante alegre, em minha opinião, representam um cartaz de propaganda a favor da escolaridade obrigatória, tão acarinhada pelo ideal republicano.
Recorde-se que a escola, pensada por Jacinto dos Louros e seus correligionários, foi construída no tempo da Ditadura e já concluída no Estado Novo, segundo a supervisão da Junta de Freguesia de Bustos. A Comissão Administrativa da Junta era formada por Homens que partilhavam da preocupação republicana em combater o analfabetismo, daí entender que os painéis da Célia e do Mário teriam o objectivo de apelar aos pais que mandassem os filhos à escola…
“ESPECIAL SAUDAÇÃO DE HOMENAGEM” PARA O DR.
A 27 de Julho, as setas da sinalização irão convergir para a antiga “Zona Azul” do Sobreiro, próximo da fronteira com a Palhaça.
Vem à memória os jantares de convívio da União Desportiva de Bustos, no então Rafael e a primeira grande homenagem prestada ao Dr. Jorge Micaelo por ter atingido a Reforma. O almoço acontecia no Salão de Baile da GAFOL e mais tarde salão Duarte Nuno – Palhaça. Para o êxito deste evento contribuíram muitos bustuenses, a que não foi alheia a estratégia desenhada pelo Humberto «Chico».
Curiosamente, do local de Homenagem vislumbra-se a Palhaça onde o Dr. Jorge também exerceu o seu mister, terra onde talvez tenha aprendido a jogar à sueca...
“TERÁ BUSTOS UMA NOVA IGREJA?”
Trintanava o Dr. Jorge e ei-lo a fazer um para a construção de “uma nova igreja em Bustos [seria] uma necessidade não só religiosa mas ainda social e por isso entendemos que todo o povo deve colaborar activamente na sua realização[2]
Mais tarde integra a Comissão de Melhoramentos/60 - grupo de pressão - onde pontifica Arsénio Mota.
O Dr. Jorge com o Eng.º Santos Pato (Néu) e outros solicitam à Junta de Freguesia o alargamento da estrada municipal no limite do Sobreiro, junto ao aqueduto da Feiteira. Os peticionários comprometem-se a pagar o “terreno a expropriar” [3]
A completar estas nótulas não posso deixar passar em claro o convívio regular, mantido durante largos anos, entre os três compagnos de route – Eng. Santos Pato (Néu) [23.10.1924 * 01.10.2006]; Dr. Assis Rei e Dr. Jorge Micaelo.
Um trio que tinha carta branca na Figueira da Foz.
Até ao próximo abraço marcado para o dia 27 de Julho nos “2 Telheiros”.
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[1] in «FÓRUM DE BUSTOS», 2005 - ESPERA POR NÓS
[2] in Jorge N. Micaelo, Terá Bustos uma Nova Igreja? Jornal da Bairrada, 12.05.1951
[3] in Acta da sessão extraordinária da Junta de Freguesia de Bustos “Aos desoito dias do mês de Dezembro do ano de mil novecentos e sessenta. …
“Foi esta convocação feita para deliberar o pedido do Sr. Dr. Jorge Nelson Simões Micaêlo, Engenheiro
sérgio micaelo ferreira
Fórum Bustos’2008
(Comissão promotora operária):
Alberto Martins
António Romão
Belino Costa
Óscar Santos
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