Tímido, na partida, mas sempre genuíno. Cresceu à medida da recetividade da população a uma iniciativa que, à partida, apresentava uma cisão de interesses - por um lado utilizava uma plataforma digital, pouco apelativa para as gerações menos jovens, aquelas que geralmente estão mais recetivas ao debate público de ideias; por outro, sendo digital e portanto mais apelativa para os jovens, mais ligados à tecnologia, não seriam os seus conteúdos os que maiores interesses lhes suscitariam. Preso por ter cão, preso por não ter. A persistência e visão dos seus dinamizadores, porém, acabaram por ter um resultado interessante, fruto da evolução ao longo destes 10 anos: os jovens foram contactando cada vez mais com os conteúdos, com os quais se foram identificando, e os menos jovens foram convivendo cada vez mais frequente e fluentemente com as novas tecnologias... Hoje, acredito, a julgar pela análise de acessos efectuados regularmente, há um grupo de "seguidores" atentos e críticos que justifica o esforço daqueles que se entregam desinteressadamente a esta missão de publicar regularmente novidades, abrindo portas à discussão sobre os assuntos que nos interessam enquanto bustuenses.
Isento? Sim, dizem uns. Jamais!, bradam outros. Uma coisa é certa e mais importante que todo o resto: é um exercício pleno de cidadania, de democracia. É aberto a todos aqueles que, dentro dessas mesmas normas e valores de respeito mútuo, nele queiram participar.
O Notícias de Bustos tem aquilo que nos tem faltado coletivamente, enquanto povo - crítica sustentada, alguma irreverência, fermento de polémica e maturidade democrática. Abriu, por isso, um espaço único no qual podemos e devemos participar mais ativamente: o espaço do diálogo, da discórdia construtiva onde a criação de plataformas de polaridade de opinião, mesmo que anulando-se na sua base política, deve ter como lastro o respeito e convergência na promoção coletiva dos interesses Bustuenses.
Não posso deixar de endereçar os meus sinceros parabéns e gratidão aos que, numa base regular, se entregam desta forma à sua terra.
Telmo Domingues
Sem comentários:
Enviar um comentário