BIBLIOTECAS:
IMPORTANTES ESPAÇOS DE APRENDIZAGEM
E DE PROMOÇÃO DA
CIDADANIA
Numa altura em que na sociedade e
nas famílias se acentuam carências de vária ordem, as Bibliotecas redobram a
sua importância estratégica junto das comunidades, elevando o nível cultural
dos seus cidadãos e atuando como instrumentos agilizadores e facilitadores da
igualdade de oportunidades.
Sendo espaços privilegiados,
potenciadores de múltiplas aprendizagens, desempenham um papel fundamental no
acesso à informação, à cultura e à construção do conhecimento nas diversas
áreas do saber, valores essenciais para o pleno exercício da cidadania.
Acessíveis a um público
diferenciado, instaladas em espaços condignos e atrativos que proporcionem boas
condições de leitura, de estudo e de recreação, detentoras de equipamento
funcional e adequado, dotadas dos recursos necessários e atualizados, em
diferentes suportes, estão as bibliotecas preparadas para responder às
necessidades e interesses desse mesmo público, que as sentirá como necessárias
e imprescindíveis, numa lógica de formação ao longo da vida e de integração na
vivência das comunidades.
Contudo, sabemos que enfrentam,
no momento, exigências bem complexas e que, junto dos mais novos, lutam com
poderosos rivais de diversão trazidos por avançadas tecnologias.
Nas sucessivas interrogações e
incertezas que se colocam sobre a vida de algumas bibliotecas, interessa pois
equacionar os problemas e partir para a reinvenção e desenvolvimento de novas
dinâmicas para atrair e fidelizar públicos de diferentes idades (ou clientes, como se classifica agora nesta
lógica de empresa).
Bibliotecas Universitárias,
Bibliotecas da Rede Pública, Bibliotecas/Pólos de Leitura, Bibliotecas Escolares,
ou ainda Bibliotecas Virtuais, todas elas têm o seu lugar, os seus objetivos e
a sua missão, podendo e devendo complementar-se, partilhar em rede, mas não se
substituindo nos seus papéis.
Lembremos que foi para atenuar o
obscurantismo cultural existente na altura, que foi criado, em 1958, o Serviço
de Bibliotecas Itinerantes pela Fundação Calouste Gulbenkian, sob a sugestão de
Branquinho da Fonseca, que conseguiu levar o livro e a leitura junto das
populações mais afastadas e desfavorecidas de Portugal.
E foi também, sob a condução e
persistência de Arsénio Mota, que Branquinho da Fonseca anuiu em instalar, em
Bustos, a Biblioteca Fixa n.º 26, a primeira do Concelho, um legado que tanto
contribuiu para a formação dos seus utilizadores.
O acesso ao conhecimento é um direito e um dever dos cidadãos.
O edifício para as novas instalações da Biblioteca/Pólo de Leitura de
Bustos existe - é preciso requalificá-lo!
Irene Micaelo
NB: Irene Micaelo integrou a comissão dinamizadora das comemorações dos 50 anos da Biblioteca de Bustos (na foto em 19 de Fevereiro 2011)
Parabéns pela ousadia! Viva a biblioteca!
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