5 de outubro de 2015

A REPÚBLICA SEGUE DENTRO DE MOMENTOS



Hoje comemora-se a implantação da República.

Depois de ter realizado 23 viagens de Estado ao longo dos últimos nove anos, em representação da República Portuguesa, Anibal Cavaco Silva decidiu fechar-se no casarão cor de rosa, em Belém, em vez percorrer os 6,9 quilómetros que o separam dos Paços do Concelho lisboeta e participar nas cerimónias oficiais do 5 de Outubro.
Com vontade e sentido de Estado Anibal, que já sabia ontem o que vai fazer hoje, disporia de duas horas do seu tempo para honrar o regime politico de que é representante máximo. Mas não, não tem tempo porque não tem vontade.

Para Cavaco Silva já tudo custa. É a dor pelo aproximar da hora da reforma, é a desconfiança para com “esta” República que perdeu muito do seu viço. Está como ele, enrugada, e até os seios, se mostram descaídos tão pouco cativantes. 

A pintora Paula Rego já tinha antecipado tudo sobre a dimensão do estadista algarvio em obra intitulada “The Last feed” (A Última Mamada) que apresentou numa exposição em Londres (jan-março 2013).  É esse retrato que aqui reproduzimos. Ele diz tudo sobre Aníbal Cavaco Silva, o 19.º e atual presidente da República Portuguesa, explica até a sua ausência das comemorações do 105º aniversário da implantação de República.


NB

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