Deve ter havido, outrora, sentidas celebrações e activa participação popular aquando da celebração do 18 de Fevereiro. Hoje, nem o cálido sol emprestou calor à protocolar celebração. O poder local esteve bem representado para que à circunstância não faltassem os discursos de ocasião. Contudo, apassivou-se a participação popular que seguiu o séquito com bonomia e Bustos no coração.
A romagem saiu da Junta de Freguesia e dirigiu-se para o Largo da Igreja Velha, onde depositou a costumeira coroa de flores. Seguiu-se um paradoxalmente breve discurso do Pároco sobre o passado, o futuro e o presente, mas cujo conteúdo escapou ao entendimento dos presentes.
Foto de Alberto MartinsCumprida esta formalidade, o séquito dirigiu-se para a necrópole com o desígnio histórico de homenagear os vivazes obreiros da criação da freguesia. Lá, a prédica do pároco foi mais circunspecta, visto que a ética republicana dos fundadores da freguesia, pouco dada era a circunlóquios clericais. E, por sua vez, o catolicismo é ecuménico, mas pouco dado a homenagear os heróis da 1.ª República, ou pelo menos, foi essa a impressão deixada.
Depois, porque o tempo de celebração era escasso, todos se encaminharam para a Junta de Freguesia com controlada celeridade a fim de consagrar o octogésimo nono aniversário da criação da freguesia. Aqui, os discursos nem versaram sobre a história, nem história fizeram.
O Sr. Presidente da Junta da Freguesia, anfitrião do evento, foi o primeiro a usar da palavra, mas pouco ousada foi. O seu discurso foi eco da sua usual temática: a impotência de pouco poder fazer pela freguesia, enfim, o discurso de sempre com entoações de elegia e despedida. Por outras palavras, nada disse.
Acto contínuo, fez uso da palavra o Presidente da Assembleia da Junta de Freguesia. Do seu discurso, pouco articulado é certo, transpareceu o seu profundo amor ao rincão paterno. O reconhecido mecenas do nosso burgo teve a ousadia de pedir ao Sr. Presidente da Câmara Municipal, uma piscina e um pavilhão para o seu Bustos.
Pouco depois, orou o Sr. Prior o qual foi loquaz na propaganda das obras efectuadas pela Comissão Fabriqueira para o melhoramento das obras sociais da Igreja e, justiça lhe seja feita, aos generosos contributos da população bustoense para o tornarem possível.
Finalmente, discursou o Presidente da Câmara Municipal o qual usou palavras de parcimónia e escusa. Cumpriu com bonomia o protocolo, com pouco entusiasmo e promessa nenhuma.
Terminou com acepipes a celebração.
Ficou sem celebridade o dia que foi de celebração.
Ulisses Crespo
Cronista da Vila
ulissescrespo@gmail.com
A romagem saiu da Junta de Freguesia e dirigiu-se para o Largo da Igreja Velha, onde depositou a costumeira coroa de flores. Seguiu-se um paradoxalmente breve discurso do Pároco sobre o passado, o futuro e o presente, mas cujo conteúdo escapou ao entendimento dos presentes.
Foto de Alberto MartinsCumprida esta formalidade, o séquito dirigiu-se para a necrópole com o desígnio histórico de homenagear os vivazes obreiros da criação da freguesia. Lá, a prédica do pároco foi mais circunspecta, visto que a ética republicana dos fundadores da freguesia, pouco dada era a circunlóquios clericais. E, por sua vez, o catolicismo é ecuménico, mas pouco dado a homenagear os heróis da 1.ª República, ou pelo menos, foi essa a impressão deixada.
Depois, porque o tempo de celebração era escasso, todos se encaminharam para a Junta de Freguesia com controlada celeridade a fim de consagrar o octogésimo nono aniversário da criação da freguesia. Aqui, os discursos nem versaram sobre a história, nem história fizeram.
O Sr. Presidente da Junta da Freguesia, anfitrião do evento, foi o primeiro a usar da palavra, mas pouco ousada foi. O seu discurso foi eco da sua usual temática: a impotência de pouco poder fazer pela freguesia, enfim, o discurso de sempre com entoações de elegia e despedida. Por outras palavras, nada disse.
Acto contínuo, fez uso da palavra o Presidente da Assembleia da Junta de Freguesia. Do seu discurso, pouco articulado é certo, transpareceu o seu profundo amor ao rincão paterno. O reconhecido mecenas do nosso burgo teve a ousadia de pedir ao Sr. Presidente da Câmara Municipal, uma piscina e um pavilhão para o seu Bustos.
Pouco depois, orou o Sr. Prior o qual foi loquaz na propaganda das obras efectuadas pela Comissão Fabriqueira para o melhoramento das obras sociais da Igreja e, justiça lhe seja feita, aos generosos contributos da população bustoense para o tornarem possível.
Finalmente, discursou o Presidente da Câmara Municipal o qual usou palavras de parcimónia e escusa. Cumpriu com bonomia o protocolo, com pouco entusiasmo e promessa nenhuma.
Terminou com acepipes a celebração.
Ficou sem celebridade o dia que foi de celebração.
Ulisses Crespo
Cronista da Vila
ulissescrespo@gmail.com
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