As cedências da Coroa ao exigido no Ultimatum de sua majestade britânica a Portugal datado de 11 de Janeiro de 1890 despoletou uma onda de generalizado descontentamento, por exemplo - António José de Almeida ainda estudante em Coimbra escrevia um artigo intitulado, ‘Bragança, o último’; Guerra Junqueiro chamava a D. Carlos, “rei de Portugal, súbdito Inglês” a Liga Liberal promovia uma reunião em Lisboa contra a celebração do Tratado de Londres e no Porto, a 31 de Janeiro de 1891, estala a revolução, em que o jornalista Augusto Alves da Veiga, ao som d'A Portuguesa, proclama a República. O movimento revolucionário teria duração efémera.
Para assinalar mais um aniversário desta efeméride, recupero excertos de um artigo de José Augusto Seabra editado no jornal República:
“… como escreveu João Chagas, o 31 de Janeiro foi "o mais luminoso e viril movimento de emancipação que ainda sacudiu Portugal no último século" [sec. XIX].
…
A evocação do 31 de Janeiro há-de ser para nós, hoje, não uma simples nostalgia, que continua a levar às campas dos Vencidos a fidelidade reconhecida dos correligionários irmanados dos ideais da liberdade, da igualdade e da fraternidade, mas também uma afirmação viva desta nossa Segunda República, continuadora das lutas que, ao longo de mais de um século e neste limiar de milénio, deram ao povo português a sua dignidade e autonomia cívica, sem as quais, quer no plano político quer no plano ético, não há democracia digna desse nome.”
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“… como escreveu João Chagas, o 31 de Janeiro foi "o mais luminoso e viril movimento de emancipação que ainda sacudiu Portugal no último século" [sec. XIX].
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A evocação do 31 de Janeiro há-de ser para nós, hoje, não uma simples nostalgia, que continua a levar às campas dos Vencidos a fidelidade reconhecida dos correligionários irmanados dos ideais da liberdade, da igualdade e da fraternidade, mas também uma afirmação viva desta nossa Segunda República, continuadora das lutas que, ao longo de mais de um século e neste limiar de milénio, deram ao povo português a sua dignidade e autonomia cívica, sem as quais, quer no plano político quer no plano ético, não há democracia digna desse nome.”
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- Extraído de http://www.republica.pt/: "José Augusto Seabra, O 31 de Janeiro e a cultura cívica europeia", República nº 7, Maio 2001. Com a devida vénia e agradecimento público do Notícias de Bustos http://noticiasdebustos.blogspot.com/ à direcção do Jornal 'República' *
sérgio micaelo ferreira
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