Colherei os frutos em tua taça
em teus cabelos prolongarei as manhãs
por sobre os ímpios muros da cidadela
Vou às vinhas podar os débeis rebentos
visto o gabão o inverno reverdece
nas cinzas esfriadas
Colherei os frutos em teu ventre
e debaixo da nogueira plantarei tuas espáduas~Então lavraremos de fogo
com meu arado
com tua azagaia
o rosado orvalho das cicatrizes
(...)
Deniz Ramos,
O Silêncio Navegado.
Águeda, 1999
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