11 de setembro de 2006

COMISSÃO MELHORMENTOS - UM REGISTO EM LiVRO

Anos 60: aragem de progresso

Os anos 60 trouxeram aos Bustuenses uma aragem de progresso, que se fez sentir logo no fim de 1959 mas frutificou já em 1960, com diversas iniciativas marcantes.

Distinguiu-se, nesse aspecto, uma Comissão de Melhoramentos formada na altura por um escasso grupo de ardorosos bairristas. Essa Comissão de Melhoramentos, funcionando como mero «grupo de pressão», conseguiu desenvolver uma acção dinamizadora que deixou boa memória, apesar de não ter apoios nenhuns para além dos que lhe eram dados pelos seus próprios elementos.

Um dos primeiros actos públicos daquela Comissão, formada ad hoc, consistiu na homenagem promovida, em 18/2/1960, a Jacinto Simões dos Louros e dr. Manuel dos Santos Pato, então ainda vivos, o primeiro por se ter destacado no processo da desanexação de Mamarrosa e o segundo por se ter destacado na criação da paróquia na nova freguesia.

A Comissão de Melhoramentos, integrada pelos drs. Assis Francisco Rei e Jorge Nelson Simões Micaelo, eng.º Manuel dos Santos Pato, o escriba destas linhas e outros elementos, bateu-se pela satisfação de numerosas carências da terra, nomeadamente por um colégio, uma biblioteca pública, um posto da GNR, um jornal, uma dependência bancária, a nova igreja, etc.
Um tanque-piscina de notáveis dimensões ficou aberta ao público, anexa ao café Central, de Rodolfo dos Reis.

Foi possível concretizar o projecto da biblioteca pública, a que meteu ombros a própria Comissão de Melhoramentos, abrindo uma Sala de Leitura em 18/2/1961.
O colégio «apareceu» no fim de 1961, com o nome de Externato de Gil Vicente; o posto da GNR começou a funcionar em 22/3/1964, embora fosse reclamado desde uns quinze anos antes; a nova igreja foi inaugurada em 8/12/1964...

Algo, enfim, se fez em poucos anos, após duas décadas de relativo adormecimento. Evidentemente, o jornal projectado ficou no limbo, sem autorização oficial (até ao 25 de Abril!), a dependência bancária demorou ainda um pouco mais, atrofiou-se a própria Comissão de Melhoramentos a partir de 1963... Mas os Bustuenses recomeçaram a olhar de frente os seus problemas colectivos e a unir forças. Os resultados apareceram e viram-se. Perduram.

(…)
(parte transcrita, com a devida vénia)

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