Hoje comemora-se a implantação da República.
Depois de ter realizado 23 viagens de
Estado ao longo dos últimos nove anos, em representação da República Portuguesa,
Anibal Cavaco Silva decidiu fechar-se no casarão cor de rosa, em Belém, em vez
percorrer os 6,9 quilómetros que o separam dos Paços do Concelho lisboeta e
participar nas cerimónias oficiais do 5 de Outubro.
Com vontade e sentido de Estado Anibal,
que já sabia ontem o que vai fazer hoje, disporia de duas horas do seu tempo
para honrar o regime politico de que é representante máximo. Mas não, não tem
tempo porque não tem vontade.
Para Cavaco Silva já tudo custa. É a dor pelo aproximar da hora da reforma,
é a desconfiança para com “esta” República que perdeu muito do seu viço. Está
como ele, enrugada, e até os seios, se mostram descaídos tão pouco
cativantes.
A pintora Paula Rego já tinha antecipado tudo sobre a dimensão do estadista
algarvio em obra intitulada “The Last feed” (A Última Mamada) que apresentou
numa exposição em Londres (jan-março 2013). É esse retrato que aqui reproduzimos. Ele diz
tudo sobre Aníbal Cavaco Silva, o 19.º e atual presidente da República
Portuguesa, explica até a sua ausência das comemorações do 105º aniversário da
implantação de República.
NB
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